Congresso Paulista de Estomaterapia https://anais.revistaestima.com.br/cpe <p>Evento anual e nacional realizado na cidade de São Paulo de forma virtual ou presencial, com duração de 2 dias, com o objetivo de divulgar a especialidade para a enfermagem não especialista em estomaterapia, visando difundir o conhecimento na área para a equipe assistencial. A escolha da cidade é pela facilidade de acesso e número de enfermeiros e especialistas em estomaterapia no município de São Paulo.</p> pt-BR Tue, 20 Aug 2024 03:35:51 -0300 OJS 3.3.0.17 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA NOS CUIDADOS PALIATIVOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A QUALIDADE DE VIDA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/941 <p>A importância do enfermeiro estomaterapeuta nos cuidados paliativos: contribuições para a qualidade de vida Introdução: Cuidados paliativos é um conjunto de cuidados importantes para trazer qualidade de vida aos pacientes e seus familiares quando o indivíduo se encontra em fase final de vida, que sejam diagnosticados com alguma patologia em estado terminal e/ou que não tenha prognóstico. Os cuidados trazem conforto físico, psicológico e espiritual, a equipe que proporciona esses cuidados é composta por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, farmacêutico, nutricionista, terapeuta ocupacional, odontologista, em alguns casos fonoaudiólogos e assistente espiritual. Equipes que são especializadas e/ou treinadas para exercer os cuidados paliativos tendem a apresentar melhores resultados no controle da dor e de possíveis sofrimentos psicológicos e autonomia do paciente. O enfermeiro estomaterapeuta desempenha papel crucial no cuidado com pacientes ostomizados, que possuam feridas agudas ou crônicas, fistulas, tubos, cateteres, drenos e/ou algum tipo de incontinência urinária ou anal, uma vez que o profissional especializado possui conhecimentos específicos na área, treinamento e maiores habilidades para os cuidados corretos para os pacientes que necessitem desses cuidados especializados. A estomaterapia contribui diretamente para qualidade de vida do paciente, autoestima e diminuição do impacto do diagnóstico, proporcionando conhecimento ao paciente e familiares, demonstrando os equipamentos, tais como coletores, proteção da pele e demais ferramentas necessárias para maior autonomia do paciente e família. Objetivo: Demonstrar a importância do enfermeiro estomaterapeuta em pacientes de cuidados paliativos que necessitem de cuidados especializados para contribuir com a sua qualidade de vida no processo de paliar uma patologia sem prognóstico de cura. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos que define o conhecimento atual sobre cuidados paliativos e estomaterapia e que busca contribuir para benefícios nos cuidados com o paciente. Critérios de inclusão, idioma em português (Brasil) e palavra-chave em comum. Foram excluídos estudos que não demonstravam como assunto principal os cuidados paliativos e estomaterapia e em idioma diferente do Português (Brasil). Resultados: Destaca-se a importância crucial dos cuidados paliativos em pacientes que não possuem prognóstico favorável, de maneira que possam ter conforto, ficar livre de dores e ter dignidade no processo fim de vida. Do mesmo modo, fica evidente que o enfermeiro que possui especialização em estomaterapia tem maior capacidade de proporcionar conforto ao paciente que de alguma forma necessite destes cuidados especiais, principalmente os pacientes em cuidados paliativos, que demandam atenção e cuidados redobrados. Contribuições para a estomaterapia: este estudo destaca a relevância do enfermeiro estomaterapeuta nos cuidados paliativos, visando proporcionar conforto e qualidade de vida aos pacientes em fase terminal. A revisão integrativa de estudos ressalta a capacidade deste profissional em oferecer cuidados especializados, contribuindo para o bem-estar dos pacientes e suas famílias. Ao reconhecer a importância da estomaterapia nesse contexto, o estudo enfatiza a necessidade de investimento na formação e capacitação dos enfermeiros para atender às demandas específicas dos pacientes em cuidados paliativos.</p> Queila Pereira, Anelvira Oliveira Florentino, Jéssica Alessandra Pereira, Cassia Hoez, Marcelo Castro, Italo Frizo Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/941 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CAPACITAÇÃO DE ENFERMEIROS PARA UTILIZAÇÃO DA FOTOBIOMODULAÇÃO COMO ADJUVANTE NO TRATAMENTO DE LESÕES CUTÂNEAS NO AMBIENTE HOSPITALAR: UM CASE DE SUCESSO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/942 <p>Introdução: As lesões cutâneas, principalmente lesões por pressão, desenvolvidas no ambiente hospitalar são eventos adversos frequentes e estão associadas à piora da experiência do paciente, aumento do custo e do tempo de internação, declínio da qualidade de vida, entre outros. Visando otimizar o processo de tratamento destas lesões, é fundamental avaliação e manejo adequado precoce da ferida, podendo incluir a indicação precoce de terapias adjuvantes, como a laserterapia. Objetivo: Compartilhar a experiência do aprimoramento de enfermeiros assistências para aplicação precoce de fotobiomodulação em lesões de pele, otimizando o tempo de cicatrização e evitando seus agravos. Desenvolvimento: A capacitação foi realizada em um hospital de grande porte, do estado de São Paulo, que conta com um time de 4 enfermeiros estomaterapeutas exclusivos para a especialidade e enfermeiros capacitados para prevenção e tratamento de feridas, denominados Skin Champions, com cerca de 50 profissionais. A fotobiomodulação é uma das terapias indicadas pelo estomaterapeuta na instituição, há mais de 10 anos, para o tratamento de lesões de pele, incluindo as lesões por pressão e é amplamente aceita pelos profissionais de saúde e pacientes na instituição. Visando a redução no tempo de cicatrização das lesões nos estágios iniciais, tais como dermatite associada à incontinência e lesão por pressão estágios 1, 2 e membrana mucosa evitando o avanço para estágios mais graves, elaborou-se um projeto de ampliação do uso da terapia. Realizou-se a capacitação de 16 profissionais de áreas com alta incidência destas lesões e a aquisição de 3 novos aparelhos. Foram 4 horas teóricas, com profissional externo contrato e 4 horas com profissional interno, ambos estomaterapeutas Ti-Sobest e expert no uso de fotobiomodulação para tratamento de feridas. Além disso, construído diretriz específica contendo indicação, contraindicação e operacionalização do uso da tecnologia. Os especialistas acompanham a volumetria de pacientes atendidos pelo time e são acionados em caso de complicações ou evolução desfavorável da ferida, para avaliação minuciosa. Em cerca de 7 meses do início do projeto foram realizadas 410 aplicações de laser pelos enfermeiros capacitados, cerca de 58 aplicações/mês e embora ainda não tenhamos resultados do desfecho, nota-se mais engajamento no cuidado ao paciente e consequente melhora das lesões em acompanhamento. Considerações finais: A capacitação de enfermeiros no cuidado de lesões de pele, incluindo a habilitação para uso de tecnologias, é uma das atribuições do especialista, de forma a contribuir com melhores desfechos ao paciente. Como plano futuro, espera-se acompanhar o desfecho dos pacientes que receberam atendimento do time e a terapia adjuvante, buscando evidenciar os impactos da capacitação na qualidade do cuidado. Contribuições para estomaterapia: A capacitação e acompanhamento de enfermeiros dispostos a atuar na prevenção e tratamento de lesões cutâneas, adequadamente habilitados, pode contribuir com a atuação mais assertiva do estomaterapeuta em outras atividades, além de auxiliar em casos de menor complexidade, minimizando as chances de evolução desfavorável da ferida.</p> Eliane Mazócoli, Aline De Oliveira Ramalho, Danielle Leonardi Barreto, Claudia Matias Rentes Barbosa, Ana Carolina Altafini Nastri Doria, Renata Gonçalves De Oliveira, Alessandra Marin Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/942 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CERTIFICADO AFETIVO COMO INSTRUMENTO DE APOIO PARA ALTA AMBULATORIAL DE PACIENTES COM LESÕES DE PELE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/943 <p>Introdução: As lesões de pele representam um desafio para os sistemas de saúde, paciente e família. No processo de cuidar é essencial que os profissionais de saúde, em especial enfermeiros assistenciais e estomaterapeutas, em seu cotidiano pense para além da fisiopatologia da cicatrização. O cuidado deve compreender também o contexto psicossocial, Desenvolver estratégias para ofertar assistência integral representa uma busca pertinente pela qualidade¹. Objetivo: Relatar a experiência do uso do certificado afetivo como instrumento de apoio para alta ambulatorial de pacientes com lesões de pele. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de um Serviço de Estomaterapia (SE) em Fortaleza, Ceará, Brasil. O hospital é quaternário vinculado à rede pública estadual e especializado em doenças cardiopulmonares. Os pacientes acompanhados desenvolveram lesões de pele durante a internação e receberam alta hospitalar sem sua completa cicatrização. O SE, passa a realizar o acompanhamento ambulatorial até sua remissão. O processo de cicatrização é complexo e interfere em aspectos biopsicossociais, pois as lesões ocasionam dor, podem ser exsudativas e por vezes provocam redução da independência, alterações de humor e comprometimento da autoestima2,3. O paciente e família desempenham um papel fundamental ao seguir as orientações prescritas pelo estomaterapeuta para realização de cuidados diários com sua ferida no domicílio. A autoestima é a maneira como uma pessoa se percebe, e está intimamente ligada à sua qualidade de vida, independência e sensação de bem-estar. Por sua vez, afeta sua autoconfiança e influencia a adesão ao tratamento, refletindo uma estratégia de cuidado integral e holística4. A partir de outubro de 2023 o SE desenvolveu o Certificado Afetivo, contendo o reconhecimento por meio da frase “Declaramos para os devidos fins que Paciente está de alta do Serviço de Estomaterapia por cura da lesão”, o mesmo é entregue no momento da alta acompanhado de uma fotografia com a equipe que realizou o tratamento. Este é um momento de sentimento ímpar para todos envolvidos. A alegria e sensação de felicidade, acompanhado de sorrisos e satisfação culminam no momento da alta, afirmando a construção do vínculo paciente-profissional e o Certificado Afetivo vem sendo utilizado para reafirmar e valorizar o cuidado em saúde individual. A certificação afetiva, materializa o esforço e comprometimento do paciente e família durante o tratamento, ressignificando a retomada de atividades individuais e coletivas. Considerações finais: o certificado afetivo é simbólico, têm potencial para contribuir com a autoestima e reintegração do indivíduo após a cicatrização de lesões de pele. Contribuições para a estomaterapia: Tendo em vista a fragilidade emocional ocasionada pelas lesões de pele, o presente relato exemplifica e influencia a humanização da assistência como parte do cuidado do estomaterapeuta. O desenvolvimento de instrumentos que contribuam para a assistência holística e promovam a qualidade de vida, capacitam e fortalecem a especialidade.</p> Karla Andréa De Almeida Abreu, Aurilene Lima Da Silva, Maria Luiza Pereira Costa, Francisco D’lucas Ferreira De Santana, Alyne Soares Freitas, Priscila Sampaio Silva, Jennifer Nayana Ribeiro Guerra, Rocilda Custódio Moura Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/943 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 DESAFIOS DE UM ESTOMATERAPEUTA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE UM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/944 <p>Introdução: A estomaterapia é uma especialidade da enfermagem que abrange os cuidados às pessoas com feridas de difícil cicatrização ou agudas, estomias, incontinências e fístulas1. O processo de trabalho do estomaterapeuta envolve amplas possibilidades de atuação, desde a assistência direta, como também atividades educacionais e gerenciais, que são essenciais para atender a alta demanda de pessoas2. Entretanto, o estomaterapeuta enfrenta diversos desafios para exercer suas atividades e fortalecer seu espaço nos serviços, sobretudo em razão de dificuldades institucionais, estruturação de serviços, sobrecarga de trabalho e dificuldades de autonomia3. Objetivo: Relatar os desafios enfrentados por um estomaterapeuta para o desenvolvimento e implantação de um ambulatório de estomaterapia. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, delineado a partir dos desafios identificados e enfrentados por um estomaterapeuta para desenvolvimento de um ambulatório de estomaterapia, implantado no município de Garanhuns, no agreste de Pernambuco, com média de população de 142.506 pessoas4. O ambulatório, situado em um centro de especialidades multiprofissional, de esfera municipalizada, onde faz parte da rede secundária e especializada, conta com apenas um enfermeiro estomaterapeuta responsável por coordenar, executar, avaliar as pessoas e fazer os atendimentos, e uma técnica em enfermagem que o auxilia neste processo. Este serviço atende pessoas provenientes via regulação das unidades básicas de saúde do município. As pessoas acolhidas são todas que apresentem feridas de difícil cicatrização, feridas complexas, e pessoas com estomias, onde são desenvolvidas atividades de prevenção, tratamento, orientação e educação em saúde. Desenvolvimento: O ambulatório de Estomaterapia foi desenvolvido em 2022, após se observar o aumento de pessoas com feridas complexas, de difícil cicatrização e com estomia. O processo de construção e implantação foi realizado pela secretaria de saúde e por um estomaterapeuta e se deu a partir do levantamento de pessoas com feridas, estomias, acamadas, cadeirantes, domiciliadas. A partir dessa análise, realizou-se um teste piloto para verificar viabilidade e, após, o treinamento com as enfermeiras das unidades básicas para o rastreamento por postos de saúde com o objetivo de justificar as compras de materiais de curativos para assistir à população. Ademais, também se realizou a construção do pregão de compras para os insumos e o treinamento de todas as equipes das unidades básicas de saúde, estratégias de saúde da família e do serviço de atendimento domiciliar, sobre feridas, curativos e estomias, para o aperfeiçoamento e um olhar acurado dos profissionais na condução e encaminhamento dos pacientes para o ambulatório. Nesse processo, os desafios para implantação do serviço se relacionaram ao processo de treinamento dos profissionais, estruturação do serviço, levantamento de dados para justificar a compra de insumos, além de gastos. Ressalta-se as diversas atribuições para o único estomaterapeuta da rede e responsável pelo ambulatório e outras funções assistenciais, gerenciais e educacionais. Contribuições para estomaterapia: conhecer as funções do estomaterapeuta e os desafios enfrentados na implantação de serviços de estomaterapia, além de incentivar mais profissionais na criação de ambulatórios e o fortalecimento do espaço do estomaterapeuta nas instituições de saúde.</p> Joel Azevedo De Menezes Neto, Isabelle Pereira Da Silva, Rhayssa De Oliveira E Araújo, Isabelle Katharinne Fernandes Da Costa, Michelle Reis Nabuco, Ana Paula Dos Santos Albuquerque, Paulo Ricardo Ramos Mendonça Filho, Jabiael Carneiro Da Silva Filho, Leonardo Bruno Gomes Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/944 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O USO DA OZONIOTERAPIA POR ENFERMEIROS E COMPETÊNCIAS RELACIONADAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/945 <p>Introdução: A ozonioterapia é uma terapia complementar segura e de baixo custo que utiliza a mistura de ozônio e oxigênio com fins terapêuticos, por diferentes vias de administração. Tem sido utilizada por enfermeiros em diversas áreas, especialmente no tratamento de feridas de várias etiologias¹,²,³. Em muitos países é utilizado como tratamento de primeira escolha; sendo reconhecido como agente antioxidante, desintoxicante, bactericida, fungicida, virustático, antimicrobiano, imunomodulador, biorregulador, analgésico passível de estimular a circulação, oxigenação tecidual e aumentar expressão de fatores de crescimento endotelial¹,²,³. Objetivo: Relatar experiência de workshop sobre o uso da Ozonioterapia por enfermeiros, das práticas às competências. Método: Trata-se do relato de experiência de workshop realizado em maio de 2023 durante a Semana Brasileira de Enfermagem, no hospital universitário de Santa Catarina. A atividade foi organizada por uma docente estomaterapeuta e alunas de enfermagem de uma liga acadêmica de Estomaterapia. Foi desenvolvida em dois momentos teórico- práticos: o primeiro voltado à teorização de conceitos-chave sobre Ozonioterapia, as vias para aplicação de ozônio, além da sua forma correta de aplicação e implicações éticas para enfermeiros. O segundo momento trouxe demonstrações práticas de utilização de materiais e equipamentos, como ventosas, estetoscópio e outros; e do manuseio do ozonizador medicinal. Resultados: Participaram da atividade como ouvintes nove acadêmicos e cinco enfermeiros, por um período de quatro horas. Os participantes demonstraram interesse em ampliar seus conhecimentos sobre a temática, participando de forma ativa das discussões e avaliando positivamente a atividade. A cada dia cresce mais o campo de atuação do enfermeiro no âmbito da utilização da Ozonioterapia; especialmente por configurar uma terapia de baixo custo, acessível em vários contextos de cuidado – notadamente no Sistema Único de Saúde - e com poucas contra-indicações. Apesar disso, muitos profissionais ainda não possuem instrumentalização para fazer uso de tal prática terapêutica. Considerações Finais: A iniciativa de disseminar informações sobre Ozonioterapia incita enfermeiros e estudantes a ampliar seus conhecimentos sobre uma terapia alternativa com potencial terapêutico em diversas condições clínicas. Contribuições para a Estomaterapia: O fortalecimento do conhecimento sobre Ozonioterapia em ambientes acadêmicos e profissionais é fundamental para seu uso responsável e informado, a fim de aprimorar a qualidade dos cuidados prestados pelos enfermeiros em suas práticas clínicas. O estomaterapeuta pode contribuir no estabelecimento, desenvolvimentos de pesquisas, recomendações e treinamento de outros enfermeiros para o uso do ozônio no tratamento de lesões cutâneas.</p> Cilene Fernandes Soares, Gabriely Do Nascimento Barbosa, Juliana Balbinot Reis Girondi, Maria Fernanda Loccioni, Letícia De Oliveira Grespi, Tauane Dos Santos Firminio Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/945 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PODCAST COMO UMA FERRAMENTA EDUCACIONAL EM EMPREENDEDORISMO NA ESTOMATERAPIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/946 <p>INTRODUÇÃO: O empreendedorismo na enfermagem em estomaterapia é uma área em expansão, onde profissionais buscam oportunidades inovadoras para aplicar seus conhecimentos e experiências, para a saúde, educação e bem-estar da comunidade. Nesse contexto, o uso de tecnologias emergentes desempenha um papel crucial na promoção e no desenvolvimento dessas iniciativas empreendedoras¹. Uma dessas tecnologias é o podcast, uma forma de mídia digital que ganhou popularidade nos últimos anos, oferecendo uma plataforma versátil para a criação, distribuição e compartilhamento de conteúdo de áudio e vídeo. O podcast possibilita a conexão direta com o público-alvo, permitindo que seja alcançada e engajada uma audiência específica de maneira abrangente ², ³. Por este ângulo, o tema deste estudo foca no podcast denominado "Pod Largar o Plantão" como uma ferramenta educacional de empreendedorismo na estomaterapia. Este representa uma fonte de entretenimento, informação e educação em empreendedorismo para profissionais da saúde interessados em expandir seu campo de atuação, potencializando sua expertise e contribuindo para o avanço da área da enfermagem em estomaterapia. OBJETIVO: Propõe-se dois objetivos: analisar o potencial do podcast como uma ferramenta educacional em empreendedorismo na estomaterapia, com centralidade no podcast "Pod Largar o Plantão"; e discutir os benefícios e os desafios do uso dessa mídia, bem como estratégias para otimização do seu potencial educacional no empreendedorismo. DESENVOLVIMENTO: Este estudo caracteriza-se como um relato de experiência sobre o desenvolvimento do referido podcast. Tem um caráter qualitativo, no qual busca discorrer sobre produção e gestão desta ferramenta virtual. Os resultados emergiram por meio de anotações, registros de áudio das gravações dos episódios e análise de conteúdo dos episódios publicados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O podcast "Pod Largar o Plantão" foi eficaz na ampliação do conhecimento dos ouvintes sobre estratégias de empreendedorismo na área da estomaterapia. Através de episódios focados em casos de sucesso, dicas práticas e entrevistas com empreendedores renomados na área da saúde, compartilhando insights valiosos e conhecimentos relevantes para o desenvolvimento de iniciativas empreendedoras de quem for assistir ao conteúdo por áudio e vídeo por meio das plataformas digitais Youtube e Spotify. Histórias inspiradoras e reflexões sobre os desafios enfrentados no caminho empreendedor, levou os ouvintes a refletir sobre perseverança, resiliência e abertura para novas oportunidades de crescimento. Por intermédio de relatos autênticos e experiências compartilhadas pelos entrevistados e pelos entrevistadores, foi possível reforçar a ideia de que o caminho do empreendedorismo é marcado por desafios, superações e coragem. Os desafios encontrados foram agendar esse projeto, conseguir participantes envolvidos com essa temática na área da saúde, incluir essa logística no calendário dos entrevistados e dos entrevistadores e o investimento financeiro. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: Como derradeiro, os resultados podem ser evidenciados através de comentários dos ouvintes pelo canal no YouTube (http://www.youtube.com/@PodLargaroPlantao). O "Pod Largar o Plantão" demonstrou ser uma possibilidade de ferramenta de educação acerca do empreendedorismo na saúde, especialmente na estomaterapia, proporcionando aos seus ouvintes conhecimento, inspiração para uma mentalidade empreendedora e apoio para o desenvolvimento de suas próprias iniciativas empreendedoras.</p> Bruno De Sousa Pappalardo ), Camila Camacho Ribeiro Pappalardo, Norma Valéria Dantas De Oliveira Souza ) Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/946 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PROCESSO DE AUDITORIA DE REGISTROS DE ENFERMAGEM COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO: RELATO DE UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/947 <p>Introdução: A extensão tem a finalidade de interligar as universidades com as comunidades em que estão inseridas, oferecendo aos alunos a oportunidade de conhecer e desenvolver de forma prática o que se aprende no curso universitário1. Objetivo: Relatar a experiência dos estudantes de enfermagem em uma extensão universitária na área de tratamento de feridas com processo de auditoria dos prontuários. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência do projeto de Sistematização da Assistência Enfermagem na Prevenção e Tratamento de Lesões de Pele (SAELP) da Universidade Federal do Espírito Santo, no período de setembro de 2023 a março de 2024. O Projeto SAELP possibilita a experiência de desenvolvimento do conhecimento acadêmico sobre prevenção e tratamento de feridas no contexto de saúde pública. Para o aprimoramento dos registros das consultas de enfermagem, foi criado o processo de auditoria dos prontuários, um grupo formado por estudantes mais experientes na temática de Processo de Enfermagem e a professora coordenadora. O processo de auditoria acontece semanalmente, onde os erros encontrados são repassados para o estudante responsável pelo registro como forma de melhoria. Das 163 auditorias realizadas entre setembro de 2023 e março de 2024, os principais erros encontrados foram: erros de digitação, erros de formatação, erros de datação, erro de terminologia, ausência de registro fotográfico do dia, repetição de eventos passados na avaliação de enfermagem, diagnósticos de enfermagem não justificados pelos dados descritos, intervenções fora da ordem cronológica dos acontecimentos relatados, ausência de julgamentos clínicos na evolução de enfermagem, descrição insuficiente de características da ferida, ausência de descrição de alterações subjetivas (ex.: dor, prurido e ausência de assinatura ao final do registro) e ausência do uso da ferramenta de avaliação de feridas Resvech. Para sedimentação do conhecimento, a auditoria desenvolveu treinamentos com base no Processo de Enfermagem e Estomaterapia, para aperfeiçoamento teórico- prático. Os registros são um importante instrumento que comprova a qualidade da atuação da equipe de enfermagem, sendo possível refletir sobre o cuidado e todo atendimento prestado ao longo da consulta2. Dessa forma, mediante importância de avaliar o cuidado, compete à auditoria garantir a qualidade da assistência prestada ao usuário mediante a averiguação do conteúdo anotado no prontuário2. Além disso, no contexto de ensino e aprendizagem, a metodologia ativa utilizada para a realização da auditoria possibilita um maior refinamento do conhecimento de todos os envolvidos3. Considerações Finais: A educação permanente dentro do processo de auditoria implementada no Projeto de Extensão SAELP pode ser uma prática inovadora no ensino e formação de novos enfermeiros estomaterapeutas, com formação crítica e reflexiva no que tange ao registro do processo de enfermagem. Contribuições para Estomaterapia: A inserção da auditoria de registros na estomaterapia auxilia na identificação de falhas na assistência, permitindo a readequação de condutas, a redução de riscos associados a más práticas e melhoria da qualidade das consultas.</p> Rafael Soares Nogueira ), Karen Montuan De Souza, Aryanne Carolyne Silva Santos, Byanca De Paula Gomes Silveira, Gabrielle Feu Pereira, Jullia Ellen Da Silva Parreira, Luanna Dias De Assis, Natália Da Silva Correia, Rebeca Kalil De Freitas, Anna Bárbara De Almeida Dos Santos, Gabrielli Lopes Pinto, Heloísa Helena Camponez Barbara Rédua, Paula De Souza Silva Freitas Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/947 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM UM SERVIÇO DE ESTOMATERAPIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/948 <p>Introdução: O estágio curricular supervisionado precisa cumprir certos critérios, como ocorrer em hospitais gerais ou especializados, ambulatórios, na rede básica de saúde e em comunidades. Deve ser realizado nos dois últimos semestres do curso, correspondendo a 20% da carga horária total do curso. Além disso, é fundamental a participação efetiva dos enfermeiros dos serviços de saúde onde ocorre o estágio, sob a orientação de um professor1. O papel do enfermeiro como educador e facilitador do processo de ensino-aprendizagem é muito importante, pois ele possui conhecimento teórico, didático e político, fornecendo aos estudantes uma compreensão dos objetivos do serviço de saúde. Sua experiência e discernimento são essenciais para incentivar a participação do conhecimento teórico em atividades práticas e promovendo a auto aprendizagem no planejamento e execução das atividades2,3. Objetivo: Relatar a vivência de enfermeiros estomaterapeutas na supervisão de acadêmicos de enfermagem durante estágio obrigatório em um serviço de Estomaterapia. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência de estágio obrigatório do curso de Enfermagem, realizado em um serviço especializado em estomaterapia no Sul do Brasil, do período de 2018 a 2023. Desenvolvimento: O serviço de Estomaterapia é campo de estágio para alunos da graduação em Enfermagem de instituições públicas e privadas, os alunos acompanham as enfermeiras, participam das consultas, dos grupos de apoio, fazem a distribuição de materiais, realizam a escala de pessoal, fazem solicitação de materiais, conhecem toda a rotina do serviço. O acadêmico acompanha a enfermeira em todas as atividades para conhecer a rotina do serviço, a enfermeira ensina como trocar uma bolsa de estomia, como tratar as complicações, como fazer a avaliação de uma ferida, quais os produtos disponíveis e sua aplicabilidade. Mas ensinamos principalmente como se realiza o atendimento, pois não cuidamos de um estoma ou de uma ferida, cuidamos de uma pessoa que tem um estoma ou uma ferida. Essa experiência no cuidado ao paciente com estomias e feridas proporciona um aprendizado diferenciado e ímpar, uma vez que há uma lacuna nesta área na formação ao longo da graduação dos enfermeiros. Além de incentivar a busca por mais conhecimento nessa área, capacita futuros enfermeiros na sistematização do cuidado. Considerações finais: É um desafio e uma grata experiência para o profissional enfermeiro, interligando os conhecimentos técnico-científicos com a prática, fornecendo ao acadêmico de enfermagem o conhecimento teórico, vivenciando um atendimento especializado, trazendo reflexões de seus saberes e competências profissionais, realizando a função de educador com clareza e domínio no desempenho de suas atividades. Contribuições para a Estomaterapia: Oferecer um campo de estágio para alunos de graduação em enfermagem, proporcionando a oportunidade de desenvolver habilidades práticas em um ambiente clínico específico, além de promover uma compreensão mais profunda das necessidades de cuidados de pessoas com estomias e feridas. Além disso, a inclusão da estomaterapia como campo de estágio pode ampliar o escopo de atuação dos enfermeiros, oferecendo- lhes uma especialização adicional e oportunidades de carreira mais diversificadas.</p> Rosaura Soares Paczek, Márcia Elaine Costa Do Nascimento, Ana Karina Silva Da Rocha Tanaka, Elaine Maria Alexandre, Gustavo Gomboski, Karla Durante Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/948 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TIME DE ESTOMATERAPIA E SUAS POTENCIALIDADES NA REDUÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO ADQUIRIDA NO AMBIENTE HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/949 <p>Introdução: Nos últimos anos temos visto uma ampliação no número de enfermeiros estomaterapeutas dedicados à especialidade dentro de organizações hospitalares. No entanto, devido as múltiplas demandas assistenciais, o desenvolvimento de projetos de melhoria, análise e gerenciamento de eventos adversos, especialmente as lesões por pressão, podem acontecer de forma limitada. Objetivo: Compartilhar a experiência da reestruturação de um time de estomaterapia, visando redução das lesões por pressão adquirida durante a hospitalização. Desenvolvimento: Durante os primeiros meses da pandemia de COVID-19, viu-se um aumento expressivo na ocorrência de LP, o indicador de prevalência de lesão por pressão adquirida na instituição saiu de cerca de 5% e alcançou índices superiores a 13%. Com isso, a demanda de acionamentos do time de estomaterapia aumentou e viu-se a necessidade de elaboração de um plano robusto para contenção de danos. Foi então proposto pela diretoria assistencial ampliação do quadro de estomaterapeutas e o direcionamento de um especialista para prevenção, tendo como quadro completo 3 enfermeiros exclusivos. A partir deste momento, diversas ações foram desenvolvidas, a saber reestruturação do time de prevenção, denominado Skin Champions, monitorização em tempo real do bundle de prevenção, aquisição de coxins específicos para posicionamento prona, calcâneos, dorsal e posicionador de 15° para pacientes instáveis. Além disso, foi feito um projeto robusto de melhoria da qualidade, que incluiu criação de recomendação específica de prevenção de LP em pacientes instáveis, diretriz para seleção da superfície de suporte, inclusão da equipe multiprofissional para discutir intervenções de prevenção de LP, treinamentos, oficinas e workshops. Ao final de 2022, a prevalência de LP já alcançava o patamar prévio ao início da pandemia (4%). Durante o ano de 2023 e 2024 o time foi ampliado para quatro especialistas e manteve-se um dedicado a prevenção. O time atuou fortalecendo outras frentes, com treinamentos de enfermeiros referências em estomaterapia, ampliação da utilização do laser de baixa potência para tratamento de feridas, elaboração de bundle de prevenção específico para centro cirúrgico e pronto atendimento, criação de time de análise para lesões desenvolvidas na instituição, criação do pitstop de lesões cutâneas para alinhamento dos cuidados direto com as unidades e enfermeiros a beira leito, automatização na cobrança de taxas, melhoria no processo de enfermagem relacionado ao cuidado da pele, entre outras intervenções. Como resultado do trabalho árduo de todo o time, a mediana de LP adquirida na instituição nos primeiros meses de 2024 foi para 2,5%. Considerações finais: A estruturação de um time robusto de estomaterapia, incluindo a atuação no processo de prevenção e gerenciamento de lesões cutâneas decorrentes da assistência, pode contribuir com a segurança do paciente, melhorando sua experiência no serviço, otimização dos recursos e liderando os times em busca da melhoria contínua e redução de eventos adversos, especialmente as lesões por pressão. Contribuições para estomaterapia: A experiência na organização de um time robusto de estomaterapia pode auxiliar na estruturação de seus times e servir como inspiração para outros especialistas, no que se refere a ampliação da atuação dos especialistas, suas potencialidades e impactos.</p> Aline De Oliveira Ramalho, Eliane Mazócoli, Claudia Matias Barbosa Rentes, Danielle Leonardi Barreto, Renata Gonçalves De Oliveira, Alessandra Marin Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/949 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 “PRECISO ACHAR OS MEUS PARES” SOBRE A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO INTEGRADO ENTRE ESTOMATERAPEUTAS UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COLETIVO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/950 <p>Na formação em Estomaterapia o enfermeiro desenvolve habilidades técnicas, clínicas e comportamentais, sendo que a dimensão ética é estudada, discutida e aprimorada nas 3 áreas da especialidade (1,2). A SOBEST – Associação Brasileira de Estomaterapia – desenvolveu e publicou em Setembro de 2016 as diretrizes éticas para o exercício da Estomaterapia brasileira, estruturado em sete artigos integrados. No terceiro artigo estabelece os aspectos éticos envolvendo a assistência da Estomaterapia e descreve que “É direito do(a) enfermeiro estomaterapeuta a participação na prática multiprofissional e interdisciplinar, com autonomia, responsabilidade, e respeito aos seus pares e demais membros da equipe” (3). Objetivo Compartilhar a elaboração-reflexiva gerada por um grupo de estomaterapeutas a partir de um encontro integrativo e de discussão de trabalho Desenvolvimento No dia 04 de Abril de 2024 a Seccional SOBEST -RS realizou seu primeiro Chimarrão Científico com a participação de estomaterapeutas e alunos do curso de Estomaterapia da Unisinos. Além dos 4 integrantes da seccional, estavam presentes a coordenação do curso de Estomaterapia, professoras universitárias, uma liderança municipal de saúde e a assessoria nacional da SOBEST. A proposta do encontro foi promover uma integração entre as instituições que desenvolvem a Estomaterapia no estado, discutir suas demandas, estabelecer parcerias de trabalho e estudo, bem como, elencar temáticas a serem desenvolvidas nos encontros científicos anuais. Após a apresentação individual dos presentes, onde suas atuações profissionais foram destacadas, o grupo realizou uma discussão delineando demandas e necessidades de melhorias nas suas áreas, assim como, refletindo sobre a importância do trabalho do estomaterapeuta nos serviços de saúde, como um integrante que fornece uma atenção diferenciada, exercendo o papel fundamental de treinar e acompanhar as equipes assistenciais, além de estimular os enfermeiros generalistas para a realização da especialização. Considerações Finais A seccional-RS avaliou que o objetivo do encontro foi alcançado, pois promoveu uma atividade que além de ter sido rica em termos de troca de experiências profissionais, oportunizou discussões pertinentes e vivenciou um momento de confraternização afetivo e amistoso. Igualmente pode alinhar perspectivas de atuações conjuntas, tais como, planejar um evento para o ano de 2025, em que o curso de Estomaterapia da Unisinos concretiza 15 anos de existência no estado e a seccional-RS 10 anos de atuação. Contribuições para a Estomaterapia O grupo refletiu e destacou sobre a importância da Estomaterapia ser e estar junto no dia a dia de cuidados práticos aos usuários, bem como, que é fundamental que o estomaterapeuta identifique e crie alianças com seus pares, principalmente estomaterapeutas, no intuito de implementar-se cenários educativo-assistenciais de maior qualidade técnico-científica, comprometidos genuinamente com o bem estar das pessoas e implicados no compromisso da cultura associativa.</p> Korine Caldas Da Silva, Susane Schirmer Mendes Scheid, Silvana Mara Janning Prazeres, Rosaura Soares Paczek, Priscila Saavedra Scherer, Marina Soares Mota, Mariana Martins Dos Santos, Márcia Elaine Costa Do Nascimento, Luciana Rosa Porto, Adrize Porto, Gustavo Gomboski, Fernanda Silva Dos Santos, Fabiana Henriques Maciel, Emilia Hennemann, Denise Preissler Loureiro Chaves, Cátia Frigi Delevati, Ana Paula Scheffer Schell Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/950 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA NO CUIDADO A PACIENTES ONCOLÓGICOS E ESTOMIZADOS EM FRAGILIDADE EMOCIONAL https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/951 <p>INTRODUÇÃO: A finalidade dos procedimentos de saúde tem sido proporcionar meios para a continuidade da vida sem perder o foco na qualidade. Ponderar a subjetividade dos pacientes oncológicos e estomizados, adotando práticas humanizadas e olhar holístico pode propiciar uma alavancagem motivacional do paciente, favorecendo sua autoestima e estimulando o autocuidado. Nesse contexto a assistência de enfermagem humanizada, dentre as práticas de cuidado, habilita-se a perceber os sinais relativos às fragilidades humanas e ali esmera-se em intervir com propósito de proporcionar alívio, esperança, reconforto e equilíbrio emocional, promovendo saúde e qualidade de vida. OBJETIVO: demonstrar a importância da assistência humanizada de enfermagem frente aos desafios e fragilidades emocionais vivenciadas por pacientes oncológicos e submetidos a estomias. METODOLOGIA: trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada no banco de dados do Google Acadêmico e Scielo, onde foram incluídos 5 artigos dos anos de 2014 a 2021. RESULTADO: É demonstrado dentro da realidade desfortuna ocasionada pelo câncer, a relevância da prática humanizada de enfermagem que está atenta para além do prognostico incerto, a fragilidade psicológica, medo de morrer, distúrbios fisiológicos em decorrência da doença e dos tratamentos, ansiedade, depressão e a desesperança, quadro comumente vivenciado por pacientes oncológicos. Outrossim, expõe-se o elevado índice de ideação suicida de auto risco por pacientes estomizados. Uma pesquisa realizada em hospitais de Teerã, capital do Irã em 2019, apresentou resultados preocupantes. Os dados revelam que 97% dos participantes declararam ter tido ideação suicida dentro do período de três meses pós cirurgia, reduzindo para 84% em um período de seis meses. Outro estudo de caso, desta vez realizado no Brasil, no estado do Ceará, município Barbalha, com paciente do sexo feminino, acometida por câncer de ovário e íleo-estomizada, indicou ansiedade, distúrbios na imagem corporal, potencial para alteração da nutrição e risco de prejuízo para integridade da pele como principais diagnósticos de enfermagem. CONCLUSÃO: é apresentado atributos da assistência de enfermagem humanizada no cuidado aos pacientes oncológicos e estomizados destacando-se o olhar holístico ao paciente, acolhimento, escuta ativa, criação de vínculos com o paciente e sua família, respeito às características de subjetividade e individualidade e o encorajamento do paciente a desabafar sentimentos. Destaca-se a importância da atuação da enfermagem desde a chegada do paciente ao serviço de saúde, estabelecendo boa comunicação, identificado aspectos subjetivos, fornecendo orientações necessárias que ajudem na aceitação da nova condição em consequência da estomia. Observou-se melhora na qualidade de vida de pacientes estomizados por consequência de câncer colorretal que dispunha de atenção emocional, apoio familiar, atendimento psicológico profissional e cuidado humanizado da enfermagem. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: o estudo propõe ajudar na compressão dos aspectos que interferem e influenciam na vida do paciente, os riscos e agravos psicológicos provocados pela agressividade do tratamento, tanto quanto a importância da estomaterapia na promoção de saúde com qualidade e sobrevida do paciente.</p> Mércia Maria Costa De Carvalho Claro, Thiago Guimarães De Brito Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/951 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 AÇÕES DE UM AMBULATÓRIO DE ENFERMAGEM EM REABILITAÇÃO URINÁRIA E INTESTINAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/952 <p>Introdução: A reabilitação de indivíduos com disfunções de eliminação deve ser multifatorial, diante da nova realidade enfrentada, em que é preciso considerar os âmbitos social, laboral, físico, psicológico, familiar e recreativo, sendo extremamente importante as ações de enfermagem neste período(1-3). Objetivo: Apresentar um relato de experiência sobre um projeto de extensão de um Ambulatório de Enfermagem em Reabilitação urinária e intestinal. Desenvolvimento: Este relato consiste na experiência de um projeto de extensão realizado em um Ambulatório de Enfermagem em Reabilitação em um Hospital Universitário (HU) Federal no interior do Estado de São Paulo, Brasil. O projeto iniciou suas atividades em 2018 com consultas de Enfermagem semanais a crianças e adultos com disfunções urinárias e intestinais, com atendimentos presenciais e teleatendimentos, em especial no período pandêmico através de teleconsultas. Em novembro de 2020, segue em atendimentos especializados aos indivíduos com estomias de eliminação. Até o momento, foram atendidos 86 adultos e 20 crianças e/ou adolescentes e seus respectivos cuidadores. O projeto tornou-se referência ao município local e da região com programas de reabilitação urinária e intestinal através de consultas interdisciplinares por uma equipe composta por estudantes de graduação de Enfermagem, estudantes de pós-graduação, docentes do Departamento de Enfermagem, enfermeiros do hospital, nutricionista e médicos. Dentre as necessidades de cuidado de saúde identificadas, estão incontinência e retenção urinária crônica, uso do cateterismo urinário intermitente limpo no domicílio, constipação crônica, estomas de eliminação, cuidados com a pele, alimentação e hidratação, atividades de vida diária e impactos familiares para o cuidado domiciliar. Através desse projeto, também foram realizadas capacitações com a comunidade e a rede de atenção do município e gestão de saúde. Contribuições para a Estomaterapia: Sobre as atividades, ressalta-se treinamento do autocateterismo urinário intermitente; orientação e acompanhamento de diário miccional e de hábitos intestinais; auxílio na obtenção de materiais na rede de atenção à saúde municipal; identificação de complicações motoras, feridas e de perdas urinárias; reconhecimento e orientações de reações adversas de medicações; e treinamento de manobras não invasivas de eliminação intestinal. Em relação às estomias de eliminação, no decorrer dos atendimentos, são disponibilizados materiais educativos para troca de bolsas e autocuidado com as estomias no ambiente domiciliar; avaliação e aconselhamento nutricional; aplicação de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde; treinamento e capacitação do cuidador para auxílio nos cuidados da estomia; identificação de complicações crônicas; prevenção de novas comorbidades; adaptações nas atividades de vida diária; consulta em sexualidade; referência para outras especialidades de saúde; orientação sobre os direitos da pessoa com estomia; entre outros. Considerações finais: O desenvolvimento de projetos de extensão aproximam a academia da comunidade, de maneira com que conhecimentos possam ser aplicados na prática e beneficiem mutuamente quem aprende e quem dele usufrui. No caso de indivíduos com estomias de eliminação, o projeto de extensão mostra-se como um recurso potente para a reabilitação, educação e promoção em saúde.</p> Andrea De Jesus Zangiacomi, Julia Blanco, Victoria Aparecida Martins, Sofia Selpis Castilho, Lais Fumincelli Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/952 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ANÁLISE DA PRODUÇÃO AMBULATORIAL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE POR REGIÃO BRASILEIRA REFERENTE AO PROCEDIMENTO CUIDADOS COM ESTOMA NO PERÍODO DE 2018-2023 https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/953 <p>Introdução: Os sistemas de informação na saúde pública contribuem para um diagnóstico situacional e apresenta subsídios importantes para elaboração de políticas públicas e programas de saúde. Considerando o aumento no número de casos de pessoas submetidas a confecção de um estoma, espera-se que a assistência realizada seja especializada e em um considerável volume. Análise a realização do procedimento ambulatorial por região e com a especificidade para cuidados com estoma é de extrema importância para uma reflexão quanto a realidade assistencial do Brasil.1-5Objetivo: realizar uma análise comparativa entre a produção ambulatorial do Sistema Único de Saúde por região brasileira referente ao registro do procedimento cuidados com estoma, no período de 2018 a 2023. Metodologia: trata-se de um descritivo, quantitativo utilizando dados secundários do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). Buscou-se a produção ambulatorial por local de atendimento a partir de 2008, abrangência geográfica Brasil por Região Geográfica e Unidade da federação, selecionou-se a linha Região, inicialmente na coluna o item não ativo, porém selecionado o procedimento ambulatorial de número 0301100063 - cuidados com estomas, no conteúdo a quantidade aprovada. Posteriormente foram modificando o item na coluna para ano do atendimento, complexidade, caráter de atendimento e seleção do CBO enfermeiro estomaterapeuta. Os dados foram exportados para análise no programa Microsoft Excel versão 2023. Resultados: referente ao registro do procedimento de cuidados com estoma apresentou 59,6% (313.165) na região sudeste, seguida da região sul com 15,8% (83.172), a região centro-oeste com 13,9% (72.858), e as regiões norte e nordeste, respectivamente com 8,1% (42.556) e 2,7% (14.072). Quando se trata de procedimentos realizados por profissionais com especialidade em estomaterapia o número de registro apresenta redução de 525.823 para 59.907. Quanto ao registro por especialistas a região sul ultrapassa a sudeste, apresentando 43,2% (25.866) e 40,8% (24.462), o mesmo se observa na região nordeste com 2,7%(1.634) que ultrapassou o norte com 2% (1.192). Quanto ao ano do registro houve uma progressão aritmética crescente, o menor quantitativo registro foi em 2018 com 10,9% (57.490) e o maior em 2023 com 23,4% (122.968), todos os procedimentos foram registrados como de média complexidade, no que se refere ao caráter de atendimento 97,4% (512.282) foram eletivas, 2,5% (13.504) de urgência e 0,1% (37) outros. Conclusão: o estudo destaca diferenças importante entre o registro do procedimento de cuidados com estoma nas cinco regiões do Brasil. O maior número de registro foi encontrado na região sudeste, destaca-se que foi a primeira região a receber a especialidade no país. Considerando o baixo número de registro na região nordeste e norte, fica claro portanto que existe uma necessidade de estimular o registro do procedimento ambulatorial. Contribuições para a Estomaterapia: A análise comparativa do registro do procedimento cuidados com estoma nas cinco regiões do Brasil pode contribuir para melhoria no mecanismo de gestão pública na área de estomaterapia, além de estimular a utilização da Classificação Brasileira de Ocupações de enfermeiro estomaterapeuta e fortalecer a percepção da necessidade do profissional especialista em estomaterapia para melhor assistir os brasileiros.</p> Jabiael Carneiro Da Silva Filho, Ana Karoline Martins De Souza, Ingrid Paiva Nogueira, Isabel Cristina Ramos Vieira Santos, Marilia Perrelli Valença, Giullia De Souza Ribeiro, Breno José De Almeida Alves, Nataly Da Silva Gonçalves, Alex Do Nascimento Alves Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/953 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ATENDIMENTO AO ESTOMIZADO INTESTINAL EM CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO III – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/954 <p>Introdução Pessoas com estomia intestinal são aquelas que foram submetidas a um procedimento cirúrgico planejado ou não, para desvio de trânsito intestinal, objetivando a alteração do fluxo colônico. Entre as causas para a construção de um estoma estão os traumas, neoplasias intestinais, doenças inflamatórias e diverticulite ¹ ². Após a alta hospitalar o paciente depara-se a uma nova realidade, seja temporária ou permanente, desde a mudança da sua imagem corporal até seu cotidiano com a utilização de um equipamento coletor. Diante de tantas mudanças, o paciente precisa que seja oferecido um cuidado integral e multiprofissional³. Objetivo: O presente trabalho objetiva demonstrar que o atendimento a pessoa com estomia intestinal dentro de um serviço com equipe multiprofissional favorece o seu processo de reabilitação. Desenvolvimento: No município de São Sebastião o estomizado é atendido em uma das duas unidades de Reabilitação existentes. Os serviços do município recebem pacientes submetidos a cirurgias eletivas e de emergência, provenientes dos Hospitais da Região do Litoral Norte, Vale do Paraíba e Grande São Paulo. Alguns usuários após a cirurgia buscam inicialmente a atenção básica, que já encaminha o paciente para o serviço especializado. A pessoa com estomia intestinal dá entrada no serviço com a expectativa de retirada do material. A avaliação com equipe multiprofissional é essencial para estabelecimento de vínculo e início do processo de reabilitação, por isso, nas unidades de referência em São Sebastião, é agendado atendimento com a enfermeira pós graduada em estomaterapia, onde o paciente na sequência é direcionado para clínico geral, nutricionista, serviço social e psicólogo dentro da unidade e também poderá ser oferecido fisioterapia e terapia ocupacional se necessário. Caso necessário, o município oferta também transporte adaptado nos serviços. Paralelo ao atendimento nos serviços de saúde, a unidade dá início ao estímulo do paciente e seus familiares a buscarem a Secretaria da Pessoa com Deficiência para inclusão em programas voltados para este público, como por exemplo cursos e gratuidade de transporte municipal e a Associação Valeparaibana do Ostomizado – AVO. Além do acompanhamento no município, as equipes mantem contato com os serviços de origem extramunicipal, pois o paciente de acordo com a etiologia cirúrgica, poderá necessitar de acompanhamentos, como por exemplo tratamento oncológico ou retornos com a equipe do hospital de origem. O município, visando ainda uma assistência de qualidade, realiza aquisição através de pregão de insumos para dar suporte em situações emergenciais aos usuários, além do que é ofertado pelo estado. Após o acompanhamento realizado pela equipe multiprofissional, desde o início até o momento da alta no serviço, a equipe se faz presente. Considerações finais: A pessoa estomizada é considerada uma pessoa com deficiência, seja ela temporária ou definitiva, assim o sucesso da recuperação do paciente somente se dá através de serviços implantados, onde o paciente consegue obter qualidade de vida e assim atingimos o real objetivo do serviço em reabilitação, que é restituir as qualidades do convívio social diante do impacto da aquisição do estoma.