LESÃO POR PRESSÃO, DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA, FALÊNCIA AGUDA DA PELE E ÚLCERA TERMINAL DE KENNEDY EM MEIO HOSPITALAR:
APRIMORAMENTO DAS PRÁTICAS CLÍNICAS
Resumo
Introdução: Para os profissionais da enfermagem atuantes em meio hospitalar que lidam diariamente com todo tipo de paciente, ainda é identificado algumas incertezas diante dos tipos de achados cutâneos. Há algumas contrariedades em específico quando se fala em identificar no indivíduo se o mesmo possui lesão por pressão (LP), dermatite associada à incontinência (DAI), falência aguda da pele ou úlcera terminal de Kennedy (UTK) que são condições que podem ocorrer internado ou que chega para estar internado em meio hospitalar. Objetivo: Relatar experiência do serviço de estomaterapia referente às contrariedades identificadas das equipes de enfermagem e ações de aprimoramento da prática clínica. Metodologia: Pesquisa do tipo relato de experiência ocorrida de 2019 aos tempos atuais em instituição privada de alta complexidade situada na cidade de Fortaleza-CE. Resultados: Durante a avaliação dos pacientes internados, é identificado diversas situações nas quais podem gerar dúvidas para as equipes de enfermagem. Dentre elas podemos citar LP, DAI, falência aguda da pele e UTK. Destrinchando cada uma para melhor contextualizar, a National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) (2016) conceitua LP como sendo um dano cutâneo, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato, podendo haver rompimento ou não da pele. Fatores como cisalhamento, tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição¹. A DAI é dita por Ghent Global IAD Categorisation Tool (GLOBIAD) (2017) como sendo uma manifestação clínica cutânea decorrente de umidade excessiva como eliminações urinárias ou evacuatórias que ficam em contato com a pele. Caracterizam-se por erosão ou não da epiderme podendo estar também associada à quadros infecciosos fúngicos². Já a falência aguda da pele pode ser definida por alguns autores³ como sendo danos à pele por instabilidade clínica e hemodinâmica, gerando hipóxia tecidual, limitante à oferta de nutrientes e oxigênio. Por fim, Carvalho (2021), fala que a UTK consta como sendo a deterioração da pele de forma rápida, podendo ser em um único dia, havendo surpresa por parte dos que assistem ao doente e esta descoberta anuncia o falecimento como um evento próximo de ocorrer. Em todos esses eventos devemos levar em consideração o quadro clínico do sujeito, bem como todas as medidas que rotineiramente vêm sendo aplicadas para que se possa descartar ou incluir algumas condições. Diante disto, relata-se que uma das principais aliadas é a educação para o aprimoramento da prática clínica transmitida às equipes de enfermagem, podendo ser através de treinamentos, cursos, dinâmicas em grupo, in loco ou remoto, com práticas e assim, propiciar momentos educacionais para melhorias no conhecimento dos profissionais. Também é percebido que há a necessidade de haver uma constância periódica destas ações tendo em vista que há rotatividade de profissionais o que traz consigo essa necessidade de continuidade. Conclusão: É notório que existe situações da vivência hospitalar que traz questionamentos por parte das equipes de enfermagem, mas é reconhecido que o lado educacional deve estar sempre fortalecido dentro das instituições hospitalares.