INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO DE CIRÚRGICAS LIMPAS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores/as

  • ANA QUITERIA FERNANDES FERREIRA SESAP - HRMC
  • SILVIA LETICIA DE ARAÚJO MARTINS SESAP-HRMC
  • HÉRVORA SANTUZZA PEREIRA ARAÚJO POLICARPO SESAP - HRMC
  • FÁBIA CHEYENNE GOMES DE MORAIS FERNANDES HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANA BEZERRA - RN
  • JULIANA FERREIRA GOMES DE MORAIS SESAP - HRMC
  • MAGNUS KELY SOARES DE AZEVEDO SESAP - HRMC

Resumen

Introdução. As Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC), podem ocorrer a partir da realização de um procedimento cirúrgico, considerando seu potencial de contaminação e região incisional. A infecção e o grau de contaminação estão em sua maioria associados a microrganismos inseridos no ambiente operatório durante a cirurgia. São capazes de comprometer a pele, tecidos e órgãos e/ou cavidades, apresentando sinais e sintomas específicos. Estima-se que de 3% a 16% dos procedimentos cirúrgicos podem levar a complicações, alcançando de 5% a 10% dos óbitos decorrentes de complicações. Estima- se que de 40% a 60% dessas infecções, podem ser evitadas baseadas em boas práticas. Sendo as investigações consideradas práticas essenciais para uma cuidadosa avaliação sobre qualidade assistencial, com base nas taxas de incidência. Objetivo. Descrever o processo de busca ativa pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) das ISC, em cirurgias limpas realizadas em uma instituição hospitalar, como recurso para a melhoria da qualidade assistencial. Método. Trata-se de um relato de experiência sobre o processo de investigação das ISC, como método de identificação das infecções decorrentes de cirurgias limpas, (herniorrafias e ooforectomias) durante o período de junho de 2022 a junho de 2023, em uma unidade hospitalar. Resultados. Durante a observação do processo de trabalho na instituição, percebeu-se que as investigações foram realizadas via mensagens ou ligações telefônicas, a partir de uma listagem das cirurgias efetivadas durante esse período. Os pacientes eram questionados pelas profissionais do SCIH sobre a presença de sinais e sintomas que caracterizam as ISC conforme a literatura, a confirmação e diagnostico epidemiológico do processo infeccioso era dada mediante a presença de pelo menos dois dos itens questionados. A identificação das ISC também se dava a partir do diagnóstico de infecção após reinternação de algum dos pacientes na instituição. Com base nos achados, o serviço realizava a notificação em fichas própria para o devido acompanhamento até a conclusão dos casos, seja por cura, melhora ou óbito. Nas fichas também eram inseridos dados sobre a cirurgia realizada, tratamentos, necessidade de internação hospitalar, entre outros. Como resultados dessas investigações o serviço tinha disponível informações referentes ao quantitativo das infecções relacionadas a essas cirurgias, considerando sua taxa de incidência mensal, e consequentemente anual, sendo possível realizar um comparativo também sobre a classificação dessas infecções e taxa de incidência sobre os cirurgiões responsáveis por tais procedimentos. Conclusão. Considerando que a unidade hospitalar, onde se deu o processo investigativo, não possui instituído o protocolo sobre prevenção de ISC ou cirurgia segura, a busca por essas infecções otimiza uma autoavaliação quanto ao serviço prestado. Ressalta-se que a elaboração e padronização da assistência, servem como meios para alinhar condutas, gerando a possibilidade do reconhecimento de divergências no diagnóstico situacional e identificação de desvios na padronização das ações assistenciais. Logo, as descrições das atividades do serviço de infeção, apontam as necessidades quanto aperfeiçoamentos, visando a melhoria da qualidade assistencial na redução das infecções relacionadas a assistência à saúde a partir da programação de ações educacionais.

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Publicado

2024-01-02

Cómo citar

QUITERIA FERNANDES FERREIRA, A. ., LETICIA DE ARAÚJO MARTINS, S. ., SANTUZZA PEREIRA ARAÚJO POLICARPO, H. ., CHEYENNE GOMES DE MORAIS FERNANDES, F. ., FERREIRA GOMES DE MORAIS, J. ., & KELY SOARES DE AZEVEDO, M. . (2024). INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO DE CIRÚRGICAS LIMPAS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR:: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Congreso Brasileño De Terapia Estomal. Recuperado a partir de https://anais.revistaestima.com.br/cbe/article/view/484