</p> Poliana De Andrade Santos, Angelica Oliveira Costa Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/954 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM AOS INDIVÍDUOS ADULTOS COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO NO CONTEXTO DE REABILITAÇÃO DOMICILIAR: RESULTADOS PRELIMINARES DE UMA REVISÃO DE ESCOPO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/955 <p>Introdução: No processo de reabilitação no domicílio, o atendimento em saúde de uma pessoa com estomia de eliminação exige uma assistência integral, em que se compreenda o ser humano como um todo e busque fortalecer as capacidades da pessoa, da família e do ambiente para se enfrentar os desafios das mudanças de vida(1). No contexto domiciliar, objetiva-se a reinserção desse indivíduo ao convívio social e a capacitação para o autocuidado diário(2). Objetivo: mapear na literatura científica as ações de enfermagem aos indivíduos adultos com estomia de eliminação no contexto de reabilitação domiciliar. Método: Trata-se de uma Scoping Review, conforme método proposto pelo Joanna Briggs Institute (JBI) (3), com a questão norteadora “Qual a atuação da enfermagem aos indivíduos adultos com estomia de eliminação no contexto de reabilitação domiciliar?”, no período de 2018 a 2023, nos idiomas em português, inglês e espanhol. Resultados preliminares: Dos 6428 estudos identificados, 1622 estavam duplicados, sendo realizada a leitura de título e resumo dos 4806 restantes, os quais foi realizada a leitura na íntegra, de 137 estudos. Destes, 83 foram incluídos nesta revisão. Os estudos foram provenientes de diferentes países, em especial Brasil, China, Irã, Turquia, Espanha, Itália e Reino Unido. Dentre as principais ações de enfermagem no processo de reabilitação no domicílio, pode-se destacar: educação em saúde com paciente e família; modelos de cuidado à pessoa e família; instrumentos de avaliação; validação de diagnósticos de enfermagem; principais complicações das estomias e suas respectivas ações de Enfermagem para promoção do autocuidado; e inovações tecnológicas como teleconsultas, programas virtuais de seguimento domiciliar e equipamentos para uso nas atividades de vida diárias. Conclusão: O processo de reabilitação e a promoção do autocuidado do adulto com estomia de eliminação requer do profissional de saúde, em especial do enfermeiro, atitudes de adequação da sua prática às necessidades do paciente, objetivando o aproveitamento máximo de suas capacidades e/ou as potencialidades de seu cuidador no domicílio. Contribuições para a Estomaterapia: No domicílio, um cuidado integral de saúde torna-se essencial à pessoa com estomia de eliminação, de modo a proporcionar uma reabilitação biopsicossocial frente a uma nova condição de vida em diferentes dimensões do processo saúde-doença. A reabilitação deste paciente busca o alcance do autocuidado, qualidade da vida e um tratamento contínuo e interdisciplinar, em alguns casos, durante toda uma vida.</p> Laís Fumincelli, Gisele Martins, Julia Blanco, Victoria Aparecida Martins, Andrea De Jesus Zangiacomi Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/955 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PÓS-OPERATÓRIO A PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/956 <p>Introdução: A Portaria nº 400 de 16 de novembro de 2009, que determina que os cuidados a serem prestados às pessoas com estomias, que podem ser realizados em unidades de saúde, pelo profissional de enfermagem, que deve orientar o paciente e/ou cuidador a realizar o autocuidado, visando a promoção à saúde, prevenção das complicações e principalmente a utilização de equipamentos coletores adequados. Especificamente, estoma intestinal refere-se à exteriorização de uma porção intestinal por uma abertura na cavidade abdominal que, dependendo do segmento exposto, terá diferentes nomenclaturas, como colostomia ou ileostomia, podendo ser permanente ou temporária. Para que as práticas educativas surtam efeito, faz-se necessário que os profissionais de saúde assumam o seu papel de mediadores e facilitadores, acreditando na geração de mudanças individuais e coletivas. A depender do contexto devem-se trabalhar orientações individuais e em outros momentos em espaços coletivos, portanto o Profissional de Enfermagem deve prestar atendimento visando o cuidado integral dos pacientes, bem como a realização das orientações para as famílias precisam ser consideradas para a identificação dos sentimentos e dificuldades apresentadas pelo paciente durante a adaptação à nova realidade de vida. O enfermeiro contribui para a melhoria no cuidado as pessoas com estomia, visando a melhoria na qualidade de vida desse paciente, que está fragilizado devido a sua condição de saúde, pois a confecção da estomia gerador de múltiplos efeitos psicossociais devido a perda de controle voluntário das eliminações fisiológicas e a convivência diária com uma bolsa acoplada ao abdome podem culminar em perda da autoestima, sintomas depressivos, isolamento social, desvio de imagem corporal, colapso de relações conjugais e privação de sua liberdade humana, isso é, a estomia pode influenciar diretamente na condição de vida do paciente em pós-operatório, devendo o enfermeiro direcionar a assistência a necessidades do paciente. Objetivo: A identificação e descrição das publicações indexadas trazem a respeito dos cuidados no pós-operatório a pessoa com estomia de eliminação. Método: Por intermédio de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados: DEDALUS, SciELO, MEDLINE, LILACS, no período de 2019 a 2023. A pergunta norteadora escolhida para esse estudo foi “Qual a importância da atuação do enfermeiro o pós-operatório a pessoa com estomia de eliminação?". Resultado: Obtivemos 06 artigos no total que correspondiam aos critérios de inclusão/exclusão já previamente estabelecidos. Considerações Finais: Os profissionais de enfermagem não estão preparados para realizar o atendimento adequado aos pacientes portadores de estomias. É responsabilidade de todos os profissionais da Saúde prestar um cuidado competente, diferenciado e qualificado no atendimento de um paciente, sabemos que o enfermeiro tem capacitação técnico-científica para realizar esse cuidado e um importante papel em sua realização, já que uma vez que a estrutura curricular de seu curso exige disciplina de área de ciências humanas preparando-o assim a assistência de sinais e sintomas apresentados pelos indivíduos em suas múltiplas dimensões, além da arte de cuidar no seu cotidiano profissional.</p> João Pedro Couto Borges Macedo, Erika Dias Pianeli, Andrea Melo Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/956 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ATUAÇÃO DO ESTOMATERAPEUTA EM CONSULTÓRIO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E MANEJO DAS DERMATITES PERIESTOMAIS EM ESTOMIAS URINÁRIAS E EM DERIVAÇÕES URINÁRIAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/957 <p>Introdução: As derivações urinárias se tornaram comuns no ambiente urológico e oncológico a partir do século 20, e tem como principal finalidade salvar a vida do paciente.1 As indicações para as estomias urinárias são necessárias no tratamento de determinadas doenças uro-oncológicas como: tumores no trato urinário ou lesões funcionais importantes devido a essas patologias, com o objetivo de drenar a urina, sob baixa pressão, para não ocorrerem danos renais.2 Podem ser divididas em permanentes ou temporárias, continentes e incontinentes, e de acordo com a localização anatômica, como: Nefrostostomia ou pielostomia: derivadas diretamente dos rins; Ureterostomia: pela exteriorização de um ou de dois ureteres; Cistostomia: derivada da bexiga; Vesicostomia Quando a mucosa da bexiga é suturada na pele, acima da sínfise púbica, denominada por Mitrofanoff; Cistectomia: Pela retirada da bexiga e implanta os ureteres no ileo, assim realizando uma ileostomia. As complicações relativas à pele periestomia são dermatites irritativas, lesões pseudoverrugosas, incrustações alcalinas, varizes e pioderma gangrenoso. (3, 4) A manutenção da integridade da pele é um dos principais objetivos da assistência em enfermagem a pacientes com estomias e derivações. No entanto, apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas e melhoria dos cuidados às pessoas com essas condições, as complicações imediatas, mediatas e tardias da pele periestoma e nas derivações urinárias ainda são bastante frequentes.(5, 6) Acredita-se que exista um risco variável lesões de pele periestomas de 15 a 43% de ocorrência de complicações na pele, sendo mais frequente a dermatite química ou irritativa, na qual o dano cutâneo ocorre quando a pele é exposta a efluentes, resultando em inflamação e erosão (7, 8, 9, 10) Objetivo: Identificar as condutas efetivas para a prevenção e cuidados tópicos para gerenciar as dermatites ao redor do estoma e derivações de eliminações urinárias. Método: Este estudo constitui uma revisão narrativa de caráter descritivo a respeito da prática profissional em consultório de Estomaterapia em conjunto com a revisão bibliográfica sobre a temática. A coleta de dados foi realizada em publicações dos últimos 10 anos, e utilizou-se para as pesquisas: Base de dados Nacional Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS). Resultados: Foram observados nos estudos e utilizados nos cuidados profissionais: A gestão quanto aos cuidados com a pele ao redor do estoma, como: limpeza, banho, não utilização de substâncias agressivas, cuidados quando apresentar dermatite ao redor do estoma ou na pele devido ao extravasamento de urina ou umidade. Parâmetros para realização da troca do equipamento coletor e base adesivada. Orientações quanto a alimentação e condutas para evitar odores. Prescrição para organização de material de higiene e equipamento coletor. Suporte psicológico e social para o paciente e seus familiares. Conclusão: Portanto, além dos desafios físicos decorrentes do processo cirúrgico e da adaptação, às pessoas com estomias e derivações urinárias precisam de estratégias de educação em saúde e suporte profissional para a utilização de técnicas e recursos disponíveis voltados para o autocuidado, com práticas baseada em evidências científicas. Contribuições para a Estomaterapia: Mostrar à sociedade nossa atuação em cuidados com estomias urinárias e derivações urinárias. Montar protocolos em serviços de estomaterapia para suporte a esses pacientes.</p> Tatiane Mendes Araujo Ferreira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/957 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 COMO ABORDAMOS A SEXUALIDADE EM PESSOAS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/958 <p>Introdução: A sexualidade é uma necessidade fisiológica influenciada por diversos fatores, ocorrendo alguma dificuldade pode levar ao isolamento, desinteresse e vergonha nos relacionamentos. Nas pessoas com estomia a sexualidade pode ser impactada pela alteração da imagem corporal, levando a sentimentos de inadequação e desconforto em relação ao próprio corpo. Os relacionamentos interpessoais podem ser dificultados devido ao medo de rejeição e falta de autoconfiança1,2. Dessa forma, é imprescindível que a abordagem dos pacientes estomizados nos serviços de saúde seja personalizada e acolhedora, por meio da implementação de ações de educação em saúde3. Através das orientações em saúde, a equipe multiprofissional desempenha um papel crucial na reabilitação e readaptação fisiológica, psicológica e social dos pacientes estomizados, o que contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas². Frente a esta situação, é fundamental que as equipes de saúde adotem estratégias para facilitar os cuidados com esses pacientes. Objetivo: Relatar sobre como realizamos a abordagem da sexualidade a pacientes com estomia. Método: Estudo tipo relato de experiência realizado no segundo semestre de 2023 no sul do Brasil. Desenvolvimento: A consulta de enfermagem no ambulatório de Estomaterapia é realizada no pós-operatório tardio, após a alta hospitalar, quando o paciente já está se adaptando à sua nova condição. A enfermeira estomaterapeuta conversa com o paciente, explica como foi realizada a cirurgia, os cuidados que deve ter no pós-operatório tardio, pois é neste período que surgem dúvidas, medos, angústias e receios, e muitas vezes surge o tema sobre a sexualidade. A enfermeira aborda as preocupações específicas relacionadas à intimidade após a cirurgia, isso inclui discutir questões emocionais, adaptações necessárias e, se necessário, buscar orientação de profissionais de saúde especializados sobre este contexto. A comunicação aberta e apoio são essenciais para ajudar os indivíduos a manter uma vida sexual saudável e satisfatória após a cirurgia de estomia. A discussão sobre a sexualidade deve ser de maneira sensível e oportuna quando o paciente expressar interesse ou desconforto em relação a sua vida sexual, devendo o profissional abordar o assunto com empatia. O importante é reconhecer a individualidade de cada pessoa e garantir que a conversa seja conduzida com respeito, privacidade e aberta para que o estomizado se sinta à vontade para compartilhar suas preocupações e necessidades. Considerações finais: Abordar a sexualidade com o estomizado é importante no cuidado holístico, devendo ser realizada em momentos apropriados, nas consultas de acompanhamento ou em grupos de apoio. Respeitar a individualidade de cada pessoa, promover um ambiente de confiança e oferecer suporte emocional são fundamentais. A atenção apropriada à sexualidade não apenas aborda as preocupações práticas e emocionais, mas também contribui para a qualidade de vida e bem-estar do estomizado. Contribuições para a Estomaterapia: Abordado por profissional com experiência no assunto que saiba escutar as preocupações específicas daquele indivíduo, tratando com respeito e um ambiente seguro para o diálogo, promovendo uma prática clínica mais inclusiva e centrada no paciente, com melhora da qualidade de vida, saúde mental, adaptação e relacionamento do estomizado.</p> Rosaura Soares Paczek, Ana Karina Silva Da Rocha Tanaka, Adriana Maria Alexandre Henriques, Beatriz Portugal, Mariana Griebeler, Maria Eduarda Vargas, Gustavo Gomboski Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/958 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSTRUÇÃO DE FOLDER EDUCATIVO AS PESSOAS ESTOMIZADAS INTESTINAIS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/959 <p>Introdução: a estomia intestinal é um procedimento cirúrgico, no qual é realizada uma abertura artificial entre o intestino e a parede abdominal, onde é feita a exteriorização de um segmento intestinal por meio da parede do abdome, desta forma originando uma abertura artificial para a saída de fezes. Tal procedimento pode ser temporário ou permanente. As principais indicações para os estomas intestinais são: obstrução intestinal, neoplasias, doença inflamatória intestinal e traumas penetrantes com arma branca ou de fogo. É um procedimento agressivo, capaz de provocar alterações fisiológicas, psicológica, emocionais, sexuais e sociais de uma pessoa. Assim, a estomia é um desafio para a maioria das pessoas, e esses indivíduos carecem de cuidado e atenção qualificada, visando suprir a demanda de assistência e a educação em saúde, principalmente no que diz respeito ao autocuidado, reduzindo complicações e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Objetivo: elaborar um folder educativo na plataforma de design gráfico Canva sobre orientações de cuidados necessários aos pacientes com estoma intestinal com os alunos técnicos em enfermagem do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Método: trata-se de um estudo metodológico, na fase construção de um folder educativo para cuidados básicos de pessoas estomizadas. Para elaboração da tecnologia adotou-se os seguintes passos: revisão de literatura, consolidação do material, escolha das ilustrações, construção gráfica do folder. Resultado: a tecnologia foi idealizada como uma forma simples e de fácil orientação a um paciente estomizado a realizar os cuidados essenciais com a estomia, aprimorando e incentivando o autocuidado do indivíduo. Durante a elaboração do folder foi possível aprender mais sobre essa temática e usar a criatividade para criar um material direto e de fácil compreensão. Conclusão: conclui-se que a criação do folder proporcionou aos pesquisadores um maior domínio sobre o assunto, a partir de um envolvimento mais íntimo com a temática. Contribuições para a estomaterapia: estratégia informativa são necessários para garantir a continuidade da assistência à pessoa estomizada, proporcionando o aumento da qualidade de vida, bem-estar e a adaptação.</p> Liliane Moretti Carneiro, Flávio Aparecido Dos Santos, Paulo Eduardo De Souza Andrade, Luiz Arnaldo Rufino Andrade, Tatiane Ferreira Serra, Ivan Murgi De Farias ) Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/959 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLOS PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA A PESSOAS COM ESTOMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/960 <p>INTRODUÇÃO: A portaria nº 400, de 16 de novembro de 2009, institui diretrizes Nacionais para a Atenção à Saúde das Pessoas com estomia no âmbito do SUS. Dentre elas, define que a atenção à saúde das pessoas com estomia deve ser desenvolvida por meio de ações da Atenção Primária à Saúde (APS) e dos Serviços de Atenção à Saúde das Pessoas com estomia. A APS deve realizar ações de orientação, autocuidado, prevenção de complicações e acompanhamento do paciente, proporcionando integralidade do cuidado e obtendo efetividade no processo de cuidado. Por ser a porta de entrada dos serviços de saúde e a ordenadora do cuidado na Rede de Atenção à Assistência, percebe-se que desempenha um papel fundamental no processo de enfrentamento da doença. OBJETIVO: descrever uma experiência centrada na atualização de protocolos destinados à Atenção Primária em Saúde, visando o atendimento eficaz de pessoas com estomia de um município de Minas Gerais, Brasil. DESENVOLVIMENTO: Descrever a vivência de participação na atualização de protocolos com o propósito de orientar os profissionais que atuam na Atenção Primária em Saúde quanto ao atendimento a pacientes com estomia, ocorrida no período de janeiro a maio de 2023 em Divinópolis, Minas Gerais. Esta atividade contou com a contribuição da equipe composta por alunos do projeto de extensão reabilitar, nas áreas da enfermagem, psicologia, nutrição e medicina. RESULTADOS: Os alunos envolvidos no projeto de extensão iniciaram a atualização dos protocolos mediante revisões bibliográficas em bases de dados relevantes, bem como consultas a documentos elaborados pela Secretaria de Estado de Minas Gerais, dentre os protocolos atualizados estão: consulta de enfermagem, padronização do fluxo de encaminhamentos a pessoa com estomia, orientações para o autocuidado, orientação nutricional, prevenção e detecção precoce de complicações e agravos da pessoa com estomia, voltados para o atendimento na APS. Em uma segunda fase, está prevista uma revisão por parte dos profissionais de saúde do município. Por fim, os protocolos serão apresentados aos gestores e profissionais da Atenção Primária a Saúde por meio de capacitações realizadas pelos alunos. CONCLUSÃO: O acompanhamento dos pacientes com estomias na APS possui fragilidades espera-se que este trabalho contribua para a melhoria da assistência prestada aos usuários da Rede de Atenção à Saúde do município, possibilitando aos profissionais assumirem ações na Atenção Primária de Saúde de forma mais eficaz e de forma resolutiva. CONTRIBUIÇÕES NA ESTOMATERAPIA: As orientações revisadas e atualizadas abordam aspectos importantes no que tange o cuidado às pessoas com estomia na Atenção Primária a Saúde, visando melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações. Além disso, a padronização dos procedimentos e fluxos de encaminhamento pode promover uma abordagem mais consistente e eficiente, garantindo que os pacientes recebam o cuidado adequado em todas as etapas do processo de saúde.</p> Victória Correa Nunes, Larissa Carvalho De Castro, Talles Fernandes De Souza, Caroline Ambires Madureira, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/960 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSTRUÇÃO DE UM ASSISTENTE VIRTUAL PARA GERENCIAMENTO DO CUIDADO EM ESTOMIAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/961 <p>Introdução: os softwares têm se mostrado cada vez mais presentes no cotidiano, ratificando a eficiência e agilidade que todos procuram. Conceitualmente, um software é definido por uma sequência lógica de algoritmos, caracterizados em programas executados por meio de um sistema computacional que resultam em armazenamento ou transmissão de informações. Hodiernamente, com o avanço da tecnologia da informação, se torna difícil imaginar os processos, em diferentes áreas, sem a utilização de sistemas computacionais. Similarmente, na área da saúde, os sistemas de informação auxiliam nos processos clínicos-assistenciais, além de apoiar os pacientes em suas necessidades primordiais. Neste contexto, encontram-se os chamados chatbots, conhecidos como operadores de conversação, agentes interativos ou assistentes virtuais. Constituídos por programas de inteligência artificial, são projetados para simular conversas humanas via texto ou voz. Esses sistemas apresentam potencial significativo para auxiliar os profissionais de saúde e pacientes com estomias intestinais a realizar os cuidados necessários no cotidiano. Objetivo: construir um protótipo de assistente virtual do tipo chatbot para o gerenciamento do cuidado da pessoa com estomia. Método: trata-se de um estudo metodológico de desenvolvimento de uma tecnologia em saúde, construído por duas instituições do Sistema Federal de Ensino. No que tange aos aspectos teóricos empregados na construção do chatbot, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, para fundamentar as orientações relacionadas aos cuidados necessários à pessoa com estomia intestinal. Em relação aos aspectos técnicos da tecnologia da informação, foi utilizado o processamento de linguagem natural para compreensão de diálogos em texto. Para isto, foi feito o levantamento da literatura voltada ao tratamento de linguagem natural, árvore de tomada de decisão, decisão por heurística e Sistemas Baseados em Conhecimento (SBCs). Resultados: o assistente virtual foi desenvolvido na plataforma Dialogflow do Google, que permite a criação de bots por voz e texto, por meio de tecnologias de Inteligência Artificial. Os usuários podem interagir com a plataforma via site web, dispositivos móveis, WhatsApp, Amazon Alexa, Facebook e outros. A estrutura foi baseada em fluxos de diálogos, uma vez que os bots identificam os padrões de entradas de mensagens (intents) e geram respostas que podem levar por um caminho específico ou ramificado, similar a um fluxograma, oferecendo assim, a informação que o usuário procura. O assistente virtual foi nomeado como “ReabilitarChat” e apresenta sete principais comandos constitucionais: “entendendo minha estomia”; “comunicação do paciente com o serviço de saúde e associações de referência”; “manuseio e conhecimento dos dispositivos coletores e produtos adjuvantes”; “orientações nutricionais”; “dicas de ajustes em atividades de vida diária”; “direitos das pessoas com estomia”; e “informações para grupos específicos: criança, mulher e homem com estomia”. Conclusão: o ReabilitarChat é um componente importante de integralidade da saúde, uma vez que favorece a promoção da saúde e prevenção de agravos, por meio da oferta de informações de saúde eficazes e confiáveis, com precisão comparável à humana e sem a obrigatoriedade de contato diretamente com um profissional de saúde. Destaca-se a custo-efetividade pela disponibilidade ininterrupta, o que é especialmente útil para pacientes com estomia intestinal que podem ter complicações a qualquer momento.</p> Samuel De Paula Pinheiro Da Silva, Kaick Eugênio Reis, Ana Júlia Silva Pereira, Vanessa Faria De Freitas, Caroline Ambires Madureira, Marcos Vinícius Silva Mendes, Talles Fernandes De Souza, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/961 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSTRUÇÃO DE UM PROTOCOLO INSTITUCIONAL DE ALTA PARA PACIENTE ADULTO COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/962 <p>INTRODUÇÃO De 2020 a 2022, aproximadamente 40.470 novos casos de câncer colorretal foram registrados no Brasil, tornando-o o terceiro câncer mais comum no país, aumentando a demanda por estomias intestinais. As estomias são confeccionadas quando a eliminação fisiológica não é possível, permitindo através de equipamentos coletores (1). Uma abordagem multiprofissional é de extrema importância para a adaptação dos pacientes com estomia (2), no entanto, a implementação dessas ações é frequentemente parcial, o que compromete a assistência e a reabilitação em domicilio (3), portanto a implementação de protocolos de saúde é essencial para padronizar e melhorar os cuidados com estomias (4). DESCRITORES: estomaterapia, estomia, educação em saúde, cuidados de enfermagem, protocolo. OBJETIVO Propor um protocolo institucional para implementar um plano de alta segura para o paciente com um estoma de eliminação intestinal, proporcionando ao paciente, familiar e cuidador a autonomia necessária para a realização dos seus cuidados. DESENVOLVIMENTO Este relato descreve a elaboração de um protocolo de cuidados de enfermagem para pacientes estomizados adultos, destacando a integração entre pesquisa e prática assistencial. A pesquisa de ação foi o método utilizado para desenvolvimento, divididas em três etapas, a primeira trata do levantamento bibliográfico das pesquisas relacionadas ao tema, a segunda da construção do protocolo de alta segura, incluindo o Sumário de Alta do Serviço de Estomaterapia e a terceira da elaboração da Cartilha de Orientações pós- alta-hospitalar. Para a execução da primeira etapa do trabalho, foi utilizado a estratégia PCC, onde P (população): pacientes adultos, C (conceito): com estomia intestinal de eliminação e C (contexto): intra e extra-hospitalar. Foram selecionados 68 artigos para embasamento científico. O desenvolvimento do protocolo enfatiza a participação ativa dos envolvidos na pesquisa, promovendo apoio e concordância em relação às propostas de mudanças e melhorias no ambiente de trabalho relacionadas ao tema em estudo (5). Os tópicos tratados no protocolo foram: tipos de estomas, tipo de construção do estoma e causas para sua indicação (técnicas cirúrgicas), características dos estomas e localização anatômica, complicações imediatas e tardias, descrição dos cuidados para cada complicação e descrição da função de cada membro da equipe multidisciplinar. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com a SOBEST (Associação Brasileira de Estomaterapia), a criação de um documento embasado em evidências científicas é essencial para fortalecer e padronizar o cuidado da equipe multidisciplinar. Nesse sentido, um protocolo bem elaborado desempenha um papel crucial na garantia de um atendimento seguro e de alta qualidade para pacientes adultos com estomia intestinal, área muitas vezes negligenciada apesar de sua importância na saúde geral. Portanto, é fundamental que pessoas com estomia e seus familiares recebam orientações claras e de excelência, possibilitando um retorno à vida social e laboral com qualidade e segurança. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA Este estudo visa fornecer contribuições significativas para a prática da estomaterapia, focando no aprimoramento do fluxo de atendimento, a promoção da continuidade do cuidado, a redução e prevenção de complicações potenciais, e a educação em saúde fundamentada em enfermagem baseada em evidências.</p> Laura Chrystiny Silva Meneses, Kelly Fernanda Campos Tomazeli Zacharko, Mariana Izabel Giacomoni Zemann, Fabiana Pereira Da Costa, Rita De Cássia Domansky Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/962 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO ESTOMA NA ESTRADA PARA CAPILARIZAÇÃO DO CONHECIMENTO EM ESTOMIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/963 <p>Introdução: A universidade deve atender ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. O termo e a atuação da extensão universitária vêm sendo construído e modificado. Entretanto, a apresentação quanto ao plano nacional de extensão afirma que a extensão universitária é um processo com abordagem transdisciplinar, que vislumbra ferramentas educativas, culturais científica e política. 1-3 Diante disso, a formação de um projeto de extensão que aborde a capilarização do conhecimento sobre estomias vinculada a universidade do estado que oferta o curso de estomaterapeuta credenciado a SOBEST, se faz necessário. Possibilitando aos discentes, uma aproximação com o conhecimento técnico científico, a identificação de situações e comportamentos sociais, o despertar para novas pesquisas e aproxima-los da especialidade, e para a população do estado uma aproximação com a universidade e uma assistência qualificada4-5 Objetivo: Descrever o processo de criação do projeto de extensão: “Estoma na estrada”- capilarização do conhecimento em estomias no estado de Pernambuco. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, relato de experiência, realizado entre novembro de 2023 e janeiro de 2024. Surgiu a partir da necessidade local, devido à carência de ações de educação em saúde e educação permanente, relacionadas a área de estomaterapia. A inquietação para construção surgiu de um docente da instituição proponente junto a associação de ostomizados do Estado de Pernambuco (AOSPE). O processo de construção de extensão universitária na instituição obedece às etapas de: elaboração detalhada do projeto, relação da extensão com ensino e pesquisa, anuência da coordenação setorial de extensão, anuência das instituições parceiras e submissão ao edital de extensão. O estoma na estrada, está sendo realizado a partir da parceria entre a Secretaria de Saúde do Estudo, a Universidade de Pernambuco e a AOSPE, com o objetivo de disseminar o conhecimento técnico científico em todo o estado, não se restringindo a capital. O estado apresenta dois polos de ostomizados, um em Recife, capital do estado, e outro em caruaru no Agreste, com a criação das Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada, mais 14 unidades apresentaram atendimento em estomaterapia, porém, alguns profissionais que atuam não apresentam a especialização ou expertise na área. O estoma na estrada contribui com ações de educação permanente nas unidades, além de ações de educação em saúde para os pacientes, descentralizando o conhecimento sobre assistência a pessoa com estomia e prescrição adequadas de produtos. Considerações Finais: O processo de criação do estoma na estrada surgiu de uma necessidade coletiva da região, sendo fundamental para o fortalecimento do desenvolvimento profissional, estímulo ao conhecimento técnico científico vislumbrando a qualidade de vida das pessoas com estomia. Contribuições para a Estomaterapia: A execução da extensão universitária oportunizará uma maior visibilidade da especialidade no estado, além de subsidiar futuras pesquisas, desenvolvimento de novas tecnologia e melhoria na assistência e qualidade de vida das pessoas com estomia em Pernambuco. Fortalecerá o tripé universitário, estimulando os discentes e docentes a realizarem investimento contínuo em conhecimento científico e prática baseada em evidências.</p> Jabiael Carneiro Da Silva Filho, Carolina De Moura Antunes, Mariana Miguel Ferreira Campos, Yasmin Dos Santos Martins, Ingrid Paiva Nogueira, Ana Karoline Martins De Souza, Isabel Cristina Ramos Vieira Santos, Marilia Perrelli Valença Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/963 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 DEMARCAÇÃO ABDOMINAL DE ESTOMIAS INTESTINAIS COMO CUIDADO PRÉ- OPERATÓRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/964 <p>Introdução: Introdução: Na confecção de estoma intestinal a realização da técnica de demarcação abdominal pode ser realizada, preferencialmente, por enfermeiro estomaterapeuta, “como cuidado pré- operatório”. Constitui um direito do paciente, e é um aspecto fundamental do processo de reabilitação da pessoa com estomia. Traçou-se como objeto do estudo: a demarcação abdominal e como Objetivo: avaliar a importância da demarcação do estoma na prevenção de complicação periestomal. Referencial temático: Alicerçado no Consenso Brasileiro de Cuidado às Pessoas Adultas com Estomias de Eliminação e no instrumento de avaliação e classificação de lesão cutânea periestomal (SACS). Método: Trata-se de recorte da pesquisa exploratória descritiva qualitativa em andamento sobre telemonitoramento como extensão do cuidado a pacientes com estomia intestinal, desenvolvida em hospital universitário do estado do Rio de Janeiro, realizada com dezoito participantes entre dezembro de 2022 a junho de 2023. Pesquisa aprovada sob o parecer nº 4518.658. Resultados: A neoplasia intestinal foi evidenciada como doença de base. Todos os participantes foram demarcados pela estomaterapeuta atendendo aos critérios preconizados. Nas consultas de enfermagem agendadas, decorridos 30 dias da alta hospitalar, 11,1% não compareceram pois necessitaram de reinternação por problemas decorrentes da doença oncológica avançada, 50% não apresentaram complicações de pele, 27,7% apresentaram lesões hiperêmicas e erosivas relacionadas ao uso inadequado do equipamento, e 11,1% apresentaram lesão por granuloma decorrente da presença de haste de sustentação. Não foi encontrada nenhuma complicação relacionada à localização do estoma. Conclusão: A avaliação e delimitação da área abdominal para demarcação pré-operatória se mostrou como aliada na redução das complicações pós-operatórias contribuindo para melhoria da qualidade de vida da pessoa com estomia intestinal. Contribuições para a Estomaterapia: Maior visibilidade para a categoria, desenvolvimento da discussão sobre a demarcação como cuidado pré- operatório na confecção de estomia bem como contribuição para a produção de conhecimentos a serem utilizados na prática profissional dos enfermeiros que cuidam destes pacientes.</p> Priscila Francisca Almeida, Luciana Barbosa Passeri, Graciete Saraiva Marques, Dayse Carvalho Do Nascimento, Claudia Regina De Paula Ramalho, Bernardo Nunes Ferreira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/964 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ELABORAÇÃO DE FOLDER COM ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA PESSOAS COM ESTOMA DE ELIMINAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/965 <p>Introdução: Intervenções educativas garantem a continuidade dos cuidados, minimizam possíveis complicações e melhoram a qualidade de vida dos indivíduos¹. Na elaboração de materiais educativos primeiramente deve-se verificar quais as informações são importantes, utilizar linguagem clara, de fácil entendimento e ser atrativo ao leitor. Pode ser em forma de folheto, panfleto, folder, livreto ou cartilha, com o objetivo de levar informações sobre promoção da saúde, tratamentos, autocuidado e como prevenir doenças2,3. Objetivo: relatar a experiência da elaboração de um folder de orientação nutricional para pacientes com estomas de eliminação. Método: estudo descritivo, tipo relato de experiência sobre a construção de um folder com orientações para pessoas com estomas de eliminação, realizado no primeiro semestre de 2023, por acadêmicas do curso de graduação em enfermagem, professora orientadora, enfermeiras estomaterapeutas e nutricionista de um centro de referência em estomaterapia da região sul do Brasil. Desenvolvimento: O folder foi elaborado pelas acadêmicas de enfermagem, juntamente com a enfermeira estomaterapeuta e a nutricionista do centro de referência em estomaterapia. A ideia surgiu a partir da vivência em campo de estágio, onde foi observada a demanda de fornecer informações por escrito para pacientes com estomia relacionados à alimentação, pois eles possuem muitas dúvidas, o que foi evidenciado após a participação de um grupo de apoio aos estomizados, onde foram abordados os cuidados com a alimentação, assim como durante as consultas de enfermagem, pois os pacientes sempre possuem muitas dúvidas sobre o que podem ou não podem comer. Inicialmente foi realizado levantamento bibliográfico, confecção de um roteiro e descrição das necessidades dos estomizados apresentadas pelos mesmos nos grupos de apoio e durante as consultas de enfermagem. Consequentemente, elaborou-se o folder, abrangendo a importância e os benefícios de uma alimentação adequada, a importância da mastigação adequada, informações sobre alimentos que produzem flatulência e odor, orientações sobre a ingestão de alimentos nas primeiras semanas após a cirurgia e recomendações de como adequar a ingestão dos alimentos e líquidos. Reforçando que deve-se observar a ingestão de alimentos condimentados, picantes, muito gordurosos e com alto teor de açúcar. Considerações finais: Os pacientes possuem diversas dúvidas sobre alimentos que podem ingerir, por isso os materiais educativos ajudam o paciente e familiares a sanarem suas dúvidas. Um folder bem elaborado, com informações corretas e com linguagem acessível ao público-alvo auxiliam na promoção da saúde e prevenção de complicações. Contribuições para a Estomaterapia: A construção de um folder educativo com orientações sobre alimentação para estomizados pode desempenhar um papel importante na educação, capacitação e promoção da saúde e bem-estar desses pacientes, contribuindo significativamente para a prática da estomaterapia.</p> Rosaura Soares Paczek, Karla Durante, Isabel Kerber Da Costa, Ana Karina Silva Da Rocha Tanaka, Grasiele Martins Daudt, Jessica Martins Da Luz, Elaine Maria Alexandre Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/965 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ELABORAÇÃO DE UM FOLDER DE ORIENTAÇÕES SOBRE ESTOMIAS INTESTINAIS COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DE CONHECIMENTO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/966 <p>INTRODUÇÃO No Brasil estima-se que há mais de 207 mil pessoas com estomias de eliminação no ano de 2018. De acordo com o Ministério da Saúde, estudos mostram que existem mais de 400 mil pessoas com estomias no Brasil.1 A estomia de eliminação intestinal é uma abertura criada em procedimento cirúrgico que consiste na exteriorização de parte do intestino para a eliminação de fezes, de gases para o meio externo.2,3 Atualmente o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas e materiais possibilitam melhor qualidade de vida as pessoas com estomias. Contudo, pessoas nesta condição enfrentam todo um conjunto de alterações dos seus estilos de vida para sua reabilitação.2 As possíveis complicações da estomia intestinal estão correlacionadas a diversos fatores, tais como: idade, alimentação, técnica cirúrgica inadequada, esforço físico precoce, deficiência no autocuidado, infecções, aumento de peso, localização inadequada da estomia e uso incorreto dos dispositivos prescritos.2 Destaca-se a importância do aconselhamento pré, peri e pós-operatório que contribuem para evitar possíveis complicações nas diferentes dimensões do viver e melhor adaptação a condição. As orientações e capacitação quanto ao cuidado com a estomia devem ser precoces, resultando na aceitação da condição física resultante.3 OBJETIVO Orientar o paciente no cuidado com as estomias intestinais através de um infográfico em forma de folder sobre estomias intestinais. MÉTODO Trata-se de um relato de experiência de abordagem descritiva, no qual durante curso de pós-graduação de enfermagem em Estomaterapia foi construído um folder informativo sobre as estomias de eliminação intestinal para orientação dos paciente durante estágio curricular. RESULTADOS Durante aula expositiva sobre educação em saúde foi proposta atividade pedagógica de elaboração de um plano educacional para o paciente com colostomia com foco nos cuidados e orientações. Deste modo surgiu a ideia de esboçar um guia rápido de linguagem fácil, com visual ilustrativo e caráter informativo sobre a temática referida, resultando em folder com as principais informações sobre os cuidados que um paciente com estomia necessita,guiando as orientações de suporte durante estágio curricular como guia de orientação ao paciente com estomia. CONCLUSÃO Com o presente artigo fica explícita a relevância de atividades educacionais diferenciadas dentro da universidade para estimular a criatividade dos alunos. Visto que através destas atividades podem surgir idéias pertinentes. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA A atuação dos enfermeiros estomaterapeutas junto aos pacientes com estomias desempenha um papel crucial, principalmente por seu domínio nos aspectos relacionados aos cuidados com o estoma, portanto, é necessário desenvolver suporte através de técnicas que contribuam com o processo educativo, que não se ampara apenas na criação de protocolos assistências institucionais, é necessário ao educador definir estratégias para contribuir a qualificação e a dinamização do ensino e da aprendizagem do paciente.</p> Elen Regina De Campos Pereira, Rosangela Monalisa Dos Santos, José Luis Da Costa De Souza, Geysiane Ferreira Da Rocha Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/966 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ENCONTRO CENTRO OESTE MINEIRO DE ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM ESTOMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/967 <p>INTRODUÇÃO: A educação continuada é essencial para garantir uma atenção de qualidade à pessoa com estomia, uma equipe de saúde bem capacitada pode resolver com segurança os desafios que surgem após a realização da estomia, cabe então a instituição fornecer treinamentos com a finalidade de preencher as lacunas existentes nos serviços de saúde. OBJETIVO: relatar a experiência vivenciada sobre o Encontro Centro-Oeste Mineiro de Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia. DESENVOLVIMENTO: trata-se de um relato de experiência de análise crítico-reflexivo acerca de experiências, desafios e propostas discutidas durante um evento ocorrido em 2023 denominado Encontro Centro-Oeste Mineiro de Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia. Trata-se de um relato oriundo de atividade de extensão, e portanto, em conformidade com a Resolução CONEP n. 510/2016 fica dispensado de apreciação de um comitê de ética. Foi abordado o marco regulatório e as políticas relacionadas à atenção à saúde das pessoas com estomias. Destacou-se a importância da legislação pertinente para orientar as práticas de cuidado e garantir os direitos e a qualidade de vida desses pacientes. Foi discutida a Portaria 400/2009 e o Decreto 5296/2004, evidenciando a importância das políticas para orientar o cuidado e garantir direitos e qualidade de vida às pessoas com estomia. No entanto, foi apontado desafios na implementação dessas diretrizes, como a falta de articulação com a atenção básica do Sistema Único de Saúde e a necessidade de um enfoque reabilitador. Foi discutida uma avaliação dos serviços de saúde para pessoas com estomias, destacando problemas estruturais, como instalações inadequadas e falta de equipamentos e pessoal. Deficiências nos processos clínicos e educacionais foram observadas, com falta de protocolos, fluxos de referência e educação. Investimentos e melhorias foram sugeridos, incluindo capacitação de profissionais, infraestrutura e integração de sistemas de informação. A qualidade da confecção dos estomas foi considerada crucial, com impacto nas complicações a curto e longo prazo, exigindo investimento em formação contínua para cirurgiões. Coordenação entre diferentes níveis de saúde foi destacada como essencial para cuidados abrangentes e eficazes. Destacou-se a importância da integração entre a universidade e a comunidade para avanços no cuidado com esses indivíduos, ressaltando a relevância da troca de ideias e experiências entre equipes para inovações nos serviços de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: foram identificados desafios, propostas soluções e estabelecidas recomendações para melhorar o cuidado com pacientes com estomia. Espera-se que as recomendações propostas sejam implementadas e que o progresso continue sendo feito na busca por uma assistência de saúde mais inclusiva, e eficaz para todos os indivíduos com estomia. Esse momento é de grande importância para o avanço da atenção e cuidado às pessoas com estomia. CONTRIBUIÇÕES NA ESTOMATERAPIA: As discussões realizadas têm implicações significativas para a prática clínica, políticas públicas e gestão em saúde. A identificação das limitações enfrentadas permite direcionar esforços para superar esses obstáculos, melhorando assim a qualidade da assistência prestada. Assim, esse relato é relevante para pesquisadores, profissionais da área, estudantes e gestores de saúde.</p> Talles Fernandes De Souza, Caroline Ambires Madureira, Larissa Carvalho De Casteo, Victoria Correa Nunes, Samuel De Paula Pinheiro Da Silva, Marcos Vinícius Silva Mendes, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/967 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ESTOMIAS INTESTINAIS EM RECÉM-NASCIDOS: UM DESAFIO MULTIFACETADO PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM. A IMPORTÂNCIA DO ESTOMATERAPEUTA NO PLANEJAMENTO E PREPARO DOS CUIDADORES PARA ALTA HOSPITALAR. UM RELATO DE CASO. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/968 <p>As condições de saúde que definem a confecção de estomas em pacientes recém nascidos são diversas, lidar com as particularidades desse público no que diz respeito ao alinhamento de condutas com a equipe para evitar e tratar complicações, norteando o cuidado às especificidades do paciente neonato e principalmente, preparar os pais e a rede de apoio para a alta, é certamente um desafio para os serviços de saúde.1,4 O objetivo deste trabalho, foi relatar a experiência clínica de uma estomaterapeuta em uma UTI Neonatal e evidenciar a relevância do trabalho especializado principalmente na assistência do neonato estomizado. Visto que, este profissional possui propriedade e direcionamento para evidenciar questões clínicas que irão nortear a equipe durante a internação e realizar o preparo dessa família para a alta hospitalar. Em uma UTI Neonatal foi observado que as enfermeiras possuíam dúvidas e algumas dificuldades no manejo com paciente estomizado e a ocorrência de alguns eventos como: Descolamento precoce do equipamento coletor, dúvidas em relação ao recorte da placa, complicações na ferida operatória, descolamento mucocutâneo, desconhecimento da variedade e funcionalidade dos diversos equipamentos coletores que há no mercado, recursos adjuvantes, dentre outros. Esses fatores foram determinantes para a conduta da estomaterapeuta. Diante disso, iniciou-se a beira leito o esclarecimento e exposição dos cuidados assistências a cada troca de turno, durante o plantão realizado a explicação acerca de: Avaliação da localização anatômica e origem do estoma, tipo de efluente, características e avaliação da mucosa e pele periestoma, quando esvaziar e trocar o equipamento, identificar fatores de risco para complicações e como tratar, indicação do equipamento coletor conforme as necessidades de cada paciente, expor para a equipe os recursos adjuvantes disponíveis na unidade e reconhecer quais as funções e aplicabilidade em cada caso. Foi observado que, a equipe possuía pouco ou nenhum conhecimento acerca da explanação. Ex: O recorte da placa maior que a estomia, fixação inadequada, utilização de excesso de adjuvantes e o tempo de troca e esvaziamento do equipamento excedido. A partir da identificação dos fatores que estavam levando ao descolamento precoce do equipamento coletor consequentemente complicações de pele periestomia, descolamento mucocutâneo e deiscência da ferida operatória, foi possível direcionar as orientações, melhorar a assistência e preparar a família para a alta hospitalar. Tendo em vista a necessidade de ampliar os treinamentos, aperfeiçoar o atendimento, e preparar a equipe no cuidado com o paciente neonato e a família. Foi proposto à coordenação da Unidade uma masterclass com Hands on com a temática em questão, o objetivo da exposição teórica e prática é o melhor aproveitamento e aplicabilidade do conhecimento adquirido. Em síntese, a estomaterapia tem notável papel nas diversas esferas do cuidado em se tratando da neonatologia e pediatria ainda há um longo caminho a percorrer. O preparo para a alta hospitalar possui grande relevância, pois ele impactará na qualidade de vida dessa criança e sua família. Almejando especializar o cuidado e atender a essa população que dispõe de características tão específicas se torna cada vez mais necessário explanação sobre o tema. 2,3,5</p> Lais Carvalho Mendanha Pinheiro Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/968 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 FASE DE PRODUÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO PARA PACIENTES COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO E SEUS CUIDADORES EM PROCESSO DE REABILITAÇÃO DOMICILIAR https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/969 <p>Introdução: Viver com uma estomia de eliminação é algo novo e desafiador e demanda mudanças de hábitos pessoais e familiares, o que pode tornar a confecção do estoma um processo traumático e agressivo que reduz significativamente a qualidade de vida da pessoa com estomia¹. Desse modo, ações em educação em saúde oferecidas por profissionais de saúde, em especial do enfermeiro (a), são fundamentais para que o processo de reabilitação e a promoção do autocuidado do paciente com estomia intestinal e urinária aconteça com qualidade, visando ações de adequação da sua prática às necessidades do paciente. Portanto, o uso do material educativo como fonte de capacitação dos pacientes e seus cuidadores, auxilia nesse momento, já que é de fácil acesso e compreensão, orientando o manejo correto de uma estomia, evitando complicações e garantindo uma melhor qualidade de vida a pessoa com estomia²?³. Objetivo: Construir um material educativo para pacientes adultos com estomia de eliminação e seus cuidadores em processo de reabilitação domiciliar. Método: Estudo metodológico, realizado, com base em revisão de literatura, para construção de um material educativo para pacientes adultos com estomia de eliminação e seus cuidadores sobre os cuidados com a estomia no domicílio. Resultados preliminares: Até o momento, o material educativo está em fase de produção, sendo baseado em uma revisão sistemática de literatura, pautado nos seguintes tópicos: Estomia; Sistema Digestório; Sistema Urinário; Estomias de eliminação; Direitos da pessoa com estomia; Troca da bolsa; Cuidados com a pele periestomal; Alimentação e hidratação da pessoa com estomia; Sexualidade da pessoa com estomia; Exercício físico; Meu diário. Tais pontos possuem informativos textuais a fim de garantir a compreensão do todo que envolve ter uma estomia de eliminação, e informativos visuais, os quais auxiliam no processo ensino aprendizagem devido às ilustrações dos materiais, passo a passo da troca da bolsa e cuidados com a pele, entre outros. Conclusão: Espera-se que a elaboração deste material educativo seja como primeiro passo para melhor compreensão da estomia pelas pessoas com estomia de eliminação e seus cuidadores, garantindo a reabilitação à nova realidade de vida, promovendo autocuidado, segurança e qualidade de vida com uma continuidade do cuidado em domicílio. Ademais, que fomente novas tecnologias de cuidados em saúde para essas pessoas, famílias, ou então transformados em recomendações e sugestões para que novas pesquisas acerca do assunto sejam desenvolvidas. Contribuições para a Estomaterapia: A construção do material educativo oferece contribuições na atualização sobre o tema aos estomaterapeutas, na criação de tecnologias de estomaterapia e no fortalecimento do papel de educador do enfermeiro e/ou estomaterapeuta as pessoas com estomias de eliminação, seus familiares e cuidadores.