AUTOCUIDADO E REDE DE APOIO A PACIENTES COM NEFROSTOMIA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Abstract
Introdução: a nefrostomia percutânea é um procedimento minimamente invasivo cujo objetivo principal consiste na realização de uma comunicação direta entre o rim e o meio exterior, sendo utilizado para tal um cateter flexível introduzido com auxílio de equipamento de imagem. A inserção é realizada através de um orifício na pele e, frequentemente, ocorre devido a cálculo renal ou alguma obstrução do sistema urinário, sendo um procedimento seguro e eficaz, tendo uso de maneira definitiva ou temporária1-3. Objetivo: relatar as vivências observadas durante o atendimento de enfermagem a usuários com nefrostomia. Métodos: relato de experiência proveniente do atendimento a pacientes com nefrostomia em um serviço público de referência em estomaterapia em uma cidade do sul do Brasil, realizado no primeiro semestre de 2023. Resultados: o serviço de estomaterapia onde o estudo foi realizado atende pessoas com estomas de eliminação e tem seu funcionamento de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h. Os pacientes acompanhados pelo serviço são residentes de áreas adstritas do município e seu encaminhamento provém das unidades básicas de saúde a qual têm como referência. O principal motivo observado para procura pelo atendimento de enfermagem no serviço foi a dificuldade para realização do autocuidado, principalmente em relação a troca do sistema coletor, devido a posição anatômica em que se encontra o cateter de drenagem. Por tratar-se de uma região posterior, faz-se necessário o auxílio de algum familiar, cuidador ou profissional de saúde para proceder a troca. As tentativas de posicionamento sem auxílio tornam-se falhas, pois mesmo com o uso de espelhos a posição necessária para o manejo do cateter faz com que a fixação do dispositivo coletor seja ineficaz, ocasionando vazamentos e insegurança. Devido a dificuldade em realizar a troca da bolsa de nefrostomia sozinho, faz-se importante orientar o familiar/cuidador sobre o manejo do equipamento e as trocas, porém algumas vezes observa- se que o paciente busca o serviço de saúde para realizar as trocas por não querer sobrecarregar os familiares e também por sentir-se mais confiante e seguro quando a enfermeira realiza a troca do equipamento coletor. Conclusão: O profissional enfermeiro deve avaliar o usuário, as condições do estoma e da pele periestomal, prescrevendo o melhor equipamento coletor e adjuvantes mais adequados para cada caso, a posição da bolsa coletora deve proporcionar melhores condições para esvaziamento e higiene pelo próprio paciente, sendo de suma importância realizar treinamento de familiar/cuidador para auxiliar nas trocas.