</p> Victória Aparecida Martins, Julia Blanco, Andrea De Jesus Zangiacomi, Laís Fumincelli Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/969 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIÇO DE ATENÇÃO À PESSOA COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/970 <p>Resumo: Estudo sobre a transferência dos pacientes com estomias de eliminação de um polo de dispensação de equipamentos e adjuvantes para um serviço especializado em estomaterapia. Objetivo: Descrever a experiência do acompanhamento da implementação de um Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência que destaca as vivências experimentadas por uma das estomaterapeutas da unidade de saúde, dos residentes em Enfermagem Cínica Médica e Cirúrgica e discentes em estomaterapia, a partir do acompanhamento da transferência dos usuários de um polo de dispensação para um serviço especializado em estomaterapia no Estado do Rio de Janeiro, em novembro e dezembro de 2022. Desenvolvimento: Neste período, iniciou-se a transferência do serviço de dispensação de equipamentos coletores e adjuvantes de uma unidade de saúde, que estava encerrando suas atividades com esta finalidade, para a clínica de estomaterapia. Por se tratar de uma unidade especializada, com profissionais capacitados e considerando a legislação vigente e literatura científica, a proposta foi de implementação do Serviço de Atenção à Pessoa com Estomia, em substituição ao serviço anterior de apenas dispensação de insumos. Inicialmente, foi realizada busca ativa através de contato telefônico para cadastro e marcação de consulta de avaliação com o enfermeiro estomaterapeuta. Destacou-se a dificuldade em conseguir realizar esses contatos por múltiplas razões. Observou-se que a maioria dos pacientes atendidos nunca tinha realizado consulta com especialista. Foram realizadas orientações sobre a transferência de unidade, o perfil da clínica de estomaterapia, sobre as avaliações e acompanhamento com o estomaterapeuta. Também foram realizadas avaliação do perfil corporal e do estoma para prescrição adequada dos equipamentos coletores e adjuvantes; além de orientações técnicas para o autocuidado, como recorte adequado da base adesiva, uso consciente dos adjuvantes, entre outros. Sobretudo, esclarecidas inúmeras dúvidas apresentadas. Considerações Finais: A participação do enfermeiro estomaterapeuta, dos residentes de enfermagem e dos especializados em estomaterapia revelou-se crucial para agilizar o processo de transferência dos usuários e superar a resistência em relação à avaliação e consulta de enfermagem. O envolvimento ativo desses profissionais apresentou-se como alicerce da implementação do serviço, assegurando a continuidade do processo e aprimorando a qualidade da assistência oferecida. Considerações para Estomaterapia: Esse estudo demostra a importância do especialista nos cuidados às pessoas com estomias, reforçando que o polo vai além da entrega dos equipamentos. O estomaterapeuta deve atuar para garantir acesso adequado ao usuário, participar da implementação e das reformulações de políticas públicas para aprimoramento da assistência prestada a esta população.</p> Caroline Rodrigues Oliveira, Bernardo Nunes Ferreira, Camila De Oliveira Rocha, Carolina Cabral Pereira Da Costa, Gustavo Assis Afonso, Lana De Medeiros Escobar, Norma Valéria Dantas De Oliveira Souza Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/970 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 INVESTIGAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DE PACIENTES COM ESTOMIAS INTESTINAIS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/971 <p>Introdução: A realização de uma estomia intestinal consiste em um procedimento cirúrgico em que há a exteriorização de parte do intestino delgado ou grosso. Assim, as estomias intestinais são aberturas criadas no intestino grosso (colostomia) e delgado (ileostomia), permitindo a saída de fezes e gases através da parede abdominal. São comumente causadas por câncer colorretal, traumas ou doenças inflamatórias intestinais. Nesse contexto, indivíduos com estomias intestinais podem enfrentar obstáculos ao tentar retomar suas rotinas diárias, o que às vezes leva a uma redução em seu bem-estar e afeta negativamente sua qualidade de vida. Objetivo: Apontar a tendência sociodemográfica de pacientes com estomias intestinais. Metodologia: Esse estudo baseia-se em uma revisão bibliográfica, de caráter narrativo, para qual foram consultadas as bases de dados: BVS, Scielo e Google Acadêmico, em que as pesquisas foram encadeadas através dos DeCS: Perfil de Saúde, Estomia e Estomaterapia. Quanto aos critérios de inclusão, foram selecionados artigos publicados desde 2017, escritos em português e que atendessem a temática proposta. Foram excluídos artigos restringidos a estomias pediátricas. Por fim, foram selecionados sete artigos para composição dos resultados. Resultados e discussão: De acordo com os estudos levantados, observa-se que o sexo masculino representa a maioria da população com estomias intestinais, representando 85,7% da amostra analisada. Quanto a faixa etária, evidencia-se que 71,4% dos indivíduos acometidos são idosos, com idade acima de 59 anos. Nenhum dos estudos apontou uma faixa etária menor do que 40 anos, evidenciado por serem pesquisas aplicadas ao público adulto, descartando assim as estomias pediátricas. Esses dados apontam que a equipe de enfermagem, principalmente estomaterapeuta, devem estar qualificados para oferecer assistência eficaz para essa população, visto que possuem mais déficit no autocuidado. A respeito da raça, esse dado apresentou-se ausente em 57,1% dos estudos, entretanto, nos que apresentaram, predominou a raça/cor branca (28,6%). Em relação a escolaridade, 85,7% das pesquisas referiram que os pacientes cursaram até o ensino fundamental, em que 50% era ensino fundamental incompleto. Quanto ao estado civil, “casado ou união estável” prevaleceu em 71,4% dos estudos. No que diz respeito a ocupação, em 42,8% dos artigos apontaram “aposentado”, justificado pela maioria dos pacientes acometidos serem idosos. Acerca da renda, as pesquisas se apresentarem heterogêneas, visto que o Brasil é repleto de desigualdades socais, entretanto, a faixa de renda dos pacientes analisados nos artigos variou de 1 a 3 salários-mínimos. Conclusão e Contribuição para estomaterapia: Esse trabalho aponta o perfil sociodemográfico dos pacientes com estomias intestinais, do qual evidenciou-se a população idosa masculina. Esses dados fazem-se importante para que a conduta do enfermeiro seja voltada para esses indivíduos, traçando plano de cuidados específicos para essa população. Também ressalta-se a contribuição essencial do estomaterapeuta nessa prática, visto que sua especialidade também é voltada para esse ramo.</p> Mércia Maria Costa De Carvalho Claro, Larissa Fernanda Silva Ribeiro Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/971 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LETRAMENTO EM SAÚDE SOBRE CÂNCER COLORRETAL E SUAS IMPLICAÇÕES: INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE E ENSINO MÉDIO. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/972 <p>Introdução: No Brasil, a expectativa para o triênio 2023-2025 é que o câncer colorretal seja a terceira maior neoplasia em casos novos, com uma taxa de incidência de 12,43% para a população masculina e 11,06% para feminina(1). O tratamento dessa condição envolve, muitas vezes, a necessidade de construção de uma estomia de eliminação. Desta maneira, o letramento em saúde, definido como os conhecimentos e habilidades pessoais acumulados ao longo da vida que possibilitam o acesso, a compreensão, a avaliação e o uso de informações e serviços de saúde para promover e manter cuidados à saúde individual e coletiva, torna-se fundamental para prevenção deste agravo(2). Fragilidades no processo da educação básica limitam o acesso dos indivíduos a pouca ou nenhuma oportunidade para formação de um letramento científico que aproxime do conhecimento sobre ciência, saúde, consumo consciente e formação crítica(3). Neste sentido, a educação científica pode assumir uma função social, na qual a obtenção dos saberes se volta para a compreensão crítica da realidade que circunda a sociedade, e aproxima a ciência da vida cotidiana da população(4). Objetivo: Relatar a experiência de uma atividade de letramento em saúde com estudantes do ensino médio sobre os cuidados e tipos de estomias. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência sobre atividade de letramento em saúde na temática de cuidados e tipos de estomias, vias alternativas de alimentação, que integrou a programação de um projeto de extensão intitulado “Escola de Verão: Transformando Gerações Para Hábitos de Saúde Sustentável”, desenvolvido em universidade pública do estado de São Paulo, no período de 22 a 26 de janeiro de 2024, com estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas. A atividade foi realizada por docentes (enfermeiros) e estudantes de pós-graduação. O grupo foi composto por 25 estudantes. Para a atividade, um workshop foi organizado no laboratório de habilidades clínicas da instituição em dois momentos: inicialmente realizou-se uma apresentação expositiva sobre estomia, incluindo conceitos, cuidados, e relato de pessoas com estomias, por meio de recursos audiovisuais. Na sequência, foi desenvolvida uma atividade lúdica com um quiz sobre o tema, em formato de competição entre os estudantes, para consolidar as informações apresentadas. No segundo momento, foi apresentado aos estudantes os dispositivos utilizados para cuidados com estomias de eliminação, como equipamentos coletores, adjuvantes e os dispositivos para alimentação alternativa. Além disso, foram desenvolvidos modelos de estomas de eliminação utilizando massa de modelar, adaptados em simuladores para apresentação prática dos cuidados. Ao final da atividade, os estudantes apresentaram o conhecimento adquirido por meio de nuvens de palavras, na plataforma Mentimeter. Considerações Finais: A atividade promoveu a integração entre universidade e sociedade, ampliando o conhecimento dos estudantes sobre a temática do câncer colorretal e suas implicações. Contribuições para a Estomaterapia: A atividade teórica e prática desenvolvida com os estudantes do ensino médio promoveu o conhecimento e debate sobre as necessidades das pessoas com estomias e pode contribuir para o letramento científico e educação de futuros adultos, para prática de melhores hábitos de vida que previnam o câncer colorretal e suas implicações.</p> Mayara Spin, Vinicius Fahd Barchin, Raquel Rondina Pupo Da Silveira, Marla Andreia Garcia De Avila, Claudia Maria Silva Cyrino, Mariele Gobo De Oliveira, Clarita Terra Rodrigues Serafim, Juliane Andrade, Guilherme Correa Barbosa, Michelle Cristine De Oliveira Minharro, Michelly Da Silva Alves, Ana Beatriz Henrique Parenti, Graziela Maria Ferraz De Almeida, Nathalia Fervorine De Souza, Vanessa Miranda Gomes, Cassiane De Santana Lemos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/972 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 MANEJO DE ILEOSTOMIA EM PREGA ABDOMINAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/973 <p>Introdução: A ileostomia é uma passagem temporária ou permanente de uma alça do íleo por meio de uma incisão na parede abdominal para drenagem de fezes1. A ileostomia não permite o controle da saída de fezes, sendo necessário usar uma bolsa coletora para proteger a pele2. A bolsa apropriada é indicada pelo estomaterapeuta de acordo com o formato do estoma, localização e estilo de vida. A bolsa deve se ajustar perfeitamente às características do abdome e do estoma3. O abdome pode apresentar pregas que correspondem à flacidez decorrente de falta de atividade física, emagrecimento, envelhecimento e outros4. Se o estoma for localizado dentro de uma prega abdominal é necessário uso de pasta para estomas para nivelar a pele antes de fixar a bolsa para evitar vazamento de fezes. A pasta é um adjuvante usado na proteção da pele. A bolsa convexa é a capaz de projetar o estoma para a parte coletora direcionando o efluente para longe da pele5. O vazamento de fezes causado pela falta de ajuste da bolsa prejudica a qualidade de vida da pessoa com estoma intestinal3. Objetivo: Relatar a experiência do manejo de ileostomia localizada em prega abdominal. Método: Trata-se de uma análise descritiva, tipo relato de experiência a partir da vivência profissional da estomaterapeuta no manejo da ileostomia em um programa no Triângulo Mineiro. Resultados: O programa onde aconteceu a experiência é estadual, referência na região e tem 92 pessoas cadastradas com ileostomia. Os atendimentos acontecem no preparo para alta hospitalar e em consultas ambulatoriais até a adaptação à bolsa. Observa-se na prática que a maioria das pessoas apresenta prega abdominal. As pregas abdominais representam um desnível na pele. Quando o estoma localiza-se dentro de uma prega, requer cuidados especiais para evitar vazamento de fezes. Considerando que as bolsas não tem flexibilidade suficiente para adesão na prega, esse desnível prejudica a aderência da bolsa. A utilização da pasta é eficaz no nivelamento da pele na maioria das vezes. No entanto, pessoas com ileostomia localizada exatamente na prega, apresentam dificuldade em razão da drenagem contínua do efluente que não permite a secagem da pasta para vedação. Aplica-se grande quantidade de pasta de forma inútil, pois as fezes penetram na pasta impedindo a secagem e fixação da bolsa. Nestes casos, observou-se a eficácia do uso de placa convexa com corte que inclua apenas o estoma e convexidade que encaixe na dobra, com uso de menor quantidade de pasta. Esta estratégia tem sido usada com sucesso na assistência a pessoas com ileostomia de difícil manejo em razão da localização em prega. Considerações Finais e Contribuições para a Estomaterapia: A assistência de um estomaterapeuta é um diferencial na prevenção de complicações e no aprimoramento da qualidade de vida de uma pessoa com estoma intestinal. Os estomaterapeutas são capazes de observar a causa do vazamento de fezes fora das bolsas coletoras e tomar decisões assertivas. No manejo de ileostomia em prega abdominal foi verificado que o uso de pasta e bolsa convexa é uma ferramenta eficiente na eliminação do vazamento.</p> Veridiana Bernardes Faria, Mariana Mila Guimarães, Carolina Feliciana Bracarense, Bethania Ferreira Goulart Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/973 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS: UMA ABORDAGEM A LUZ DA TEORIA DE OREM https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/974 <p>Introdução: As estomias intestinais são confeccionadas quando existe alteração na função intestinal, para permitir a eliminação de fezes e gases. A pessoa com estomia é submetida a inúmeros desafios, e deve se adaptar a uma nova realidade. O autocuidado é indispensável na assistência do enfermeiro a essas pessoas. Objetivos: Compreender a realização do autocuidado entre pessoas com estomias intestinais à luz da teoria de Dorothea Orem; verificar o conhecimento das pessoas com estomias sobre a definição de autocuidado; avaliar a autonomia e autoestima da pessoa com estomia diante do desempenho no autocuidado. Método: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, no qual foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturado a pessoas com estomias intestinais cadastradas no Programa de Ostomizados de um Centro de Saúde de referência. Os critérios de inclusão foram ter 18 anos ou mais, estar cadastrados no Programa e possuir estomia intestinal há pelo menos 3 meses. Os critérios de exclusão foram pessoas com diagnóstico médico de deficiência auditiva e afonia, uma vez que poder-se- ia inviabilizar as respostas durante a entrevista. A análise foi feita por meio da Análise Temática proposta por Braun e Clarke, que incluiu seis fases e permitiu reflexões entre achados da pesquisa, literatura científica e abordagem teórica de Orem. O estudo obedeceu aos preceitos éticos da resolução nº 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí, com parecer nº 6.217.037. Resultados: Participaram da pesquisa 18 pessoas com estomias intestinais, sendo a maioria homens (62%), de faixa etária entre 31 e 50 anos (47%), solteiros (22%), com colostomia definitiva (33%) e que foram acometidos com neoplasia colorretal (33%). Observou-se que a maioria dos entrevistados são capazes de desenvolver habilidades para o autocuidado, apresentando sensações de autonomia, liberdade e independência. Entretanto, os que não realizam esses cuidados relataram dificuldade na destreza e nas habilidades necessárias. A maioria dos participantes relatou melhora dessas ações mediante orientações do profissional enfermeiro. Inclui-se no autocuidado a disponibilidade de equipamentos coletores e adjuvantes, autoestima e autoimagem, apoio familiar e suporte psicossocial. A realização do autocuidado envolve empoderamento pessoal e proporciona qualidade de vida. Foi atribuído ao enfermeiro papel primordial na assistência à pessoa com estomia. Conclusão e Contribuições para a Estomaterapia: O Sistema Apoio-Educação, proposto por Orem, é o que mais se enquadra na realidade de pessoas com estomias intestinais. Os participantes relacionaram a definição de autocuidado à higiene ou à busca por serviços de saúde. Faz-se necessário incluir aspectos biopsicossociais, como o acesso aos equipamentos e produtos necessários à estomia. O enfermeiro deve reconhecer dificuldades e orientar quanto às principais necessidades e ações. Pontua-se como limitação a abrangência ao público, ao qual se poderia pressupor a realização do autocuidado. Espera-se que haja contribuição para a prática assistencial de qualidade à pessoa com estomia intestinal. Além disso, é esperado que o estudo permita fortalecimento da enfermagem e da estomaterapia, mediante o protagonismo do enfermeiro na assistência a pessoas com estomias.</p> Iaggo Henrique De Sousa Figueiredo, Sandra Marina Gonçalves Bezerra, Ritiele Gomes Carvalho, Francisca Aline Amaral Da Silva, Jefferson Abraão Caetano Lira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/974 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O CUIDADO À PESSOA COM CISTOSTOMIA - UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/975 <p>Introdução: A cistostomia é um procedimento cirúrgico que envolve a criação de uma abertura artificial na bexiga, permitindo o escoamento da urina diretamente para fora do corpo. Essa intervenção é realizada em situações em que a pessoa apresenta dificuldades na eliminação urinária devido a obstruções, disfunções neurológicas ou lesões graves no trato urinário. Segundo o Ministério da Saúde cerca de 54.000 procedimentos de cistostomia foram realizados no período de 2014 a 2024, o que justifica a necessidade de uma gestão do cuidado qualificada e fundamentada nas evidências científicas para o enfermeiro estomaterapeuta. Objetivo: Conhecer as principais recomendações da literatura para atenção à pessoa com cistostomia. Refletir sobre o referencial teórico para embasar os cuidados a pessoa com estomia continente de eliminação (cistostomia/vesicostomia). Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, dos últimos 10 anos. Neste estudo utilizou-se consensos e guidelines nacionais e internacionais além de artigos consultados nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online) que está vinculada com a BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) e CAPES (Portal de periódicos - MEC), Cochrane Collaboration PMC (PubMed Central, utilizou-se a estratégica de PICO respondendo a pergunta norteadora: “Quais são os cuidados recomendados pela literatura para atenção às pessoas com estomia continente de eliminação?” e “Quais os embasamentos teóricos são pertinentes para amparar o cuidado à pessoa com estomias continente de eliminação?”. Resultados: Esta pesquisa está em andamento, entretanto, é possível apontar resultados preliminares descritos na literatura que orientam o manejo, a gestão do cuidado e norteiam as boas práticas na atenção às pessoas com cistostomias continentes, são elas: a Implantação de Programas de prevenção de infecção urinária, associados ao uso de cateteres; Implementação de diretrizes para prevenção e controle de infecção urinária; Protocolos de boas práticas; Atividades de educação em saúde; Equipes treinadas para o cuidado qualificado; Práticas supervisionadas as pessoas com estomas de eliminação e implantação de Programa de melhoria da qualidade. Considerando que nos últimos 10 anos houve 54.392 procedimentos realizados, sendo 450 procedimentos/mês no Brasil, fica evidente o desafio do estomaterapeuta nos serviços de saúde em realizar a gestão do cuidado à pessoa com cistostomia, tornando necessário mais estudos nesta área para uma prática baseada em evidencia. Conclusão: Consideramos de relevância o tema, visto que práticas na atenção a pessoas com cistostomias são pouco conhecidas na literatura vigente, além da escassez de estudos. Contribuições para a Estomaterapia: Evidenciar a necessidade novos estudos na atenção à pessoa com cistostomia continente e construir evidências científicas aprimoradas.</p> Jéssica Alessandra Pereira, Elaine Simone De Barros, Anelvira De Oliveira Florentino, Maria Angela Boccara De Paula Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/975 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PACIENTES IDOSOS COM ESTOMIA E A NECESSIDADE DE SUPORTE FAMILIAR- RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/976 <p>Introdução: A saúde da pessoa idosa tem sido discutida, assim como a qualidade de vida durante esses anos a mais que as pessoas estão experienciando¹. A adaptação do idoso após a confecção do estoma pode exceder suas capacidades adaptativas, necessitando de apoio familiar2,3. Objetivo: Relatar a experiência da importância do suporte familiar ao idoso com estomia. Método: Estudo tipo relato de experiência realizado em 2023. Desenvolvimento: Os pacientes idosos que procuravam atendimento iam somente para realizar a troca do equipamento coletor. Possuem 68 anos ou mais, de ambos os sexos e alguns não possuíam a companhia familiar. Os motivos relatados para o atendimento eram: dificuldade de manusear o equipamento coletor, dificuldade recortar a bolsa, não saber como colocar a bolsa e pouca durabilidade do equipamento coletor. Observou-se que devido à idade possuíam medo de serem responsáveis pelo autocuidado, devido a baixa acuidade visual e dificuldades motoras e também havia a necessidade de “ser cuidado”. A falta do suporte familiar impedia que muitos pudessem realizar alguma viagem, já que a falta de alguém próximo com conhecimento para realizar os cuidados causava medo, ansiedade e angústia, outra queixa pertinente era o cansaço ocasionado pelo transporte público até o serviço de saúde. Durante as consultas foram realizadas ações educativas estimulando o autocuidado de acordo com a autonomia de cada usuário. Considerações finais: O cuidado prestado ao paciente idoso requer uma atenção maior, principalmente quando ele não tem um suporte familiar, tornando a educação em saúde imprescindível para que ele identifique sinais de alerta para solicitar ajuda. A falta do apoio familiar também diminui a qualidade de vida do idoso, pois ele fica privado de realizar algumas atividades benéficas para sua saúde por sentir medo. Contribuições para a Estomaterapia: O apoio da família é fundamental para promover o bem-estar físico e emocional do paciente, auxiliando nas atividades diárias, incentivando a adesão ao tratamento, reduzindo o estigma social e a ansiedade relacionados a sua nova condição.</p> Gustavo Gomboski, Rosaura Soares Paczek, Ana Karina Silva Da Rocha Tanaka Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/976 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO PACIENTE ACOMETIDO COM DERMATITE PERIESTOMAL https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/977 <p>Introdução: A dermatite periestoma enquadra-se como a complicação mais comum e que promove a perda da integridade da pele, e está relacionada aos seguintes fatores causais: irritação ou de contato, alérgica, por trauma mecânico e por infecção. Trata-se da afecção que mais causa desestabilidade psicossocial aos portadores de estomas. Geralmente, decorre ao contato da pele com os efluentes (fezes, urina, suor, exsudatos ou saliva) do estoma pois permite a interação mecânica, microbiana ou química, resultando em eritema ou irritação, inflamação, pústula, erosão cutânea e ulceração. Além disso, dependendo do grau, se leve, moderado ou grave, pode gerar dor e desconforto, à presença de coleção hídrica ou de pus e à perda tecidual. Objetivos: O objetivo deste estudo trata-se de levantar e avaliar os cuidados assistenciais de enfermagem quanto ao paciente acometido com dermatite periestomal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de revisão da literatura integrativa, com o intuito de sintetizar os resultados obtidos de pesquisas sobre a seguinte questão norteadora: “Qual é o papel da enfermagem no cuidar de pacientes acometidos com dermatite periestoma?”.Utilizou-se da estratégia do acrônimo PICO, sendo realizadas buscas nas bases de dados: Biblioteca vIrtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PUBMED via Medline e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), através dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) que são: Pele, Dermatite, Cuidados de Enfermagem, Estomias realizando-se o cruzamento dos termos mediante o uso dos operadores booleano: “AND” e “OR”. Resultados e Conclusão: Foram selecionados 14 artigos para compor esta amostra que trabalham diretamente a temática. Os estudos trazem em grande evidência como um protagonista nas afecções periestomais está a enfermagem, tanto na prevenção, tratamento e manutenção da cura. O enfermeiro deve se fazer presente na vida do paciente antes mesmo da confecção da estomia, no momento da realização da demarcação durante o pré-operatório que é uma recomendação clínica e científica, até o momento do pós-operatório para a assistência aos primeiros cuidados bem como a prática de educação em saúde ao paciente e seus familiares, no que condiz a higienização do estoma e da pele periestomal com água e sabão, a secagem com pano macio, esvaziamento da bolsa, além de orientar ao não uso produtos perfumados ou hidratantes que atrapalhem a adesividade da placa, aparar os pelos com tesoura, evitar expor a pele ao sol e inspeção para identificar sinais flogísticos e possíveis complicações. Outrossim, o papel da enfermagem nos cuidados estomoterapeuticos devem ser agregados não só pelos especialistas como todos os enfermeiros precisam demonstrar conhecimentos quanto ao descolamento, a mensuração do equipamento coletor e a realização do molde foram considerados como fator associado ao autocuidado. Contribuições para a entomoterapia: O intuito deste trabalho não é somente trazer os deveres de cuidados de enfermagem, mas sim trazer a importância do profissional de enfermagem na vida do paciente estomizado. Visto que os cuidados para a vida diária desses pacientes são dirigidos por esses profissionais.</p> Claudia Daniella Avelino Vasconcelos, Thamires Dias Brune De Sousa, Eduardo Soares Pereira, Ingrid Régia Maria Oliveira, Álvaro Sepúlveda Carvalho Rocha Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/977 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERCEPÇÃO DE PESSOAS COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO EM RELAÇÃO AO AUTOCUIDADO A PARTIR DA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/978 <p>Introdução: O objeto deste estudo versa sobre o autocuidado de pessoas com estomas de eliminação e a consulta de enfermagem em estomaterapia. Objetivo: Analisar a percepção das pessoas com estoma de eliminação sobre a consulta de enfermagem em estomaterapia em relação ao seu autocuidado. Método: Estudo com abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, com 21 participantes, todas pessoas com estoma de eliminação, atendidos em uma clínica de estomaterapia no estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados utilizou um roteiro de entrevista semiestruturada para caracterização sociodemográfica e clínica dos participantes, seguidos de questionamentos sobre o objeto de estudo. Para tratamento dos dados utilizou-se estatística descritiva simples e a análise lexical através do software interface de R pour les Analyses Multidimensionais de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ®). O processamento de dados pela classificação hierárquica descendente teve aproveitamento de 88,14% dos segmentos de texto, gerou 2 blocos temáticos e 7 classes. Para atender o objetivo deste estudo, optou-se pela classe 6. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número de parecer 6.578.186/2023. Este estudo é um recorte do trabalho de conclusão de curso da Pós-graduação de Enfermagem em Estomaterapia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Resultados: O perfil foi predominantemente feminino (71% - n: 15) e idoso (52,4% - n:11). As causas de confecção do estoma, foram por neoplasias 71% (n: 15), sendo câncer de reto com 67% (n 10), e a Doença de Crohn como segunda causa mais relevante, em 28% (n: 6). Das estomias, 57% (n: 12) eram colostomia e 23% (n: 6) ileostomia, sendo maioria com tempo de estomia de 1 a 5 anos em 62% (n: 13), e 87,7% (n: 18) com estomia de caráter definitivo. Verificou-se o desconhecimento acerca da condição de saúde atual e o manejo com o estoma antes da consulta com o enfermeiro estomaterapeuta. Evidenciou-se a importância do enfermeiro estomaterapeuta neste processo de reabilitação, por proporcionarem maior segurança para o manejo e cuidados com o estoma. Os participantes reconheceram a necessidade do estomaterapeuta, no seu acompanhamento para melhor adaptação às novas rotinas e condições de saúde e, consequentemente, para melhoria na qualidade de vida. Observou-se maior dificuldades nas pessoas que não tinham acesso ao acompanhamento com o especialista. Conclusão: Destaca-se que o processo de adaptação à estomia é gradativo e, neste cenário, é de relevante importância a consulta e acompanhamento do enfermeiro estomaterapeuta na promoção do autocuidado. O estomaterapeuta é parte essencial no processo terapêutico das pessoas com estomas de eliminação, como educador e incentivador das orientações para adaptação à nova condição de saúde, reabilitação e reinserção social. Merece destaque, que após as orientações do especialista durante as consultas de enfermagem em estomaterapia, observa-se maior comprometimento, envolvimento e empoderamento do paciente ao seu autocuidado. Contribuições: Este estudo servirá como base para aprofundamentos e discussões acerca da formação do profissional estomaterapeuta e ainda sobre a assistência de enfermagem especializada a este público e podendo contribuir para a gestão e coordenação de cursos de formação em estomaterapia.</p> Caroline Rodrigues Oliveira, Ana Beatriz Azevedo Queiroz, Bárbara Rodrigues Alves Quintanilha, Camila Dos Santos, Dayse Carvalho Do Nascimento, Natália Mattozinho Da Cruz De Brito, Patrícia Alves Dos Santos Silva, Norma Valéria Dantas De Oliveira Souza Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/978 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERCEPÇÕES E DIFICULDADES DO FAMILIAR DE UMA CRIANÇA COM ESTOMIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/979 <p>Introdução: Uma estomia representa a abertura ou boca, indicando a exteriorização por intermédio de cirurgia em órgãos ou vísceras ocas; podendo ter a finalidade de proporcionar respiração (traqueostomia), alimentação (gastrostomia) ou eliminação (colo/ ileostomia), em caráter temporário ou definitivo. Ao ser realizada na criança, a família vivencia um processo de muitas mudanças em seu cotidiano e perpassam por um processo de sentimentos negativos, como raiva, desespero e desesperança afetando significativamente sua dinâmica familiar. Objetivo: Identificar e descrever as percepções e dificuldades do familiar de uma criança com estomia e a abordagem do profissional de enfermagem frente a essas percepções e dificuldades. Metodologia: Revisão integrativa dos artigos nas bases de dados National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed), Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). Foram incluídos artigos originais redigidos em português, inglês e espanhol, com recorte temporal, 2019 e 2023, utilizados os descritores ostomy, child, family, estomia, criança, família, estomaterapia consultadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) obtendo um total de 11 artigos para análise e leitura completa. Resultados: Selecionaram-se 11 (100%) produções científicas, duas (18,18%) foram realizadas no Reino Unido, quatro (36,36%) no Brasil, uma (9,09%) na Colômbia, duas (18,18%) nos Estados Unidos, uma (9,09%) na Índia e uma (9,09%) no Istambul, quanto ao ano de publicação cinco (45,45%) estudos foram publicados em 2019, um (9,09%) em 2020, três (27,27%) em 2021 e dois (18,18%) em 2023, sendo 9 artigos relacionados a criança com traqueostomia e 2 com colostomia. Discussão: Para melhor compreensão da discussão foram elencadas três categorias, segundo a análise criteriosa dos estudos, sendo elas: 1-O impacto e percepções do familiar diante da necessidade de uma estomia na criança impõe que vivenciem momentos de altos níveis de estresse e ansiedade pela patologia; eles se encontravam com dificuldades de aceitação, passando pelo luto da perda do filho ideal devido as modificações que a realização da estomia ocasiona na qual a mudança de rotina se torna obrigatória pelas demandas de cuidados necessárias a criança com estomia. 2- Os desafios de conviver e cuidar de uma criança com estomia reflete pelas dificuldades no manuseio dos equipamentos e cuidados ininterruptos de uma criança alterando a vida social e financeira da família. 3- Ações da enfermagem frente as dificuldades da família de uma criança com estomia evidencia a necessidade de capacitar os familiares para serem capazes de cuidar de seus filhos perante essa nova realidade. Considerações Finais: Através das evidências se faz necessário reflexões para aprimorar a atuação dos profissionais, em especial os enfermeiros, na adequação de ações educativas direcionadas a preparar os familiares a lidarem com as mais diversas situações dentro da realidade vivida da família. Contribuições para Estomaterapia: Que este estudo possa contribuir para necessidade de ampliação da atuação sistematizada dos enfermeiros frente as necessidades do familiar de uma criança com estomia.</p> Adriana Pelegrini Dos Santos Pereira, Beatriz Clara Venâncio Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/979 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERFIL DAS MULHERES IDOSAS SUBMETIDAS A CISTECTOMIA RADICAL DEVIDO AO DIAGNOSTICO DE CANCER DE BEXIGA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/980 <p>Introdução: No Brasil, é considerado idoso o indivíduo a partir de 60 anos, e esta população apresenta um crescimento rápido e intenso. O câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, e está entre as quatro principais causas de morte prematura, isto é, antes dos 70 anos de idade, na maioria dos países. A incidência do câncer de bexiga aumenta conforme o aumento da idade. Objetivo: Analisar o perfil das mulheres idosas submetidas a cistectomia radical devido ao diagnóstico de câncer de bexiga em um ambulatório interdisciplinar no ABC Paulista. Método: Estudo epidemiológico quantitativo retrospectivo com a coleta de dados primários no banco de dados do sistema RedCap, utilizado no ambulatório interdisciplinar de câncer de bexiga. Trabalho aprovado pelo CEP/FMABC com o parecer n: 2.547.391. Resultados: Participaram do estudo 13 mulheres, a predominância da realização de cirurgias para tratar o câncer de bexiga em mulheres entre 60 - 69 anos (76,92%), e idosas com 70 até 79 anos de vida, apresentando-se como 23,08% da amostra. Enquanto mulheres com 80 anos ou mais, se fizeram ausentes. A raça/cor autorreferida branca representando 84,62% da amostra, enquanto havia 1 (7,69%) mulher parda, e 1 de etnia preta (7,69%), e amarela ausente na amostra. Comorbidades como diagnóstico de Hipertensão Arterial representou 47,1% e diabetes mellitus 5,9% destas mulheres. Enquanto a dislipidemia esteve presente em 11, 8% das idosas, e houve ainda 35,3 outras comorbidades mencionadas. Identificou-se a predominância de mulheres tabagistas representando 38,5% da amostra, e mulheres ex-tabagistas em 30,8%. Enquanto 30,8% negaram o uso do tabaco. As derivações de ureterostomia bilateral e unilateral representam a minoria sendo 7, 69% cada uma delas, enquanto a derivação urinária tipo Bricker representou 38,46%.A realização da derivação urinária unilateral em cano- de-espingarda correspondeu a 46,15% das derivações urinárias. Conclusão: O câncer de bexiga apresenta prevalência na 6° e 7° década de vida de mulheres, em sua maioria branca. O tabagismo está intimamente relacionado com o desenvolvimento do câncer urotelial. A derivação unilateral em cano-de- espingarda apresenta-se como melhor escolha no processo de tratamento e reabilitação dessas mulheres. Contribuição na Estomaterapia: A importância de entendimento do estomaterapeuta que atende o paciente urostomizado no contexto epidemiológico no câncer de bexiga é importante para uma conduta e acompanhamento não só da estomia e das demais características intrínsecas do paciente.</p> Daisy Cristina Zemke Barreiros Archila, Ana Paula Leonessa Caetano, Narjara Pereira Leite, Beatriz De Oliveira, Isabel Cristine Fernandes, Fernando Korkes, Simone Garcia Lopes, Ana Paula Guarnieri Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/980 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERFIL DOS USUÁRIOS COM ESTOMAS DO SERVIÇO DE ATENÇÃO AO ESTOMIZADO DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE/RS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/981 <p>Introdução: A caracterização dos serviços e fluxos de atendimento estão previstos na Portaria número 400/2009, que orienta as secretarias de saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios em gestão plena, as providências necessárias à organização da Atenção à Saúde das Pessoas Estomizadas atendendo, dentre as atividades, aos cadastros das pessoas com estomias, e zelar pela utilização das indicações de equipamentos coletores e adjuvantes de proteção e segurança, promoção de educação permanente de profissionais para adequada atenção às pessoas com estomias1. Objetivo geral: Caracterizar os estomizados cadastrados no serviço de estomia de um município da região metropolitana de Porto Alegre/RS. Objetivos específicos: Identificar as principais complicações das estomias e região periestomal, e descrever os produtos coletores e adjuvantes utilizados pelos usuários. Método: Estudo quantitativo, retrospectivo e documental2, realizado em um serviço de referência, com amostra de 63 pacientes (prontuários) com estomia de eliminação, que atenderam aos critérios de inclusão. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 56179321.7.0000.5344. Resultados: Verificou-se que a maioria dos pacientes eram homens (60%), semelhantes a outros estudos3,4, brancos (95%), faixa etária média de 64,5 anos, com colostomia (74%), com estomas temporários (45%), e necessitavam de auxílio de familiares ou profissional de saúde para a troca da bolsa (51%). O motivo principal para a confecção dos estomas foi o câncer (46%), seguidos de complicações associadas à doença diverticular (14,2%). Em relação à utilização das bolsas coletoras, o modelo com placa plana e de uma peça foi a mais utilizada. Dos produtos adjuvantes, a película limpadora de pele e o protetor cutâneo em spray, foram os mais frequentes. Em relação às complicações dos estomas e região periestomal, as dermatites de contato foram predominantes, seguidos da hérnia paraestomal e retração do estoma. Conclusão: A realização deste estudo possibilitou conhecer o perfil dos usuários estomizados do serviço de saúde, identificou as principais complicações das estomias e região periestomal, e descreveu os produtos coletores e adjuvantes utilizados pelos usuários. Contribuições para a estomaterapia: Conhecer o perfil dos usuários do serviço de estomias é necessário para subsidiar planejamento das atividades assistenciais, provisão de dispositivos e insumos, bem como para educação em saúde dos pacientes. Torna-se importante o conhecimento das complicações frequentes do estoma e periestoma, a fim de criar rotina de consulta de enfermagem aos pacientes estomizados, com ou sem queixas referidas.</p> Claudete Adriana Moretti, Nildete Vargas Pozebon, Michele Grewsmühl, Rudnei Prusch Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/981 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 REABILITAÇÃO GÁSTRICA E INTERFACES COM A ESTOMATERAPIA PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/982 <p>INTRODUÇÃO: O enfermeiro estomaterapeuta tem um papel importante no processo de reabilitação do paciente com estomia, pois está presente desde o momento do diagnóstico, e indicação da confecção da estomia, o que reflete impacto positivo na sua vida diária pós confecção¹. Fazendo-se necessário destacar a importância da socialização da criança com estomia ou com reconstrução de trânsito intestinal no meio familiar, escolar e social e que a estratégia de educação em saúde para pais, amigos e pessoas interessadas é o diferencial para um bom enfrentamento da criança com estomia pediátricas e assim ter uma vida normal sem preconceitos e/ou estigmas². OBJETIVO: Descrever a experiência vivenciada pelo enfermeiro e pós-graduando em estomaterapia no ambulatório reabilitação gástrica. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante a assistência prestada às crianças com doenças gastrointestinais congênita após construção cirúrgica geradora de estomia, em um hospital pediátrico da atenção terciária da rede pública de saúde em Fortaleza-Ceará, de referência em pesquisa e ensino, sendo campo de estágio para diversas universidades, e na promoção de cuidados a crianças e adolescentes com doenças graves e de alta complexidade. O estudo, ocorreu de agosto a dezembro de 2023 através de atendimentos realizados uma vez por semana no ambulatório especializado multidisciplinar visando promover adaptação psicossocial, prevenção e complicações, educação do paciente e família e o autocuidado, manejo nutricional, gerenciamento da dor e desconforto, promover reabilitação oral e estimular a adaptação intestinal e reduzir o risco de complicações relacionadas as doenças, área de atuação para o estomaterapeuta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A reabilitação gástrica, em parceria com serviço de estomaterapia, teve um papel fundamental referente ao plano terapêutico multiprofissional pediátrico individualizado aonde promoveu a possibilidade de identificar precocemente as dificuldades e necessidades das crianças e dos seus acompanhantes, fornecendo suporte para superação das suas condições clínicas. Com implementação do plano terapêutico percebeu-se uma diminuição das complicações decorrentes as doenças gastrointestinais, havendo uma melhora da adaptação ao cotidiano. O plano terapêutico multiprofissional e observado vários relatos de dúvidas pertinentes ao assunto, bem como medos e receios, dúvidas diante da situação e dificuldades frente a nova condição do(a) filho(a)³. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: Espera-se que o estudo contribua para a compreensão dos profissionais sobre a importância das atividades desenvolvidas pelo enfermeiro estomaterapeuta na gastroenterologia, sua participação no planejamento e desenvolvimento de ações no plano de cuidados. promovendo a qualidade de vida das crianças durante sua reabilitação gástrica.</p> Madna Avelino Silva, Dielson Alves De Sousa, Lidiane Do Nascimento Rodrigues, Joana Da Silva Assunção, Nicole De Oliveira Bezerra E Bezerra, Mikaelle Severo Marques Mateus Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/982 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 REABILITAR: CAMINHO PARA O AUTOCUIDADO E BEM-ESTAR DAS PESSOAS COM ESTOMIA. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/983 <p>INTRODUÇÃO: A extensão universitária também desempenha um papel importante ao preencher essa lacuna na formação acadêmica, aproxima os alunos do mercado de trabalho, preparando-os para enfrentar os desafios da vida real, tanto profissional quanto pessoalmente. O processo de transição para a convivência com os estomas intestinais pode ser facilitado por meio de apoio social, medidas educativas e intervenções que visem aprimorar as práticas de autocuidado, melhorando, em última análise, a qualidade de vida dessa população(1). Dessa forma o programa Reabilitar atua de maneira a proporcionar essa ponte entre o procedimento cirúrgico e o processo de reabilitação. OBJETIVO: orientar e estimular o autocuidado para a reabilitação das pessoas com estomias e formação continuada para profissionais e estudantes da saúde. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um relato oriundo de atividade de extensão, e portanto, em conformidade com a Resolução CONEP n. 510/2016 fica dispensado de apreciação de um comitê de ética. O Programa é uma extensão universitária promovido por uma Universidade Federal localizada em Minas Gerais. Trata-se de um programa de 20 anos de existência. É coordenado por um enfermeiro estomaterapeuta e co-orientado por um médico coloproctologista, ambos professores adjuntos da universidade. Possui dois discentes bolsistas de enfermagem e um de medicina, e conta com voluntários dos cursos: enfermagem, medicina, psicologia e nutrição. O programa implementou diversas iniciativas, dentre elas: atualização de protocolos relacionados às consultas de enfermagem, a padronização dos encaminhamentos para pessoas com estomias, orientações sobre autocuidado e nutrição, além de medidas de prevenção e detecção precoce de complicações, voltadas para a Atenção Primária em Saúde. Realizou a produção de conteúdo sobre estomias, compartilhadas nas redes sociais, abordando temas relacionados ao autocuidado e o processo de reabilitação, buscando alcançar uma maior disseminação de informações e conscientização sobre o assunto, e participou de atendimentos e grupos operativos com pacientes com estomia no município. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante da proposta do Programa, os objetivos relacionados à assistência em saúde e promoção do autocuidado estão sendo alcançados. As ações desenvolvidas são de extrema relevância para o município e para as pessoas com estomia tendo em vista que desenvolve constantemente estratégias que visam oferecer um atendimento integral a este grupo, a fim de aprimorar a assistência em rede promovendo o autocuidado e proporcionando melhor qualidade de vida as pessoas com estomia. Além disso, o Programa de Extensão Reabilitar permite aos seus integrantes conhecimento prático e desenvolvimento em pesquisa com produções científicas. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: O programa busca atuar de forma ética e sempre se baseando em atualizações da literatura científica, dessa forma o programa contribui para o desenvolvimento e disseminação da estomaterapia na comunidade acadêmica, buscando oferecer palestras e cursos sobre estomias, e para além dos muros da universidade, buscamos capacitar profissionais da rede de saúde, oferecer assistência aos pacientes ostomizados e ampla divulgação sobre estomias nas redes sociais. Dessa forma contribuímos para o crescimento da estomaterapia e para a consolidação da especialidade. Além de despertar o interesse dos discentes pela pós-graduação em estomaterapia através das ações e também da produção científica.</p> Caroline Ambires Madureira, Talles Fernandes De Souza, Larissa Carvalho De Casteo, Victoria Correa Nunes, Marcus Vinicius Silva Mendes, Samuel De Paula Pinheiro Da Silva, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/983 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 RELATO DE CASO SOBRE A IMPLANTAÇÃO E MANEJO DA FISTULOCLISE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/985 <p>Introdução: As fístulas enteroatmosféricas criam conexões entre o sistema gastrointestinal e a pele, podem surgir de forma espontânea ou por ato cirúrgico. As complicações estão frequentemente associadas à desnutrição e sepse pós-operatória, representando um conjunto complexo de desafios para profissionais de saúde e pacientes. A fístula enteroatmosférica gera implantação da fistuloclise para a reinfusão do enfluente com manutenção da alimentação do paciente e o seu manejo é um desafio para o estomaterapia. Objetivo: Descrever a implantação e manejo da fistuloclise. Método: Trata-se de um relato de caso descritivo, realizado com paciente do sexo masculino em um Hospital Filantrópico de médio porte de um município de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu em prontuário no período de 19 de fevereiro a 29 de março de 2024. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética e Pesquisa com número do parecer: 6.651.501. A enfermeira que implantou e manejou a fistuloclise trabalha no hospital há 19 anos e é estudante de estomaterapia em um curso de pós-graduação. Resultados: Paciente, sexo masculino, 76 anos, com diagnóstico médico de hipertensão e doença pulmonar obstrutiva crônica. Tabagista há 50 anos, com passado cirúrgico de prostatectomia radical devido a um câncer de próstata. No dia 25/10/2022 foi submetido à colecistectomia como procedimento eletivo, evoluindo com piora do quadro no pós-operatório, com necrose isquêmica do cólon esquerdo, resultando na necessidade de uma colectomia esquerda, seguida pela criação de uma colostomia de Hartmann, higienização da cavidade peritoneal, tratamento da colestasia de Luschka e fechamento alternativo por laparostomia com bolsa de Bogotá. Realizou-se a passagem de uma sonda alimentar por via endoscópica na alça distal da fístula como parte do tratamento, estabelecendo uma jejunostomia para reinfusão do enfluente e reabsorção de nutrientes. Após iniciar a fistuloclise em 30/06/2023, houve uma melhora nos resultados dos exames e estado nutricional. Antes do procedimento, em 27/06/2023, as proteínas totais estavam em 5,1 g/dl, albumina em 2,4 g/dl e globulina em 2,7 g/dl. Porém, em 16/07/2023, esses valores mudaram para 5,4 g/dl de proteínas totais, 2,6 g/dl de albumina e 2,8 g/dl de globulina. Recebeu alta em 18/07/2023, continuou o tratamento em domicílio sob visita e cuidados da enfermeira que o assistiu no hospital com participação da família. Foi planejada uma reintervenção cirúrgica para ressecar o segmento fistuloso e reconstruir o trânsito intestinal, prevista de 6 a 12 meses após a alta hospitalar. Considerações Finais: Os desafios na prática da fistuloclise incluem a escassez de literatura brasileira sobre a técnica associada e a falta de experiência dos enfermeiros em seu manejo. É um procedimento pouco realizado no país o que pode explicar a escassez de estudos e inexperiência na sua implantação. Neste sentido, sua implantação e manejo na prática clínica do enfermeiro é um desafio. O envolvimento da família durante o processo de aprendizado é crucial. Contribuições para a Estomaterapia: A fistuloclise demonstra ser um método seguro, que contribui para a melhora das condições clínicas e nutricionais do paciente, o que pode aumentar as chances de sucesso em procedimentos de reconstrução subsequente</p> Glorinha Pereira Alves, Larissa Carvalho De Castro, Daniel Nogueira Cortez, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/985 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 RISKS OF ORAL NON-STEROIDAL ANTI-INFLAMMATORY DRUGS USE IN PATIENTS WITH INTESTINAL STOMA: DO BRAZILIANS LEAFLETS TALK ABOUT IT? https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/986 <p>Introduction: Creating an intestinal stoma involves redirecting a section of the intestine to the skin's surface, commonly performed in conditions such as colorectal cancer, inflammatory bowel disease, and diverticular disease (1). While nonsteroidal anti- inflammatory drugs (NSAIDs) are extensively used, their association with gastrointestinal toxicity poses risks, particularly in patients with stomas like ileostomies or colostomies (2). NSAIDs can disrupt fluid and electrolyte balance, increase susceptibility to gastrointestinal bleeding hinder wound healing, alter medication absorption, and conceal infections, impacting patients' quality of life (3). Objective: To analyze and assess Brazilian NSAID leaflets for information on cautious NSAID use in stoma patients. Method: This is a documental study, where a comprehensive review of NSAID product leaflets in Brazil (celecoxib, diclofenac, ibuprofen, meloxicam, naproxen and nimesulide) was conducted. The leaflets were extracted from the official website of the Brazilian Health Regulatory Agency (Anvisa, access at: https://portal.anvisa.gov.br) and the gathered information focused on the presence or not of specific warnings or precautions related to stoma patients in using oral NSAIDs. Results: We retrieved six leaflets of oral NSAIDs, and none (0%) provided information about specific warnings or precautions related to stoma patients using NSAIDs. However, 33.3% of the leaflets have information about the maximum time of use of oral NSAIDs while 66.7% of them talked about the risks of misidentifying infections related to NSAID use. We also have 66.7% that provided recommendations for dosage adjustments or alternative therapies. Conclusion and Contributions to Enterostomal Therapy: The Brazilian NSAID leaflets have a notable absence of specific cautions for patients with intestinal stomas. Addressing this gap is crucial to ensure the safe and effective use of NSAIDs in this vulnerable patient population. Further research and regulatory efforts may be needed to improve the comprehensiveness of patient information provided in NSAID leaflets.</p> Kitete Tunda Bunnel Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/986 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TRATAMENTO DE DERMATITE PERIESTOMIA DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL: EVIDÊNCIAS PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/987 <p>Introdução: A incidência de lesões de pele periestomia de eliminação intestinal, varia entre 20 e 70%, sendo frequente a dermatite química ou irritativa, por vazamento de efluente, causando a perda da integridade da pele e maceração, com agravamento rápido para ulceração, o que influencia a qualidade de vida e eleva os custos dos serviços de saúde. As intervenções de enfermagem baseadas em evidências poderão subsidiar o cuidado de pessoas com dermatite periestomia. Objetivo: Analisar a produção científica sobre as evidências atuais de cuidados de enfermagem para o tratamento de dermatite periestomia de eliminação intestinal. Método: Revisão Integrativa, fundamentada na Prática Baseada em Evidências, realizada em seis etapas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos; categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados e síntese do conhecimento dos principais resultados evidenciados na análise dos artigos incluídos, mediante a questão de pesquisa: Quais os cuidados voltados para o tratamento de dermatite em pele periestomia, descritos na literatura atual?, elaborada com a estratégia PICO, sendo P (Pessoas com dermatite em pele periestomia), I (Cuidados para o tratamento da dermatite em peleperiestomia), C (nenhuma comparação) e O (Controle da dermatite em pele periestomia). Para a busca utilizou-se os descritores controlados "Dermatitis" "Ostomy" OR "Colostomy" OR "Ileostomy" OR "Ileostomies" AND “Nursing Care” e seus respectivos sinônimos, combinados aos operadores booleanos (AND e OR), e adaptados de acordo com as especificidades de cada base de dados, sendo elas CINAHL, EMBASE, LILACS, PubMed, Scopus e Web of Science. A busca resultou em 248 artigos científicos, mediante critérios de inclusão e exclusão, cuja amostra final foi de nove estudos. Utilizou-se instrumento de coleta de dados para a extração de informações como identificação, características metodológicas com classificação de evidências em sete níveis, com análise descritiva dos dados. Resultados: Do total de 9 estudos, 8 (88,9%) eram quantitativos e 1 relato de caso (11,1%), sendo que em relação aos níveis de evidência, obteve-se quatro artigos com nível 3, três com nível 6 e dois com nível 5. As principais intervenções foram indicação do uso de adjuvantes como grânulos em pó de hidrocolóide, protetor cutâneo spray ou swab protetor cutâneo, pasta de hidrocolóide ou anel de hidrocolóide, além da dieta para prevenção e tratamento de dermatites. O pó de casca de banana verde foi considerado uma alternativa de baixo custo, que promove a cicatrização em menos tempo e alívio imediato, após a aplicação. Destacou-se a importância do enfermeiro capacitado para o cuidado às pessoas com dermatites. Conclusão: O manejo de dermatites em pele periestomia pela multiprofissional deve ser subsidiado com evidências científicas. O pó e a pasta de hidrocolóide, protetor cutâneo spray ou em envelope, foram os adjuvantes recomendados. Contribuições para a Estomaterapia: Estes resultados podem contribuir na padronização de intervenções no cuidado das pessoas com dermatite periestomia na prática clínica, na melhoria do cuidado, da qualidade de vida e da reabilitação destas pessoas.</p> Janderson Cleiton Aguiar, Kellyngton Gomes Da Silva, Ana Beatriz Nacci Zatiti, Maria Helena Pinto, Adriana Pelegrini Dos Santos Pereira, André Aparecido Da Silva Teles, Camila Maria Silva Paraizo-Horvath, Helena Megumi Sonobe Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/987 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TREINAMENTO DA IRRIGAÇÃO TRANSANAL PARA CONTINÊNCIA ANAL https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/988 <p>Introdução: Incontinência anal é a perda do controle voluntário fecal e/ou a insuficiência de manter o controle fisiológico do conteúdo intestinal em qualquer momento da vida1. A irrigação transanal, utilizada desde 1.500 a.C., também chamada de enema colônico retrógrado, tem sido empregado historicamente para desintoxicação. Desde 1087, foi adotado como uma técnica para tratar distúrbios defecatórios, aplicável em adultos e crianças, visando esvaziar o intestino, regularizar a evacuação e prevenir perdas fecais2. A irrigação transanal é uma possibilidade eficaz na maioria das pessoas com lesão na coluna vertebral, malformações anorretais, ou câncer do reto. O treinamento é realizado pelo enfermeiro estomaterapeuta ou profissional capacitado que orientará a técnica para ser feita no ambiente domiciliar3.Objetivo: Relatar a experiência no atendimento a um paciente com incontinência fecal pós cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e o uso da irrigação transanal. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em 2023, num serviço público de estomaterapia no sul do Brasil. Desenvolvimento: Para recuperar o controle da eliminação intestinal, utiliza-se a irrigação transanal, que corresponde a administração de água na temperatura corporal, através do ânus, permitindo ao paciente programar suas evacuações e manter o cólon vazio por períodos mais longos. O treinamento para efetuar este procedimento é realizado pelo enfermeiro estomaterapeuta ou profissional capacitado que orientará o procedimento para ser realizado no ambiente domiciliar. Primeiramente apresenta-se o equipamento a ser utilizado e explica-se como é seu funcionamento, após inicia a irrigação propriamente dita, com o paciente sentado no vaso sanitário, realiza-se a irrigação, sendo fornecidas todas as orientações, o paciente compreendendo bem segue realizando a irrigação no domicílio, os pacientes relatam ter mais confiança para sair de casa, não precisando fazer uso de absorvente higiênico. Considerações finais: Evidencia-se a importância da capacitação na utilização do dispositivo para irrigação intestinal adaptado para irrigação intestinal transanal, uma vez que os pacientes conseguem manipulá-lo com facilidade e de forma independente, após o treinamento. O procedimento de irrigação intestinal transanal é tranquilo e normalmente com boa tolerância pelo paciente, levando a uma significativa melhora do controle intestinal e da qualidade de vida. Contribuições para a Estomaterapia: Ao promover a evacuação regular e controlada, o treinamento para irrigação transanal pode reduzir as perdas fecais, melhorando a qualidade de vida para o paciente, promovendo autonomia e o autocuidado, permitindo que o paciente gerencie sua condição. O treinamento para irrigação transanal é uma ferramenta valiosa na prática da estomaterapia, ajudando a melhorar a qualidade de vida e promovendo a independência dos pacientes com disfunção intestinal.</p> Rosaura Soares Paczek, Isabel Kerber Da Costa, Ana Karina Silva Da Rocha Tanaka, Karla Durante, Jessica Martins Da Luz, Gustavo Gomboski Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/988 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 USO DE SIMULADOR DE BAIXA FIDELIDADE PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PREVENÇÃO DE CÂNCER INTESTINAL https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/989 <p>Introdução: A estomia intestinal é um procedimento cirúrgico comumente utilizado em casos de câncer colorretal1. Posto isso, promover a educação em saúde sobre tipos de cânceres intestinais é crucial para conscientizar sobre prevenção, detecção precoce e cuidados de saúde. Tais ações podem contribuir para que as pessoas tenham hábitos saudáveis, identifiquem sinais/sintomas de alerta e promovam empatia para com aqueles que possuam uma estomia intestinal, melhorando a qualidade de vida e reduzindo o impacto dessas condições na sociedade2,3. Objetivo: Relatar atividade educativa realizada em espaço público com uso de simulador de baixa fidelidade sobre prevenção de câncer intestinal. Método: Trata-se de relato da experiência desenvolvida em 2022 em alusão ao setembro verde, mês de conscientização e prevenção do câncer de intestino. Foi realizada em um terminal de ônibus, em Florianópolis e executada por acadêmicos de enfermagem membros de uma Liga Acadêmica de Estomaterapia. Os participantes da atividade eram pessoas que circulavam pelo local. Durante o evento, os acadêmicos prepararam e distribuíram um folder educativo sobre mitos e verdades relacionados ao câncer de intestino. Paralelamente, um dos alunos utilizou um avental que simulava um intestino, mostrando diferentes tipos de estomias intestinais. Outros alunos usaram bolsas coletoras acopladas ao abdômen, também tendo como foco salientar a importância da prevenção do câncer de intestino, além do cuidado a estomias intestinais como uma das possíveis consequências do tratamento desta neoplasia. Resultados: A atividade teve uma repercussão positiva, com participantes demonstrando interesse e adquirindo conhecimentos sobre o tema. Foi consenso também que esse é um assunto pouco explorado, gerando preconceitos. O uso do simulador e bolsas coletoras foi fundamental para conscientização e quebra de estigmas. A atividade foi considerada bem-sucedida ao alcançar a ampla população e proporcionar educação sobre o tema, em ambiente público e de fácil acesso à população. Considerações finais: É crucial desenvolver atividades educativas na comunidade sobre prevenção de câncer de intestino. São necessárias novas atividades educativas para o público em geral, com dinâmicas palpáveis e que despertem curiosidade, especialmente em temas estigmatizados com graves consequências à saúde. Contribuição para Estomaterapia: A atividade enfatiza a conscientização sobre a prevenção do câncer de intestino, incluindo a confecção de estomias intestinais como um tratamento comum. O estomaterapeuta desempenha um papel essencial na educação em saúde, desmistificando estigmas e promovendo o conhecimento compreensível. Sua atuação contribui para a promoção da saúde e melhoria do conhecimento na área. É destacada a importância contínua da conscientização, requerendo novas atividades educativas.</p> Maristela Jeci Dos Santos, Cilene Fernandes Soares, Juliana Balbinot Reis Girondi, Lúcia Nazareth Amante, Letícia De Oliveira Grespi., Tauane Dos Santos Firminio, Luiza Todeschini Vieira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/989 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 VIVÊNCIAS DE MÃES ACERCA DOS CUIDADOS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO EM PEDIATRIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/990 <p>Introdução: As estomias de eliminação são procedimentos cirúrgicos que resultam na exteriorização de uma víscera oca para o meio externo e recebe a nomenclatura do segmento corporal que é exteriorizado. A necessidade da confecção de uma estomia pediátrica está relacionada aos tratamentos de alterações congênitas e dentre as estomias intestinas, as principais causas são a doença de Hirschsprung, o ânus imperfurado e a enterocolite necrosante, o que caracteriza uma situação nova e complexa para as mães. Objetivo: Conhecer as vivências acerca dos cuidados com estomias de eliminação em pediatria. Método: Estudo qualitativo descritivo-exploratório. A pesquisa ocorreu no período de novembro a dezembro de 2023 e os dados foram coletados por meio de formulário via Google Forms®, com mães participantes de grupos de WhatsApp sobre estomias de eliminação em pediatria. Os critérios de inclusão foram mães com idade igual ou superior a 18 anos e que atuassem como a principal cuidadora da criança com estomia. Entre os critérios de exclusão foram: mães com dificuldade de leitura, escrita e que não sabiam responder ao formulário online. A análise foi feita por meio da análise de conteúdo segundo referencial de Bardin e dividida em quatro categorias temáticas de acordo a similaridade semântica. Resultados: O estudo foi composto por 41 mães, residentes em 14 estados brasileiros. Quanto às crianças com estomias de eliminação, a maioria (65%) são do sexo masculino, na faixa etária que variou de 0 a 7 anos de idade, sendo a principal causa de estomia à Doença de Hirschsprung (51%). As quatro categorias temáticas foram: Perspectiva inicial das mães ao saber da doença de base; Dificuldades encontradas no cuidado à criança com estomia; Assistência no pré e pós-operatório às crianças com estomia; Suporte da rede de apoio às mães de crianças com estomia. A experiência das mães é desafiadora, envolvendo uma gama de sentimentos como medo e tristeza nos primeiros momentos até a posterior adaptação a uma nova realidade. Considerações finais: Houve predomínio de mães jovens que vivenciaram a estomia pela primeira vez na maternidade com relatos de falta de orientações quanto aos cuidados e despreparo ao chegar em casa para cuidar do filho com estomia. Destacou-se ainda, a falta de suporte da rede de apoio e a importância do aprendizado durante a internação hospitalar, bem como o encaminhamento para um polo de assistência às crianças com estomias.</p> Sandra Marina Gonçalves Bezerra, Ritiele Gomes Carvalho, Iaggo Henrique De Sousa Figueiredo, Francisca Victoria Vasconcelos Sousa, Yuri De Oliveira Nascimento, Josiane Silva Santos, Francisca Aline Amaral Silva, Lídya Tolstenko Nogueira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/990 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 A ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM PACIENTES COM LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/991 <p>Estudos recentes têm mostrado que um dos eventos que mais atingem pacientes hospitalizados é a lesão por pressão (LP). Ela causa desconforto e dor, aumentando o tempo de internação e a morbimortalidade, diminuindo a qualidade de vida de pacientes e seus familiares. Essas geram altos custos para instituições hospitalares e aumenta a carga de trabalho da equipe de enfermagem. A LP é considerada um dos indicadores negativo de qualidade assistencial dos serviços de saúde e de enfermagem e sua prevenção é de extrema importância. Nesse viés, é objetivo geral dessa pesquisa investigar a assistência em enfermagem com pacientes com lesão por pressão em unidades de terapia intensiva (UTI) e são objetivos específicos: investigar sobre os métodos de avaliação utilizados em casos de lesões por pressão em UTI e investigar a utilização da mudança de decúbito em paciente com lesão por pressão em UTI. Para isso, foi realizado um levantamento de textos literários nos últimos 5 anos. Foram escolhidos 13 artigos científicos para se debater sobre o tema. São critérios de inclusão artigos que possuíam informações sobre o tema variáveis lesão por pressão na assistência em enfermagem; artigos nos idiomas português e espanhol e artigos com a disponibilidade do texto integral. São critérios de exclusão: artigos publicados antes da delimitação da pesquisa em questão; artigos em outros idiomas; artigos com textos incompletos e artigos de outras fontes que não sejam as aqui indicadas. A princípio podemos concluir que a assistência em enfermagem de frente a pacientes com LP em UTI é de suma importante para a abordagem e recuperação do paciente, mas ainda falta investimento em políticas públicas voltadas a formação desses profissionais e apoio dos gestores dos hospitais na inclusão de mais profissionais para a realização de técnicas como a de decúbito.</p> Telma Isadora De Sousa Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/991 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 A INICIAÇÃO CIENTÍFICA COMO ESTRATÉGIA PARA INSERÇÃO DE ACADÊMICOS NO ÂMBITO DA ESTOMATERAPIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/992 <p>Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) caracteriza-se como uma doença crônica pela falha em absorção ou baixa produção de insulina, um hormônio responsável pela transformação da glicose em energia para as células. No Brasil, a variedade mais comum é o Tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos de DM. Enquanto o Tipo 1 compreende entre 5 e 10% do total de casos. Observa-se que a DM possui uma variedade de complicações, entre as quais se destaca o pé diabético, que é considerado um problema grave e com consequências, muitas vezes, devastadoras diante dos resultados das ulcerações, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou perna. O cuidado com o paciente acometido por essa complicação deve ser integral e especializado, uma vez que as feridas são de alta complexidade, lenta cicatrização e impactam diretamente na qualidade de vida do indivíduo. Objetivo: Demonstrar a importância do incentivo a iniciação científica como estratégia para formação de novos estomaterapeutas. Desenvolvimento: Trata-se de um relato sobre o recrutamento de uma acadêmica em enfermagem, que após as etapas de seleção, pode ser inserida no projeto intitulado “Perfil sociodemográfico e clínico de pacientes hospitalizados com pés diabéticos”, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, CAAE: 5525023.0.0000.8907, com bolsa de iniciação científica concedida pela FAPEMA. Estudos enfatizam a necessidade dos profissionais da saúde avaliarem os pés das pessoas com diabetes de modo sistemático, com a finalidade de reconhecerem os fatores de risco que podem ser modificados estimulando o autocuidado, paralelamente a um adequado controle metabólico, que consequentemente reduzirá o risco de ulceração e amputação. Observa-se que os cuidados relativos à cicatrização da ferida devem ser realizados por profissional qualificado, sendo o enfermeiro o profissional de destaque para a prática, visto que possui formação diferenciada na área de feridas. Dessa forma, a iniciação científica é uma estratégia para recrutar acadêmicos para a análise da situação desses pacientes hospitalizados em uma região, uma vez que este auxiliará na coleta, levantamento e análise dos dados, auxiliará na construção da fundamentação teórica e, assim, os dados referentes àquela população poderão ser divulgados. Esses dados são de suma importância para demonstrar o perfil sociodemográfico e clínico desses pacientes, corroborando para uma atenção centrada naquela população. Considerações finais e Contribuições para estomaterapia: Com esse projeto, espera-se somar à área da saúde pública, auxiliando a equipe de enfermagem a identificar pacientes mais suscetíveis ao desenvolvimento de complicações. Essas informações favorecerão a criação de protocolos para a assistência ao paciente com pés diabéticos e/ou em risco para outras lesões vasculares. Além de um cuidado centrado no paciente com feridas, melhorando a assistência de enfermagem, a iniciação científica voltada a área da estomaterapia é um incentivo para que este acadêmico busque especialização na área. Com o projeto, também planeja-se publicar a pesquisa em revista de alto impacto na área, considerando a necessidade da disseminação de conhecimentos sobre o estudo. Por fim, a pesquisa torna-se útil para o campo da assistência hospitalar, ambulatorial, saúde pública e educação em saúde.</p> Patrícia Lima Queiroz, Larissa Fernanda Silva Ribeiro, Fernanda Priscila Da Silva Lima, Mércia Maria Costa De Carvalho Claro, Wannessa Rhégia Viegas Cunha Duailibe, Germano Silva Moura Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/992 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ABORDAGEM E MANEJO MULTIDISCIPLINAR ADEQUADOS PARA A PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/993 <p>Introdução: O cuidado paliativo (CP) é um cuidado iniciado para pacientes com doenças crônicas ou no final de vida, tendo como objetivo o manejo da dor, promoção da qualidade de vida e saúde mental. A Lesão por pressão (LPP) é uma condição de ferida de difícil cicatrização que ocorre por falta de nutrientes, perda estrutural de tecidos moles e falência cutânea, comumente afetando regiões que estão sob contínua pressão. Indivíduos em CP desenvolvem LPP quando os cuidados de prevenção não são possíveis de serem realizados pela condição geral de saúde do paciente, quando já não é possível promover o reposicionamento de decúbito, quando a nutrição já não é satisfatória. Por se tratar de um quadro comumente relacionado aos CP, é importante o correto manejo das LPP em indivíduos que estão sob cuidados paliativos¹. Objetivos: Consolidar perspectivas multidisciplinares na prevenção de LPP em pacientes em CP, priorizando o manejo adequado para promover bem estar e qualidade de vida. Método: Revisão integrativa da literatura no recorte temporal de 2013-2024, de caráter descritivo retrospectivo, realizada em Abril de 2024, por meio da estratégia de busca “PICO”, sem delimitação por idiomas. Problema: Prevenção das LPP em situação de CP; comparação: prevenção e manejo; outcomes: resultados posteriores à intervenção. Os descritores empregados foram: “Úlceras por Pressão” AND “Cuidados Paliativos” OR “Úlceras por Pressão” AND “Estomaterapia” na base de dados PubMed e BVS e “Úlceras por Pressão” na ScienceDirect utilizando, ao final, 4 artigos para a revisão. Resultados: Para sua avaliação, a cronologia, estágio da lesão, recorrência e fatores de risco como desnutrição, desidratação, idade avançada, local de apoio e falência múltipla de órgãos assim como outras comorbidades são importantes. A LPP durante os CP, poucas mudanças são vistas no manejo ambulatorial ou hospitalar, porém é necessário estratificar os riscos, principalmente quadros de desnutrição, desidratação, recorrência e falência de órgãos, sendo essa inevitável². O tratamento é difícil e demorado, muitas vezes dá enfoque no manejo de dor por analgésicos, terapias de relaxamento e cuidado periódico da ferida para estabilização³. De longe a melhor forma de prevenção é pelo manejo dos fatores de risco, também influenciando na qualidade de vida do paciente, portanto o CP é muito eficaz em promover melhora na prevenção quanto no tratamento, por isso é importante que seja implantado de forma precoce e multidisciplinar entre enfermeiro, médico, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista?. Devido à baixa adesão ao CP, alto custo do manejo de feridas, além da pouca informação de leigos sobre a prevenção de LPP, o quadro fica mais incidente, saturando o sistema de saúde. Conclusão: Infere-se que, para manejo e prevenção das LPP nos CP, torna-se necessário a capacitação profissional para realizar o tratamento e avaliando fatores de risco e condição clínica do paciente. Portanto, é necessário ação multidisciplinar na prevenção ou promoção de saúde com ampla abordagem. Contribuição para a estomaterapia: A partir dos dados abordados, destaca a importância da estomaterapia junto a abordagem interdisciplinar para prevenir e tratar pessoas com lesão de forma eficaz, garantindo maior conforto e qualidade de vida.</p> Milene Silva Rodrigues, Bruno Henrique Caetano, Renata Elizabeth Da Silva, Livia Luíza Galvão, Maria Eduarda Lopes Rabelo Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/993 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ESPECIALIZADA A PACIENTES COM FERIDAS COM O USO DAS CLASSIFICAÇÕES EM ENFERMAGEM https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/994 <p>Introdução: As feridas são um grave problema global, causando altos índices de doenças e mortes. Elas têm um impacto significativo nos pacientes, causando dor, imobilidade, problemas emocionais e sociais. A assistência aos pacientes com feridas deve abordar tanto aspectos físicos quanto emocionais, com a enfermagem desempenhando um papel vital nesse cuidado sistematizado. Objetivo: descrever a evolução de pessoas com feridas após o cuidado especializado em um serviço de enfermagem ambulatorial universitário. Método: tratou-se de um quase experimental do tipo antes e depois realizado no período compreendido entre os meses de agosto de 2023 a março de 2024, em uma clínica de enfermagem que pertence a uma universidade privada. A intervenção foi o atendimento de pessoas com feridas por meio de consulta de enfermagem realizada por enfermeiros especialistas e alunos do curso de graduação em enfermagem da Instituição de Ensino. Os pacientes com feridas foram encaminhados por serviços de saúde da região ou buscaram o serviço de forma espontânea, indicados por alunos ou colaboradores da Universidade. Para fazer parte do projeto as pessoas precisavam ter identificados o diagnóstico de enfermagem (DE) NANDA Integridade da pele prejudicada e ser submetido à intervenção por ao menos 4 semanas totalizando de 13 pacientes. A intervenção era composta por consultas de enfermagem baseadas no processo de enfermagem com auxílio das Classificações em Enfermagem. Era realizada uma avaliação inicial composta por anamnese, exame físico geral e avaliação das lesões. Então, era identificada a meta a ser atingida por meio do resultado proposto pela NOC Cicatrização de feridas: segunda intenção. A seguir eram determinadas as atividades a serem realizadas por meio da intervenção NIC Cuidados com feridas e a periodicidade das consultas. Nessas intervenções todos os pacientes recebiam laserterapia tópica+ILIB+realização da limpeza e cobertura da lesão com o produto indicado. Nas consultas posteriores eram reavaliados os indicadores propostos pela NOC enquanto os cuidados eram modificados conforme a necessidade de cada pessoa. Foram comparados os indicadores do resultado NOC proposto na primeira consulta e na quarta semana de intervenção. Resultados: Os pacientes eram de ambos os gêneros com idade média de 63 anos e com baixo nível de escolaridade. 77% apresentavam comorbidades, principalmente diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica. Foram comparados os indicadores propostos pela NOC Cicatrização de feridas: segunda intenção: tamanho da ferida, drenagem serosa e sanguinolenta, pele macerada peri-lesão e àqueles que mostravam sinais de infecção. A média dos pacientes para os indicadores foi melhor entre as consultas. Entretanto foi encontrada diferença estatisticamente significativa apenas no indicador tamanha da ferida (p&lt;0,05). Conclusão: as consultas de enfermagem baseadas no processo de enfermagem com auxílio das classificações de enfermagem são benéficas às pessoas com feridas e possibilitam um melhor acompanhamento dos resultados, qualificando o cuidado nessa área. Contribuições para a estomaterapia: a pesquisa mostra uma intervenção possível e que traz benefícios às pessoas com feridas. Pode ser utilizada na assistência e na pesquisa qualificando o cuidado às pessoas nessa área.</p> Adriana Cecel Guedes, Cinthia Dos Santos Alves Rocha, Aline Aparecida De Souza Leão, Bruna Costa Andrade, Stefany Martins Moreno Maieto, Raquel Machado Cavalca Coutinho, Natalia De Castro Nascimento Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/994 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ATENDIMENTO DO ENFERMEIRO À PESSOA IDOSA HOSPITALIZADA À LUZ DA TEORIA DE NEUMAN https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/995 <p>Introdução: A senescência é caracterizada por alterações psicológicas, funcionais e físicas que podem resultar na fragilidade da pele da pessoa idosa e redução gradativa da capacidade funcional, implicando na independência do indivíduo e dificultando a realização de autocuidado.1 Há alta prevalência de lesões cutâneas em pessoas idosas longevas hospitalizadas provenientes da senescência e fatores externos.2 Logo, há aumento na demanda de cuidado, cabendo ao enfermeiro identificar as necessidades dos pacientes e familiares. Contudo, nota-se os estressores do risco de lesões de pele, receio da dor, expectativas sobre o tratamento, ser cuidados por estranhos, medo, familiar ser colocado em posição de realizar esses cuidados como troca de curativos em domicílio, assim o enfermeiro realiza a promoção de cuidados de enfermagem através do Processo de Enfermagem associado à teoria.3 A teoria dos Sistemas de Neuman considera o ser humano como sistema aberto que responde aos estressores no ambiente e envolve a enfermagem, para definir intervenções auxiliando o sistema a se adaptar ou se ajustar para manter a estabilidade.4 Objetivo: Fortalecer o vínculo do enfermeiro no cuidado a pessoas idosas hospitalizadas com lesões cutâneas através da teoria de Neuman. Desenvolvimento: A avaliação do enfermeiro estomaterapeuta é realizada através do Processo de Enfermagem à luz da teoria de Neuman. Na avaliação da pessoa idosa, é realizado coleta de dados considerando as variáveis fisiológicas, desenvolvimentistas, psicológicas, socioculturais e espirituais, exame físico e familiares. Dessa forma, identifica-se que comumente pessoas idosas apresentam fatores estressores intrapessoais como dor, desconforto no leito, mobilidade prejudicada, sono inadequado e mudança no padrão alimentar. Entre os fatores interpessoais observa-se a relação com a acompanhante, expectativas do indivíduo e do acompanhante de cicatrização para alta hospitalar. Os fatores extrapessoais são condições inerentes à alta hospitalar, como continuidade do cuidado no domicílio. Percorrendo as etapas do PE, realiza-se os Diagnósticos de Enfermagem de acordo com Taxonomia NANDA, sendo frequentemente identificados: Integridade tissular prejudicada; Conforto prejudicado; Mobilidade física prejudicada; Risco de tensão do papel de cuidador e Risco de sofrimento espiritual 5. Considera-se como linha de resistência processo inflamatório para cicatrização, linha normal de defesa a dor e hábitos de cuidados com a pele, linha flexível de defesa fatores como nutrição, mobilidade, atividade física, umidade, fricção e cisalhamento. Para prevenção primária são realizadas medidas como analgesia adequada, educação em saúde acerca dos cuidados com a pele para prevenção de lesões cutâneas. Prevenção secundária o tratamento da lesão e organização do ambiente como instalação de colchão pneumático e terciária, desenvolver plano de cuidado com a equipe multiprofissional para mobilização e possível adaptação da dieta conforme hábito relatado. Considerações Finais: A associação da teoria de Neuman com o Processo de Enfermagem permite ao enfermeiro planejar os cuidados da pessoa idosa com lesões cutâneas a partir da interação e vínculo estabelecido, compreendendo como o indivíduo reage aos estressores para implementar intervenções de prevenção e restabelecimento da saúde do sistema. Contribuições para a Estomaterapia: Resgatando a teoria de Neuman para ajudar no processo de enfermagem no atendimento à pessoa idosa hospitalizada e seus familiares.</p> Adrieli Aparecida Simoes De Oliveira, Ana Karoline Da Costa Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/995 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ATITUDES FRENTE AO DIABETES MELLITUS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: ASSOCIAÇÃO COM O CONTROLE GLICÊMICO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/996 <p>Introdução: Considerado um grande problema de saúde pública, tem-se o Diabetes Mellitus (DM), caracterizado por ser uma condição incapacitante e configurado como a 9ª principal causa de morte em âmbito mundial.¹ Sabe-se que o controle do DM envolve diversos fatores, em especial ao estilo de vida hodierno e não sadio. Para avaliação da aderência terapêutica e acompanhamento glicometabólico de indivíduos com DM, utiliza-se o marcador bioquímico, hemoglobina glicada (HbA1c), tipificada pela fidedignidade e maior conveniência clínica.2 Diante das singularidades da condição descrita, destaca-se a necessidade de estratégias multifatoriais de cuidados e acompanhamento longitudinais - ações tangentes a Atenção Primária à Saúde (APS) - visando adoção de melhores hábitos cotidianos de forma consciente, que influenciem positivamente em suas atitudes.3 A atitude que o indivíduo apresenta diante do DM, reflete na forma com que o mesmo desempenha a manutenção desta condição. Objetivo: Investigar a associação entre as variáveis clínicas e sociodemográficas e as atitudes das pessoas frente ao DM. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado com indivíduos que apresentam DM da APS. A coleta de dados foi executada através de entrevistas, avaliações clínicas e de exames laboratoriais, apresentando tamanho amostral de 1077 pessoas. Os valores de HbA1c foram retirados do laboratório público do município e a avaliação da atitude dos participantes frente ao DM, foi realizada através do questionário Diabetes Attitude Questionnaire (ATT-19), validado para o Brasil.4 O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE 45582021.8.0000.5545, sendo seguido as recomendações para a pesquisa com seres humanos. Resultados: Perante análise das condições clínicas dos participantes do estudo, observou-se prevalência de obesidade em 49,9% dos adultos e sobrepeso/obesidade em 61,9% dos idosos, mau controle da HbA1c para 13,9% dos adultos e 20% dos idosos. Por meio do teste de Mann-Whitney foi realizado a comparação da mediana dos escores de atitude avaliados por meio da escala ATT-19, sendo observado diferença significativa na mediana dos escores de atitude em função da HbA1c, tanto em adultos (p=0,001) quanto em idosos (p=0,001), bem como em função do sexo (p&lt; 0,001). Em relação à escolaridade, pessoas com ensino maior ou igual ao ensino fundamental completo apresentaram maiores medianas dos escores de atitude (65Md), com diferença significativa (p=0,003). Na variável renda, observou-se diferença significativa (p&lt;0,001) entre até 2 salários-mínimos (64Md) e acima de 2 salários-mínimos (65,5Md). Verificou-se diferença estatística (p=0,015) na mediana dos escores de atitudes frente a presença do risco da Doença do Pé Relacionado ao Diabetes Mellitus (DPRDM). Conclusão: As pessoas com melhor controle glicêmico, sexo masculino, maior escolaridade, melhor renda e com maior risco para DPRDM apresentam melhor atitude frente ao DM. Contribuição para estomaterapia: No que tange os cuidados de enfermagem perante aos indivíduos com DM, o estudo em questão torna-se significante haja visto a relevância de compreender a associação entre as variáveis citadas e desempenhar capacitações profissionais acerca da problemática, prevendo uma assistência de excelência.</p> Letícia Eugênio Mota, Bruna Aparecida Oliveira Nunes Diniz, Maria Gabriella Campos Nunes, Thallita Claudia Moraes Barbosa, Leticia Alves Rocha, Olga Luisa Lucena, Joseane Da Silva, Daniel Nogueira Cortez Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/996 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 AUTOCUIDADO EM DIABETES MELLITUS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO RISCO PARA O PÉ DIABÉTICO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/997 <p>Introdução: O Brasil é o sexto país com maior prevalência de diabetes mellitus (DM), com 5,7 milhões de adultos diagnosticados. O DM é um grave problema de saúde pública devido às suas complicações, embora um bom controle glicêmico possa reduzir esses riscos. A doença do pé relacionada ao diabetes mellitus (DPRDM) é uma complicação grave do DM, e a prevenção inclui tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, com foco em autocuidado. A APS, com enfermeiros da ESF, desempenha um papel crucial na prevenção, identificação de riscos e educação em saúde. A adesão ao autocuidado, incluindo alimentação, monitoramento da glicemia, exercícios, medicação e cuidados com os pés, é fundamental e influenciada por fatores pessoais, culturais, socioeconômicos e de saúde. O estudo analisa a relação entre adesão ao autocuidado do DM e risco de DPRDM, considerando vários fatores associados. Objetivo: Analisar a associação entre a adesão ao autocuidado do diabetes mellitus e o risco para a doença do pé relacionada ao diabetes mellitus e fatores associados. Método: estudo transversal realizado com 769 pessoas com diabetes mellitus da Atenção Primária à Saúde. Foram analisadas as variáveis sociodemográficas, adesão ao autocuidado com o diabetes por meio de questionário validado e a classificação do risco para a doença do pé relacionado ao diabetes mellitus seguindo os parâmetros do International Working Group on the Diabetic Foot. Realizou-se estatística descritiva, assim como análise bivariada por meio do teste de Mann-Whitney. Resultados: Não houve associação estatística entre o risco para desenvolvimento da doença do pé relacionada ao diabetes mellitus e o nível de autocuidado nas seis dimensões (p=0,34; 0,22; 0,24; 0,5; 0,61; 0,05). Houve maior adesão às atividades de autocuidado relativas à alimentação específica para frutas e verduras (5,47%) e doces (5,47%), secar o espaço entre os dedos (5,38%) e tomar os medicamentos conforme recomendado (6,41%). Conclusão: A ausência de sintomas de alterações nos pés pode explicar a baixa adesão e não associação ao autocuidado. O estudo evidencia que a maioria das pessoas com diabetes não possuem os pés avaliados por um profissional de saúde. Contribuições para estomaterapia: A estomaterapia, como área da enfermagem especializada no cuidado de estomas e lesões de pele, pode utilizar esses dados para enfatizar a importância da prevenção, educação e monitoramento dos pés em pacientes com diabetes, visando evitar complicações mais graves, como úlceras e amputações.</p> Laura Andrade Pinto, Danielle Mendonça Oliveira, Giovanna Lanna Araújo De Carvalho, Lucas Roberto Santana Duarte, Andreza De Oliveira Henriques Cortez, Juliano Teixeira Moraes, Daniel Nogueira Cortez Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/997 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 AUTONOMIA E INOVAÇÃO: A LASERTERAPIA E O AVANÇO DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM EM FERIDAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/998 <p>Introdução: A crescente demanda por cuidados especializados em pacientes com dificuldades na cicatrização de feridas tem impulsionado a busca por estratégias inovadoras. Nesse cenário, a laserterapia de baixa potência emerge como uma abordagem promissora no tratamento dessas lesões.¹ Essa tendência tem alavancado uma verdadeira revolução na prática assistencial, transformando e ampliando as abordagens tradicionais. A integração de tecnologias inovadoras têm permitido aos profissionais de enfermagem oferecer cuidados mais precisos e personalizados, resultando em melhores resultados para os pacientes.² A laserterapia de baixa potência demonstra uma gama de efeitos benéficos no organismo, refletidos em diversos processos celulares. Entre esses efeitos, destaca-se o aumento da proliferação e ativação dos linfócitos, a melhoria da fagocitose pelos macrófagos e o aumento na secreção de fatores de crescimento de fibroblastos. Adicionalmente, a laserterapia promove a intensificação da reabsorção de fibrina e colágeno, estimula a motilidade de células epiteliais e favorece a formação de tecido de granulação, enquanto pode também reduzir a síntese de mediadores inflamatórios. Esses resultados destacam a eficácia e a versatilidade dessa modalidade terapêutica no tratamento de uma variedade de condições clínicas.³ Em sintonia com o avanço do conhecimento na área da enfermagem, a Resolução 567/2018 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)? estabeleceu novos parâmetros para a atuação da equipe de enfermagem, especialmente no que diz respeito ao manejo de tecnologias inovadoras no cuidado de feridas. Essa resolução delineia as competências dos enfermeiros no processo de avaliação, elaboração de protocolos, na seleção e aplicação de novas tecnologias para prevenção e tratamento de feridas. O documento enfatiza ainda a importância da capacitação contínua dos profissionais, ressaltando que o uso dessas tecnologias deve ser realizado somente após a obtenção da competência necessária por meio de treinamento adequado. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na aplicação prática da laserterapia durante o internato hospitalar na cidade de Belo Horizonte. Desenvolvimento: Durante o período de 45 dias em uma unidade de internação adulto, as acadêmicas de enfermagem tiveram a oportunidade de vivenciar o manejo clínico de uma paciente com lesão na região axilar decorrente de hidradenite supurativa. Este caso permitiu a realização do processo de enfermagem com a implementação de um plano de cuidados individualizado. Este plano incluiu a realização de curativos e a aplicação de laserterapia para tratar a lesão. Paralelamente, os acadêmicos participaram de discussões com a equipe interdisciplinar, colaborando para desenvolver uma abordagem terapêutica ideal e promover uma atuação conjunta no cuidado da paciente. Considerações Finais e Contribuições para a Estomaterapia: A implementação desta tecnologia tem sido fundamental para a promoção eficaz no tratamento de feridas. Além disso, a capacitação dos enfermeiros, com base nas normas do COFEN, para a aplicação da Laserterapia em feridas, tem conferido uma maior visibilidade a esses profissionais no cenário do cuidado de pacientes com lesões de pele e tecidos. Essa habilitação não só amplia as competências dos enfermeiros, mas também fortalece sua posição como agentes fundamentais na promoção da saúde e na recuperação dos pacientes.</p> Larissa Lieberenz, Gabriela Muniz Vidigal Dos Santos, Agnes Fernanda Souza Silva Oliveira De Paula, Gabriella Linhares Siqueira, Nicole Coelho Granato, Tayane Cristina De Oliveira, Yasmim Nathany Ferreira Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/998 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM PESSOAS COM FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO: RELATOS DE CASOS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/999 <p>Introdução: O estresse psicológico tem sido descrito como um fator associado ao aumento na inflamação, infecção, nos níveis de cortisol e na lentificação do processo cicatricial em pacientes com feridas. Pessoas com feridas de difícil cicatrização passam por diversas dificuldades psicossociais, como depressão e isolamento social, que estão diretamente ligados a aderência ao tratamento e ao sucesso nos processos de regeneração tecidual. Apesar da evidência clínica, há poucos estudos sobre a aplicação de instrumentos para medir o estresse e avaliar o seu impacto na cicatrização de feridas durante o atendimento ambulatorial em clínica de Estomaterapia. Objetivo: Descrever a aplicação da escala de estresse percebido na avaliação e acompanhamento de pacientes com feridas de difícil cicatrização atendidos em ambulatório de Estomaterapia. Método: Trata-se de estudo observacional, prospectivo longitudinal de uma série de casos de 10 pacientes adultos com feridas de difícil cicatrização, atendidos em ambulatório de Estomaterapia em instituição pública de saúde do município de São Paulo. Os dados foram retirados de estudo primário de coorte aprovado pela comissão de ética onde os pacientes foram acompanhados de 2 a 8 consultas. Foi escolhido um caso representante de cada etiologia, sendo elas: úlceras de origem vascular (arterial; venosa e mista), úlcera diabética, lesão por pressão, lesão traumática, ferida neoplásica maligna, ferida de amputação, ferida infecciosa e úlcera de membro inferior por doença reumatóide. Os pacientes foram avaliados com: Formulário de dados sociodemográficos e clínicos, questionario breve de dor, Bates Jensen Wound Assessment Tool, Perceived Stress Scale, onde foi feita a análise do distresse e do coping. Resultados: A idade média dos 10 pacientes foi de 58 anos (DP= 15,53, faixa 32-75), 6 (60%) sendo do sexo feminino e 4 (40%) do sexo masculino. Análises descritivas demonstraram variações entre a primeira e ultima consulta com diminuição do escore do Bates Jensen Wound Assessment Tool em 4.3. O escore da Perceived Stress Scale diminuiu 7.1. O distresse diminuiu 5.1 e o coping aumentou 2.0. Conclusão: O estresse é um fenômeno psicossocial que afeta diretamente a forma que pacientes com feridas vivem suas vidas. Os resultados deste estudo identificaram uma relação entre o estresse e a cicatrização de feridas, visto que 70.0% dos pacientes apresentaram uma correlação negativa. Ou seja, conforme a ferida cicatriza, o estresse diminui e conforme a ferida não cicatriza, o estresse aumenta. Contribuições para a Estomaterapia: Apesar do reconhecimento de que o estresse traz diversos malefícios aos pacientes com doenças crônicas, constatou-se a falta de estudos sobre esse tema em pessoas com feridas. Portanto, dada a relevância e a escassez de publicações sobre esse tema, acreditamos que o estudo poderá trazer subsídios importantes para contribuir no manejo dos pacientes com feridas, buscando o maior controle do estresse e a melhoria de sua qualidade de vida.</p> Beatriz Costa Ferreira, Carol Viviana Serna González, Beatriz Yamada, Vera Lucia Conceição De Gouveia Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/999 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 BIOFILME EM PEÇAS CIRÚRGICAS DE PÉ DIABÉTICO: COLORAÇÃO IN VITRO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1000 <p>INTRODUÇÃO: O biofilme está entre os fatores que levam uma ferida a cronicidade e a amputações. A biópsia é considerada o método mais confiável de detectar o biofilme. Existem técnicas microscópicas mais modernas para detectar o biofilme mas exigem equipamentos de última geração, apesar de limitada, existem técnicas mais acessíveis como a de microscopia de luz associada à técnica de coloração modificada. Os corantes histológicos mais descritos para coloração de biofilme são a Hematoxilina- Eosina o Vermelho Congo modificado com Carbol Fucsina. Os corantes naturais estão em ascendência relacionados aos corantes sintéticos, o açaí apresenta em sua composição antocianinas, as quais são uma alternativa viável para evidenciadores de biofilme OBJETIVOS: Identificar in vitro o biofilme de biópsias de lesões de peças cirúrgicas de dedos de pé diabético, utilizando colorações histológicas sintéticas Hematoxilinas Eosina, Vermelho Congo modificado com Carbol Fucsina, e Grocott, aplicar e comparar com o corante Natural de Açaí; desenvolver corante natural para identificar o biofilme em peças cirúrgicas de pés diabéticos e desenvolver protocolo para padronizar as colorações histoquímicas de biofilme em peças cirúrgicas de lesões em pé diabético. METODO: Experimental, observacional, analítico e in vitro. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas Dr. José Antônio Garcia Coutinho da Universidade do Vale do Sapucaí, sob Parecer Consubstanciado nº 4.912.636, CAAE nº 50415721.0.0000.5102 Foram selecionadas 40 fichas catalogadas de biópsias de lesões em dedos de pé diabético. Para cada biópsia, existe no um bloco de parafina contendo o corte histológico e uma lâmina de microscópio com o mesmo corte corado com Hematoxilina e Eosina. As peças selecionadas foram encaminhadas para o laboratório de biologia da Universidade do Vale do Sapucaí, onde se realizou três cortes horizontais no bloco de parafina, tirando amostras do tecido que foram colocadas em lâminas de microscópio identificadas como lâmina 1, 2, e 3 e 4. A Lamina 1 corada com Hematoxilina e Eosina, a lamina 2 Coloração Vermelho Congo e Carbol Fucsina, a lamina 3 Coloração Grocott e a Lamina 4 corante Natural Açai desenvolvido no a partir da polpa do Acaí (Euterpe oleracea) congelada 8%, adicionado ao volume total de polpa descongelada 20% de etanol absoluto, a mistura foi mantida em ambiente escuro sob leve refrigeração por 48 horas, apos filtrado a mistura em papel filtro para obtenção do extrato hidroetanólico, realizar a vaporização do extrato em estufa a 55ºC por 8 dias para obtenção de pigmentos concentrados. RESULTADO: Houve concordância entre o Corante Vermelho Congo/ Carbol Fucsina e Corante Natural Açaí (p=0,058) com diferença significativa: presença de bactéria no biofilme nos dois experimentos. Os corantes apresentaram resultados idênticos e iguais a 0 e indicam ausência de fungos no tecido (p=1,000). Concordância entre presença da Matrix Extra polimérica com o Corante Hematoxilina Eosina e o Corante Natural Açaí (p=0,000), não há diferença significativa na presença de matriz poliméricas extracelulares no biofilme apresentada pelos dois experimentos. Conclusão: o corante natural Açaí mostrou-se semelhante a outros corantes, quanto à identificação do biofilme nas biopsias de peças cirúrgicas, dedos de pés diabéticos.</p> Liivia Rocha Martins Mendes, Fiorita Gonzales Lopes Mundim, Rodrigo Machado Pereira, Diba Maria Sebba Tosta De Souza Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1000 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 BOAS PRÁTICAS NO CUIDADO DE ENFERMAGEM RELACIONADO ÀS LESÕES NEOPLÁSICAS EM PACIENTES ADULTOS E IDOSOS: REVISÃO DE ESCOPO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1001 <p>Introdução: A ferida neoplásica é um tipo de lesão que ocorre devido a multiplicação desordenada das células tumorais e a infiltração delas nas camadas da pele, derme e epiderme, até exteriozar-se¹. Esse tipo de lesão pode acometer em torno de 5% a 10% das pessoas que desenvolvem câncer, sendo predominantemente em faixa etária a partir dos 60 anos. Indivíduos que desenvolvem lesões neoplásicas tendem a lidar com os comprometimentos físicos, além dos enfrentamentos relacionados às questões psíquicas e sociais². Grande parte dos acometidos pela lesão e seus familiares são tomados pela surpresa da situação, visto que o acompanhamento com a equipe de cuidados paliativos se dá, muitas vezes, de forma tardia e ocorre um déficit quanto às orientações aos familiares³. Objetivo: Mapear as evidências científicas relacionadas às boas práticas no cuidado de enfermagem relacionado às lesões neoplásicas, em pacientes adultos e idosos. Método: Revisão de Escopo, desenvolvida de acordo com o método proposto pelo Joanna Briggs Institute (JBI®), conforme as recomendações do guia internacional Checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses Extension for Scoping Reviews - PRISMA-ScR4. O protocolo foi registrado no Open Science Framework (OSF), sob o número https://osf.io/c57p2/. Resultados: Foram identificados 357 artigos nas buscas e incluídos no estudo 11 documentos. Os estudos selecionados foram agrupados em 2 grupos temáticos, a partir da análise feita, são eles: os aspectos biopsicossocioespirituais e as repercussões para as pessoas com lesões neoplásicas; a equipe de enfermagem frente ao cuidado de lesões neoplásicas. Os principais cuidados de enfermagem mapeados estavam voltados às manifestações clínicas que essas lesões provocam e que repercutem para a redução dos impactos biopsicossociais. Citam-se como principais manifestações: o odor exalado pela ferida, o aspecto, extensão da lesão, dor, o sangramento, prurido, dentre outros fatores. Assim sendo, estas manifestações afetam sobremaneira na autoimagem, autoestima, gerando sentimentos de tristeza, vergonha, pesar, revolta, isolamento social por parte da pessoa e da família, fragilidade na rede de apoio. E cabe à equipe de enfermagem atuar nos cuidados voltados a todas estas dimensões. O manejo de lesões neoplásicas é um dos maiores desafios às equipes de enfermagem, devido ao déficit de conhecimento e de educação continuada nos serviços de saúde. Conclusão: Recomenda-se a realização de novos estudos que fortaleçam a discussão sobre os cuidados voltados às feridas neoplásicas, em face, sobretudo, ao perfil epidemiológico brasileiro atual. Contribuições para a Estomaterapia: A implementação de um plano de cuidados individualizado, que contemple as necessidades do paciente com uma ferida neoplásica é um desafio. Deve-se, portanto, garantir a qualidade de vida a estes pacientes oncológicos, minimizando, sobretudo, a dor. A partir do conhecimento voltado para estes cuidados, os profissionais de enfermagem conseguem atender esta clientela em seus aspectos biopsicossocioespirituais, possibilitando uma assistência efetiva e segura, além de promover qualidade de vida a esses indivíduos.</p> Carmem Dias Dos Santos Pereira, Norma Valéria Dantas De Oliveira Souza, Patricia Alves Dos Santos Silva, Caroline Rodrigues De Oliveira, Dayse Carvalho Do Nascimento, Graciente Saraiva Marques, Kethellyn Monica Freitas Rodrigues Da Silva, Ana Beatriz Campos Borges, Carolina Cabral Pereira Da Costa Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1001 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONCEITO RELACIONADO AO PÉ DIABÉTICO: ATUALIZAÇÃO INTERNATIONAL WORKING GROUP ON THE DIABETIC FOOT https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1002 <p>Introdução: A atualização para doença do pé relacionada ao diabetes mellitus (DPRDM) é uma complicação grave do Diabetes Mellitus (DM) que podem resultar em danos como neuropatia periférica (sensitiva e motora), estresse mecânico, espessamento da pele, hemorragia subcutânea, doença arterial periférica (DAP), infecção, neuroosteoartropatia, gangrena e amputação. Diante disso, as novas condutas têm como proposta uma reestruturação dos princípios terapêuticos a fim de auxiliar na tomada de decisão clínica. Objetivo: descrever na língua portuguesa o conceito e atualizações na assistência da DPRDM determinado pelo International Working Group on the Diabetic Foot (IWDGF). Método: refere-se a um estudo de atualização, que para a elaboração, teve como referencial teórico o IWGDF de 2023. Resultado: No ano de 2023 o termo pé diabético foi modificado para a terminologia doença do pé relacionada ao diabetes mellitus (DPRDM). As orientações do IWGDF são fundamentadas em evidências científicas, mediante as atualizações foram desenvolvidos sete documentos: 1 - Prevenção de úlceras nos pés em pessoas com diabetes; 2 - Classificação das úlceras do pé relacionadas ao diabetes; 3 - Diagnóstico e tratamento da infecção do pé em pessoas com diabetes; 4 - Diagnóstico e tratamento da doença arterial periférica em pessoas com úlcera do pé e diabetes; 5 -Alívio de úlceras do pé em pessoas com diabetes; 6 - Intervenções para melhorar a cicatrização de úlceras nos pés em pessoas com diabetes; e a adição do tópico 7 sobre estratégias assistenciais aos casos de neuroosteoartropatia aguda de Charcot. . Conclusão: As novas condutas abordam os conceitos e sugestões atualizadas em vários tópicos que permitem aos profissionais o planejamento, implementação e avaliação. Além disso, a nova atualização possibilitou organizar de outra maneira as hipóteses de tratamento, a partir de um tópico a respeito da aferição da pressão arterial do tornozelo e do dedo do pé e diretrizes para o diagnóstico e tratamento da neuroosteartopatia de Charcot aguda.Contribuições para estomaterapia: Compreender o conceito e atualizações do cuidado sobre a DPRDM é de grande relevância para os profissionais de saúde que prestam assistência com feridas, pois contribui para a avaliação e tratamento adequado das lesões, visando assim, proporcionar melhores práticas de cuidado para o paciente.</p> Júlia Ribeiro Duarte Ferreira, Larissa Carvalho De Castro, Nicole Franccine Marques Moura, Roseanne Montargil Rocha, Juliano Teixeira Moraes, Daniel Nogueira Cortez Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1002 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE LESÃO POR PRESSÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1003 <p>Introdução: A Lesão por Pressão (LPP) é definida como um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes como resultado de uma pressão intensa ou prolongada, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. Além disso, é considerada um problema de saúde pública, por ainda existir uma elevada incidência e por ser evento adverso evitável, visto que existem medidas preventivas, tais como avaliação criteriosa dos indivíduos para a identificação de risco. Portanto, é fundamental o conhecimento e as habilidades da equipe de saúde responsável, bem como dos profissionais da enfermagem, a fim de minimizar as taxas de ocorrência dessa lesão. Objetivos: avaliar o conhecimento de acadêmicos de enfermagem de instituições de ensino superior sobre Lesão por Pressão e conhecer o perfil sociodemográfico dos alunos de graduação em enfermagem que já cursaram disciplinas que abordam a temática de tratamento de feridas. Método: trata-se de um estudo transversal, do tipo survey, com abordagem quantitativa, descritivo, observacional, realizado com os acadêmicos de enfermagem de diversas instituições do Brasil. Os dados foram coletados via formulário Google e por meio de um questionário chamado “Teste do conhecimento sobre lesão por pressão de Caliri-Pieper (TCLP Caliri-Pieper)”, que é validado cientificamente e adaptado para o Brasil. Os dados foram organizados no programa Microsoft Excel, processados e analisados estatisticamente com o auxílio do programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS), versão 20. Resultados: Foram obtidos dados de 71 acadêmicos de enfermagem, com média de 24,01 anos de idade, maioria do sexo feminino e de instituição pública. Identificou-se que os participantes buscaram informações sobre Lesão por Pressão há um ano ou menos em diversos meios, como palestras, artigos, livros e internet. No entanto, nos itens de avaliação de LPP um pouco mais da metade dos participantes (53,5%) alcançaram o escore acima de 90%, enquanto na classificação apenas 15,5% e na prevenção, esse quantitativo reduz ainda mais, sendo 4,2%. Conclusão: Os resultados desta pesquisa apontam a necessidade de promover uma atualização e aprofundamento sobre avaliação, classificação e prevenção das LPP, visto que o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem foi considerado inadequado. Contribuições para a Estomaterapia: Ao identificar o conhecimento de alunos de graduação em enfermagem pode levar a repensar o currículo executado nos cursos. Além disso, pode contribuir para discussões a respeito da temática no ensino de Enfermagem.</p> Kelli Borges Dos Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1003 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONHECIMENTO E MANEJO DA LESÃO POR PRESSÃO POR ENFERMEIRO DE UM HOSPITAL PÚBLICO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1004 <p>Introdução: Em decorrência da alta prevalência de Lesão por Pressão, ressalta-se a extrema importância dos profissionais enfermeiros para o alcance da excelência no cuidado direcionado à prevenção, à avaliação, à classificação e o tratamento das lesões, por sua maior proximidade ao paciente, pela sua formação, sendo uma grande aliada na prevenção das LPs. Objetivos: Analisar o conhecimento dos enfermeiros da clínica médica sobre avaliação de feridas, traçar o perfil dos enfermeiros, verificar se há avaliação das feridas e aplicação da ferramenta TIME no setor da clínica pelos enfermeiros. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória com estudo de campo e abordagem do tipo qualitativa. Após a autorização do Comitê de Ética com N°4.739.676 foi feita a coleta de dados entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, utilizando como instrumento uma entrevista e para o tratamento dos dados foi utilizado o software IRAMUTEQ. Resultados e discussões: Os resultados mostraram que os profissionais de enfermagem possuem um certo nível de conhecimento científico acerca do processo de cicatrização de feridas e sobre a avaliação de feridas que ele é exigido, porém quatro relataram que existe um estomaterapeuta no hospital. E tem um certo discernimento para diferenciar uma LP de outros agravos a pele, conseguem definir alguns estágios das Lesões por Pressão. Já em relação a ferramenta TIME, os enfermeiros não tem conhecimento sobre a mesma. Considerações finais: No que diz respeito ao uso da ferramenta TIME, ficou explícito que não está inserido na realidade dos enfermeiros o que é uma perda, considerando que a aplicação de uma ferramenta iria nortear a linha de pensamento e cuidado com as feridas, assim como garantia do serviço prestado para promover uma melhor assistência de enfermagem. Como sugestão, para a instituição, seria de suma importância realizarem atualizações para desenvolver o conhecimento dos enfermeiros sobre a temática, com o propósito de forma assertiva do cuidado com paciente acometido por lesão por pressão e assim nortear o processo de enfermagem.</p> Mariluska Macedo Lobo De Deus Oliveira, Cintia Maria Sousa, Gerdane Celene Nunes Carvalho, Rhaylla Maria Pio Leal Jaques, Alyne Leal De Alencar Luz Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1004 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICAS PREVENTIVAS SOBRE SKIN TEARS EM UM SERVIÇO HOSPITALAR https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1005 <p>Introdução: As Skin Tears (ST) são lesões cutâneas agudas, traumáticas, seja por fricção, contusão e/ou cisalhamento da pele1. Estão associadas às condições intrínsecas e extrínsecas que corroboram para a fragilidade da pele, como o processo de envelhecimento, extremos de idades, doenças extremamente debilitantes2. Objetivo: avaliar o conhecimento, atitudes e práticas preventivas e de tratamento sobre ST a percepção dos trabalhadores da área de saúde hospitalar. Método: estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado em um hospital público de um município de Goiás, junto a enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos de diferentes setores. Foram incluídos 40 trabalhadores, por amostragem simples e aleatória, considerando a disponibilidade e interesse em participar do estudo, no momento da coleta, que foi realizada de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024. Realizada análise descritiva com cálculo de frequência absoluta e relativa para as variáveis quantitativas. Estudo obteve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Jataí (CAAE 69882023.7.0000.0187 e Protocolo 6.284.996). Resultados parciais: A maioria dos participantes foi do sexo feminino, com idade acima de 30 anos, de nível técnico, com renda entre 3 a 4 salários-mínimos e, inseridos nas clínicas cirúrgica, médica e maternidade. Quanto a dimensão conhecimento, a maioria não soube informar corretamente acerca dos grupos de pessoas de maior risco para ST. Um dado desafiador é a falta de conhecimento dos participantes quanto a ocorrência desse tipo de lesão no Brasil. Na dimensão atitudes frente as ST, a maioria disse, que ainda não identificou esse tipo de lesão na prática clínica, e não souberam responder corretamente as modalidades de curativos que poderiam ser utilizados para o tratamento. Com relação as orientações de consenso para o cuidado das lesões, como realinhamento do retalho de pele com aspecto viável e logo após a ocorrência da ST, ainda não é compreendido. A maioria dos participantes relatou não ter participado de curso de capacitação sobre esta temática. Nas atividades de educação continuada em saúde, aspectos relativos à prevenção e tratamento de feridas e, especificamente das ST, devem ser consideradas2-3. Conclusão: Foram identificadas lacunas em todas as dimensões, conhecimento, atitudes e práticas sobre ST; estas devem ser alvo de atenção, visando o desenvolvimento de estratégias de capacitação para o serviço. Contribuições para a Estomaterapia: O presente estudo identificou alguns aspectos que merecem atenção urgente por parte de gestores e educadores em saúde. E, apesar das limitações da amostra, os resultados alertam para a necessidade de ampliar a divulgação de conhecimentos acerca da ST, que cooperem para o planejamento de ações preventivas e de tratamento adequado.</p> Marlene Andrade Martins, Adrielly Alves Da Silva, Amanda Lourenço Silva Evangelista, Marina Gomes De Morais, Maurício Gomes Da Silva Neto, Línea Regina Almeida Bueno, Letícia Palota Eid, Ângela Lima Pereira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1005 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSTRUÇÃO DE TECNOLOGÍA-EDUCATIVA SOBRE PREVENÇÃO DE PÉ DIABÉTICO: UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A COMUNIDADE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1006 <p>Introdução: O pé diabético representa uma complicação prevalente e potencialmente grave em pessoas diagnosticadas com Diabetes Mellitus. O conhecimento dos fatores desencadeantes é a base para mitigar e prevenir ulcerações e amputações dos membros inferiores. As ações de promoção da saúde na universidade, como a construção de tecnologias-educativas, têm como interesse promover a qualidade de vida e as condições favoráveis à saúde de suas comunidades externas, por meio da orientação, redução de comportamentos de risco e criação de ambientes saudáveis. A educação em saúde como estratégia para disseminar o conhecimento, se mostra como a principal medida na prevenção de lesões dos membros inferiores, em associação com as medidas de controle dos hábitos de vida, suporte nutricional, tratamento das comorbidades e o controle glicêmico. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de Enfermagem na construção de uma tecnologia-educativa para a comunidade sobre a prevenção de pé diabético. Desenvolvimento: Trata-se de relato de experiência de estudantes de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na criação de uma tecnologia educativa sobre a prevenção do Pé Diabético. Essa tecnologia foi desenvolvida para profissionais de saúde e para a comunidade da Região Metropolitana de Curitiba, sendo apresentada durante uma exposição de saúde municipal. O material abordou a epidemiologia, fisiopatologia, impactos, sintomas e formas de prevenção, além de oferecer informações adicionais por meio de códigos QR code que direcionavam para o álbum seriado de Diabetes Mellitus, site do curso de Enfermagem da UFPR e Instagram da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAENFE). A tecnologia educativa foi projetada para ser acessível e concisa, utilizando cores atrativas, e pode ser compartilhada tanto virtualmente em redes sociais quanto fisicamente em cartazes e panfletos. Considerações finais: O desenvolvimento de tecnologias-educativas é capaz de aprimorar a orientação do profissional de saúde, tornando-a mais efetiva e de fácil compreensão. A introdução de tecnologias em saúde pode promover a segurança e autonomia no autocuidado de pessoas para além das instituições de saúde, disponibilizando informações com embasamento científico. Ao mesmo tempo em que permite à comunidade expressar suas necessidades e estabelecer uma comunicação eficaz com os profissionais de saúde, promovendo a adoção de medidas adequadas tanto para os profissionais quanto para os usuários sob sua responsabilidade a fim de prevenir a ocorrência do pé diabético. Contribuições para a Estomaterapia: O material desenvolvido conseguiu ampliar o acesso à informação sobre o cuidado e prevenção do pé diabético na comunidade, fortalecendo os pilares de ensino, pesquisa e extensão da Liga Acadêmica, ressaltando a interligação entre eles. Além de promover a educação em saúde para a comunidade, o trabalho reforçou o papel do enfermeiro na promoção da saúde e o reconhecimento da área de feridas na estomaterapia. Como resultado, permitiu aos estudantes a autonomia para internalizar e compartilhar o conhecimento adquirido com profissionais experientes, beneficiando assim a comunidade.</p> Luciane Lachouski, Aline Cristina Pellis, Karin Louise Schramm Püschel, Giovanna Deda, Jaqueline Clara Da Costa Bergamasco, Jenifer Paola Herber Fiorentin, Robson Giovani Paes, Shirley Boller Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1006 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CUSTOS DE LESÃO POR PRESSÃO (LPP) EM PACIENTE ONCOLÓGICO: ESTUDO DE CASO. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1007 <p>Custos de lesão por pressão (LPP) em paciente oncológico: estudo de caso. Crislaine de Oliveira Arildo Victor; Rita de Cássia Freitas Bandeira. Introdução: As lesões por pressão (LPP) são fenômenos antigos que vem persistindo ao longo dos anos no qual acomete pacientes hospitalizados, em cuidados domiciliares e pacientes acamados por longa permanência, sendo que na maioria das vezes são evitadas, podendo implicar em altos custos para saúde e impactar a qualidade de vida do paciente1. Quando falamos de pacientes oncológicos, nos deparamos com suas diversas etiologias, nas quais debilitam não só a sua imunidade mais todo seu corpo e as respostas ao mundo externo. Sua pele sofre com quimioterápicos, radioterapia, medicações de controle e cirurgias, o sistema imune é bombardeado de todas as formas². Objetivo: Realizar estudo de caso de um paciente em tratamento oncológico com Lesão por pressão e obesidade mórbida analisando os custos dos materiais utilizados nos curativos para o tratamento da lesão por pressão, durante o período de internação. Método: Tratou-se de um estudo de caso de natureza quantitativa e Exploratório-descritivo, desenvolvido no Instituto Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) do município de São Paulo–SP. Foi realizado avaliação do prontuário com uso de questionário e dados sociodemográfico, tempo de internação, categoria da lesão por pressão, Escala de Braden e custos de materiais utilizados nos curativos. Considerações Finais: Podemos concluir que os gastos com esse paciente foram onerosos, levando em consideração os dias de internação, gasto com profissionais e materiais, totalizando em média R$ 111.254,85 em seu período de internação total de 189 dias. Por esse estudo podemos identificar falha na classificação de BRADEN, fator primordial nas avaliações diárias dos pacientes, ainda mais quando falamos de paciente obesos, com comorbidades, dificuldade de mobilidade e o tratamento do câncer. A importância da equipe multiprofissional e especialistas com cuidado direto a esses pacientes utilizando de materiais adequados e individualizados fazem total diferença. Neste estudo a prescrição é realizada pela equipe de estomaterapia de acordo com os protocolos institucionais, e o curativo realizado pela equipe assistencial das unidades, o constante monitoramento tanto das lesões de pele quanto das condições gerais dos pacientes se mostra fundamental para a prevenção das LPP. O enfermeiro, entre os membros da equipe de saúde, desempenha um papel de extrema importância que orienta, executa e supervisiona a equipe de enfermagem na realização de curativos, atuando na prevenção, avaliação e indicação do tratamento adequado para a lesão 3. Contribuições para Estomaterapia: Mostrar que a demanda em pacientes oncológico é diferenciada, sendo um público ainda estigmatizado e que o olhar apurado da estomaterapia faz total diferença para os cuidados realizados, assim enfatizando a importância de estomaterapeutas no ambiente do paciente oncológico.</p> Rita De Cássia Freitas Bandeira, Crislaine De Oliveira Arildo Victor Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1007 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CUTIMED WOUND NAVIGATOR UM APLICATIVO COMO FERRAMENTA DE AUXÍLIO AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1008 <p>Introdução: A avaliação e manejo de feridas é um desafio na prática da enfermagem, principalmente pelo risco de disfunções no processo de cicatrização, as quais podem atrasar o reparo tecidual e gerar limitações funcionais e diminuição da qualidade de vida dos pacientes. Diante das diversas formas de lesões de tecido surgiram tratamentos indicados a partir da análise individualizada das feridas, aliado ao aparecimento de tecnologias que auxiliam na avaliação. O aplicativo Cutimed Wound Navigator utiliza dados fornecidos pelos usuários como dimensões da ferida, localização, tipo de ferida, quantidade de exsudato e tipo de tecido e ao final indica qual produto seria mais indicado para o tratamento da ferida crônica em questão, além de informações específicas sobre o produto sugerido. Objetivo(s): analisar o aplicativo Cutimed Wound Navigator como uma possibilidade de auxílio no manejo de feridas crônicas. Método: foi realizada uma revisão de literatura em busca de outros aplicativos móveis que auxiliem na avaliação e manejo de feridas nas bases de dados Pubmed, Scielo e LILACS nos idiomas inglês, português e espanhol. Resultados: Um estudo apresentou um aplicativo de cuidado de lesões para auxiliar as melhores práticas para enfermagem principalmente ao poder informar decisões clínicas para garantir os melhores resultados ao paciente com os recursos disponíveis, ao passo que também oferece acesso rápido a diretrizes de tratamento de feridas e informações da lista de produtos disponíveis. Outro estudo analisou os sistemas computacionais para o auxílio da cicatrização de feridas e ressaltou a utilidade de novas tecnologias na promoção de inovações na assistência e melhora na prática clínica. Conclusão: As ferramentas de tecnologia têm surgido como uma forma valiosa no auxílio na avaliação e manejo de feridas na enfermagem, sendo o aplicativo Cutimed Wound Navigator uma alternativa para este fim. Contribuições para a Estomaterapia: O aplicativo Cutimed Wound Navigator é uma alternativa de ferramenta de avaliação e manejo de feridas crônicas que pode auxiliar a prática clínica.</p> Amanda De Castro Bonato Ferreira, Natalia Barros Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1008 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 DEISCÊNCIA DE FERIDA OPERATÓRIA EM ESTERNOTOMIA: CONDUTAS DA ESTOMATERAPIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1009 <p>Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade na população brasileira. Diante disso, as feridas operatórias, resultantes de cirurgias cardíacas, requerem uma atenção no pós operatório, uma vez que esse período é marcado por instabilidade, particularidades e complicações como a deiscência de ferida operatória. Objetivo: Descrever a evolução cicatricial de uma deiscência de ferida operatória em esternotomia de uma paciente em pós-operatório de troca valvar mitral e aórtica. Métodos: Estudo descritivo, do tipo estudo de caso, desenvolvido na clínica médica de um Hospital Unversitário da rede EBSERH, em uma paciente com deiscência de ferida operatória em esternotomia. Os dados foram obtidos por meio da avaliação direta da lesão, avaliação fotográfica e dos registros escritos no prontuário da paciente no período de julho a setembro de 2021. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí - HUUFPI (Número do Parecer: 5.726.375). Resultados: A paciente evoluiu com redução das medidas da área da lesão deiscente, proliferação de bom tecido de granulação e aproximação das bordas da lesão, com a utilização da Terapia por Pressão Negativa e coberturas adequadas a cada fase do processo de cicatrização. Conclusão e Contribuições para a Estomaterapia: O cuidado de enfermagem atrelado ao conhecimento adequado do processo de cicatrização, bem como das tecnologias disponíveis para cobertura da lesão, de acordo com sua evolução, é de suma importância para o êxito na assistência ao paciente com ferida complexa. Nesse sentido, o conhecimento acerca do uso da Terapia por Pressão Negativa em deiscências de feridas operatórias pode levar a resultados mais efetivos, de mais baixos custos, no tratamento dessas lesões. Além disso, essa experiência exitosa pode fundamentar a construção de protocolos de curativos com pressão negativa na instituição, embasando essa terapia, bem como direcionar decisões para o perfil de pacientes atendidos nesse hospital.</p> Adriana Jorge Brandao, Iana Cibelly Moreira De Vasconcelos, Yara Maria Rego Leite, Verônica Elis Araujo Rezende, Lucilene Da Silva Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1009 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 DESENVOLVIMENTO DE FOLHETO EDUCATIVO SOBRE DERMATITE ASSOCIADA À INCONTINÊNCIA: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1010 <p>Introdução: A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) é uma complicação comum em pacientes que sofrem de incontinência urinária e/ou fecal, resultando em danos à pele e desconforto significativo. A DAI é responsável por 42% das lesões em pacientes adultos com incontinência que estavam hospitalizados e 83%, nos pacientes incontinentes que estavam internados em unidades de cuidados intensivos. Os folhetos são materiais educativos que podem ser on-line ou impressos e têm sido utilizados para melhorar o conhecimento, a satisfação, a aderência ao tratamento, a prevenção e o autocuidado de pacientes. É uma importante ferramenta na prática clínica dos enfermeiros(1-4). Objetivo(s): Diante dessa preocupação, o objetivo deste estudo foi construir e validar um folheto informativo destinado a avaliar, prevenir e tratar a dermatite associada à incontinência. A intenção foi desenvolver um recurso educacional abrangente e confiável, capaz de oferecer orientações claras e baseadas em evidências para enfermeiros e profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pacientes com incontinência urinária e fecal. Método: A construção do folheto foi conduzida por meio de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados MEDLINE, SciELO e Lilacs para identificar estudos relevantes sobre o tema. Após a revisão da literatura, o folheto foi elaborado, abordando aspectos-chave relacionados à avaliação, prevenção e tratamento da dermatite associada à incontinência. Para validar o folheto, foi utilizada a técnica Delphi, envolvendo a avaliação de 83 enfermeiros. O teste estatístico empregado foi o coeficiente de validade de conteúdo, permitindo uma avaliação objetiva da qualidade e relevância do material. O Folheto possui duas páginas, divididas em três partes cada uma delas, englobando a definição da DAI, avaliação clínica, escala de avaliação perineal de NIX, conduta preventiva e conduta terapêutica. Resultados e Conclusão: Na primeira avaliação realizada pelos enfermeiros, o conteúdo do folheto foi avaliado e o coeficiente de validade de conteúdo variou entre 0,66 e 0,77. Após a correção dos itens solicitados pelos juízes, o folheto foi submetido a uma nova avaliação, resultando em um coeficiente de validade de conteúdo variando entre 0,84 e 0,91. Esses resultados indicam que o folheto construído e validado apresenta excelentes conteúdos para a avaliação clínica das áreas genital, perigenital e perineal, além de fornecer orientações precisas sobre procedimentos de higiene para prevenção e tratamento da dermatite associada à incontinência. Em conclusão, o folheto desenvolvido neste estudo representa uma ferramenta valiosa para enfermeiros e profissionais de saúde no manejo da dermatite associada à incontinência. Contribuições para a estomaterapia: Ao oferecer informações claras e baseadas em evidências, o folheto contribui para a melhoria do cuidado ao paciente, garantindo uma abordagem eficaz na prevenção e tratamento dessa complicação comum. Além disso, sua validação por meio da técnica Delphi reforça sua confiabilidade e relevância clínica, fornecendo um recurso educacional útil para a prática da estomaterapia e áreas afins.</p> Geraldo Magela Salomé ), Jéssica De Aquino Pereira ) Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1010 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 DESENVOLVIMENTO DE UM APLICATIVO PARA O GERENCIAMENTO DO CUIDADO DE LESÕES CUTÂNEAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1011 <p>INTRODUÇÃO: os celulares, que anteriormente eram usados apenas para chamadas e mensagens, agora têm uma nova gama de funções expandidas. A versatilidade dos dispositivos móveis, combinada com as características colaborativas e interativas da web 2.0, deu origem aos aplicativos desenvolvidos especificamente para esses dispositivos¹. Desse modo, a mHealth (saúde móvel), é caracterizada como uma prática no campo da saúde pública que se vale do suporte de dispositivos móveis², e sua importância no avanço de aplicativos de educação em saúde é notável, dado que seu propósito primordial reside em potencializar a autonomia e a corresponsabilidade dos usuários no que tange à promoção e à atenção ao bem-estar. Consequentemente, tais ferramentas são reconhecidas como uma estratégia eficaz para viabilizar o acesso instatâneo e versátil a informações e tópicos confiáveis³. OBJETIVO: desenvolver um software acessível para download em plataformas de distribuição de aplicativos, visando a gestão eficaz do tratamento de feridas. MÉTODO: trata-se de um estudo metodológico que propõe o desenvolvimento de um aplicativo destinado à gestão do cuidado em saúde. A construção do software foi conduzida utilizando ferramentas específicas: o Visual Studio Code, para a edição e depuração de código em diversas linguagens de programação; a linguagem Dart, otimizada para o desenvolvimento de aplicativos para web, dispositivos móveis e desktop; o framework Flutter, empregado para a criação de aplicativos a partir de uma única base de código; e o Android Studio, utilizado para testar a aplicação. Ademais, uma revisão bibliográfica foi conduzida para fornecer uma fundamentação atualizada sobre a gestão e os cuidados relacionados a lesões de pele, enriquecendo o conteúdo disponível no aplicativo. RESULTADOS: O trabalho realizado culminou na concepção de um aplicativo nomeado SCPele (Supervisão e Cuidados com a Pele), para gerenciamento do cuidado com feridas, disponível na Google Play para fácil acesso e download e abordando acerca de lesões por pressão, skin tear, DAI (dermatite associada à incontinência) e MARSI (injúria cutânea associada à umidade). Cada opção do aplicativo oferece conteúdo específico, incluindo diretrizes de tratamento, prevenção e identificação de sinais de alerta. Os profissionais de saúde e cuidadores têm acesso a informações detalhadas sobre classificação de feridas, técnicas de curativo e cuidados preventivos adequados para cada tipo de lesão. Esse recurso visa otimizar o cuidado com feridas, proporcionando orientação prática e baseada em evidências em um formato acessível e conveniente. Além disso, o aplicativo permite que o usuário entre em contato com estudantes e profissionais colaboradores de um programa de extensão da área, para esclarecer dúvidas mais específicas. CONCLUSÃO E CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: um aplicativo para gerenciamento de feridas oferece diversos benefícios, incluindo fácil aplicabilidade e baixo custo. Além de proporcionar acesso rápido a informações atualizadas e padronização dos cuidados, essa ferramenta promove eficiência no tratamento, capacitação dos usuários e potencial para melhorar resultados clínicos, sendo um mecanismo de completude na atenção à saúde e fazendo dele uma ferramenta valiosa na estomaterapia.</p> Marcos Vinicius Silva Mendes, João Paulo Lacerda Leão De Oliveira, Samuel De Paula Pinheiro Da Silva, Vanessa Faria De Freitas, Caroline Ambires Madureira, Ana Júlia Silva Pereira, Talles Fernandes De Souza, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1011 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM CIPE ®PARA PACIENTES COM LESÕES VASCULOGÊNICAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1012 <p>Introdução: A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) é definida como uma terminologia enunciativa e combinatória, elaborada pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE), que permite ao enfermeiro a descrição de diagnósticos de enfermagem, com linguagem científica e unificada, além da elaboração de intervenções de enfermagem e resultados esperados (GARCIA.2020). A CIPE® passou por diversas mudanças desde sua criação, atualmente, o modelo mais usado é a CIPE® Versão 1.0, seguindo o modelo de sete eixos: foco, julgamento, meios, ação, tempo, localização e cliente. Dentre as vantagens da CIPE®, inclui a padronização de documentos relacionados ao plano de cuidados aos pacientes, facilitando a comunicação entre os profissionais da enfermagem e até mesmo com a equipe interdisciplinar, e o uso destes dados para fins de pesquisa e elaboração de artigos científicos. No Brasil, com o aumento das doenças não transmissíveis e expectativa de vida da população, a incidência e prevalência de feridas crônicas tornou-se uma preocupação, sendo considerado uma questão grave de saúde pública no país, devido ao aumento progressivo dos casos, impacto com os gastos de insumos e pelas recidivas, que geram grande desapontamento para os usuários (LIMA et al.2016). Assim, é de suma importância que os profissionais de saúde estejam devidamente capacitados para atenderem esses usuários, sobretudo os enfermeiros estomaterapeutas, que atuam diretamente nesses casos. A enfermagem, devidamente treinada, adquire autonomia e reconhecimento pelo seu trabalho. Objetivo: Mapear os principais diagnósticos e intervenções que podem ser usados na assistência de enfermagem a pacientes com lesões vasculogênicas, atendidos em um setor de estomaterapia, com enfermeiros especializados nessa área. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre o mapeamento dos principais diagnósticos e intervenções da CIPE para assistência a pessoas com feridas. A primeira etapa iniciou com a leitura do livro, para escolha dos focos que estão relacionados diretamente com a clínica de pacientes portadores de lesões vasculogênicas, para elaboração de diagnósticos de enfermagem, intervenções e resultados esperados no plano de cuidados destes pacientes. Também foram descritos os diagnósticos combinados (DC), já estabelecidos pela própria CIPE (2020). Posteriormente, os achados foram alocados em tabelas. Resultados: Foram descritos 31 focos que podem ser usados especificamente para identificação de diagnósticos de enfermagem, que apontam problemas existentes ou em potencial para pacientes com feridas crônicas. Para cada diagnóstico formado, foi exemplificado intervenções e resultados esperados de forma sistematizada, associados entre si. Quando aos DC, foram alocados 28 diagnósticos para discussão. Conclusão: Os diagnósticos, intervenções e resultados esperados, baseados na CIPE (2020), para lesões vasculogênicas podem auxiliar o plano de cuidados a pacientes atendidos pelos enfermeiros no serviço de estomaterapia, espera-se que este trabalho contribua para a assistência de enfermagem do setor e elaboração do plano de cuidados para o paciente portador de lesões, seja oriunda de insuficiência venosa, arterial ou mista.</p> Fernanda Henriques Da Silva, Priscila Sanchez Boisco, Raquel De Mendonça Nepomuceno, Danuse Dias Couto Delgado Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1012 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE PREVENÇÃO DE PÉ DIABÉTICO PARA A COMUNIDADE: AÇÃO COMUNITÁRIA DE EXTENSÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1013 <p>Introdução: A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica não transmissível caracterizada pela hiperglicemia persistente e permanente, a qual resulta em complicações crônicas, neurológicas e no aumento do risco de mortalidade. O pé diabético é uma das principais complicações da doença desencadeada por problemas circulatórios, infecções de membros inferiores, neuropatia periférica e pressão plantar, que em casos extremos podem ocasionar em amputação do membro. Objetivo: relatar a experiência de discentes de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR) sobre as ações de prevenção do pé diabético durante o evento EXPOSAÚDE da Região Metropolitana de Curitiba-PR. Desenvolvimento: Relato de experiência que descreve a participação da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAENFE) no evento EXPOSAÚDE, durante três dias do mês de abril de 2024. Por dia, participaram de quatro a cinco ligantes, que dialogam com a população sobre os riscos do pé diabético e suas complicações, incentivando hábitos saudáveis e mudanças de comportamento. A iniciativa visava fornecer orientações práticas, como inspeção regular dos pés, uso de calçados apropriados e boa higiene, além de promover a adesão ao tratamento e busca por assistência especializada. O evento proporcionou um espaço para diálogo e compartilhamento de experiências entre os participantes, incentivando o engajamento comunitário na promoção da saúde. Para isso, foram preparados materiais educativos com informações sobre a condição clínica, os sintomas, os cuidados diários com o pé diabético e foi desenvolvido um QR code para acessar produção científica sobre o tema. Essas estratégias buscavam fortalecer o diálogo entre a LAENFE e a comunidade, promovendo a educação em saúde e preparando os estudantes para futura atuação profissional. O evento era aberto ao público escolar, da saúde e comunidade em geral, o que também possibilitou troca de informações e futuras parcerias para eventos conjuntos. Considerações finais: Destaca-se que as experiências vivenciadas no evento permitiram aos alunos um maior contato com a comunidade e os profissionais da área, além de aprimorar as habilidades de educação em saúde, por meio do diálogo com a comunidade, sendo fundamentais para o futuro profissional de enfermagem. A atividade de extensão da LAENFE possibilitou ampliar o conhecimento sobre a DM, exercitando as abordagens preventivas, considerando a promoção da saúde do indivíduo e desenvolvendo estratégias de conscientização acerca dos agravos da doença, enfatizando a importância do autocuidado. Contribuições para a estomaterapia: O conhecimento da população sobre os fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético, possibilita o fortalecimento comunitário pela troca de informações entre acadêmica, sistema de saúde e usuários. Dessa maneira, a ação no evento contribuiu para a valorização da especialidade, ao possibilitar o contato com a comunidade, na intenção da redução dos agravos através da educação, promoção e prevenção em saúde. Ademais, a criação dos materiais educativos por meio de instrumento de educação em saúde e o desenvolvimento de relações interpessoais, contribuíram para a formação de lideranças reflexivas, confiantes e criativas que poderão potencializar o cuidado da estomaterapia e, por fim, a melhoria na qualidade de vida.</p> Maria Eduarda Verbinen, Karin Louise Schramm Püschel, Thais Regina Furman, Evelyn Caroline Ferreira Ramos, Laura Vicente Mota, Isabelle Maisa Pereira, Amanda Gabriela Furman, Robson Giovani Paes, Shirley Boller Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1013 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EDUCAÇÃO PERMANENTE SOBRE CUIDADOS BÁSICOS COM AS LESÕES DE PELE: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1014 <p>Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), os profissionais de enfermagem possuem papel significativo no tratamento de feridas, exigindo constante atualização de conhecimentos para garantir um cuidado eficaz. A Educação Permanente em Saúde (EPS) surge como uma estratégia fundamental, promovendo aprendizado contínuo e o compartilhamento de conhecimentos entre os profissionais de saúde, estimulando reflexões sobre práticas, a participação na tomada de decisões e fortalecendo a colaboração entre os membros da equipe de enfermagem. Objetivo: Relatar a experiência de uma liga acadêmica de enfermagem em estomaterapia na realização de um curso de cuidados básicos com a pele. Desenvolvimento: relato de experiência com base na vivência de estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Paraná vinculados à liga acadêmica de enfermagem em estomaterapia (LAENFE) na realização de um curso para profissionais de Enfermagem da Atenção Primária em Saúde da Região Metropolitana de Curitiba. O curso foi realizado no mês de dezembro de 2023, sendo dividido em dois dias de módulo teórico e um de módulo prático. A teoria foi ministrada por acadêmicas da LAENFE e supervisionadas pela Enfermeira docente e coordenadora da LAENFE, sendo abordados os temas: anatomia e fisiologia da pele, fisiologia da cicatrização, respaldo legal para atuação do enfermeiro no cuidado com a pele, procedimento técnico do curativo, avaliação de lesões, conduta terapêutica baseada em princípios científicos e coberturas especiais. No terceiro dia de curso foi realizada a prática de desbridamento instrumental conservador apenas pelos profissionais Enfermeiros, com o auxílio de enfermeiros especialistas em estomaterapia e dermatologia. Considerações finais: a discussão desenvolvida dentro do ambiente universitário torna-se um privilégio para os discentes e docentes na construção de conhecimento e reflexão sobre a temática da Estomaterapia. Esta ação enfatiza a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão, entendendo a realidade da comunidade em seus diferentes contextos, de forma a articular o conhecimento teórico com a necessidade encontrada no ambiente externo, o discente torna-se cada vez mais capacitado em desenvolver ações integradas visando a prevenção, promoção, proteção e reabilitação do indivíduo e do coletivo, considerando a responsabilidade social do profissional enfermeiro. Contribuições para a Estomaterapia: a disseminação do conhecimento científico para profissionais da Enfermagem, envolve os cuidados necessários para pacientes com lesões na pele, a importância de realizar o processo de educação permanente acerca dos cuidados básicos, principalmente no âmbito da Rede de Atenção Primária à Saúde, objetivando uma melhor cicatrização, prevenção de agravos e futuras lesões. No contexto da Universidade, a LAENFE contribui para a estomaterapia no sentido de ser um facilitador do desenvolvimento e elaboração de cursos voltados aos profissionais da comunidade externa possibilitando, além do crescimento acadêmico, a disseminação de conteúdo científico supervisionado por uma equipe de profissionais especialistas.</p> Ingrid Camili Gelinski Stachera, Luciane Lachouski, Maria Eduarda Verbinen, Evelyn Caroline Ferreira Ramos, Paola Boldt, Isabella Bueno Fusculim, Gabrielle Stella Picanço, Aline Cristina Pellis, Shirley Boller Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1014 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EFEITO DO CALÇADO ADEQUADO NA PREVENÇÃO DE RECORRÊNCIA DE ÚLCERAS NOS PÉS DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1015 <p>Introdução: as úlceras nos pés representam uma das complicações mais graves e incapacitantes do Diabetes Mellitus (DM), contribuindo significativamente para a morbidade e a mortalidade associadas à doença. Embora várias intervenções tenham sido desenvolvidas para prevenir a formação de úlceras nos pés em pessoas com diabetes, a escolha e o uso adequado do calçado têm sido reconhecidos como elementos fundamentais na redução do risco de recorrência dessas lesões.(1) Objetivos: identificar pesquisas publicadas no período de 2014 a 2024 sobre as ações do calçado adequado na prevenção de recidivas de úlceras nos pés de pessoas com DM e estabelecer recomendações com evidências sobre o uso de calçado adequado na prevenção de recidivas de úlceras nos pés dessas pessoas. Método: revisão integrativa da literatura nas Bases de Dados MEDLINE Complete (EBSCO), LILACS, Cochrane Library, PubMed e Portal de Periódicos da CAPES, adotando-se os critérios de inclusão: artigos disponíveis com texto completo, escritos nos idiomas inglês, espanhol ou português, publicados em periódicos nacionais e internacionais nos últimos 10 anos. Resultados: A busca inicial resultou em 218 artigos e, após aplicação dos critérios de elegibilidade, obteve-se uma amostra final de 3 artigos.(2-4) Por meio das análises identificou-se evidências significativas relacionadas ao efeito do calçado adequado na prevenção de recidivas de úlceras nos pés de pessoas com diabetes. Os estudos incluídos nesta revisão demonstraram que características específicas do calçado, como ajuste adequado, material de fabricação, amortecimento, profundidade e largura do sapato desempenham um papel crucial na prevenção de úlceras nos pés. Evidências sugerem que o uso de calçados adequados pode influenciar positivamente os padrões biomecânicos da marcha e distribuição de pressão plantar, reduzindo assim a carga sobre áreas vulneráveis dos pés e prevenindo o desenvolvimento de lesões. Também emergiu como aspecto chave na prevenção de úlceras nos pés a educação dos pacientes sobre a importância do uso adequado de calçados, inspeção diária dos pés e aconselhamento individualizado sobre seleção e cuidados com os sapatos. Conclusão: os resultados desta revisão integrativa fornecem suporte sólido para a eficácia da utilização do calçado adequado na prevenção de recidivas de úlceras nos pés de pessoas com diabetes. A combinação de características específicas do calçado, educação do paciente e considerações biomecânicas desponta como uma abordagem promissora para reduzir o ônus das úlceras nos pés e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Contribuições para a Estomaterapia: esta revisão integrativa contribui significativamente para a prática da Estomaterapia, fornecendo evidências científicas para embasar intervenções apropriadas, com ênfase na educação, aconselhamento e prevenção de complicações. Ao integrar essas evidências em sua prática clínica, os Estomaterapeutas têm a oportunidade de aprimorar os resultados de saúde e a qualidade de vida dos seus pacientes.</p> Joyce De Carvalho Xavier, Susiane Sucasas Frison, Maria Clara Salomão E Silva Guimarães, Carlos Henrique Silva Tonázio Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1015 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EFEITOS DA RADIAÇÃO SOLAR NO ENVELHECIMENTO DA PELE HUMANA AVALIADOS PELA ESPECTROSCOPIA RAMAN https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1016 <p>INTRODUÇÃO; O envelhecimento cutâneo, é um processo de deterioração progressiva, tempo- dependente, e pode ser intensificado pela exposição solar. Nestas circunstâncias, diversas alterações ocorrem no sistema tegumentar de maneira rápida, observando-se a degradação das funções e danos nas fibras de colágeno e elastina (Poon, 2018). E como análise das amostras utilizamos a técnica de Espectroscopia Raman que nos fornece em tempo real as formas estruturais da pele e suas alterações bioquímicas. OBJETIVOS; Identificar por espectroscopia Raman confocal os danos causados pela exposição à radiação solar aos componentes bioquímicos e estruturais da pele humana (homens entre 50 a 60 anos) através das análises dos modos vibracionais adquiridos. METODOLOGIA; Trata-se de um estudo clínico epidemiológico. Realizado com uma amostra de 100 (Cem participantes). Um grupo de 50 participantes (sexo masculino) com idades entre 50 e 60 anos, saudáveis que vivem sob uma intensa exposição à radiação solar, sem proteção e sem histórico de doenças de pele. E um grupo de 50 participantes (sexo masculino) com idades entre 50 e 60 anos, que não tem uma exposição à radiação solar, utilizam protetor solar e não possuem histórico de doenças de pele. Com um artefato dermatológico de 3mm, foram retirados dois (02) fragmentos da pele de cada participante. As regiões escolhidas foram: dorso do antebraço e face interna braço. A justificativa: locais de maior e menor expostos à radiação solar respectivamente. ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS; Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do HU-UFPI, sob o número: CAAE: 64503316.6.0000.5214. RESULTADOS; As variações espectrais encontradas entre os grupos estão relacionadas tanto à área analisada em relação à exposição solar quanto ao estilo de vida. CONCLUSÃO; A espectroscopia Raman é um contribuinte promissor na elucidação das alterações bioquímicas da pele fotoenvelhecida; viabilizando com isto, medidas que podem influir positivamente nas condutas da dermatologia nos cuidados com a pele, como a estomaterapia no tratamento de feridas.</p> Antonio Francisco Machado Pereira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1016 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ELABORAÇÃO DE BUNDLE DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO À LUZ DO REFERENCIAL TEÓRICO DA CIÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1017 <p>Introdução: as lesões por pressão representam um problema com grandes desafios para as instituições de saúde e unidades de terapia intensiva, principalmente por ser consideradas como um evento adverso previsível. Apesar da crescente produção de evidências sobre medidas preventivas de lesões por pressão nos últimos anos, a implementação e tradução dessas encontram entraves diversos para aplicação no dia a dia das equipes. Nessa perspectiva os bundles ou pacotes de cuidados representam um conjunto de práticas baseadas em evidências, construídas coletivamente para melhorar a qualidade do atendimento. Objetivo geral: descrever o processo de criação e implementação de um bundle de prevenção de lesão por pressão em uma unidade de terapia intensiva adulto. Método: pesquisa participativa, baseada no referencial teórico da ciência da implementação, realizada em um hospital universitário do sudeste do Brasil, a equipe multiprofissional responsável pela validação do produto. O bundle foi organizado e validado em 4 etapas: formulação de um bundle piloto baseado nas melhores práticas extraídas de guidelines e resumos; discussão e construção coletiva do piloto com adaptações para a realidade local; avaliação do conteúdo e apresentação para equipe assistencial; identificação de barreiras e facilitadores na implementação. Resultados e conclusão: coletivamente, o primeiro bundle de prevenção de lesão por pressão da unidade de terapia intensiva foi desenvolvido. O acrônimo ACERT foi criado para denominar o bundle, baseado em cinco categorias principais: A: Avaliação da pele e do risco de lesão por pressão; C: Cuidados com a pele e manejo da umidade; E: Envolvimento do paciente e acompanhante; R: Reposicionamento e superfície de suporte; T: Terapia nutricional. Dezesseis participantes avaliaram as categorias do pacote de cuidados. Os níveis de concordância quanto à objetividade e clareza variaram de 95% a 100%. Quanto à relevância, todas as categorias obtiveram 100% de concordância e, em termos de aplicabilidade, a faixa foi de 95% a 100%. Os principais facilitadores para a implementação foi a realização de treinamentos e disponibilidade de materiais para prevenção a principal barreira a falta de engajamento e compromisso da equipe. O uso de bundles para prevenção de lesões por pressão pode melhorar os resultados da assistência. Para que um pacote tenha sucesso, seu desenvolvimento deve considerar fatores como envolvimento coletivo da equipe de saúde, adaptação ao contexto local, baixa complexidade e evidências de alta qualidade. Assim, construir protocolos de maneira coletiva gera melhor aceitação e pertencimento da prática pela equipe. Contribuições para a Estomaterapia: a pesquisa apresenta de forma sistematizada, a partir do referencial teórico da ciência da implementação, o passo a passo de implementar boas práticas, tendo potencial de expansão para outros setores internos do hospital e até mesmo outras realidades a nível nacional.</p> Paula De Souza Silva Freitas, Ramon Araújo Dos Santos, Candida Canicali Primo, Eliane De Fátima Almeida Lima, Paulo Jorge Pereira Alves, Bruno Henrique Fiorin, Juliana Babinot Reis Girondi, Roberta Faitanin Passamani, Andressa Tomazini Borghardt, Mayana Danielle Almeida Barbosa Fraga Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1017 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ELABORAÇÃO DE UM PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DE FERIDAS COM O USO DA FOTOBIOMODULAÇÃO COM O LASER DE BAIXA INTENSIDADE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1018 <p>Introdução: Feridas são consideradas um problema de saúde pública, causando grande sofrimento para o paciente e família, assim como importante impacto econômico para as instituições de saúde, principalmente no que tange o custo elevado das tecnologias empregadas para o seu tratamento. (CORREIA, SANTOS, 2019). A associação da fotobiomodulação com o laser de baixa intensidade no tratamento das feridas auxilia na modulação da fase inflamatória, promove a analgesia e favorece a fase proliferativa e de remodelação otimizando o processo de cicatrização. (CUNHA et al, 2019, Tonazio et al, 2024). Objetivo: Elaborar um protocolo para o uso da fotobiomodulação com laser de baixa intensidade como adjuvante no tratamento de feridas. Método: Estudo descritivo no qual foi realizada a revisão de literatura sobre a temática com busca de artigos na base de dados eletrônica Pubmed utilizando-se os descritores do Medical Subject Headings (Mesh) “low level laser therapy” AND “wound healing”. A busca foi limitada em estudos publicados nos últimos cinco anos (2018 a 2023) em inglês, português e espanhol, do tipo revisão sistemática e ensaios clínicos randomizados, que abordassem a temática de tratamento de feridas com uso de fotobiomodulação de baixa intensidade em seres humanos. Critérios de exclusão: pesquisas em outras áreas da saúde que não abordassem o tratamento de feridas, pesquisas com outras fontes de luz que não fossem o laser de baixa intensidade e pesquisa realizadas em animais. Na segunda etapa, realizou-se a elaboração do protocolo. Resultados: A busca resultou em 78 artigos sendo estes avaliados por dois pesquisadores por meio da leitura dos títulos e resumos, incluindo nesta fase 10 artigos para leitura na íntegra. Foram incluídos sete artigos cuja síntese foi apresentada de forma sistemática constando autores, ano de publicação, país de origem, objetivo e desenho metodológico. Após extração dos dados, o protocolo foi elaborado com a seguinte estrutura: objetivo do protocolo, breve explanação sobre a ação do laser vermelho e infravermelho, cuidado com biossegurança, descrição dos executantes do procedimento, indicação e contraindicação da fotobiomodulação com uso do laser como adjuvante no tratamento de feridas, material necessário para o procedimento, etapas do preparo da ferida previamente ao procedimento, modo de aplicação do laser no leito da ferida e na pele ao redor, a finalização do curativo e cuidados com a equipamento após o procedimento. Conclusão: O protocolo foi elaborado com base em evidências descritas na literatura para o uso da fotobiomodulação com laser de baixa intensidade como adjuvante no tratamento de feridas. Contribuições para a Estomaterapia: Após a validação do material por especialistas, espera-se que contribua para a translação do conhecimento para a prática clínica favorecendo o processo de cicatrização das feridas.</p> Regiane Crisostomo Pereira, Thaís Taynã Nogueira Sousa, Mariana De Jesus Meszaros, Vanessa Abreu Da Silva, Maria Rocha Pelanda, Joyce Wilden Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1018 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ELABORAÇÃO DE UM TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA O DESBRIDAMENTO INSTRUMENTAL CONSERVADOR https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1019 <p>No tratamento de feridas o profissional enfermeiro necessita de uma postura de conhecimento e compreensão não apenas fisiopatológico, mas conhecimento do ser humano em toda a sua dignidade e totalidade. Uma vez que o paciente portador de lesão contém uma história de vida, amplificada por sentimentos, sendo estes muitas vezes angústia e medo, ansiando um tratamento rápido, adequado e principalmente indolor1-2. O uso do termo de consentimento livre e esclarecido para o procedimento de desbridamento instrumental conservador deverá ser implementado e poderá ser integrado ao plano de cuidados prestado ao paciente, visando a sua segurança diante dos riscos e complicações envolvidos no procedimento. Sendo o paciente, o principal tomador de decisões sobre o seu corpo, deixando consentido e esclarecido sobre as ações e cuidados que quer receber durante o tratamento, frente aos cuidados prestados pela enfermagem. 3-4 Objetivo: Elaborar um termo de consentimento livre e informativo sobre os riscos envolvidos no procedimento de desbridamento instrumental conservador. Método: Trata-se de um estudo descritivo sobre a elaboração de um TCLE para o desbridamento instrumental conservador frente aos riscos e complicações do procedimento. Foi realizada uma revisão na literatura com busca de artigos nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Pubmed e livros publicados, utilizando-se os seguintes descritores desbridamento, cicatrização de feridas, enfermagem e estomaterapia do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e o Medical Subject Headings (Mesh) desbridamento and cicatrização de ferida. Como critérios de inclusão foram considerados artigos disponíveis na íntegra, publicados entre 2008 e 2023, nos idiomas português, inglês e espanhol, nas bases de dados na medline, lilacs bdenf, com disponibilidade de texto completo, resultando em 102 artigos. Para seleção dos artigos foram realizados a leitura dos títulos e dos resumos dos 102 artigos, sendo excluídos 75 pelo título, 18 pela leitura dos resumos e 11 selecionados para a leitura na íntegra. Após leitura na íntegra foram excluídos 2 artigos, restando 9 artigos. Também foram incluídos artigos que não estavam disponíveis nas bases de dados citadas. Resultados: A partir das informações encontradas na busca da literatura, frente aos riscos e complicações envolvidas no procedimento de desbridamento instrumental conservador, foi elaborado um TCLE para ser aplicado pelo profissional enfermeiro. Este termo contém dados de identificação do paciente e responsável, a definição do desbridamento e uma sucinta explanação sobre as principais complicações que podem ocorrer durante o procedimento, assim como ciência da capacidade e habilidade especializada do profissional que prestará o atendimento. Podendo ser utilizado para avaliar responsabilidades em uma questão jurídica de imperícia de enfermagem, estabelecer um mecanismo de comunicação entre o enfermeiro e o paciente/responsável, garantir que as informações e o registro das atividades desenvolvidas e fornecidas no cuidado ao paciente sejam aplicados. Conclusões: o termo foi elaborado e será disponibilizado aos enfermeiros para utilização na prática clínica e respaldo ao profissional e paciente. Como limitações, devido a limitação de tempo, não foi possível realizar a validação de conteúdo deste material, processo que as autoras pretendem realizar em um próximo estudo.</p> Erika De Souza Oliveira, Vanessa Abreu Da Silva, Mariana De Jesus Meszaros Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1019 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ELABORAÇÃO DE VÍDEO PARA EDUCAÇÃO PERMANENTE DE ENFERMEIROS SOBRE A UTILIZAÇÃO DE MEIA ELÁSTICA NA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1020 <p>Introdução: A Insuficiência Venosa Crônica (IVC) atinge os membros inferiores e gera enfraquecimento da bomba muscular da panturrilha e refluxo venoso, resultando em edema nas extremidades inferiores. No estágio grave, a IVC pode culminar no desenvolvimento de úlcera venosa1. A terapia conservadora com compressão é fundamental no tratamento da IVC, pois otimiza o retorno venoso e a perfusão arterial2. Por conseguinte, a meia elástica é recomendada quando há ausência de úlcera venosa ativa e objetiva-se evitar edema, rompimento da pele e recidiva da ferida. O processo terapêutico é conduzido por equipe multidisciplinar e tem como pilar a educação em saúde. Sob tal ótica, o enfermeiro tem papel indispensável no tratamento conservador da IVC e na prevenção do desenvolvimento ou da recidiva de úlcera venosa1. No entanto, insegurança e déficit no conhecimento e na habilidade técnica podem interferir na prescrição, aplicação e ensino da utilização da meia elástica pelo enfermeiro em pessoas que convivem com IVC, tendo potencial para resultar na baixa adesão às terapias compressivas no exercício laboral3. Objetivo: Elaborar vídeo educativo destinado à educação permanente de enfermeiros acerca da utilização de meia elástica no manejo da Insuficiência Venosa Crônica. Método: Estudo metodológico desenvolvido entre setembro de 2023 e abril de 2024, pretendendo a elaboração de vídeo educativo para educação permanente de enfermeiros acerca do uso de meia elástica na IVC. O estudo se deu em três fases: 1) revisão da literatura via Biblioteca Virtual em Saúde e PubMed e pesquisa documental; 2) gravação de vídeo instrucional, no qual uma enfermeira estomaterapeuta orientou a vestimenta e retirada da meia elástica em consultório simulado; 3) edição do vídeo na plataforma Canva Pro® e adição de elementos gráficos do sistema BioRender®, dublagem e legenda. Resultados: O vídeo inicia com a personagem ilustrada Bárbara salientando que o Índice Tornozelo-Braquial é usado como critério de seleção para a terapia compressiva e mostrando a associação entre resultado obtido e grau de compressão indicado. Em seguida, a personagem enfatizou que medidas de circunferência do tornozelo, da panturrilha e comprimento do calcanhar até a fossa poplítea são importantes para que o enfermeiro prescreva o tamanho correto da meia elástica. Ademais, foi exibida a demonstração da estomaterapeuta orientando a vestimenta e retirada da meia. Por fim, os cuidados a se ter com a meia elástica foram expostos. Conclusão: A tecnologia educacional do tipo vídeo educativo direcionada ao ensino do uso de meia elástica em indivíduos que convivem com IVC serve como estratégia dinâmica de educação permanente para enfermeiros que prestam assistência a esse público. Para mais, pode ser empregada pelo enfermeiro na Consulta de Enfermagem como recurso de apoio ao cuidador e estímulo ao autocuidado da pessoa com IVC. Contribuições para a Estomaterapia: O vídeo proporciona um método visual e lúdico de ensino, o qual auxilia na capacitação de enfermeiros e promove a melhoria da qualidade do cuidado de pessoas com Insuficiência Venosa Crônica, contribuindo para a excelência da prática da Enfermagem em Estomaterapia.</p> Heloísa Helena Camponez Barbara Rédua, Gabrielli Lopes Pinto, Eliane De Fátima Almeida Lima, Maysa Silva Castelar Costa, Sarah Livramento Zampirolli, Anna Bárbara De Almeida Dos Santos, Aryanne Carolyne Silva Santos, Karen Montuan De Souza, Paula De Souza Silva Freitas Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1020 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ESPIRITUALIDADE E O SENTIDO DA VIDA PARA PESSOAS COM FERIDA DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1021 <p>INTRODUÇÃO Sabe-se que as feridas crônicas são definidas como qualquer interrupção na continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou menor extensão, decorrente de traumas ou de afecções clínicas. Essas feridas apresentam difícil processo de cicatrização, ultrapassando a duração de seis semanas. Diante dessa realidade, foram levantadas as seguintes questões: Como a espiritualidade pode auxiliar o portador de ferida de difícil cicatrização a se aceitar e conviver com sua condição? Qual o sentido da vida para pessoa com ferida de difícil cicatrização? OBJETIVO Desvelar os significados de espiritualidade e o sentido da vida para pessoas com ferida de difícil cicatrização. MÉTODO Trata-se de um estudo de natureza descritivo e exploratório com abordagem qualitativa, desenvolvido em Unidades de Atenção Primária á Saúde do interior de São Paulo, Brasil. Foram incluídos indivíduos lúcidos, orientados, alfabetizados e com capacidades de verbalização, atendidos pelo serviço de saúde devido à presença de lesão cutânea crônica (de etiologia venosa, arterial, de pressão e de causa indeterminada). Foram excluídos pacientes com déficit cognitivo identificados no momento da abordagem para participar da pesquisa. Assim, o fechamento amostral se delineou por saturação teórica, operacionalmente definido como a suspensão da inclusão de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar, na avaliação do pesquisador, certa redundância ou repetição, não sendo considerado relevante persistir na coleta de dados. Desse modo, a amostra foi composta por 10 pacientes. As questões de pesquisa foram: Poderia me dizer o que é para o (a) senhor (a) o sentido da vida? O que significa espiritualidade para o(a) senhor (a)? E o que significa ter uma ferida crônica e quais as consequências que a ferida trouxe em sua vida? Também foram coletadas informações a respeito da caracterização do perfil sociodemográfico dos participantes. As informações referentes ao contexto da espiritualidade foram analisadas à luz do referencial teórico segundo Minayo, que separa as falas e o discurso do sujeito coletivo em categorias e subcategorias. Os resultados foram organizados em fases de pré-análise e caracterização dos resultados, bem como foram interpretados a partir da fenomenologia de Viktor Emil Frankl. A pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), obteve o parecer número 4.692.762. RESULTADOS Após análise, os dados foram agrupados em quatro categorias centrais e suas unidades temáticas, sendo elas:1) O sentido da vida para pessoa com ferida de difícil cicatrização; 2) O significado de espiritualidade para quem vive com ferida de difícil cicatrização; 3) Consequências e fragilidades de conviver com lesão crônica e estratégias de enfrentamento e 4) Resiliência de pessoas com feridas crônicas. CONCLUSÃO Evidenciou-se que o sofrimento causado pelas feridas crônicas é significativo, por isso os pacientes precisam ter sentido para continuar vivendo. Esse sentido é encontrado por meio da espiritualidade. Mostrou também que a percepção da pessoa sobre a ferida de difícil cicatrização está relacionada às mudanças no cotidiano e às limitações em conviver com as dificuldades na realização de atividades diárias. CONTRIBUIÇÕES PARA ESTOMATERAPIA Os achados aqui apresentados podem contribuir e auxiliar em condutas para o acolhimento de Enfermagem em Estomaterapia frente aos cuidados as pessoas com feridas de difícil cicatrização.</p> Fabiano Fernandes De Oliveira, Regina Célia Popim Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1021 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 FALÊNCIA DA PELE EM PACIENTES SOB CUIDADOS PALIATIVOS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1022 <p>FALÊNCIA DA PELE EM PACIENTES SOB CUIDADOS PALIATIVOS CENTRO UNIVERSITÁRIO MAUCIRIO DE NASSAU – UNINASSAU CURSO DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA Paulo Corjesu Brito Alves RESUMO O crescimento da expectativa de vida da população mundial em especial a brasileira caminhou em conjunto com a elevação do índice de prevalência de enfermidades consideradas crônicas, gradual e com potencial de provocar óbito na vida dos seres humanos. Tais enfermidades têm características de desenvolvimento paulatino e, quando no decorrer de seu curso, deixando cada vez mais debilitado ao indivíduo pouco a pouco por causa de diversas adversidades até que, em certo instante, não há mais terapias capazes de reverter o quadro, fazendo dessa maneira a enfermidade se desenvolver frente a essas medidas. Cuidados Paliativos – CP é conceituado como sendo o tratamento que fomenta a qualidade da vida do paciente que se encontra no final da vida, bem como prestam atenção aos familiares do enfermo para que esses consigam da mesma forma atender do melhor jeito possível o enfermo, por intermédio da prevenção e alívio de sofrimentos. Carecendo da verificação exata e o mais cedo possível, tanto da análise como do tratamento exato das questões problemáticas que surgiram. Dentro de tal contexto temos como objetivo: analisar os índices de falência da pele em pacientes em cuidados paliativos, bem como versar acerca dos cuidados paliativos em pacientes com falência da pele quando esses estão em cuidados paliativos. Este estudo se traduz em uma revisão sistemática, que se traduz em uma forma de revisão que procura responder um questionamento especifico. Para isto é usado métodos sistemáticos e predefinidos no momento da identificação, seleção e analise dos estudos. Assim sendo, Metanálise, ou meta-análise, é um procedimento estatístico para reunir os resultados de dois ou mais estudos realizados de forma independentes, acerca de uma mesma problemática de estudo, fazendo a combinação dos seus resultados em uma medida sumária. Geralmente segue-se à realização de uma revisão sistemática. Com o processo metodológico, foi procurado e encontrado certos de trinta e sete estudos importantes para o estudo. Frente ao uso dos critérios de busca e eliminação. As informações importantes retiradas dos artigos estão reunidas no quadro abaixo. Apresentando estudos escolhidos com suas consequentes referências autores ano, título metodologia, base de dados e periódicos publicados. Bem como os principais achados que respondem a propositura da pesquisa. O conhecimento e o entendimento das características da falência da pele em conjunto com a melhor realização de cuidados paliativos pelo grupo multidisciplinar, atendendo a carências no saber e viabilizando que os profissionais tenham uma reflexão critica maior, juntando suas atuações a começar do uso do pensamento clínico, tendo como consequência direta, a utilização racional de recursos em saúde, como da mesma maneira, na adoção dos cuidados mais modernos e humanos.</p> Paulo Corjesu Brito Alves Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1022 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1023 <p>Introdução: O termo “Ferida de Difícil Cicatrização” foi implementado pelo Consenso Internacional de Tratamento de feridas em 2020. Esse termo classifica feridas que não são possíveis de cicatrizar sem considerar outros fatores influenciadores, como os fatores físicos, mentais e do curativo ideal¹. Quando um paciente desenvolve uma “Ferida de Difícil Cicatrização” o tratamento deve ser pautado nos Pilares da Cicatrização, que são: Pilar Físico, Pilar Emocional e Pilar Curativo Ideal. Existem quatro tipos de feridas de difícil cicatrização mais recorrentes, a Lesão por Pressão, Úlcera do Pé Diabético (UPD), Úlcera Arterial e Úlcera Venosa. Objetivos: Evidenciar as necessidades de um cuidado holístico e especializado, por um grupo multiprofissional, dando ênfase no tratamento das feridas de difícil cicatrização. Desenvolvimento: Dentro do Pilar Físico é preciso controlar a causa da ferida que pode estar relacionada com uma doença de base como Diabetes, HAS, Dislipidemia, Insuficiência Venosa Crônica, Anemia, Desnutrição, dentre outras². Quando um paciente tem diabetes e a mesma está descompensada, com um valor de Hemoglobina Glicosilada alterado, é necessário fazer uma avaliação com o endocrinologista para intervir nesse problema, pois é uma causa de prognóstico ruim da UPD, mesmo realizando o curativo padrão ouro, sem corrigir a causa não será possível a cicatrização³. Considerando que há cada 20 segundos no mundo um paciente diabético tem um membro amputado, é crucial e urgente que o paciente diabético ao se deparar com qualquer ferida, procure um local onde será assistido por uma equipe multiprofissional especializada no tratamento de feridas³. Além de necessitar de um endocrinologista, esse paciente precisa de um nutricionista com foco na nutrição do indivíduo com um olhar muito atento à cicatrização; um cirurgião para realização de desbridamentos cirúrgicos; um clínico para realizar uma avaliação geral da saúde desse indivíduo e um angiologista para verificar como de fato está a perfusão nos membros inferiores, pois é sabido que sem perfusão sanguínea não há cicatrização?. Um outro pilar que impacta diretamente na cicatrização é o pilar emocional, um paciente com estresse crônico libera hormônios como o cortisol que induz processos inflamatórios, bem como um paciente depressivo, que recorrentemente não adere ao tratamento. E por fim temos o pilar curativo ideal, realizado pela enfermeira estomaterapeuta, que após realização da sua consulta de forma muito detalhada e completa, estabelece um plano individual de tratamento utilizando terapia adjuvantes como laserterapia, dentre outras. Considerações Finais: Considerando que para cicatrizar uma ferida de difícil cicatrização não basta realizar trocas de curativo, o Instituto Cicatrizare foi idealizado pela Enfermeira Estomaterapeuta e Laserterapeuta Milene Silva Rodrigues. A enfermeira, reuniu uma equipe de especialistas em cicatrização no Instituto que está localizado na Clínica Viver Mais. O principal objetivo do Instituto é tratar o paciente de forma integral e holística e como consequência, cicatrizar a sua ferida. Contribuições Para Estomaterapia: O paciente que sempre reclama de não ter onde procurar profissionais especializados em cicatrização, agora não precisa mais se preocupar, encontrará todos os profissionais a sua disposição no Instituo Cicatrizare.</p> Milene Silva Rodrigues, Bruno Henrique Caetano, Renata Elizabeth Da Silva, Maria Eduarda Alves Caixeta Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1023 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 FLUXOGRAMA PARA IDENTIFICAÇÃO DE SITUAÇÕES DE RISCO AOS PÉS DAS PESSOAS COM DIABETES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1024 <p>Introdução: A diabete mellitus é uma das principais doenças crônicas não transmissíveis, e tem potencial de dano macro e microvascular, sendo a principal causa de morbidade e mortalidade na doença1. Ao que tange o dano à microvasculatura, ocorre diminuição da sensibilidade periférica, a neuropatia, que pode desencadear lesões, infecções e até amputações, especialmente em membros inferiores2. Quando essas complicações ocorrem no pé de pessoas com diabetes e possuem um mau prognóstico sem a realização do tratamento rápido e adequado, nomeia-se “ataque do pé diabético”3. Isso aumenta excessivamente os custos e demandas da saúde pública e acarreta num declínio na qualidade de vida. Para que isso não aconteça, o papel da atenção primária à saúde é essencial na prevenção e avaliação de risco aos pés de pessoas com diabetes. Logo, a participação e iniciativa de profissionais de saúde é especialmente importante, tanto na criação de materiais que moldam o cuidado, como fluxogramas, como em sua implementação assertiva e efetiva, centrada no paciente4. Isso colabora para um cuidado especializado, direcionado, atento a todos os agravos da diabetes mellitus e fortalece os princípios da atenção primária de saúde na comunidade. Objetivo: Descrever a elaboração de um fluxograma para identificação de situações de risco aos pés das pessoas com diabetes mellitus por enfermeiros na atenção primária de saúde. Desenvolvimento: Conforme ocorre de maneira sistemática, o protocolo de cuidado à pessoa com ferida do município de Florianópolis é atualizado sempre que novas evidências surgem. Durante a revisão do protocolo foi percebido que o capítulo sobre alterações nos pés relacionadas à diabetes mellitus não contemplava a identificação de situações urgentes que precisam de atenção imediata na atenção primária de saúde. Diante disso, revisando a literatura, foi possível identificar que essas situações se referem a infecção, isquemia arterial e neuro osteoartropatia de Charcot, condições que fazem parte do fenômeno “ataque do pé diabético”. Para facilitar a prática diária dos enfermeiros, optou-se pelo fluxograma, por ser de consulta rápida. Os quadros iniciais destacam situações que ameaçam a vida e o membro. Ao prosseguir, a complexidade das situações encontradas diminuem e as condutas necessárias são apresentadas. Foram colocados links para itens dentro do próprio protocolo que exigiam maior detalhamento e não caberiam no fluxograma. Enfermeiros da Comissão de Sistematização da Assistência de Enfermagem avaliaram o fluxograma de maneira informal, sugerindo melhorias e correções. Considerações finais: A construção de um fluxograma para prever e pautar risco em pés de pessoas com diabetes mellitus, configura-se de extrema relevância, considerando o impacto e prevalência da diabetes na comunidade, assim como a alta possibilidade de agravos nessas situações. Portanto, esse fluxograma surgiu como um material prático para os enfermeiros da atenção primária, auxiliando na identificação precoce de riscos e agravos. Contribuições para a estomaterapia: O estomaterapeuta é capaz de desenvolver um plano de cuidados abrangente para lidar com a identificação precoce de complicações da diabetes mellitus nos pés na atenção primária. Neste contexto, a padronização de condutas, a facilitação da prática clínica e a integração de conhecimento especializado aprimoram o cuidado do enfermeiro.</p> Maristela Jeci Dos Santos, Guilherme Mortari Belaver, Manoela Ferreira Ávila, Letícia De Oliveira Grespi, Bruna Clasen Da Silva, Laura Wagner, Fernanda Beatriz De Freitas Ribeiro, Bárbara Letícia Sena Alvarenga Luz, Juliana Balbinot Reis Girondi Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1024 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 FÔLDER SOBRE LESÃO POR PRESSÃO: AVALIAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1025 <p>Introdução: Lesão por Pressão (LP) é um dano localizado na pele ou nos tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea. Ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. (NATIONAL PRESSURE ULCER ADVISORY PANEL, 2016;SALOMÉ, FERREIRA, 2018; MIRANDA, SALOMÉ, 2022) Objetivo: construir e validar um fôlder para orientar os enfermeiros na avaliação, na prevenção e no tratamento das LP. Método: Para construção do fôlder, realizou-se revisão integrativa da literatura junto às bases de dados Cochrane, MEDLINE®, Lilacs, na biblioteca virtual SciELO. A busca e a seleção dos estudos identificados durante a revisão integrativa da literatura ocorreram pelo fluxograma do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analysis, que consiste nas seguintes etapas: identificação, triagem, elegibilidade e inclusão. A partir desse levantamento, foi elaborado o fôlder, que compreende uma sequência de procedimentos descrita em sete etapas: A primeira etapa descreve os tipos de fatores de risco que podem contribuir para a formação de LP. A segunda etapa é a definição do termo e a classificação dos tipos de estágio da LP. A terceira etapa pontua as principais medidas preventivas. A quarta etapa descreve o tipo e a técnica de limpeza (irrigação, mecânica e desbridamento). A quinta etapa discorre sobre o tipo de cobertura para tratar LP, conforme tipo de tecidos, tipo e quantidade de exsudato e presença de sinais de infecção. A validação do conteúdo do fôlder foi feita por 76 enfermeiros, utilizando- se da técnica Delphi. O estudo foi desenvolvido no Hospital das Clínicas Samuel Libânio em Pouso Alegre e um enfermeiro com experiência em prevenir e tratar LP do Sul de minas Gerais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Vale do Sapucaí sob o parecer 5.469.804. Os critérios de inclusão foram profissionais graduados em enfermagem com experiência em prevenir e tratar LP; especialista em estomaterapia; dermatologista. Foram excluídos profissionais que não responderam ao questionário no prazo estabelecido de 15 dias. Os juízes foram selecionados por meio de amostragem por conveniência e bola de neve. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Vale do Sapucaí sob o parecer: 5.469.804. Resultados: Durante a revisão interativa da literatura, foram identificados 7.449 artigos, dos quais foram excluídos ¬2.786 por serem duplicados, ¬3003 após a leitura do título, 1223 após a leitura do resumo e 421 depois de serem lidos na íntegra, restando 16 artigos selecionados para a construção do fôlder. Na primeira avaliação, os juízes avaliaram o conteúdo do fôlder entre “pouca a muita clareza da linguagem e prática clínica” e o Coeficiente de Validade de Conteúdo variou entre 0,73 a 0,89. Após correções, o fôlder foi reavaliado com “muita clareza da linguagem e prática clínica” e o Coeficiente de Validade de Conteúdo variou entre 0,78 a 0,94. Conclusão: O fôlder é um recurso inovador, baseado em evidências e validado por especialistas, que orienta os enfermeiros na avaliação, na prevenção e no tratamento das lesões por pressão. Contribuições para a Estomaterapia: O fôlder destaca estratégias como alívio da pressão, uso de coberturas inovadoras e avaliação clínica do paciente. Essas medidas visam reduzir a incidência e promover cicatrização da LP, enfim: uma assistência segura e com qualidade.</p> Geraldo Magela Salomé, Sérgio Aguinaldo De Almeida Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1025 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 GESTÃO DO CUIDADO DE UMA PESSOA COM NEURO-OSTEOARTROPATIA DE CHARCOT NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PAPEL DO ENFERMEIRO ESTOMATERAPEUTA HABILITADO EM PODIATRIA CLÍNICA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1026 <p>Introdução: A Neuro-osteoartropatia de Charcot é uma condição inflamatória aguda que acomete os pés das pessoas com diabetes associada a neuropatia, localizada, com pele intacta, que produz destruição óssea, luxações e deformidades. Pode haver história de trauma recente, é habitualmente unilateral, apresenta edema, eritema, calor local (há diferença de mais de 2°C com membro contralateral), frequentemente indolor, pulsos do membro estão presentes e a radiografia inicial pode estar normal. Faz parte do fenômeno “ataque do pé diabético”, que são situações que ameaçam o membro e a vida da pessoa com diabetes em curto prazo.1 O diagnóstico é clínico após exclusão de outras causas e deve ser corroborado por exame de imagem (radiografia e ressonância magnética).2 O diagnóstico precoce é difícil e, caso não tratado na fase inicial, pode evoluir para a fase de coalescência (estágio III), quando há consolidação óssea com queda do arco plantar. Neste cenário, o enfermeiro tem importante papel que se inicia nas orientações acerca do controle das doenças de base e é contínuo nas avaliações periódicas, na educação em saúde, gestão dos fatores de risco e também na condução do tratamento de Neuro-osteoartropatia de Charcot.3 Para que a equipe da Atenção Primária esteja amparada no cuidado e consiga prosseguir com tomadas de decisão assertivas para cada caso, o atendimento especializado com profissionais de referência pode ser otimizado através do apoio matricial.4 Objetivo: relatar a experiência sobre a gestão do cuidado de uma pessoa com Neuro-osteoartropatia de Charcot em estágio III com úlcera plantar em acompanhamento conjunto entre atenção primária e secundária. Desenvolvimento: A enfermeira da equipe da atenção primária acionou o matriciamento de feridas pedindo auxílio na avaliação e conduta pelo enfermeiro estomaterapeuta habilitado em podiatria de uma pessoa com diabetes e feridas nos pés. Na primeira avaliação foi possível constatar neuropatia, Neuro- osteoartropatia de Charcot estágio III, queda do arco plantar e úlcera em região do antepé e retropé direito. Em pé esquerdo, dedos em garra, martelo e com hiperqueratose. A conduta inicial do estomaterapeuta, após avaliação e diagnóstico clínico de Neuro-osteoartropatia de Charcot, foi desbastamento das hiperqueratoses, desbridamento da ferida, prescrição de terapia tópica, indicação de calçado adequado, descarga de peso e seguimento duas vezes na semana, uma com enfermeira da equipe, uma com estomaterapeuta. Orientou-se a necessidade de encaminhamento às especialidades (vascular, ortopedia, endocrinologia e infectologia, visto histórico de osteomielite) e solicitação de exames laboratoriais e de imagem, realizadas pela médica da equipe. O trabalho do estomaterapeuta aconteceu de maneira longitudinal, através de consultas semanais, gerindo o cuidado e servindo de apoio à equipe da atenção primária. Ao longo do tempo foram identificadas condições como perda do equilíbrio, hipoacusia, disfunção renal e diminuição da acuidade visual, também relatados à equipe, que fizeram os encaminhamentos necessários. Considerações Finais: A gestão do cuidado pelo estomaterapeuta possibilitou melhor evolução clínica e encaminhamentos mais assertivos. Contribuições para a Estomaterapia: Destacar o estomaterapeuta habilitado em podiatria como referência para gerir casos complexos e a importância do cuidado especializado para melhores resultados nos tratamentos instituídos.</p> Guilherme Mortari Belaver, Letícia De Oliveira Grespi, ?Beatriz Schvambach, Luiza Todeschini Vieira, Milena Pereira, Ana Lúcia De Azevedo Neves Duarte, Laura Wagner, Ana Flávia Dos Santos Almeida, Iracema Cristina Zanin Gomes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1026 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 IMPACTOS DA GESTÃO DA QUALIDADE NA PREVENÇÃO DE LESÃO DE PELE POR ADESIVO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1027 <p>Introdução: Adesivos médicos são materiais frequentemente utilizados nos serviços de saúde em todos os ambientes de cuidado. Lesão de pele relacionada a adesivo médico ocorre quando as camadas da pele são removidas juntamente com o adesivo, causando uma lesão cutânea, conhecida internacionalmente como Medical Adhesive-Related Skin Injuries (MARSI) (1). Esse tipo de lesão é comum, mas subnotificado, comprometendo a segurança do paciente (2-3). Alguns estudos apontam prevalência de MARSI em torno de 22,7 a 36% (2-5). Os adesivos médicos são necessários para fixarem curativos no local da cirurgia e a prevalência de MARSI Peri incisional gira em torno de 36% (5). A manutenção da integridade da pele é um indicador da qualidade da assistência prestada pela Enfermagem. A MARSI pode ser evitada por meio de intervenções. Desenvolver estratégias para prevenção é crucial para qualidade e segurança do paciente. Objetivo: Avaliar o impacto assistencial após a aplicação da ferramenta PDCA para prevenção de MARSI em ferida operatória de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. Metodologia: Utilizou-se da ferramenta PDCA seguindo as etapas: Plan- identificação das MARSI que ocorreram no primeiro bimestre de 2024 por meio da análise individual das LP e estabelecido plano de ação fundamentado por evidências científicas o uso de adesivos adequados para a prevenção de MARSI e desenvolvido bundle para prevenção. Realizado treinamento dos membros da Comissão de Avaliação e Tratamento de feridas e, posterior, analise das ocorrências de MARSI à implantação do bundle. Do- implementado o bundle em amostra piloto composta por 13 casos em um período de 30 dias. Check- acompanharam-se os pacientes que receberam intervenções para prevenção de MARSI por sete dias e Action- monitoramento do indicador: lesão de pele por adesivo. O Estudo foi autorizado pela Divisão de Enfermagem da Instituição. Resultado: A Taxa de Efetividade na prevenção de MARSI por adesivo após a implantação do bundle nos pacientes avaliados foi de 100% no período de acompanhamento. Assim, a cobertura de espuma de silicone mostrou-se efetivo para prevenção de MARSI relacionado a adesivo. Conclusão: A ferramenta de gestão PDCA associada à implantação de programa educacional e assistencial impactou em assistência segura e preventiva de eventos adversos que contribui na melhoria da qualidade de vida dos pacientes em uso adesivo médico.</p> Isabel Tomie Urakawa, Catia Yamagishi, Raquel Braga Gomes, Sergio Henrique Simonetti, Ana Paula Da Conceição, Cristiane Galvez Nishioka, Rosangela Monalisa Dos Santos, Natália Kato Ramalho, Ana Carolina Lima De Brito Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1027 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 IMPLANTAÇÃO DE UM SERVIÇO AMBULATORIAL DE ESTOMATERAPIA EM UM HOSPITAL PARTICULAR EM SÃO PAULO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1028 <p>Introdução A estomaterapia é uma especialidade exclusiva do enfermeiro que atua em estomias, incontinência fecal e urinária, lesões, fístulas e drenos e contempla áreas de prevenção, de tratamento e reabilitação1. Teve início no final de 1950, nos Estados Unidos, com a Norma Gill-Thompson e no Brasil a primeira pós-graduação ocorreu em 1990, na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP)2. Essa especialidade, ainda recente no país, influencia os indicadores de saúde, pois os enfermeiros estomaterapeutas obtém resultados eficazes, buscam inovações no cuidado associados com terapêuticas eficientes para prestar uma assistência de excelência e, consequentemente, reduz o tempo de tratamento e os custos financeiros3. Somado a isso, promove educação em saúde e melhora a qualidade de vida e experiência dos clientes. Ao considerar estes benefícios aos pacientes e a instituição, foi implantado nos ambulatórios de um hospital privados em São Paulo- SP o serviço de estomaterapia para atender usuários com lesões e/ou estomias. Objetivo Objetivo geral: Implantação de um serviço de estomaterapia navegadora em unidades ambulatoriais, trazendo o paciente para o centro do cuidado. Objetivos específicos: Atendimentos de pacientes com lesões e estomias por um enfermeiro estomaterapeuta; Acessibilidade e rede de atendimento. Desenvolvimento O projeto foi idealizado pela coordenação de enfermagem em janeiro/2023, com aprovação em fevereiro/2023 e implantado em março/2023. Foi contratado um enfermeiro com carga horária de 220h para atuar em quatro unidades ambulatoriais, conciliando a inovação e acolhimento onde o estomaterapeuta navega e direciona a jornada do paciente dentro desses centros. A estratégia utilizada para a divulgação do serviço concentrou- se em reuniões com as equipes médicas e coordenações de enfermagem. As consultas são realizadas conforme o agendamento, portanto, possibilita a navegação do estomaterapeuta entre as unidades. Considerações finais O projeto proposto trouxe inovação para a estomaterapia, com um olhar sistêmico sobre o paciente trazendo a navegação como grande aliado nesta jornada. O enfermeiro estomaterapeuta tem um papel importante no tratamento do paciente, sendo um diferencial na instituição, que busca ofertar um atendimento de excelência e qualidade, atributos desse especialista. Contribuições para a Estomaterapia O enfermeiro estomaterapeuta atua baseado em evidência científica, explora o método holístico, utiliza recursos terapêuticos e tecnológicos para amenizar a dor, diminuir o risco de infecções e de complicações e proporciona uma cicatrização livre de danos. Como resultado, oferta uma melhor experiência ao paciente, contribui na prevenção de complicações e oferece uma assistência de excelência.</p> Lisliane Macedo De Medeiros, Angélica Santos Emi Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1028 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 IMPLANTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO À PESSOAS COM FERIDAS COM A UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1029 <p>Introdução: As classificações em enfermagem podem ser importantes ferramentas no planejamento do cuidado de pessoas portadoras de feridas. Serviços especializados de enfermagem podem usar o processo de enfermagem e suas classificações na busca por uma intervenção sistematizada e com melhor controle dos resultados. Objetivo: descrever a experiência de implantação de um serviço de atendimento às pessoas com feridas baseado no processo de enfermagem com a utilização das classificações de enfermagem NANDA, NOC e NIC. Método: tratou-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no período compreendido entre os meses de agosto de 2023 a março de 2024, em uma clínica de enfermagem que pertence a uma universidade privada. Foi iniciado o atendimento de pessoas com feridas por meio de consulta de enfermagem realizada por enfermeiros especialistas e alunos do curso de graduação em enfermagem da Instituição de Ensino. Os pacientes com feridas foram encaminhados por serviços de saúde da região ou buscaram o serviço de forma espontânea, indicados por alunos ou colaboradores da Universidade. Para fazer parte do projeto as pessoas precisavam ter identificados o diagnóstico de enfermagem (DE) NANDA Integridade da pele prejudicada. Dentro das consultas de enfermagem foi realizada uma avaliação inicial composta por anamnese, exame físico geral e avaliação das lesões. Então, foi identificada a meta a ser atingida por meio do resultado proposto pela NOC Cicatrização de feridas: segunda intenção. A seguir foram determinadas as atividades a serem realizadas por meio da intervenção NIC Cuidados com feridas e a periodicidade das consultas. Nas consultas posteriores foram reavaliados os indicadores propostos pela NOC enquanto os cuidados eram modificados conforme a necessidade de cada pessoa. Foi construído um instrumento específico para o atendimento a essas pessoas. O material para a realização dos curativos foi parte oferecida pela Universidade e parte pelas prefeituras dos municípios. Resultados: fizeram parte do projeto dentro do período estipulado 21 pacientes, de ambos os gêneros, com idade média de 63 anos e com baixo nível de escolaridade. 75% apresentavam comorbidades, principalmente diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica. 28 feridas foram tratadas, tinham área média de 59 cm², com grande área de tecido desvitalizado. Mostraram-se indicadores viáveis para avaliação dentro da NOC escolhida: tecido de granulação, tecido desvitalizado, formação cicatricial, drenagem, pele macerada, odor fétido, e eritema ao redor da ferida. Em relação às intervenções, todos os pacientes foram submetidos à laserterapia local+ ILIB para diminuição da dor já que o DE Dor aguda foi identificado em todos os participantes do estudo. Em relação à cobertura 43% utilizaram ácido graxo essencial (AGE), 19% hidrogel, 29% hidrogel+alginato 24% utilizaram colagenase, 10% utilizaram carvão ativado. Conclusão: a utilização das classificações de enfermagem é possível dentro das consultas de enfermagem às pessoas com feridas, auxiliando na implantação do processo de enfermagem e qualificando o cuidado e o aprendizado dos alunos do curso de graduação em enfermagem.</p> Adriana Cecel Guedes, Cinthia Dos Santos Alves Rocha, Aline Aparecida De Souza Leão, Bruna Costa Andrade, Stefany Martins Moreno Maieto, Raquel Machado Cavalca Coutinho, Natalia De Castro Nascimento Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1029 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 IMPLANTAÇÃO DO AMBULATÓRIO DE FERIDAS COMPLEXAS DO MUNICÍPIO DE NOVA LIMA (MG) https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1030 <p>Introdução: O termo ferida é definido como rompimento da integridade cutânea, gerando alterações nas funções fisiológicas e anatômicas dos tecidos afetados. Um paciente com feridas sofre prejuízos não somente de ordem física, mas também psicológica e social, o que interfere diretamente em sua qualidade de vida. De acordo com a Resolução COFEN 567/2018, o enfermeiro é o profissional com competências científicas, técnicas e legais para avaliação e tratamento de pessoas com feridas. Entretanto, o cuidado de pacientes com lesões de difícil cicatrização é um desafio crescente, pois onera custos e apresenta pouca efetividade, o que requer estratégias inovadoras. Nesse sentido, a prefeitura de Nova Lima (MG) implantou, no município, o Ambulatório de Feridas Complexas. Trata-se de um Serviço especializado que tem como principais metas: oferecer atendimento a pacientes com lesões de difícil tratamento, otimizar o tempo de tratamento e cicatrização, melhorar a qualidade de vida dos pacientes, oferecer educação permanente para enfermeiros da Atenção Básica e reduzir custos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: descrever o planejamento, procedimentos técnicos e primeiros resultados clínicos relacionados à implantação de um ambulatório de atenção às pessoas com feridas complexas em um serviço público. Desenvolvimento: para a implantação do serviço, adotaram-se as seguintes estratégias: (1) análise abrangente do Programa de Atendimento a Pacientes com Lesões Crônicas no município (2011-2023); (2) planejamento detalhado da criação do ambulatório: objetivos, estrutura, recursos humanos, físicos e materiais; (3) elaboração de fluxograma e formas de acesso ao Serviço; (4) construção de protocolos padronizados, garantindo uma abordagem integrada e multidisciplinar; (5) treinamento especializado e atualização para os profissionais de saúde envolvidos; (6) monitoramento de indicadores de avaliação contínua do desempenho e impacto do ambulatório; (7) divulgação e realização de campanhas para sensibilizar a comunidade e profissionais de saúde sobre a importância do Centro; (8) implantação gradual do Centro, com acompanhamento próximo e ajustes. O ambulatório foi inaugurado em dezembro/2023, a equipe é composta por um estomaterapeuta, um médico angiologista, dois técnicos de enfermagem e um profissional do administrativo. Além de contar com uma gama de coberturas de alto custo, o Serviço realiza o Índice Tornozelo-Braquial (ITB) com o aparelho de doppler vascular, o tratamento de fotobiomodulação com o laser de baixa potência e visitas semanais às Unidades Básicas de Saúde, a fim de contribuir com o tratamento de lesões realizado no posto. Atualmente, o ambulatório acompanha 22 pacientes com feridas de variadas etiologias. Seis pacientes tiveram suas feridas completamente cicatrizadas e receberam alta, sendo quatro pés diabéticos e duas lesões venosas. Considerações finais: face ao exposto, evidencia-se que o Ambulatório de Feridas Complexas pôde ser implantado satisfatoriamente, tendo em vista que o tratamento realizado por especialistas, com recursos bem geridos e em uma estrutura física e organizacional adequados têm demonstrado ser eficaz na otimização da cicatrização de feridas e aumento da satisfação dos assistidos. Contribuições para estomaterapia: Espera-se contribuir para a criação de novos serviços ambulatoriais geridos pelo SUS e dar visibilidade para a eficácia de tratamentos conduzidos por um estomaterapeuta junto à equipe multidisciplinar.</p> Cassia Regina Gontijo Gomes ), Sheila Nara Ferreira ), Bruna Laponez Da Silveira ), Patrícia Chagas Castelo Branco ), Tarsila Emiliane Da Cruz Costa ), Caroline Romani ), Geane Miranda Cardoso ) Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1030 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1031 <p>Introdução: O pé diabético está entre as complicações crônicas mais recorrentes do Diabetes, sendo um problema formado por infecções, ulcerações, destruição de tecidos moles, relacionado as alterações neurológicas, e doença arterial periférica. Por comprometer o membro, a síndrome do pé diabético tem sido considerada a causa do aumento de hospitalizações e amputações. A neuropatia diabética é considerada o principal fator de risco, acometendo 50% dos casos de indivíduos com diabetes acima de 60 anos. Com isso, questiona-se: quais as intervenções que o enfermeiro pode realizar na prevenção do pé diabético? Objetivo: Compreender as publicações científicas sobre as intervenções de enfermagem na prevenção do pé diabético. Metodologia: trata-se de uma Revisão Integrativa da literatura com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada através das bases de dados Scientific electronic library online; Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde e a Biblioteca Virtual. As buscas ocorreram no período de maio a junho de 2023, através dos descritores: Diabetes Mellitus; Assistência de enfermagem; Prevenção, utilizando o operador boleano and. Os critérios de inclusão foram idioma português, inglês e espanhol, de domínio público, que abordem a temática e com recorte temporal de 2019 a 2023. Os exclusão foram: estudos repetidos, editais de seleção e ficha catalográficas. Foram realizados os cruzamentos e identificados 8.513 artigos. Após aplicação dos filtros restaram 67 referências e 18 artigos compuseram a amostra final. Realizou-se a categorização dos Níveis de Evidência dos estudos que compuseram a amostra. Resultados e Discussões: Dos 18 estudos selecionados para compor a amostra final observou-se que todos foram publicados no Brasil e quanto ao nível de evidência o predominante foi o 4. Os resultados mostraram que existem inúmeras intervenções que o profissional de enfermagem poderá realizar, com destaque para as tecnologias educativas, como a utilização de dispositivos móveis e aplicativos, bem como o uso de protocolos assistenciais. Para isso, se faz necessário a capacitação constante dos profissionais de enfermagem, principalmente nas informações sobre o rastreamento dos fatores de risco para prevenção do pé diabético, além de orientações sobre o autocuidado da pessoa com diabetes através de informações como: a higienização dos pés, corte correto das unhas, hidratação e sobre o uso de calçados adequados. Conclusões: Portanto, é fundamental a realização de novos estudos que permitam evidenciar demais aspectos não identificados nos estudos de revisão. Ressalta-se ainda, a necessidade de enfatizar a formação constante da enfermagem e as estratégias de cuidados, mostrando os benefícios da utilização de tecnologias para a prevenção do pé diabético.</p> Maria Neyze Martins Fernandes, Rayanne De Sousa Barbosa, Annalyce Oliveira Costa, Marcos Alan Sousa Barbosa, Cleciana Alves Cruz, Layane Ribeiro Lima, Renan Alves Silva, Luis Fernando Reis Macedo, Emelly Silva Do Carmo, Mirna Fontenele De Oliveira, Luis Rafael Leite Sampaio Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1031 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 INTERVENÇÕES PREVENTIVAS PARA LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES COM LESÃO MEDULAR: REVISÃO INTEGRATIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1032 <p>Introdução: A lesão da medula espinhal constitui-se em uma condição clínica, de caráter temporário ou permanente, na qual decorrem de alterações motoras e sensitivas e distúrbios neurovegetativos abaixo do nível neurológico da lesão, com isso ocorre uma série de complicações. Dentre as complicações mais frequentes nas pessoas com lesão medular(LM) destaca-se a lesão por pressão (LP). Assim, intervenções preventivas são necessárias desde a primeira internação e ao longo da vida. Objetivo: Identificar na literatura científica as intervenções preventivas para LP em pacientes com LM no âmbito intra-hospitalar. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura e foi realizada por meio de buscas de artigos indexados nas bases de dados da literatura nacional e internacional: PubMed, BVS, Scopus, Cinahal, Cochrane Library, Web of Science. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos relacionados à questão da pesquisa, publicados no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2021, nos idiomas português, inglês e espanhol, disponível com texto completo (acesso livre/gratuito). Foram excluídos artigos citando a população com LM de etiologia não traumática, infantil, idosos e gestantes e no âmbito extra-hospitalar, artigos que não citavam intervenções preventivas, e outros tipos de publicações como resumos, teses, dissertações e cartas ao editor. Resultados: Foram identificados 55 artigos, porém a amostra final foi composta por 10 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Todos os artigos estavam no idioma inglês e destaca-se maior número de publicações nos anos 2018 a 2020. As intervenções preventivas para LP mais citadas foram: identificação de risco de LP, uso de ferramentas educacionais para prevenção para pacientes e cuidadores, uso de coberturas profilática no atendimento inicial de pacientes com trauma, superfícies de suporte e outras tecnologias para prevenção. Conclusão: Novos estudos são necessários para propor protocolos, guidelines e diretrizes de intervenções preventivas para este público, visando a redução de incidência da LP.</p> Rafaela Pereira De Lima Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1032 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 JOGO DE PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES EM PACIENTES EM DECÚBITO VENTRAL PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1033 <p>Introdução: A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é caracterizada pela inflamação da membrana alvéolo-capilar, levando a infiltrado pulmonar e complicações respiratórias como dispneia e baixa saturação de oxigênio. O posicionamento em decúbito ventral é uma técnica usada para melhorar a ventilação pulmonar e a troca gasosa em pacientes com SRAG, mas sua aplicação requer cuidados da equipe multidisciplinar devido a possíveis complicações como lesões por pressão e extubação acidental. Desenvolver materiais educativos, como aplicativos e jogos, baseados em evidências clínicas, pode ajudar na prevenção dessas complicações. Objetivo: desenvolver um jogo educativo para orientar aos profissionais de saúde na técnica do posicionamento do paciente de decúbito de pronação e prevenção das complicações. Métodos: Estudo aplicado na modalidade de produção tecnológica baseada na engenharia de software, do tipo pesquisa de desenvolvimento metodológico. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura e houve uma avaliação do jogo realizada por 41 profissionais (enfermeiros, fisioterapeuta e médicos) por meio da técnica Delphi e uso do Índice de Validade de Conteúdo. O questionário que os juízes avaliaram o conteúdo e usabilidade do jogo é composto por alguns itens, tais como: O jogo é interessante e útil? A linguagem é adequada? O jogo apresentou falhas durante seu uso? Você recomendaria o jogo? O jogo contribui para compreensão dos conteúdos?. Resultados: a maioria dos juízes consideraram o jogo, na primeira avaliação, entre inadequado a totalmente adequado e o Índice de Validade de Conteúdo variou de 87,80 a 100,00. Após realizar as correções, o jogo foi reavaliado pelo juízes entre adequado e totalmente adequado e o Índice de Validade de Conteúdo foi 97,57 a 100,00 caracterizando um excelente conteúdo. O jogo “Pronagem” possui 46 telas, 5 telas com definição de decúbito ventral ou posição prona, 23 telas descrevendo as etapas da técnica de pronação, 18 telas com medidas preventivas para complicações, dentre elas a prevenção de lesões por pressão. O jogo “Pronagem” foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob o Processo N: BR512023003584-0 e pode ser acessado no link: https://pronagem.progm.net.br/. Conclusão: Este estudo contribuirá para as práticas de enfermagem, médicos e fisioterapeutas, que prestam assistência aos indivíduos internados na unidade de terapia intensiva, que necessitam ser colocado na posição prona, oferecendo condições para os profissionais realizarem a avaliação clínica, realizar a técnica de pronação, e as medidas preventivas para complicações antes, durante e pós pronação, inclusive lesões por pressão decorrentes do posicionamento, proporcionando assim assistência segura e com qualidade, com monitoramento da evolução das complicações, minimizando os riscos, prevenindo danos e os eventos adversos. Contribuições para a estomaterapia: O desenvolvimento do jogo educativo "Pronagem" oferece uma ferramenta de treinamento e orientação, capacitando os profissionais para avaliar clinicamente, realizar o procedimento de posicionamento em decúbito ventral de forma adequada e prescrever medidas preventivas para complicações antes, durante e após a pronação. Isso resulta em uma assistência mais segura, com monitoramento eficaz da evolução das complicações, reduzindo riscos, prevenindo danos e eventos adversos, e melhorando a qualidade do cuidado prestado aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave.</p> Geraldo Magela Salomé, Jéssica De Aquino Pereira, Carolina Meneguetti, Eliete Maria Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1033 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LESÃO TERMINAL DE KENNEDY EM ADULTOS EM PROCESSO ATIVO DE MORTE: UMA REVISÃO DA LITERATURA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1034 <p>Introdução: A Lesão Terminal de Kennedy (LTK), vem ganhando destaque nos processos de segurança do paciente, por ser entendida como lesão tecidual de início súbito e rápida progressão, denominadas como “inevitáveis/úlceras permissíveis”, decorrente da falência da pele e de tecidos subjacentes. Embora trate-se de um tema de extrema relevância, a literatura disponível ainda é escassa, o que justifica a realização do estudo em questão. Objetivo: Investigar e sumarizar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre lesão terminal de Kennedy em adultos que estão em fase final de vida. Metodologia: Revisão integrativa de literatura, realizada em julho de 2021, através de levantamento nas bases de dados Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS). Utilizaram-se os descritores: “úlcera”, “ferimentos e lesões”, “enfermagem de cuidados paliativos na terminalidade da vida” e “estomaterapia”, que foram aplicados em dois cruzamentos: “ulcer AND terminally ulcer AND palliative care AND nurse AND Kennedy” e “ulcer OR terminally ulcer AND palliative care OR nurse OR kennedy”, sendo encontrados 118 estudos. Após aplicação de filtros de busca, considerando o período de publicação de 2016 a 2021, foram para etapa de análise de acordo com título e resumo, 111 produções, destes sete arquivos passaram para leitura integral, e preencheram os critérios de inclusão (disponíveis na íntegra em português, inglês e espanhol) e critérios de exclusão (produções que não abordavam a temática). Dada a escassez de publicações na temática, optou-se pela inclusão de literatura cinzenta, onde identificou-se dois manuais e 1 dissertação, que abordavam a temática em questão e apresentava grande contribuição ao estudo, totalizando 10 produções. Resultados: Os estudos identificados tiveram como abordagem central as características da LTK, o diagnóstico diferencial com outras lesões cutâneas e o entendimento do fenômeno relacionado ao seu surgimento, compreendendo-a como resultado de modificações na pele, decorrente do final da vida. Especialmente no que se refere ao diagnóstico diferencial, é fundamental que seja realizado avaliação holística do paciente e da ferida, com atenção especial ao quadro clínico, características da lesão e contexto de cuidado, principalmente para diferenciar seu surgimento do desenvolvimento de lesões por pressão, que são consideradas eventos adversos relacionado a assistência à saúde. Conclusão: O entendimento sobre LTK como uma consequência de falência da pele e preditiva de fim de vida através de seu aparecimento e evolução rápida traz a necessidade de que novos estudos sejam realizados para trazer uniformidade no diagnóstico e consequentemente na ação da enfermagem, que fica evidenciado na citação de cinco artigos sugerindo melhorias no sistema de notificação das lesões e a padronização de diagnósticos e dos termos. Contribuições para estomaterapia: Entender o fenômeno de desenvolvimento da LTK é imperativo a prática do estomaterapeuta, devendo esse conhecimento nortear a tomada de decisão no tratamento da ferida em si, orientações do paciente, família e equipe, bem como elaboração e revisão de indicadores de qualidade relacionado ao cuidado, contemplando a análise robusta do caso e sua diferenciação com a ocorrência de lesões por pressão.</p> Cláudia Matias Rentes Barbosa, Carolina Alexandra Hamparsonmian, Liliane Kelly Celeguim Alonso, Aline Oliveira Ramalho, Danielle Leonardi Barreto, Eliane Mazocoli, Renata Gonçalves De Oliveira, Alessandra Marin, Ramon Antonio Oliveira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1034 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LESÕES CUTÂNEAS RELACIONADAS AO USO DE ADESIVOS MÉDICOS EM INDIVÍDUOS HOSPITALIZADOS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1035 <p>Introdução: Medical Adhesive Related Skin Injury (MARSI), traduzido para o português, são lesões cutâneas relacionadas ao uso de adesivos médicos, relacionado ao uso de produtos ou dispositivos adesivos, como: fitas, equipamento para estomias, eletrodos, colas cirúrgicas e medicamentos adesivos. São consideradas um evento adverso evitável (1-3). No que tange aos tipos de MARSI cabe saber as formas, sendo, mecânico como desnudação da pele, lesão por tensão ou bolhas, lesão por fricção; e dermatite irritativa de contato com o adesivo; ainda, outros como maceração e foliculite (1-2). Objetivo: Identificar na literatura a incidência, prevalência e fatores predisponentes de MARSI em indivíduos hospitalizados. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que busca reunir de forma ampla o que tem sido produzido acerca da incidência de MARSI. A pesquisa foi realizada no período de 10 de dezembro/2023 a 30 de março/2024, nas bases de dados CINAHL, PUBMED, SCOPUS, BVS e Web of Science. Utilizaram-se -se os descritores “Medical Adhesive Related Skin Injury”, “hospital patient”, “adults”, “Incidence”, com recorte temporal de 5 anos. Estudos foram selecionados e analisados por dois pesquisadores, de maneira cega, com o apoio do software Rayyan. Foram incluídos estudos disponíveis na íntegra, sem limitação de idioma que abordaram a temática de incidência de MARSI em indivíduos hospitalizados. Foram excluídos estudos e materiais que não responderam à questão de pesquisa e não foram encontrados na íntegra. Os resultados foram categorizados segundo a abordagem de MARSI apresentada, determinando correspondências entre incidência e prevalência de MARSI. Resultados: Foram identificados quatorze artigos primários, a maioria (n=14; 35,7%) deles apresentaram incidência e prevalência de MARSI; três estudos (21,4%) foram desenvolvidos em Unidade de Terapia Intensiva, sendo um deles com pacientes cardiológicos, devido à remoção da derme com maior incidência; em pacientes críticos foi apontada incidência de 42% e, com aplicação avaliativa da escala de Braden concluiu-se que o agravante foi pele seca. Outros artigos (n=3; 21,4%) relataram incidência de MARSI em pacientes oncológicos, sendo 31% no sítio de inserção do cateter venoso periférico; outro estudo realizado com 40,8% em cateter central de inserção periférica (PICC). Um estudo com 382 pacientes oncológicos, identificou a incidência de 15% (n=60) para MARSI na pele ao redor do PICC. Os cuidados para a prevenção de MARSI que foram relatados nos estudos são: realizar avaliação da pele aplicando escala de Braden; manter a pele hidratada; utilizar removedores de adesivos contendo silicone; e, treinar a equipe de enfermagem para a remoção adequada dos adesivos, utilizando ângulo de 150° a 180º. Conclusão: Conclui-se com esta revisão a significativa magnitude do problema, que urge implementação da melhor prática para prevenção. Entende-se que o enfermeiro estomaterapeuta poderá intervir com implementação de novas práticas de cuidado, coerentes à política pública de segurança do paciente, visando a redução deste evento, sobretudo na população de risco, a hospitalizada. E assim, melhorando a qualidade da assistência em saúde. CONTRIBUIÇÕES PARA ESTOMATERAPIA: contribui com a especialidade resgatando a necessidade de intervenções para prevenção das MARSI e segurança do paciente.</p> Adrieli Aparecida Simoes De Oliveira, Márcia Helena De Souza Freire, Paula De Souza Silva Freitas Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1035 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LESÕES DE PELE ASSOCIADAS À UMIDADE: PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES EM PACIENTES CRÍTICOS. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1036 <p>Introdução: As lesões de pele associadas à umidade (MASD) se caracterizam por inflamação e erosão, causadas pelo excesso ou exposição prolongada a diversas fontes de umidade, sendo os tipos principais: Dermatite associada à Incontinência (DAI), Dermatite intertriginosa (DIT), Dermatite periferida associada à umidade (pMASD) e Dermatite periestoma associada à umidade (MASD periestoma). Pacientes de terapia intensiva apresentam diversos fatores de risco para o desenvolvimento dessas lesões. Objetivo geral: analisar a prevalência geral e das quatro principais categorias de MASD e identificar as características das lesões em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Método: Trata-se de um estudo epidemiológico de coorte prospectiva que foi conduzido nas UTI de um hospital particular da cidade de São Paulo. A coleta de dados ocorreu durante 125 dias e 223 pacientes compuseram a amostra do estudo. Dados demográficos e clínicos foram coletados dos prontuários e para a identificação das MASD foi realizado exame físico da pele dos pacientes e foram aplicos instrumentos e escalas validadas. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e foi realizado o cálculo da prevalência de MASD e dos subtipos. O projeto de pesquisa foi submetido para avaliação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) da Instituição proponente e co-participante sendo aprovados (CAE: 64924022.7.0000.5392, parecer nº 6.128.593). Resultados: Cento e onze lesões foram encontradas em 61 pacientes, perfazendo prevalência geral de 27,35% (61/223 pacientes), sendo DAI 41,94% (39/96 pacientes incontinentes), DIT 4,93% (11/223 pacientes), pMASD 4,31% (5/116 pacientes com ferida) e MASD periestoma 24% (6/25 pacientes com estomias). Quanto às características das lesões, as DAI ocorrerem nas regiões: perianal (32/81 lesões), interglutea (12/81 lesões), inguinais (24/81 lesões), glúteos (8/81 lesões) e outras regiões (5/81 lesões); as regiões mais comuns da DIT foram coxas (2/17 lesões), axilas (4/17 lesões), inframamária (6/17 lesões), infraabdominal (4/17 lesões) e inguinal esquerda (1/17 lesões); as pMASD ocorreram na região abdominal (4/5 lesões) e esternal (1/5 lesões); e as MASD periestoma ocorreram todas na região abdominal (6/6 lesões), sendo os estomas envolvidos: gastrostomia (2/6 lesões), colostomia (2/6 lesões), ileostomia (1/6 lesões) e fístula enterocutânea (1/6 lesões). Conclusão: A prevalência geral de MASD foi de 27,35% e as características das lesões identificadas vai ao encontro do que foi evidenciado em outros estudos internacionais. Contribuições para a estomaterapia: As pesquisas sobre MASD no Brasil são escassas, excetuando a DAI, dessa forma, este estudo contribui para a compreensão do perfil dos pacientes críticos que desenvolvem este tipo de lesão, auxiliando na identificação precoce da lesão, permitindo a escolha assertiva do tratamento.</p> Taís Milena Pantaleão De Souza, Paula Cristina Nogueira, Caroline Maria Pereira Alcantara, Bianca Moreira Frustaci, Adelia Contiliano Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1036 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LESÕES DE PELE EM CRIANÇAS COM ESCOLIOSE DE INÍCIO PRECOCE EM USO DE COLETE DE MEHTA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1037 <p>Introdução: A escoliose de início precoce é definida como uma curvatura do ângulo de Cobb &gt;10º da coluna vertebral sem etiologia identificável como malformação congênita ou distúrbio neuromuscular. No entanto, quando a curvatura excede os 30º as consequências negativas começam a se manifestar, geralmente acontece antes dos 10 anos de idade, podendo causar morbidade significativa se não for tratada¹. Dentre as opções de tratamento inclui-se o uso em série de colete de gesso do tipo Mehta, pois tenta interromper a progressão de uma curva com o propósito de retardar e ou evitar uma cirurgia, sendo indicado para curvas com risco de progressão que possam atingir uma severidade significativa, com a instalação precoce¹. No entanto, uma das complicações possíveis são as lesões de pele ocasionadas pelo dispositivo médico². Objetivo: Relatar a experiência de desenvolvimento de lesões de pele em crianças com escoliose de início precoce relacionadas ao uso do colete tipo Mehta. Método: Relato de experiência com dados preliminares de um estudo quase experimental em seguimento realizado em uma instituição pediátrica em atendimentos de ortopedia referência na região sul do Brasil. A coleta de dados foi iniciada em fevereiro de 2023, sendo até o momento incluídas nove crianças com indicação médica de uso do colete. Os dados de cada paciente foram coletados em três momentos: pré-instalação do colete; no retorno de 15 dias após a instalação; na troca do colete. As características obtidas relacionadas ao paciente foram a idade, sexo, ângulo de Cobb, pontuação na escala de Braden e Braden Q. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética sob parecer 5.793.058. Resultados: A amostra foi composta de três casos do sexo feminino e seis do sexo masculino, com média de idade de cinco anos, escore de 19 pontos na escala de Braden e Braden Q. A média do ângulo de Cobb foi de 71°, o período de troca do primeiro colete foi de 88 dias, oscilando de acordo com a idade da criança. O desenvolvimento de lesões ocorreu em alguns casos mais rapidamente nos pontos de apoio do colete, e em curvas graves, com maior incidência na região ilíaca, além de outros locais potencializados pelo estado nutricional. Considerações Finais: Reconhecendo a potencialidade das complicações dermatológicas ocasionadas pelo colete, o uso de tecnologias no cuidado com a pele para a prevenção de lesões pode ser uma estratégia para compor os protocolos de cuidados a fim de promover o melhor conforto durante o tratamento evitando a troca prematura do dispositivo. Contribuições para a Estomaterapia: por se tratar de um estudo inédito de cuidados com a pele de crianças em uso do colete tipo Mehta, pode trazer contribuições significativas quanto ao uso de tecnologias apropriadas para prevenção de lesões de pele ocasionadas pelo dispositivo de uso prolongado, além do desenvolvimento de novas tecnologias específicas.</p> Juliana Balbinot Reis Girondi, Cheila Mara Freu, Daniela Soldera, Lucas Borges De Oliveira, Rafaella Hubler Da Silva, Maristela Jeci Dos Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1037 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LESÕES POR QUEIMADURAS COM EVOLUÇÃO PARA ÚLCERA DE MARJOLIN https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1038 <p>Introdução No mundo anualmente 6 milhões de pessoas precisam de atendimentos nos serviços de saúde devido lesões por queimaduras. Na população brasileira cerca de 1 milhão de pacientes sofrem com a injúria. A degeneração maligna, maioria de carcinoma espinocelular, de cicatrizes de queimaduras é definida como Úlcera de Marjolin e também pode ocorrer em feridas crônicas. Queimadura é a principal ferida predecessora da malignização de cicatrizes com incidência entre 0,77 e 2%. O diagnóstico da Úlcera de Marjolin é realizado por meio do histórico do paciente e por exame histopatológico. O tratamento é cirúrgico. Sessões de quimioterapia são pouco eficazes e em alguns casos pode ser indicada radioterapia. Objetivo Revisar na literatura científica lesões por queimaduras que evoluem para Úlcera de Marjolin e demonstrar a importância do diagnóstico precoce para os profissionais de saúde. Método Revisão de literatura científica realizada por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Scientific Electronic Library Online utilizando estudos publicados nos últimos 5 anos em inglês ou português. Resultados e Conclusão A Úlcera de Marjolin também denominada úlcera cicatricial é considerada uma doença rara relacionada a traumas frequentes em feridas crônicas e também pode ocorre em cicatrizes de lesões, principalmente de queimaduras. A lesão foi descrita em 1928 por Jean Nicholas Marjolin, cirurgião francês que identificou feridas tumorais em cicatrizes de queimaduras. É mais prevalente em pacientes do gênero masculino acima dos 50 anos de idade e em 40% dos casos é diagnosticada em membros inferiores. O tempo de evolução para malignização normalmente é superior a 30 anos, mas pode ocorrer em períodos menores. Fatores como vascularização diminuída associada alterações epiteliais corroboram para a cronificação da ferida e desde 1930 é tida como a fisiopatologia da transformação maligna de lesões e cicatrizes. Além disso, assistências inadequadas dos pacientes com feridas, independente da sua etiologia, elevam o tempo do tratamento da injúria que pode acarretar em comprometimento do sistema imunológico do doente aumentando o risco de não identificação de auto malignidade em fases iniciais com riscos até mesmo de processos metastáticos. Em conclusão, a Úlcera de Marjolin é uma neoplasia rara, com poucos estudos disponíveis e que ainda demanda por novas pesquisas para sua melhor compreensão. O tratamento mais eficaz é o procedimento cirúrgico. Nos pacientes com diagnóstico tardio a intervenção cirúrgica pode ser mais agressiva com consequentes quadros permanentes de morbidades. Contribuições para Estomaterapia Divulgar uma complicação rara e grave de feridas crônicas e de cicatrizes de lesões cutâneas; Alertar os profissionais de saúde acerca da possibilidade de malignização de úlcera ou de cicatrizes; Reafirmar a importância da prática clínica baseada em evidências científicas para potencializar a cicatrização das lesões no menor período possível evitando assim inúmeras complicações, dentre ela a evolução para Úlcera de Marjolin.</p> Hélio Martins Do Nascimento Filho, Daniela Tinti Moreira Borges, Fabíola Arantes Ferreira, Flávia Carla Takaki Cavichioli, Elisângela Soares Da Silva Reis, Lara Mendes Chaer Rezende Costa, Vanessa Yuri Suzuki, Alfredo Gragnani Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1038 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LESÕES POR QUEIMADURAS: EPIDEMIOLOGIA, INFECÇÃO E TRATAMENTO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1039 <p>Introdução Queimaduras são feridas que podem que ocorrem após exposição a fontes de calor, eletricidade, produtos químicos, radiação ou fricção e são classificadas quanto à localização, profundidade e extensão. Atualmente, 95% dessas lesões no mundo ocorrem em países de baixa renda e respondem por 200.000 mortes anuais. É considerada um problema de saúde pública. Em 2004, mundialmente, cerca de 11 milhões de pessoas com queimaduras necessitaram de cuidados médicos. De acordo com a American Burn Association, em 2014, 450.000 americanos e canadenses foram tratados em serviços de saúde após queimaduras dos quais 3.000 evoluíram para óbito. Lesões por queimaduras aumentam o risco de desenvolvimento processos infecciosos e fatores como idade, extensão, gênero masculino, diabetes, local (membros inferiores), escaldões e queimaduras de espessura total da pele corroboram para a complicação. Queimaduras infectadas são uma das principais causas de morbimortalidade entre os pacientes. A princípio a ferida é estéril devido ao estresse térmico, mas posteriormente é colonizada por organismos gram-positivos e depois pelos gram-negativos. A melhora no manejo clínico de pacientes com queimaduras e suas complicações nos últimos anos aumentaram as taxas de sobrevida, mas ainda é um tratamento complexo, com índices elevados de morbimortalidade e com necessidade de novos estudos. Objetivo Revisar na literatura científica a epidemiologia, infecção e o tratamento de pacientes com queimaduras. Método Estudo de revisão de literatura científica realizada por meio de levantamento bibliográfico de estudos publicados nos últimos 5 anos em inglês ou português nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Scientific Electronic Library Online. Resultados e Conclusão Em 2017 foram registrados 9 milhões de pacientes queimados em todo o mundo, dos quais cerca de 120 mil morreram. No Brasil, no mesmo ano, 1.000.000 de brasileiros sofreram algum tipo de queimaduras e 10% destes necessitaram de cuidados hospitalares, com aproximadamente 2.500 mortes direta ou indiretamente relacionadas à lesão. O número de mortes relacionadas a queimaduras por 100.000 habitantes varia de 0,02 em Malta a 14,53 na Costa do Marfim. Cerca de 38,27% das mortes por queimaduras na China foram causadas por infecção. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, entre 2015 e 2020 foram registrados 19.772 óbitos de pacientes com queimaduras, com maior prevalência de lesões térmicas (53,3%), seguidas de traumas elétricos (46,1%) e de outras causas (0,6%). O risco de morte por todos os tipos de queimaduras no período foi de 1,48 por 100 mil habitantes. As queimaduras danificam a proteção da barreira cutânea e comprometem o sistema imunológico do indivíduo, deixando-o vulnerável a processos infecciosos. A infecção bacteriana é um desafio aos cuidados de pacientes com a ferida, pois retardam o processo de cicatrização e aumentam o tempo e os custos assistenciais. Pseudomonas aeruginosa, bactéria gram-negativa, é um dos microrganismos mais comumente encontrados em queimaduras infectadas e está relacionada a altas taxas de mortalidade (77%) em Unidades de Terapia Intensiva para pacientes com queimaduras. O uso de antibióticos e de antimicrobianos tópicos são dois aspectos importantes para o tratamento dos doentes. Medidas de prevenção da infecção e suas complicações são essenciais para reduzir a morbimortalidade de pacientes com queimaduras. Assistência multidisciplinar possibilita a melhora da qualidade dos serviços prestados e do prognóstico dos pacientes. Contribuições para Estomaterapia O trabalho expõe a complexidade assistencial dos pacientes com queimaduras, a epidemiologia elevada em países com baixa renda, o impacto socioeconômico e as altas taxas de morbimortalidade relacionadas também a processos infecciosos.</p> Hélio Martins Do Nascimento Filho, Vanessa Yuri Suzuki, Jorge Sayum Filho, Alfredo Gragnani Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1039 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LEVANTAMENTO SOCIODEMOGRÁFICO DE PACIENTES ACOMETIDOS OU COM RISCO DE DESENVOLVER PÉ DIABÉTICO: REVISÃO DA LITERATURA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1040 <p>Introdução: Pé Diabético é o termo utilizado para descrever a ocorrência de infecção, formação de úlceras e/ou danos nos tecidos mais profundos, que estão relacionados com disfunções neurológicas e diferentes níveis de problemas de circulação sanguínea nas extremidades, em indivíduos com Diabetes Mellitus (DM), doença crônica caracterizada pela falha em absorção ou baixa produção de insulina. As alterações neurológicas e vasculares em membros inferiores, provocadas pelo DM, produzem distorções na anatomia e fisiologia pés. Em decorrência da alteração do trofismo muscular e da anatomia óssea dos pés provoca, há o surgimento de pontos de pressão, que combinados com o ressecamento cutâneo e a perda da elasticidade da pele, há prejuízo na circulação local tornando a cicatrização mais lenta e ineficaz. Em conjunto, essas alterações aumentam o risco de úlceras nos pés, podendo evoluir para complicações mais graves, como infecções e amputações. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico de pacientes acometidos ou com risco de desenvolver pé diabético através da literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, de caráter narrativo, a qual se utilizou as seguintes bases de dados: Google Acadêmico, BVS e SciELO. Dentre os critérios de inclusão, utilizou-se artigos escritos em português, com data de publicação nos últimos 5 anos (2019 a 2024), que contivessem em suas metodologias pesquisas de campo relacionadas a pacientes acometidos ou em risco de desenvolver pés diabéticos. Foram excluídos artigos em que não atendessem a temática pé diabético, publicados antes do período delimitado e revisões de literatura. A pesquisa foi conduzida por meio de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Pé Diabético, Diabetes Mellitus Tipo 2, Complicações do Diabetes. Por fim, foram incluídos seis artigos para compor os resultados. Resultados: Quanto ao sexo dos indivíduos mais acometidos, evidencia-se com a análise dos artigos que 66,6% eram do sexo masculino. Em relação a faixa etária, os dados apresentaram-se heterogêneos, variando a maior prevalência entre o grupo de 55- 90 anos, reforçando que o pé diabético acomete mais adultos/idosos. Quanto a raça/cor, também houve variação em decorrência da diversidade étnica do país, entretanto 50% dos artigos referenciaram a cor branca/caucasiana. No que diz respeito a escolaridade, 50% dos estudos apresentaram que os pacientes possuíam estudos cursados até o ensino fundamental, de forma completa ou incompleta. Além dessas características, 100% das pesquisas indicaram que a maior prevalência foi a DM tipo 2, bem como apresentaram pontos incomuns, tais quais: comorbidades (HAS) e estilo de vida (tabagismo e etilismo) entre os pacientes, bem como a dor decorrente da neuropatia diabética. Conclusão e Contribuição para Estomaterapia: Esse estudo apresenta uma síntese do perfil sociodemográfico de pacientes acometidos ou com risco de desenvolver pé diabético através da literatura, evidenciando assim um perfil composto, em sua maioria, por homens brancos, idosos, com escolaridade cursada até o ensino fundamental, com prevalência da DM tipo 2. O levantamento do perfil sociodemográfico faz-se importante no âmbito do tratamento de feridas para que haja delimitação daquela população analisada, com fins de facilitar a criação de protocolos para a assistência ao paciente acometido por essa afecção.</p> Patrícia Lima Queiroz, Larissa Fernanda Silva Ribeiro, Fernanda Priscila Da Silva Lima, Mércia Maria Costa De Carvalho Claro Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1040 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 MANEJO DAS LESÕES DA HIDRADENITE SUPURATIVA COM PAPAÍNA: RELATO DE CASO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1041 <p>Introdução: Hidradenite Supurativa (HS) é uma doença cutânea crônica, supurativa, inflamatória, recidivante, que compromete os ductos das glândulas sudoríparas apócrinas e mistas, acometendo ambos os gêneros em regiões axilar, inguinal, inframamária, anogenital e glútea, com etiologia desconhecida¹. As lesões apresentam exsudato purulento, odor fétido e dolorosas ocasionando alteração no bem-estar e qualidade de vida do paciente. A classificação da gravidade ocorre de acordo com o número de abcessos e nódulos, tipo de fistulização e trajetos fistulosos drenantes. O uso da enzima papaína apresenta-se como opção no manejo desse comprometimento cutâneo². Objetivo: Descrever relato de caso de um paciente jovem com HS com lesões em atendimento ambulatorial por enfermeiras estomaterapeutas. Desenvolvimento: Recorte de projeto de pesquisa, CEP: 6.260.673/2023, com relato de caso de paciente masculino, 25 anos atendido no ambulatório de estomaterapia de um hospital universitário do município do Rio de Janeiro, entre julho de 2023 a abril de 2024, com avaliação e prescrição da conduta, totalizando 6 consultas intercaladas, aliadas às orientações ao paciente e familiar na implementação do procedimento, no domicílio. Trata-se de um caso com episódios recorrentes, a partir de 9 anos de idade em regiões axilar, inguinal e glúteo, tratado como Furunculose. Somente aos 24 anos, foi diagnosticado com HS ativa moderada a grave, iniciando tratamento antimicrobiano, sem melhora. Em julho/2023, foi internado com infecção cutânea em região glútea e iniciado tratamento antimicrobiano e imunobiológico. Ressalta-se que paciente apresentava baixa auto estima, constrangimento e pouca comunicação, com perda de emprego e dependências financeira e dos cuidados da genitora. Iniciado acompanhamento com enfermeiras estomaterapeutas na unidade de internação e prosseguimento ambulatorial de estomaterapia pós alta3,4. A prescrição inicialmente inferiu aplicação de polihexametileno biguanida 0,1% gel e cobertura secundária com gaze com petrolatum. Em reavaliação, determinada pelo comprometimento cutâneo com múltiplas fístulas, intenso exsudato purulento, esfacelo abundante e odor fétido4, foi implementada nova conduta: papaína 15% em pó associada ao Soro Fisiológico 0,9%, proteção perilesional com óxido de zinco 10% creme e compressa cirúrgica estéril, finalizando com malha tubular elástica, em substituição a diversas compressas e fralda descartável, com melhora da auto estima e facilidade para os cuidados com lesões e higiene. Considerações finais: A abordagem adequada e multidisciplinar para HS envolve medidas preventivas, cuidados com as lesões, clínicas, cirúrgicas e psicológica. Destaca-se a importância da adesão ao tratamento pelo paciente e rede de apoio familiar. A utilização da enzima papaína como manejo nesse tipo de lesão reforça a indicação bacterióstatica, bactericida, desbridante, baixo custo e facilidade no cuidado. Contribuições para estomaterapia: O estudo destaca a colaboração multiprofissional de saúde das estomaterapeutas, assim proporcionar o cuidado com as lesões, ajudando-o a lidar com os desafios físicos da doença, melhorando sua qualidade de vida³,4. O quadro atual inclui a melhoria dos sintomas, redução do uso de medicações e o progresso evolutivo das lesões por consequência das intervenções adotadas, evitando um procedimento cirúrgico. O estudo também reforça a divulgação em pesquisas e desenvolver protocolos de tratamento, contribuindo para uma abordagem holística e eficaz.</p> Bianca Fernandes Moura, Graciete Saraiva Marques, Dayse Carvalho Do Nascimento, Daniel Da Silva Granadeiro, Aline Rosa Da Silva, Geisa Regina Viana Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1041 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 MICROBIAL BURDEN, PAIN, INFLAMMATION, STRESS, AND DELAYED WOUND HEALING: COHORT STUDY https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1042 <p>Aim: to analyze the relationships between microbial burden, wound-related pain, inflammation, and their impact on stress and healing in patients with hard-to-heal wounds. Method: prospective cohort study, approved by ethics committee, including 41 adults, with leg ulcers (63.8%), followed up from two to eight appointments at an outpatient clinic, after informed consent was obtained. REDCap® was used for data collection with the Bates-Jansen Wound Assessment Tool (BWAT) for healing, and the Perceived Stress Scale. Brief Inventory of Pain, McGill Pain Questionnaire, and Neuropathic Symptom Rating Scale for pain. The LOWER and UPPER checklist, with thermography; fluorescence UV light to visualize areas of &gt;104 CFU/g of bacteria, guiding the biopsies locations for microorganisms detection. inflammatory mediators (IL-1?, IL-10, TNF-?) were identified in wound fluid samples, through ELISA. Results / discussion: mean BWAT score was 23.2 (SD 9.8), drecreasing 3.2 points throughout consultations, however, 21.3% remained in delayed wound healing. Mean stress score was 23 (SD 10) and decreasing 3 (SD 12) points. Correlation analysis (p&lt;.01) showed strong relationship between number of isolated bacteria and pain during dressing changes (r=.720). TNF? inflammation indicator was moderately correlated to neuropathic pain (r= -.422). BWAT had low correlation with McGill number of pain descriptors (r= -.234). Stress was low correlated to pain after procedures (r=.457), BPI Sensitivity (r=.436), and pain now (r=.407). Conclusion: stress and healing were correlated with pain, identifying its assessment as potential predictor for hard-to-heal wounds and the patient experience.</p> Carol Viviana Serna González, Pollyana Santos Carneiro Da Silva, Daniel Litardi, Adriana Dell'aquila, Kevin Woo, Vera Lucia Conceição De Gouveia Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1042 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 MODELO DE SERVIÇO DE ATENDIMENTO A PESSOAS COM LESÕES POR COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS EM MANAUS/AM https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1043 <p>INTRODUÇÃO: O Programa Pé Diabético (PPD) em Manaus, no estado do Amazonas surgiu como alternativa eficiente para desospitalização de pacientes com lesões complexas, promovendo a rotatividade de leitos hospitalares, reduzindo custos com internações e fornecendo atendimento especializado a esse público-alvo. OBJETIVO: Apresentar um relato de experiência do PPD no atendimento a pessoas com lesões decorrentes de complicações do Diabetes Mellitus em Manaus/AM, destacando os resultados e enfatizando a importância da abordagem multidisciplinar e centrada no paciente. DESENVOLVIMENTO: O PPD é uma iniciativa do Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas em parceria com a Organização Social Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas). A Segeam oferece uma estrutura operacional especializada, promovendo cuidado centrado e integral às pessoas com lesões crônicas decorrentes de complicações do Diabetes Mellitus. O serviço do PPD abrange pontos estratégicos de acesso aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), distribuídos em quatro distritos sanitários de Manaus: Sul, Norte, Leste e Oeste. Essa expansão foi estruturada em redes de Policlínicas do estado, seguindo o princípio de descentralização do cuidado, garantindo acessibilidade aos usuários em todas as zonas da capital. O Ambulatório de Lesões assume a gestão do caso clínico, sendo a porta de entrada do Programa. Após a cicatrização das lesões, os usuários são designados para o Ambulatório de Egressos, onde há continuidade do cuidado por meio de uma equipe multiprofissional. Tal equipe adota uma abordagem interdisciplinar e interprofissional, incorporando estratégias de educação permanente, motivação e empoderamento visando promover o autocuidado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados do PPD demonstram a efetividade do programa no gerenciamento do cuidado de pessoas com lesões oriundas de complicações do diabetes. A abordagem multidisciplinar, preventiva e centrada no paciente contribuiu para a alta taxa de cicatrização, a redução do tempo de permanência no tratamento e a baixa taxa de recidivas. Além disso, o Programa contribuiu para a redução do número de amputações por diabetes no Estado do Amazonas. O modelo de atendimento proposto pelo Programa Pé Diabético em Manaus representa uma abordagem eficaz para desospitalização, descentralização do cuidado e promoção da qualidade de vida de pessoas com lesões por complicações do diabetes. Além disso, contribuiu para a redução de custos do sistema de saúde e para a melhoria dos indicadores de saúde do estado do Amazonas. CONTRIBUIÇÃO PARA ESTOMATERAPIA: O PPD em Manaus é um modelo inovador de atendimento a pessoas com lesões oriundas do diabetes apresentando resultados positivos evidenciados nos diversos indicadores de performance do ano de 2023. Em parte, tais resultados são frutos do empenho da Segeam na busca permanente por melhoria contínua em todos os seus processos. Este relato de experiência apresenta uma valiosa contribuição para a área da estomaterapia. Através da análise de um modelo de serviço bem-sucedido no tratamento de pessoas com lesões por complicações do diabetes, o estudo destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar, preventiva, centrada no paciente e em constante busca por aprimoramento.</p> Karina Maria Sabino Cavalcanti De Barros, Maria Luiza De Andrade Picanço Meleiro, Hanna Beatriz De Sousa Carvalho Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1043 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 NEUROPATIA DIABÉTICA: SOB O OLHAR DO ESTOMATERAPEUTA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1044 <p>INTRODUÇÃO: As úlceras diabéticas geraram comprometimento com os pés, sendo consideradas umas das principais causas de amputações, perda de mobilidade e alterações neurológicas que comprometem a qualidade de vida, interferindo socialmente com o indivíduo, família e o sistema de saúde. OBJETIVO: Avaliar a sensibilidade dos pés, de pessoas diabéticas. MÉTODOS: O estudo trata-se de um recorte da pesquisa maior intitulada “CARACTERÍSTICAS DE LESÕES DE PÉ DIABÉTICO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS”, aprovado pelo CEP com o número do parecer Nº 5.602.846. Estudo observacional, analítico e transversal realizado em um hospital da rede pública, com 44 participantes com Diabetes Mellitus (DM) e que apresentavam feridas nos pés. A coleta de dados ocorreu nos meses de setembro a novembro de 2022, por meio de entrevista, exame clínico, aplicação de testes de sensibilidade. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 2016 e processados no Statistical Package for the Social Sciences- SPSS versão 26.0 utilizando estatísticas descritivas e inferenciais. Na análise bivariada, aplicado-se o teste estatístico Teste Exato de Fisher com nível de significância de 95%. RESULTADOS/DISCUSSÃO: dos participantes do estudo 52,3% moravam na zona urbana, desses 68,2% moraram em uma cidade circunvizinha da cidade polo; 68,2% dos participantes eram do sexo masculino, 59,1% com ?60 anos, 68,2% eram casados ou viviam em união estável, 38,6% possuíam ensino fundamental incompleto, 63,6% eram aposentados, e 70,5% possuíam uma renda de um a dois salários-mínimos. A tempo de diagnóstico do DM foi de maior/igual a 6 anos para 56,8% dos participantes. O uso de medicamentos orais foi o tipo de tratamento predominante 54,5%. Em relação a neuropatia, a sensação protetora foi ausente em 72,2% do pé direito e 95,7% no esquerdo. CONCLUSÃO: A neuropatia é uma complicação do diabetes, que afeta os nervos periféricos (das extremidades, como mãos e pés). No estágio inicial, a neuropatia diabética pode não causar nenhum sintoma, mas, conforme evolui, sintomas como dor, falta de sensibilidade no local, formigamentos e falta de força podem surgir. É fundamental a medidas de prevenção e promoção da saúde no âmbito da Atenção Básica que evite o desenvolvimento de lesões nos pés diabéticos e consequente tratamento em âmbito hospitalar desses pacientes.</p> Camila Hanna De Sousa, José Wicto Pereira Borges, Mariluska Macedo Lobo De Deus Oliveira, Sandra Marina Goncalves Bezerra, Ana Beatriz Sousa Nunes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1044 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O USO DA PAPAÍNA EM LESÕES DE PELE EM PACIENTES ATENDIDOS POR ENFERMEIRAS ESTOMATERAPEUTAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1045 <p>INTRODUÇÃO: A lesão de pele é uma ruptura da integridade cutânea, superficial ou profunda, comprometendo sua funcionalidade e pode ocorrer em qualquer indivíduo, independente de gênero, idade, grupo social ou etnia. A presença de dor, infecções graves, diminuição da mobilidade, problemas emocionais, isolamento social associados a despesa com consultas, coberturas e produtos prescritos trazem alterações severas na rotina pessoal desse indivíduo e família. A utilização de coberturas assertiva por profissionais especializados, entre eles, a papaína proporciona epitelização da lesão e recondução do bem-estar do paciente e família. A papaína pode se apresentar em forma de creme, gel e pó. No estudo é manipulada em pó e dispensada pelo Serviço de Farmácia da instituição em diferentes concentrações: 2%, 10%, 15% e 30%. OBJETIVOS: Avaliar a evolução das lesões de pele com uso da papaína em pó associadas ao Soro Fisiológico 0,9% e ao creme de ureia como boas práticas no manejo de lesões de pele por enfermeiras estomaterapeutas. MÉTODO: Recorte de uma pesquisa em andamento qualitativa, descritivo-exploratório, CEP: 6.260.673/23, realizado em pacientes com diversas lesões cutâneas atendidos por enfermeiras estomaterapeutas em dois cenários distintos: ambulatório de estomaterapia e unidades de internação clínica e cirúrgica de um hospital universitário do município do Rio de Janeiro, com coleta de dados no sistema de prontuário eletrônico, no período de agosto a dezembro de 2023. RESULTADOS: Foram identificados 1.011 (100%) pacientes sendo 866 (85,6%) atendidos ambulatorialmente e 145 (14,4%) em unidades de internação, a média de idade foi 57 anos, sendo a menor 9 meses e a maior 90 anos, 727 (72%) mulheres, tendo as maiores prevalências em lesão por pressão e úlcera vasculogênica. Foi utilizado, conforme protocolo institucional, a papaína em pó nas concentrações 10%, 15% e 30% associada ao creme de ureia em presença de esfacelo e/ou necrose, e papaína 2% associada ao Soro Fisiológico 0,9% em tecido de granulação. Com relação a evolução das lesões em 788 (78%) dos participantes houve epitelização da lesão, sendo os demais evidenciados com efetividade do desbridamento enzimático, diminuição do exsudato e dimensões das lesões. CONCLUSÃO: A assistência clínica e especializada prestada por enfermeiras estomaterapeutas aos pacientes com lesões de pele com o uso da papaína como cobertura tópica favoreceu a celeridade da cicatrização e redução de complicações proporcionando melhorias na qualidade do cuidado e bem-estar do paciente facilitando o retorno de suas atividades sociais e laborais. CONTRIBUIÇÕES PARA ESTOMATERAPIA: Difundir a utilização da enzima papaína em diversas lesões de pele em pacientes e contribuir para a produção do conhecimento na prática assistencial no cuidado especializado.</p> Priscila Francisca Almeida, Luciana Barbosa Passeri, Carolina Cabral Pereira Da Costa, Patricia Alves Dos Santos Silva, Dayse Carvalho Do Nascimento, Graciete Saraiva Marques Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1045 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O EXERCÍCIO AERÓBICO AUXILIA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS VENOSAS DE MEMBROS INFERIORES? – REVISÃO SISTEMÁTICA COM METANÁLISE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1046 <p>Introdução: As feridas venosas são lesões decorrentes da insuficiência venosa crônica, a principal causadora das anormalidades no funcionamento do sistema venoso1. Quando não tratadas de forma adequada, na ocorrência de trauma e ainda, espontaneamente, são capazes de gerar úlceras de diferentes dimensões2. O tratamento convencional dessas feridas inclui terapia compressiva e curativos. Uma vez que o exercício físico aeróbico melhora o fluxo sanguíneo venoso, hipotetizamos que poderia auxiliar na cicatrização dessas lesões3. Objetivo: Avaliar a eficácia do exercício físico aeróbico como terapia associada na cicatrização de úlcera venosa em membros inferiores. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados com metanálise, realizada conforme as recomendações da Cochrane e reportada de acordo com as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses PRISMA4. As buscas foram realizadas nas bases de dados Web of Science, Scopus, Embase, PubMed, LILACS e BDENF em outubro de 2023 a fevereiro de 2024. A busca, seleção e extração dos dados foram realizadas por dois pesquisadores de forma independentes e cegados, avaliando-se as discordâncias durante o processo. O risco de viés dos estudos foi avaliado com a Revised Cochrane Risk-of-Bias Tool for Randomized Trials e a metanálise realizada no Review Manager. Resultados: Foram identificados dez ensaios clínicos randomizados, dos quais sete compararam a intervenção “exercício físico aeróbico + terapia compressiva + cuidados convencionais não especificados” ao controle “terapia compressiva + cuidados convencionais”. Três estudos compararam a intervenção “exercício físico aeróbico + cuidados convencionais não especificados” ao controle “cuidados convencionais”. Dois estudos apresentaram baixo risco de viés, três apresentaram risco não claro e cinco tiveram alto risco. Na metanálise, incluindo 220 pacientes no grupo intervenção e 221 no grupo controle, houve melhor taxa de cicatrização da ferida para o grupo que realizou exercício físico aeróbico (OR = 1,24, 95% CI = 1.08 a 1.42, ???= 7,52, I2 = 0%, Z = 3,09, p &lt; .00002)]. Conclusão: O exercício físico aeróbico auxilia na cicatrização de feridas venosas de membros inferiores. No entanto, estudos adicionais, com baixo risco de viés, são necessários para apoiar estas evidências. Contribuições para a Estomaterapia: Este estudo contribui para a prática em Estomaterapia, orientando conduta de implementação do exercício físico aeróbico para potencializar a cicatrização de úlceras venosas.</p> Luis Fernando Reis Macedo, Kenya Waleria De Siqueira Coelho Lisboa, Maria Neyze Martins Fernandes, Juliana De Lima Lopes, Renan Alves Silva, Luis Rafael Leite Sampaio, Camila Takáo Lopes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1046 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O IMPACTO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM UMA REDE DE HOSPITAIS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1047 <p>Introdução: As lesões por pressão (LP) são danos localizados na pele e/ou tecidos moles subjacentes, resultantes de pressão ou pressão combinada com o cisalhamento. Podem ocorrer sobre uma proeminência óssea e/ou estar relacionada ao uso de dispositivo médico. A implantação de um conjunto de medidas preventivas com base em evidências têm se mostrado ferramentas importantes na melhora dos processos de cuidado, prevenção e melhora na qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Avaliar o impacto da implementação de estratégias de prevenção de lesão por pressão. Desenvolvimento: Realizado estudo intervencionista em uma rede de 14 hospitais de janeiro do ano de 2021 a dezembro de 2023. A primeira etapa no ano de 2021 foi realizado a estruturação do Comitê de Prevenção de LP Corporativo integrado por estomaterapeutas e enfermeiros assistenciais de cada unidade hospitalar. A segunda etapa em 2022 consistiu no mapeamento dos processos desenvolvidos e a descrição das diretrizes de boas práticas na prevenção e tratamento da LP. No ano de 2023 envolveu a terceira etapa com a revisão da ficha técnica de indicadores, a implantação do bundle com o conjunto de medidas de prevenção de LP, com a estratificação em cinco dimensões sendo elas inspeção da pele, manejo da umidade, hidratação da pele, adequação nutricional, alívio da pressão e áreas de atrito. Sistematizado o uso da inteligência artificial via plataforma de Business intelligence (BI) para gerenciamento da escala de risco de desenvolvimento de LP (Braden), facilitando a visualização e direcionando a assistência da equipe multidisciplinar. Na quarta etapa foi confeccionado um folder educativo para uso correto do fixador da sonda nasoenteral, realizada a capacitação técnica de notificação de eventos associados a LP contemplando os cuidados com a pele e confeccionado cinco módulos de treinamento de cuidados com a pele para os profissionais assistenciais. Considerações finais: Na análise dos resultados dos desfechos da auditoria de processos (bundle) foi observada conformidade de 96% na inspeção da pele, 94% no manejo da umidade, 88% na hidratação da pele, 89% na adequação nutricional, 90% no alívio da pressão e atritos de risco, resultando na média de 93% de conformidade. No período pré intervenção a densidade de incidência de LP foi de 2,2 e após a implementação das ações de prevenção observamos uma queda dessa incidência, sendo para 1,7 no primeiro ano de implementação e de 1,4 no ano subsequente. Contribuições para Estomaterapia: A implementação de estratégias de prevenção de LP integradas ao conjunto de medidas, demonstrou efetividade na redução das lesões e contribuiu com a eficiência e qualidade assistencial dos especialistas em cuidados com a pele.</p> Luciana Rodrigues Da Silva, Jamylle Lucia Porto Paes, Flávia Medrado F. Silveira, Carolina Padrão A. Marinelli, Ana Faustino Gilio, Talita Ferreira De Araujo, Karina De Bonis Thomaz, Elizabete Mitsue Pereira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1047 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O MANEJO DE BIOBURDEN EM LESÃO QUE CICATRIZA POR SEGUNDA INTENÇÃO: UM RELATO DE CASO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1048 <p>Introdução: O câncer é uma doença de grande impacto na saúde pública devido suas características degenerativas, crescimento rápido e desordenado e amplitude local ou sistêmica, está entre as quatro principais causas de morte prematura no mundo. Objetivo: Como o uso da ferramenta TIMERS, melhora a avaliação e ajuda na cicatrização por segunda intenção. Método: O estudo trata-se de um recorte da pesquisa maior intitulada “ APLICABILIDADE DA FERRAMENTA TIME PELOS ENFERMEIROS NA AVALIAÇÃO DE LESÔES EM UM HOSPITAL PÚBLICO”. Estudo descritivo, tipo relato de um caso sobre o tratamento de pessoa em pós operatório de mastectomia radical, no município de Parnamirim/RN, Brasil. O acompanhamento se deu entre os meses de Junho e Outubro de 2023. A lesão foi avaliada segundo princípios do TIMERS (ATKIN et al., 2019), e mensurada a partir de Software específico para esse fim. O manejo incluiu uso de ácido acético a 1%; Azul de metileno 1% associado a violeta genciana 1% e acetato de DACC. A higiene da ferida esteve pautada na observância às suas quatro etapas: limpeza, desbridamento, reconstituição de bordos e aplicação de penso ou cobertura (MURPHY ET AL, 2022). As informações foram obtidas durante os atendimentos, estudadas, discutidas e comparadas com a literatura. Obteve-se o consentimento da pessoa em atendimento, conforme resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resultado e Discussão: Usuária do sexo feminino, 46 anos, comparece ao serviço especializado em tratamento de feridas com queixa de retardo cicatricial. Estava em tratamento ambulatorial vinculado à unidade hospitalar que realizou o procedimento, em uso de gaze não aderente embebida em polihexanida a 0,2%. Em 24/07/23 a lesão apresenta uma área total de 26,6 cm2, leito com características de granulação insalubre e exsudação elevada. Iniciou uso de ácido acético a 1% para limpeza e fornecimento de umidade à cobertura; solução de azul de metileno 1% associada a violeta genciana 1%; interface DACC acetato primariamente; e gaze de algodão embebida na solução acética para renovação diária desse último. Em 06/10/23 a lesão apresentava uma área de 6,4 cm2, momento em que foi encaminhada ao serviço de atenção primária à saúde dada a deterioração do seu estado geral em virtude da quimioterapia. Com base nos fatores preditores desse risco, estudos revelam que o uso estratégico do DACC é capaz de prevenir a formação de biofilme, infecção local e sistêmica, em feridas cirúrgicas (Bua et al., 2017). Considerações Finais: O êxito na condução do processo cicatricial envolve fatores biológicos, psicológicos, sociais, emocionais e criação de vínculo entre o profissional e o usuário. A eficiência dos processos biológicos possui relação direta com a escolha assertiva de tecnologias que possam conduzir o processo cicatricial de forma orquestrada. O uso da interface à base de Cloreto de Dialquil Carbamoil, associado aos demais cuidados e atenção holística ao indivíduo, se mostrou eficaz no manejo de lesões extensas em cicatrização por segunda intenção, mesmo quando há evidências clínicas da presença de bioburden elevado.</p> Ana Beatriz Sousa Nunes, Isadora Costa Andriola, Mário Lins Galvão De Oliveira, Elizana Mulato Guedes, Carolina Rochadel Aragão Lopes, Karen Mickaele Vale De Queiroga Sarmento E-Mail, Mariluska Macedo Lobo De Deus Oliveira, Camila Hanna De Sousa Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1048 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ODOR EM FERIDA NEOPLÁSICA MALIGNA: ABORDAGEM, CONDUTAS E CUIDADO DO ENFERMEIRO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1049 <p>Introdução: O câncer é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, o diagnóstico tardio da doença impacta na chance de remissão e sobrevida, e ocasiona maior chance de desenvolvimento da Ferida Neoplásica Maligna (FNM), podendo ocasionar alguns sinais e sintomas, como o odor. Objetivo: Analisar a produção do conhecimento das condutas realizadas pelo enfermeiro no cuidado da ferida neoplásica maligna apresentando odor. Desenvolvimento: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura. As buscas foram realizadas nas bases de dados da PUBMED, SCOPUS, CINAHL e LILACS. Foram incluídos artigos originais, disponibilizados na íntegra e que respondiam à pergunta da pesquisa; sem restrição de idiomas, com recorte temporal de 2018 a 2023, foram excluídos artigos de revisão, reflexões, teses, resumos, dissertações, monografias, carta de editor, capítulos de livros e ebooks. A pré seleção identificou 220 artigos, após a aplicação do processo de exclusão, foram identificados 18 artigos, realizado a leitura na íntegra e avaliação, obtendo a amostra final de 9 artigos. O odor é considerado um dos sintomas mais angustiantes em pessoas com FNM, podendo levar ao isolamento social. Geralmente, este sintoma está associado à presença de bactérias aeróbias e anaeróbias decorrentes do tecido desvitalizado encontrado no leito da ferida. O tratamento tópico mais citado nos artigos foi o metronidazol a 0,75% ou 0,8%, tendo um efeito nas primeiras 24 horas e podendo ser mantido por duas semanas. Outro tipo de agente antimicrobiano utilizado no tratamento de feridas contra bactérias gram positivas e negativas é o Polihexametil Biguanina (PHMB). Uma das vantagens do PHMB em relação ao metronidazol é que o primeiro não desenvolve resistência bacteriana à longo prazo. Outros produtos também são mencionados no controle do odor, como o carvão ativado e curativos contendo prata. Em caso de presença de necrose torna-se necessário o desbridamento do leito da ferida, de forma cuidadosa, principalmente na presença de dor. Considerações finais e Contrinuições para a Estomaterapia: Considerando que o odor é um dos sintomas mais evidenciados em pessoas em FNM, causando isolamento social e diminuição da qualidade de vida, cabe ao enfermeiro realizar uma assistência segura e de qualidade, com o objetivo de reduzir e controlar esse sintoma. Além disso, o estomaterapeuta é o profissional mais capacitado para traçar as condutas e prestar assistência à pessoas com lesões na pele, sendo ainda responsável por colocar em prática a educação em saúde e disseminar as condutas ideias para esse tipo de cuidado.</p> Natália Pereira Pinto Stein, Sabrina Nogueira De Carvalho, Daniel Da Silva Granadeiro, Lívia Márcia Vidal Pires, Juliana Mendonça Mendes, Rosangela De Souza Monteiro De Jesus, Thayane Marron De Castro Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1049 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 OFICINA SOBRE FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1050 <p>Introdução: as feridas de difícil cicatrização são lesões com duração acima de seis semanas, advindas de diversas condições, como injúrias vasculares, diabetes, traumas e representam importante problema de saúde pública1. Essa condição afeta, negativamente, a qualidade de vida desses pacientes e necessita de cuidados específicos para o adequado manejo2, realizado principalmente na atenção primária, por enfermeiros e demais membros da equipe multiprofissional3. Objetivo: relatar a experiência de uma oficina sobre as feridas de difícil cicatrização realizada com a equipe multiprofissional de uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família no município de Natal, Rio Grande do Norte. Método: Trata-se de um relato de experiência, delineado a partir da vivência de uma intervenção realizada em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família, a partir das demandas da equipe multiprofissional da unidade, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos. Identificou-se o perfil dos usuários da unidade com feridas de difícil cicatrização, que tinham maior prevalência de úlceras venosas e úlceras de pé diabético e, a partir disso, elaborou-se uma oficina com exposição dialogada, com casos clínicos e manejo prático com simuladores de feridas. Os temas abordados, baseados nos consensos atuais, foram: fisiologia da pele; etapas do processo de cicatrização; tipos de tecidos e exsudatos; fisiopatologia; terapias compressivas; prevenção; princípios gerais do manejo local de lesões de difícil cicatrização e higiene das feridas. Desenvolvimento: a oficina iniciou com uma exposição dos guias e consensos, a socialização de dúvidas, experiências prévias e discussão de casos dos pacientes atendidos pela unidade. Após isso, os profissionais se dividiram em grupos para responder juntos as condutas para cada caso clínico, elaborado previamente, que continha os dados mais relevantes de cada fisiopatologia das lesões discutidas. Os participantes discutiram acerca da classificação dos tecidos nos simuladores, avaliação de exsudato, área perilesional e bordas, solicitação de exames laboratoriais e fisiopatologia da lesão. Observou-se que as principais dificuldades dos profissionais estavam relacionadas a clareza de papeis no manejo das feridas e as últimas atualizações sobre o gerenciamento adequado. Ao final, os participantes relataram que a oficina foi esclarecedora e dinâmica, e que momentos como este facilitam o aprendizado. Considerações finais: a oficina envolveu a participação ativa dos profissionais e a ampliação do conhecimento sobre as lesões, bem como geraram discussões sobre o fluxo do atendimento multiprofissional na unidade, a fim de definir o papel de cada profissional na assistência ao paciente com feridas. Contribuições para estomaterapia: as oficinas com dinâmicas interativas, discussões de casos clínicos e práticas com simuladores de feridas são modelos de estratégias promissoras para a atualização de profissionais de saúde, envolvidos no atendimento de pessoas com feridas de difícil cicatrização, de forma colaborativa e interativa.</p> Anna Alice Carmo Gonçalves, Isabelle Pereira Da Silva, Joel Azevedo De Menezes Neto, Rhayssa De Oliveira E Araújo, Isabelle Katherinne Fernandes Costa Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1050 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS CRÔNICAS NOS PÉS DE PESSOAS COM DIABETES MELITUS: REVISÃO INTEGRATIVA. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1051 <p>INTRODUÇÃO: Úlceras crônicas nos pés em pessoas com diabetes mellitus são frequentes e crônicas. Podem estar associadas à dor, diminuição da atividade física, da locomoção e com aumento do risco de incapacidade. As ulcerações podem produzir odor fétido por presença de tecidos necróticos, desconforto, falta de autoaceitação e impacto negativo na qualidade de vida. A infecção é a principal causa de internações e amputação do membro. Terapias tópicas com ozônio, ganharam interesse e uso crescente mundialmente como estratégia no tratamento de feridas. No Brasil, o Projeto de Lei do Senado Federal (227/2017), regulamentou a ozonioterapia como tratamento complementar no Sistema Único de Saúde. O Conselho Federal de Enfermagem, reconheceu e regulamentou no Parecer nº 001 de 2020, a ozonioterapia como prática complementar executável por enfermeiros qualificados. OBJETIVO: Identificar as vantagens e riscos da ozonioterapia no tratamento de úlceras nos pés em pessoas com diabetes mellittus. MÉTODO: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no período de outubro a dezembro de 2023 nas bases de dados Lilacs, Medline e Scielo. Foram incluídos estudos nos idiomas português e inglês publicados nos últimos dez anos, utilizando os descritores, segundo o DeCs: ozonioterapia, estomaterapia, pé diabético, combinados entre si, que respondessem à pergunta norteadora: quais as vantagens e riscos da ozonioterapia no tratamento de úlceras nos pés em pessoas com diabetes? A amostra foi composta por 25 estudos. RESULTADOS: Os resultados foram agrupados em ideias centrais. 1) Definição da ozonioterapia: o ozônio é um gás composto por três átomos de oxigênio com estrutura cíclica, descoberto em 1934 como oxidante e desinfetante exercendo eficácia em lesões gangrenosas por arma de fogo. Sua aplicação pode ser combinada com oxigênio em diferentes concentrações. 2) Indicação: No tratamento de lesões crônicas nos pés em pessoas com diabetes a forma mais utilizada é por meio de uma bolsa, denominada bagging de ozônio. 3) Vantagens: as vantagens no tratamento nas lesões por diabetes foram melhora na circulação sanguínea, normalização do oxigênio, ação analgésica, fungicida, antibacteriana, estimula o processo de cicatrização, previne ou inibe o estresse oxidativo, contribui para o controle glicêmico, tem baixo custo, eficiente quanto ao menor tempo na cicatrização comparado a outros tratamentos convencionais 4) Riscos da aplicação da ozonioterapia é o efeito tóxico causado pelo ozônio que quando inalado como gás puro pode causar problemas no trato respiratório como tosse, falta de ar, dificuldade em respirar, rinite além de, irritação cutânea, náuseas e vômitos devido ao tempo prolongado em contato com o gás, sensação de queimadura nos olhos até problemas cardíacos. CONCLUSÃO E CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: A ozonioterapia deve ser aplicada por profissional qualificado, ser complementar ao tratamento convencional de úlceras crônicas de difícil cicatrização e infectadas, nos pés de pessoas com diabetes. Para a estomaterapia contribui com algumas vantagens elencadas nesse estudo que foram menor tempo na regeneração tecidual, ação bactericida, analgésica, antioxidante e controle glicêmico. Os riscos relacionaram-se com a toxicidade respiratória do gás quando inalado, irritação cutânea, dermatite e sensação de queimação durante o tratamento, até efeitos sistêmicos mais exacerbados.</p> Carla Maria Maluf Ferrari, Ana Claudia Alcântara Garzin, Acácia Maria Lima De Oliveira Devezas, Cláudia D'arco, Marcela Reis Pedrasini Shimazaki Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1051 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM FERIDA ASSISTIDOS EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO BÁSICA A SAÚDE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1052 <p>INTRODUÇÃO: A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano e atua, quando saudável, como uma barreira física entre o organismo e o meio externo. Quando há rompimento da solução de continuidade desse sistema tegumentar, entende-se que há uma ferida, que pode ser classificada de diversas formas. De acordo com o tempo de cicatrização, as feridas podem ser classificadas em agudas ou de difícil cicatrização – anteriormente conhecidas como crônicas -, quando esse processo ultrapassa seis semanas, e são consideradas um problema de saúde pública. Estudos mostram que conhecer o perfil dos usuários assistidos é fundamental para traçar condutas assertivas de tratamento, além de fornecer informações importantes para planejar e executar cuidados mais direcionados, inclusive de prevenção de novas lesões. OBJETIVOS: Identificar o perfil clínico epidemiológico de pacientes com ferida assistidos em um ambulatório em uma unidade básica de saúde e descrever características das lesões e tratamento utilizado. MÉTODO: Estudo descritivo, quantitativo e observacional realizado por meio de análise de prontuário de pacientes atendidos em um ambulatório de atendimento feridas na atenção primária a saúde. Foram incluídos os prontuários de todos os pacientes atendidos no referido ambulatório e foram excluídos os pacientes que não haviam dados suficientes para realizar a coleta de informações relacionados a etiologia, tratamento e seguimento ou alta. A coleta de dados foi realizada entre maio e outubro de 2023, por meio de análise de prontuário. Foram elaboradas tabelas de frequência (absoluta e percentual) para análise descritiva das variáveis categóricas. Foram obtidas medidas de posição (média, mediana, valor máximo e valor mínimo) das variáveis contínuas. A coleta de dados foi realizada após aprovação do estudo pelo CEP da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nº 4.605.719. RESULTADOS: A amostra foi composta por 32 prontuários de pacientes atendidos neste ambulatório, sendo que quatro (04) foram excluídos por falta de informações. Os prontuários de saúde analisados eram, predominantemente, de pessoas do sexo masculino (56,3%), com idade média de 59,8 anos, casados (37,5%), aposentados (46.9%), com número médio de consultas de 5,50 e tempo médio de lesão de 19,58 meses. Maioria ainda em acompanhamento ambulatorial (65,6%). Predomínio de hipertensão arterial sistêmica como comorbidade (62,5), etiologia do tipo úlcera venosa (37,5%), localização em membro inferior esquerdo (43,8%). Número médio de 2,63 terapias tópicas por paciente, sendo o alginato de cálcio o tratamento mais utilizado (21,9%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O perfil dos pacientes atendidos nesta instituição são semelhantes à de outros estudos descritos na literatura nacional. Estratégias direcionadas ao público assistido poderão ser desenvolvidas a partir dos dados coletados. Alguns fatores limitaram o estudo, como amostra reduzida e desenvolvimento em uma única instituição. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: Identificar o perfil epidemiológico de pessoas com feridas e descrever as características das lesões e tratamento utilizado é fundamental para aprimorar a assistência e formulação de protocolos clínicos direcionados. Além disso, os resultados indicam um tratamento assertivo e dão visibilidade para essa atuação da enfermagem.</p> João Victor Fonseca De Carvalho, Camila Quinetti Paes Pittella, Nathalia Alvarenga Martins, Kelli Borges Dos Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1052 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERFIL SOCIOPROFISSIONAL DOS ENFERMEIROS DE ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA QUE ATUAM NO CUIDADO À PESSOA COM FERIDA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1053 <p>Introdução: os enfermeiros das Estratégias Saúde da Família são responsáveis por inúmeras atribuições, das quais o cuidado à pessoa com ferida está presente no cotidiano de trabalho. Para este cuidado a Resolução número 567 de 2018 do Conselho Federal de Enfermagem, atribui ao profissional competências para avaliação, prescrição e execução de curativos em todos os tipos de feridas, coordenação e supervisão da equipe de enfermagem na prevenção e cuidados de feridas. Objetivo: descrever o perfil socioprofissional dos enfermeiros de Estratégias Saúde da Família que atuam no cuidado à pessoa com ferida. Método: trata-se de um estudo descritivo, exploratório, realizado no período de novembro de 2019 a março de 2020. Coleta de dados realizada nas Estratégias Saúde da Família de um município do Sul de Minas Gerais por meio de um questionário semiestruturado, elaborado pelos pesquisadores. A análise dos dados foi realizada por estatística descritiva e percentual. Aprovado pelo Comitê de Ética sob o parecer número 3.674.487. Resultados: participaram 11 enfermeiros, com o predomínio do sexo feminino 82%, média de idade de 33 anos e conclusão da graduação nos últimos dez anos. Constatou-se que 82% tinham especialização, sendo 46% em Saúde da Família, 15% em Enfermagem do Trabalho, 15% em Enfermagem Obstétrica, 8% em Enfermagem Nefrológica, 8% em Saúde do Idoso e 8% em Urgência e Emergência. Quanto ao tempo de atuação na Estratégia Saúde da Família, 82% atuavam de um a quatro anos. Em relação à atualização no cuidado à pessoa com feridas, 82% informaram que não participaram de capacitação. Contudo, 82% dos enfermeiros acompanhavam até nove pessoas com feridas e 18% de 10 a 19 pessoas, em um aprazamento semanal. Conclusão: os dados desse estudo reiteram que historicamente a enfermagem é uma profissão exercida majoritariamente por mulheres; a conclusão da graduação ocorreu nos últimos dez anos e a maioria tinha especialização em Saúde da Família, o que revela o interesse dos enfermeiros das Estratégias Saúde da Família pela capacitação. Contudo, acredita-se que a falta de atualização no cuidado à pessoa com ferida pode ser devido à falta de oportunidades, às múltiplas atribuições do enfermeiro no seu cotidiano de trabalho. Contribuições para a Estomaterapia: conhecer o perfil dos enfermeiros que atuam no cuidado à pessoa com ferida contribui para o planejamento estratégico da coordenação da Atenção Básica à Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde com vistas a estabelecer como objetivo prioritário de suas ações, a educação permanente em serviço com foco no cuidado à pessoa com ferida.</p> Bianca Aparecida Brito Da Silva, Bianca De Moura Peloso Carvalho, Heverton Paulino De Oliveira, Juliana Cristina Martins De Souza, Roberta Garcia Gomes, Silvana Maria Coelho Leite Fava, Eliza Maria Rezende Dázio Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1053 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (PD&I) NA ESTOMATERAPIA: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1054 <p>Introdução: projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&amp;I) são métodos utilizados por empresas para aprimorar e desenvolver novos produtos e processos em diversos setores e pode envolver a parceria público-privada.1 Uma das principais diferenças do projeto PD&amp;I para outros projetos convencionais é o fato de serem projetos de longo prazo e alocação de riscos2. Muitos projetos duram décadas e possuem objetivos ousados. Têm como finalidade: pesquisa básica, pesquisa aplicada, desenvolvimento experimental e inovação tecnológica3. Assim, é necessário que a equipe de pesquisadores cumpra o plano de ação previamente definido. Para isso, é fundamental que haja um contrato de confidencialidade que tenha como propósito obtenção de resultados baseados na inovação. Em 2018, a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (EE/UFMG) e a empresa C- CORE Indústria e Comércio de Artefatos Plásticos Ltda iniciaram tratativas para a realização de pesquisas, inicialmente básicas, sobre um produto, composto de filamento de polietileno de estrutura tridimensional. Esta é uma tecnologia japonesa que tem a proposta de substituir as superfícies de suporte de poliuretano (espuma) na prevenção de lesão por pressão. Tal demanda teve que ser sanada por meio do projeto PD&amp;I. Objetivo: compartilhar a experiência de um acordo de parceria entre uma universidade pública e o setor privado envolvendo a Estomaterapia. Desenvolvimento: essa foi a primeira parceria público-privada, por meio do PD&amp;I, realizada pela Escola de Enfermagem UFMG e envolveu convite feito pela empresa C-CORE a esta Instituição. Inicialmente, os envolvidos tiveram que prescrutar sobre o contexto legal da instituição pública federal para entender a amplitude de um PD&amp;I e sua elaboração. O projeto “Avaliação da superfície C-CORE para prevenção de lesão por pressão”, após finalizado, foi aprovado nas seguintes instâncias da UFMG: Câmara Departamental, Congregação, Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica e pela Procuradoria Jurídica. A tramitação ocorreu de 2022 a 2023 e não foi linear, uma vez que o projeto retornou para responder às diversas diligências. O referido PD&amp;I está organizado em 4 fases, com duração de 3 ou 4 anos. Está prevista a entrega de produtos e produção, conforme pesquisas a serem desenvolvidas. A empresa contratou um enfermeiro pesquisador para atuar no PD&amp;I. Além disso, financiará o custo das pesquisas. Transferirá anualmente o valor para pagamento das bolsas de graduação de mestrado/doutorado, bolsa da coordenação conforme cronograma físico-financeiro do Plano de Trabalho. O PD&amp;I iniciou em 14 de abril 2023, com o fim da vigência em 13 de abril de 2033. No primeiro ano de PD&amp;I foi construído o Laboratório de Tecnologia e Inovação - LABTEC C-CORE/UFMG - com mobiliário e maquinário. Foi gerado conhecimento sobre colchão e almofada para prevenção de lesão por pressão. Contribuições para a Estomaterapia: O projeto PD&amp;I viabilizou LABTEC C-CORE/UFMG onde as pesquisas básicas são realizadas com a participação de professores e estudantes voltados para a área da Estomaterapia. Considerações Finais. O projeto PD&amp;I é de suma relevância para UFMG, uma vez que contará com a garantia de recursos humanos e financiamento de pesquisas sobre a prevenção de lesão por pressão, durante o período de 10 anos.</p> Eline Lima Borges, Perla Oliveira Soares De Souza Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1054 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PRÁTICAS DE CUIDADO DA PELE DE RECÉM-NASCIDOS A TERMO NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: ESTUDO EXPLORATÓRIO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1055 <p>Introdução: A pele do recém-nascido (RN) apresenta diferenças em sua estrutura e função, comparada à pele dos adultos (1), e é vulnerável ao desenvolvimento de infecções de pele e dermatites (2,3). Diferentes cuidados com a pele são oferecidos ao recém-nascido pelos profissionais de enfermagem, embora nem sempre estejam de acordo com a evidência científica (4). Diante disso, conhecer as práticas de cuidados da pele realizadas pelos profissionais de enfermagem pode contribuir com a prevenção de alterações e doenças de pele. Objetivo: Analisar os cuidados com a pele de recém-nascidos a termo saudáveis desde a perspectiva de profissionais de enfermagem. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, analítico e transversal de tipo Survey para a obtenção de informações quantitativas sobre um determinado grupo de pessoas. A amostra foi composta por 438 profissionais de enfermagem com idade superior a 18 anos de idade e registro no Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN-SP). O recrutamento dos profissionais foi realizado por meio de convite enviado pelo COREN-SP, associações de profissionais, bem como pela indicação dos participantes da pesquisa para outros participantes. Foi construído e validado em conteúdo um questionário específico contendo perguntas sobre dados sociodemográficos e sobre as práticas de cuidado da pele de RN. O período de coleta de dados foi entre agosto e outubro de 2023, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Guarulhos e da anuência da participação do profissional por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: A maioria dos profissionais era enfermeiro (87,2%), com idade média de 40,5 anos (DP=9,1), da cidade de São Paulo (53%), de sexo feminino (91,1%), com média de 12,8 anos (DP=9,3) de experiência profissional. Quanto às práticas de cuidado da pele, a maioria dos profissionais referiu avaliar a pele em geral (80,1%) e a região perineal (92,5%). Para a higiene corporal, o sabonete líquido foi o mais reportado (78,8%) junto com água morna (97,5%). Quanto à hidratação da pele, a maioria não usa hidratante corporal (72,1%).No cuidado do coto umbilical, a maioria faz uso de álcool a 70% (89,5%) durante a troca de fralda (51,1%) e após o banho (42,9%). Na região perineal, a maioria não usa nenhum produto para a higiene da região (68,7%) e para a proteção/hidratação da pele (52,1%). Por fim, a maioria referiu não ter mudanças nas práticas decorrentes da pandemia. Conclusão: As práticas de profissionais de enfermagem do Estado de São Paulo com o cuidado com a pele do RN são diversas em razão dos protocolos institucionais, das recomendações do Ministério de Saúde e da experiência profissional. As ditas práticas, no entanto, nem sempre estão de acordo com a evidência científica.</p> Mily Constanza Moreno Ramos, Márcia Ferrerira Corrêa De Oliveira, Rosimar Cabral Coelho Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1055 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PRÁTICAS DE CUIDADOS COM A PELE DO RECÉM- NASCIDO A TERMO REALIZADOS POR PAIS E/OU CUIDADORES: ESTUDO EXPLORATÓRIO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1056 <p>Introdução: A pele do recém-nascido (RN) difere da pele do adulto (1) sendo mais suscetível a traumas e infecções de pele, alergias, irritações, dermatite associada à incontinência, e dermatite atópica (2,3). Neste contexto os cuidados adequados com a pele do RN são essenciais para promover o amadurecimento adequado da pele e para prevenir alterações dermatológicas (4). No Brasil, são desconhecidas as práticas de cuidado da pele dos RN realizadas pelos pais e/ou cuidadores. Por tanto, conhecer ditas práticas de cuidado bem como as razões, pode oferecer subsídios para aprimorar o cuidado oferecido aos RN por parte dos pais e/ou cuidadores. Objetivo: Analisar as práticas de cuidado da pele de RN a termo saudáveis realizadas pelos pais e/ou cuidadores. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, analítico e transversal de tipo Survey conduzido na cidade de Rezende, Rio de Janeiro durante outubro de 2023 a fevereiro de 2023, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade de Guarulhos. Amostra de conveniência que foi composta por 72 pais e/ou cuidadores com idade superior a 18 anos de idade e que cuidaram de, pelo menos um RN durante os últimos dois anos. O recrutamento dos participantes foi realizado em cinco Unidades Básicas de Saúde sendo Grande Alegria, Nova Alegria, Policlínica, Clínica da Família e Jardim Primavera. Para a coleta de dados foi construído e validado em conteúdo um questionário específico contendo perguntas sobre dados sociodemográficos e sobre as práticas de cuidado da pele de RN. Caso o participante aceitasse participar era solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e, após a assinatura era enviado um link para o acesso do formulário, na plataforma Microsoft Formulários. Resultados: Dos 72 pais ou cuidadores incluídos no estudo, a maioria (91,7%) eram mulheres, com uma média de idade de 37,8 anos (DP=12,2 anos). Cerca de 40,3% eram solteiros, 44,4% eram pardos e 34,7% praticavam a religião evangélica. 50,0% dos participantes declararam ter uma renda familiar entre 1 e 2 salários-mínimos. A maioria (81,9%) declarou ter filhos, sendo que 34,7% possuíam apenas um filho. 63,9% estavam cuidando de, pelo menos, um RN da família, enquanto 58,3% haviam cuidado de, pelo menos, um RN nos últimos 2 anos. Metade deles (50,0%) estava recebendo atendimento na UBS Grande Alegria. Quanto aos cuidados com a pele, 95,8% afirmaram que costumam observar a pele do RN durante o banho. Para a higiene da pele, 44,4% utilizam sabonete líquido que contém perfume e corante (50,0%). Na hidratação da pele, a maioria (33,3%) relatou utilizar as vezes creme hidratante corporal pela recomendação do pediatra (29,3%). Na região dos glúteos e perineal, 86,1% utilizam algum creme ou pomada para proteção ou hidratação da região e 50% utilizam fralda descartável simples. Em relação aos cuidados com o umbigo do RN, 91,7% relataram que utilizam álcool 70% para realizar a limpeza. Conclusão: As práticas de pais e/ou cuidadores com o cuidado com a pele do RN são diversas nem sempre estão de acordo com a evidência científica.</p> Mily Constanza Moreno Ramos, Rosimar Cabral Coelho, Marcia Ferreira Correa De Oliveira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1056 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PREVALÊNCIA PONTUAL DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE CLÍNICA MÉDICA GERAL E COVID-19, EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1057 <p>Introdução: a lesão por pressão é definida como uma lesão cutânea causada por uma pressão na pele e/ou nos tecidos adjacentes, não aliviada, sendo comum em regiões de proeminências ósseas e de dispositivos médicos. Para redução destas lesões, várias medidas preventivas são indicadas, como o alívio da pressão, o reposicionamento no leito conforme necessidade individual, a oferta de dieta apropriada, entre outras, de modo que as intervenções envolvem toda a equipe multiprofissional1. A ocorrência desta lesão traduz a qualidade assistencial e ao depender do estágio encontrado, é considerado um evento adverso grave2. Objetivo: Identificar a prevalência pontual de lesão por pressão, em duas unidades de Clínica Médica, uma Geral e outra Clínica Médica Covid-19, de um hospital universitário, de Dourados, Mato Grosso do Sul. Método: Estudo observacional, transversal e descritivo, realizado com 76 pacientes adultos. Coleta de dados conduzida em três datas, nos meses de agosto, setembro e outubro de 2021. Realizou-se exame físico dos pacientes e instrumento semi-estruturado, para levantamento de variáveis demográficas, diagnóstico médico, tipo de dieta, pontuação obtida na escala de Braden, presença ou não da lesão, localização da lesão e estadiamento. Estudo aprovado por Comitê de Ética (CAAE n. 26640719.2.0000.5160). Os dados foram analisados através do programa estatístico Jamovi, versão 2.3.28 solid, com estatística descritiva. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 51,4 anos (DP±16,9), sendo 42 pacientes do sexo masculino (55,3%). As doenças frequentes, foram: Doença renal aguda ou crônica, presente em 11 indivíduos (14,4%); COVID-19 ou sequelas, encontrada em 9 pacientes (11,8%) e tuberculose, presente em 8 pacientes (10,5%). A dieta por via oral foi encontrada em 67 pacientes (88,2%) e via enteral, em nove (11,8%). Trinta e cinco internados (46,0%), apresentavam risco para lesão por pressão. Perante os escores obtidos na escala preditiva, 17 apresentavam risco alto (22,4%), 15 risco baixo (19,7%) e 3 risco moderado (3,9%). Quanto à prevalência pontual, obteve-que 14 pacientes (18,4%), apresentaram este agravo. A seguir, apresenta- se a classificação das lesões encontradas: estágio 3, presente em 11 pacientes (14,5%); estágio 4 (2,6%), em dois pacientes e lesão tissular profunda, em um paciente (1,3%). Com relação à localização corporal da lesão, encontrou-se: região sacral, presente em 8 indivíduos (10,5%); região calcânea, em cinco pacientes (6,5%); região glútea, em três pacientes (3,9%) e região trocantérica, em um indivíduo (1,3%). Quatro pacientes apresentavam mais de uma lesão por pressão (5,2%). Conclusão: a prevalência encontrada está semelhante a estudos anteriores3-4. Contudo, considerando que a maioria das lesões encontradas são eventos adversos graves, os achados são relevantes. Como limitação, pode-se apontar o tamanho amostral e o fato do estudo ser apenas de prevalência pontual. Ressalta-se que nesta instituição existe protocolo preventivo e ações educativas frequentes são conduzidas sobre o tema, inclusive sob a ótica da Educação Permanente em Saúde. Contribuições para a Estomaterapia: frente aos achados, indaga-se: quais os dificultadores para a translocação do conhecimento científico para a prática assistencial? Outros estudos podem ser realizados, para verificar as percepções envolvidas e outros fatores associados com a não adesão das práticas apropriadas.</p> Jaqueline Aparecida Dos Santos Sokem, Fabiana Perez Rodrigues Bergamaschi, Bianca Raquel Bianchi Celoto, Priscilla Cidade Furlan, Jaine Da Silva Bellaver, Eduara Prado Carolino, Ketlyn Nathalia Melo Da Silva, Luciene Mantovani Silva Andrade, Neide Tarsila Da Costa Araújo Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1057 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PREVENÇÃO DE DERMATITE ASSOCIADA A INCONTINÊNCIA EM PACIENTES CRÍTICOS: REVISÃO INTEGRATIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1058 <p>Introdução: A assistência de enfermagem aos pacientes críticos requer alguns cuidados, dentre eles, aqueles relacionados à pele que merecem atenção especial1. A dermatite associada à incontinência (DAI) é uma lesão de elevada incidência2 que causa desconforto, podendo ter um tratamento difícil, demorado e gerar alto custo3. Nesse contexto, o enfermeiro estomaterapeuta tem atuação primordial e especializada, podendo atuar na prevenção, proteção, ensino, e recuperação do indivíduo. Objetivo: Descrever as recomendações de prevenção para dermatite associada à incontinência em pacientes críticos. Método: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, em que foram empregados os seguintes descritores em ciências da saúde (DECS)/ terms medical subject headings (Mesh) para a estratégia de busca: estomaterapia, paciente crítico, dermatite, incontinência urinária e prevenção. Para a ampliação e a diversificação dos artigos, aplicaram-se os operadores booleanos “AND” e “OR”. A busca ocorreu no período de abril a junho de 2022 nas bases científicas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PubMed e na Revista Estima. Resultados: De acordo com os critérios estabelecidos para a pesquisa, foram encontrados 280 artigos. Selecionaram-se 35 estudos para leitura na íntegra, em que 18 foram excluídos por não se encaixarem nos objetivos desta pesquisa e 6 não estavam disponíveis para tal análise, sendo também excluídos. Assim, a amostra final desta revisão foi composta por 9 estudos. Conclusão: Para prevenir a DAI é necessário que fatores de risco sejam identificados precocemente a fim de evitar danos ao paciente, ou seja, uma equipe de enfermagem bem treinada, aplicando protocolos e métodos que minimizem ou sanem os riscos, apresenta bons desfechos. Contribuições para a Estomaterapia: Redução da escassez de produções sobre a temática; identificação das lacunas existentes na literatura científica, estabelecendo as melhores evidências, bem como permitindo a compreensão da relação entre o conhecimento e a prática assistencial no contexto da estomaterapia. Prevenir esse tipo de lesão de pele é um indicador da qualidade da assistência de enfermagem e de estomaterapia.</p> Karla Andréa De Almeida Abreu, Emanuel De Araújo Pinheiro, Maria Luiza Pereira Costa, Aurilene Lima Da Silva, Nayelle Rodrigues Maciel Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1058 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM PACIENTES CRÍTICOS: PERCEPÇÕES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1059 <p>Introdução: A lesão por pressão (LP) é considerada um evento adverso relacionado ao cuidado em saúde, sendo predominantemente passível de prevenção. Visando reduzir sua ocorrência, é fundamental entender as percepções da equipe multiprofissional e atuar proativamente nos gaps identificados. Objetivo: Analisar a percepção da equipe multiprofissional sobre a prevenção de LP em uma unidade de terapia intensiva. Método: Estudo descritivo de natureza quanti-qualitativa, foram incluídos os profissionais da UTI de um hospital de grande porte do estado de São Paulo. Para coleta de dados, utilizou-se um questionário semiestruturado, com perguntas de múltipla escolha, a saber: perfil sociodemográfico, protocolo de prevenção da organização, necessidades de conhecimento, percepção sobre prevenção e sugestões de estratégias para redução da ocorrência de LP. Além de pergunta aberta que versou sobre limitações para aplicação de medidas preventivas de LP. O Questionário foi aplicado de forma on-line, através da ferramenta Microsoft forms. Cerca de 350 trabalhadores foram convidados a participar através do e-mail institucional. Os dados obtidos pela aplicação do instrumento deram origem a um banco de dados para a realização das análises descritivas, feitas por meio de frequência absoluta e relativa. A análise qualitativa dos dados oriundos da pergunta aberta deu-se por meio de análise temática. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer consubstanciado número 4.581.515. Resultados: 223 profissionais responderam ao questionário, sendo 30% enfermeiros e 45% técnicos de enfermagem, 9% profissionais da fisioterapia, 4,5% nutricionistas e 10% médicos. No que se refere ao conhecimento sobre o protocolo de prevenção adotado na instituição, 70% referem o conhecer, sendo que 65,9% afirmam aderir as medidas de prevenção recomendadas durante seu turno de trabalho. Embora uma parcela significante dos respondentes relatasse não terem dificuldades na implementação de medidas de prevenção de LP (35,8%), muitos relatam dificuldades de engajamento de outros membros da equipe multiprofissional (25,5%) e a falta de tempo relacionada as múltiplas demandas de cuidado (20,6%). Os respondentes, em sua maioria, descrevem que as LP em pacientes críticos podem ser evitadas (78,4%), no entanto cerca de 30% acreditam que não é possível reposicionar o paciente crítico instável, devido aos riscos inerentes a mobilização. Com a aplicação do questionário em questão foi possível mapear as principais percepções da equipe multidisciplinar, suas dificuldades e crenças sobre a execução de práticas preventivas no cenário de terapia intensiva. Conclusão: Entender a percepção da equipe multiprofissional sobre o processo de prevenção de lesão por pressão, especialmente em pacientes graves e instáveis, pode apoiar a execução de projetos de melhoria assertivos, desmistificar pré-conceitos relacionado a aplicabilidade de cuidados nesta população, bem como direcionar a execução de atividades de educação e engajamento do time. Contribuições para a Estomaterapia: Cada dia mais, gerenciar os indicadores de ocorrência de lesão por pressão tem sido uma atribuição do estomaterapeuta. Neste contexto, entender as percepções da equipe multidisciplinar sobre o processo de prevenção, pode subsidiar a tomada de decisão no que tange a treinamentos, projetos de melhoria e aquisição de novas tecnologias.</p> Alícia De Oliveira Pacheco ), Aline De Oliveira Ramalho, Paula De Souza Silva Freitas, Paula Cristina Nogueira, Alessandra Marin, Eliane Mazócoli, Leidiane Moreira Santiago, Luciana Meira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1059 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PREVENÇÃO DE LESÕES EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CUIDADORES https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1060 <p>Introdução: Com o envelhecimento, é comum que ocorram mudanças fisiológicas na pele, como ressecamento, descamação e perda de elasticidade. Essas características facilitam o risco de lesões cutâneas por forças de pressão e fricção. Logo, é fundamental que os profissionais de saúde estejam capacitados para cuidar dos idosos, especialmente nas complicações como lesões por pressão (LP), dermatite associada à incontinência (DAI) e lesões relacionadas a dispositivos médicos (MARSI). Objetivo: Relatar a experiência da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (LAENFE) na realização de educação em saúde para cuidadores de idosos institucionalizados na prevenção de LP, DAI e MARSI. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência com base na vivência de estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Paraná na realização de uma ação de educação em saúde em uma Instituição de Longa Permanência para idosos (ILPI) localizada na capital do Paraná. Essa experiência viabilizou-se pelo convite da Enfermeira Estomaterapeuta, lotada neste serviço de saúde, para LAENFE. A partir disso, a Liga elaborou um material educativo, baseado em conhecimento científico, que foi disseminado por meio de multimídia somado em um espaço para que os participantes pudessem interagir na atividade. A ação foi ministrada por cinco acadêmicas de enfermagem e atingiu diretamente 11 profissionais envolvidos nos cuidados com idosos, além dos residentes da ILPI. Foram abordados os conteúdos sobre fisiopatologia da pele, avaliação de estadiamento e prevenção da LP, etiologias e prevenção de DAI e MARSI e curativos e coberturas indicadas. Posteriormente ao conteúdo teórico foi realizada uma troca de experiências com lesões de pele vivenciadas pelos participantes, incluindo as perspectivas de mudanças na instituição com o objetivo de prevenir agravos, como também a entrega de um folder com informações resumidas sobre a temática. Considerações finais: A educação em saúde para cuidadores de idosos torna-se uma ferramenta de transformação e aperfeiçoamento do atendimento. A literacia em saúde, possibilitou tornar a ação educativa um local de atuação crítica, reflexão e debate de técnicas e propostas por parte dos cuidadores, refletindo acerca das condições atuais dos idosos e a disseminação de conhecimento científico que possibilita a criação de estratégias de prevenção dos riscos mais comuns na instituição. Essa ação de educação em saúde não apenas contribuiu para enriquecer o conhecimento dos ministrantes e participantes, mas também reforçou a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão. Contribuições para a Estomaterapia: a atualização dos profissionais contribuiu para a disseminação de uma cultura preventiva de lesões cutâneas e que impactará na qualidade de vida do idoso. Os participantes foram capacitados para identificar sinais e sintomas e implementar os cuidados de enfermagem essenciais para garantir a saúde e bem-estar dos idosos. Destaca-se também a importância da liga acadêmica em estomaterapia para esta ação educativa, não somente como um meio social, mas também no fortalecimento da formação universitária do processo ensino-aprendizagem para futuros enfermeiros que almejam seguir a especialidade.</p> Gabrielle Stella Picanço, Luciane Lachouski, Ingrid Camili Gelinski Stachera, Aline Cristina Pellis, Thais Regina Furman, Evelyn Caroline Ferreira Ramos, Tamires Alves Da Silva, Shirley Boller Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1060 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PREVENÇÃO E TERAPIAS TÓPICAS PARA LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATANDO UMA PRÁTICA EDUCATIVA EXITOSA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1061 <p>Introdução: Pacientes de unidade de terapia intensiva demandam cuidados complexos. Destaca-se o uso corriqueiro de dispositivos médicos para manutenção e verificação do estado de saúde, o que limita a mobilidade; e de drogas que alteram a percepção sensorial¹. Na literatura e no cotidiano de cuidado identifica-se elevada prevalência de lesão por pressão, que é um evento adverso, geralmente prevenível. Quando instalada necessita de tratamentos específicos, como a terapia tópica, a sua eficácia se dá a partir da conciliação entre a avaliação da ferida e a determinação de produtos específicos para a lesão²,³. Profissionais que atuam nesse contexto devem estar instrumentalizados para atenderem demandas específicas, utilizando a educação como provedora de conhecimento, garantindo que a equipe esteja atualizada com as melhores práticas e protocolos de cuidado4. Objetivo: Relatar experiência sobre prática educativa desenvolvida para atualização dos cuidados preventivos e de tratamento tópico de lesão por pressão em pacientes de unidade intensiva. Desenvolvimento: Foram realizados 6 grupos operativos em fevereiro/2024 com 60 profissionais de enfermagem de terapia intensiva geral de um hospital público da Grande Florianópolis, em Santa Catarina. Teve duração média de 40 minutos realizada em três dias consecutivos, nos períodos matutino e noturno, após a passagem de plantão. Inicialmente foi explanado sobre correlatos para cuidados com feridas e pele perilesional, indicações, contraindicações, tempo de troca e possíveis associações com outros materiais. Após discutido sobre lesão por pressão e estadiamentos, onde foram utilizadas imagens e prevenção, utilizando-se frases e desenhos com os fatores de risco. Nos meses subsequentes à atividade educativa foi percebido mudanças nas condutas dos profissionais, como exemplo, utilizar espuma multicamadas para prevenção em pacientes com alto e altíssimo risco para desenvolver a lesão. Ainda houve diminuição na incidência de lesões sacrais e occipitais, as mais prevalentes no contexto analisado. Considerações Finais: A iniciativa mostrou-se eficaz na atualização e capacitação dos profissionais o que culminou em melhorias nas práticas de cuidado, com destaque para a redução na incidência de lesões por pressão, evidenciando o valor da educação continuada. Contribuições para a Estomaterapia: A ação educativa demonstra o diferencial do profissional estomaterapeuta atuando em interesses que geram benefícios de saúde, financeiros e de conhecimento para a equipe. Tais atividades enaltecem a importância do estomaterapeuta envolvido nessas iniciativas.</p> Carolina Prado Suzuki, Guilherme Mortari Belaver, Bruno Shoiti Ullrich Rondem, Daniela Soldera, Maquilene Santiago, Manoela Ferreira Ávila, Fernanda Beatriz De Freitas Ribeiro, Giulia Oliveira, Juliana Balbinot Reis Girondi Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1061 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM SUPERVISÃO E CUIDADOS COM A PELE: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1062 <p>Introdução: a extensão universitária é um dos componentes da tríade de bases para o conhecimento científico, constituídas também pelo ensino e pesquisa. Quando associados, buscam explorar e aplicar o conhecimento dos alunos, bem como fortalecer o vínculo com a sociedade, promovendo a troca de experiência e o desenvolvimento social. É uma atividade necessária na relação com a sociedade extramuros, e portanto a Extensão Universitária apresenta-se como uma ferramenta importante para a democratização dos saberes que são produzidos na academia. Neste espectro, o Programa de Extensão Supervisão e Cuidados da Pele (SCPele), atua na realização de medidas preventivas e tratamento de lesões em pacientes no âmbito hospitalar e Atenção Primária à Saúde. No decurso dos anos de atuação, desenvolveu trabalhos de maneira voluntária, com parceiros, cita-se: a Comissão de Prevenção e Tratamento de Lesões de Pele de hospitais, Serviço de Atendimento Domiciliar de Minas Gerais, Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia e a colaboração na criação de uma empresa júnior. Objetivo: relatar a experiência dos discentes de Enfermagem de uma universidade federal em um projeto de extensão universitária e suas contribuições para a sociedade, atuando sobre a grande área da Estomaterapia. Desenvolvimento: o referido Projeto de Extensão é desenvolvido por alunos do 3º ao 9º período do curso de enfermagem de uma Universidade Federal no estado de Minas Gerais. Dentre as atividades que são desenvolvidas, destacam-se: capacitações (presenciais e a distância), ações de treinamento profissional e educação permanente. Além dessas atividades, também foi criado o “Ciclo de Atualização em Estomaterapia” que integra três dias de palestras, abordando temas relacionados às estomias, feridas e incontinências. Destarte, também são desenvolvidas ações com instituições e serviços de saúde pública, à exemplo do Serviço de Atendimento Domiciliar de Minas Gerais, por meio de uma capacitação in locus para os profissionais assistenciais. Também desenvolve ações de treinamentos para cuidadores domiciliares envolvendo cuidados com estomias, técnicas de prevenção de feridas, além de promoção e prevenção em saúde. Por meio da Extensão os participantes também puderam participar do do IV Congresso Brasileiro de Estomaterapia o que favoreceu uma maior compreensão da especialidade para os graduandos. Ademais, cabe destacar a atuação nas mídias sociais, o SCPele gerencia um perfil virtual, compartilhando conhecimentos sobre a Estomaterapia, com o intuito de educar o público e repassar informações precisas aos profissionais de saúde. Considerações Finais: o SCPele dedica-se à promoção da saúde, a fim de oportunizar que os alunos apliquem os conhecimentos e beneficiem a sociedade por meio da compreensão e ação, enquanto atividade favorecedora do entendimento do processo saúde-doença e autocuidado. Avalia-se que os objetivos de atuação do projeto têm sido alcançados, sobretudo contribuindo à formação dos estudantes, de profissionais do serviço e comunidade. Contribuições para a Estomaterapia: a busca por atualizações do conhecimento faz-se necessária, assim como a criação de novos métodos e tecnologias, estabelecimento de protocolos de prevenção, treinamento e capacitação dos profissionais de saúde. Diante disso, o SCPele contribui suprindo tais demandas, com recomendações baseadas em evidências científicas, de forma a aprimorar a assistência prestada no setor primário e terciário da saúde e na atuação da Estomaterapia.</p> Marcos Vinicius Silva Mendes, Junia Karolina Da Luz, Ana Júlia Silva Pereira, Vanessa Faria De Freitas, Samuel De Paula Pinheiro Da Silva, Caroline Ambires Madureira, Larissa Carvalho De Castro, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1062 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PROPOSTA PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE MARSI EM UNIDADE DE TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCHEMATOPOÉTICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1063 <p>Introdução: O uso de cateter venoso central (CVC) é primordial em pacientes submetidos ao Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas (TCTH), esta nuance pode associar a diversas complicações como a colonização extra luminal e as lesões de pele que são porta de entrada para infecções. Portanto a MARSI (Medical Adhesive-Related Skin Injuries) ou lesões de pele relacionadas a adesivos médicos é definida como qualquer dano que cause alteração na integridade da pele, incluindo o eritema, laceração, erosão, bolha ou vesícula, que persistem por no mínimo 30 minutos após a remoção de um adesivo relacionado à assistência em saúde. Objetivo: Relatar a experiência profissional durante desenvolvimento de proposta para prevenção e tratamento de marsi em unidade de transplante de células-tronco hematopoéticas em um Hospital Universitário Público no Estado do Paraná. Desenvolvimento: Relato de experiência profissional realizado no Serviço de Transplante de Células-tronco Hematopoéticas (STCTH) após constatar a necessidade de melhoria no cuidado com a pele minimizando também riscos de infecção no CVC prestado aos pacientes internados. Desenvolveu-se uma proposta para padronizar curativos de CVC, para prevenir ou diminuir a incidência de MARSI, bem como o risco de infecção. Por meio do método de Prática Baseada em Evidências (PBE), foram realizados encontros com os enfermeiros do serviço para mapear os problemas e desenvolver estratégias modificadoras, a fim de garantir a técnica asséptica do procedimento e promover o cuidado com a integridade da pele antes e após a aplicação de curativos. Os encontros guiados pela enfermeira supervisora, com o auxílio de imagens no Microsoft Whiteboard®, contendo não conformidades de lesões de pele decorrentes da troca de curativos e com o auxílio das evidências científicas. No segundo momento houve um brainstorming e adequação da padronização, conforme a disponibilidade de insumos disponíveis no hospital. Como repercussão inicial, sugeriu-se uma modificação com um novo Protocolo Operacional Padrão (POP), incluindo treinamentos práticos adjacentes e específicos em virtude das necessidades pertinentes aos pacientes durante o período do internamento. Em uma perspectiva de análise gerencial de problemas pela Matriz SWOT (strenghts, weaknesses, opportunities and threats), os enfermeiros levantaram possíveis fragilidades responsáveis pela incidência de MARSI, como a alta rotatividade de profissionais, dificuldade de adesão aos treinamentos, falta de materiais ou não padronização de insumos considerados essenciais para o correto manejo do curativo. As potencialidades encontradas foram no uso da PBE como artifício para manter prática e conhecimento científico alinhados, possíveis desafios que vão ao encontro do treinamento efetivo para todos os enfermeiros e manutenção dos insumos essenciais na unidade.CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: A singularidade dos pacientes submetidos ao TCTH requer adequação a cada fase do processo, sendo assim foi sugerido a padronização dos materiais em cada fase, mantendo a técnica estéril. O Estomaterapeuta contribuirá na disseminação do conhecimento sobre a prevenção e tratamento desta lesão bem como promoverá educação em saúde com a proposta do protocolo que seguirá para novas fases de treinamento e adaptações necessárias para prevenção de MARSI e infecção de CVC junto as demais profissionais.</p> Rosa Irlania Do Nascimento Pereira, Mariana De Oliveira Souza, Jéssica Carvalho De Matos, Gisele Cordeiro Castro, Lucas Borges De Oliveira, Cinthia Tiemy Cardoso Maier Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1063 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 RELATO DAS OFICINAS DE ATUALIZAÇÃO SOBRE AVALIAÇÃO DOS PÉS AOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE FLORIANÓPOLIS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1064 <p>Introdução O Diabetes Mellitus é uma condição crônica de origem multifatorial, causada por fatores genéticos e ambientais, que resulta da disfunção na produção de insulina pelo pâncreas e/ou incapacidade de exercer a sua função corretamente no organismo¹. Afeta 10,2% da população brasileira e, ao longo do tempo, pode progredir com complicações tanto micro, quanto macrovasculares2-3. Dentre as incapacitações causadas por complicações microvasculares, destacam-se as amputações dos membros inferiores, em decorrência das alterações nos pés. Faz-se necessário que os serviços em saúde estejam preparados para atender a essa população de forma qualificada, por meio da educação permanente. A APS tem importante papel no cuidado à pessoa com diabetes, visto que aproximadamente 50% dos brasileiros são assistidos pela atenção básica, que deve atuar no manejo da doença e na prevenção de suas complicações. Objetivo: Relatar as atividades realizadas no município de Florianópolis para atualização na avaliação e cuidados dos pés das pessoas com diabetes para enfermeiros da atenção primária Desenvolvimento: Atividade de educação permanente realizada pela equipe Gestora de Casos no Cuidado à Pessoa com Ferida de Florianópolis, Santa Catarina, em março de 2024, destinada a enfermeiros da atenção primária Participaram 139 enfermeiros de todos os distritos sanitários do município. Os tópicos abordados foram: nomenclatura, epidemiologia, fatores de risco, exames físico e interpretação, manejo de alterações e situações que ameaçam o membro a curto prazo. Realizou-se a demonstração e aprofundamento do exame físico dos pés, com enfoque na avaliação vascular e neurológica. Estavam programados oito encontros contudo, devido à greve municipal, quatro deles foram suspensos, porém já estão remarcados. A atividade teve apoio da Associação Brasileira de Estomaterapia. Considerações finais: Nota-se que é crucial para o enfermeiro adquirir competências e habilidades que o capacitem a identificar e acessar informações de qualidade, para embasar suas práticas e garantir uma assistência eficaz em toda a rede de cuidados de saúde. Sob o viés da atenção primária, realizar avaliações regulares e educação contínua sobre cuidados com os pés permite uma intervenção precoce e mais efetiva, capaz de melhorar a qualidade de vida dos pacientes que convivem com DM e reduzir complicações. Contribuições para a estomaterapia: A educação permanente dos profissionais da atenção primária pelo enfermeiro estomaterapeuta permite difundir as práticas de cuidado e torna esse profissional referência para esse nível de atenção no auxílio para a tomada de decisões. No caso de situações que extrapolam a capacidade da atenção primária, o estomaterapeuta atua como o profissional habilitado para o manejo e gestão do cuidado.</p> Carolina Prado Suzuki, Guilherme Mortari Belaver, Tauane, Juliana Reinert Maria, Milena Pereira, Claudia Nathalie Ferreira De Souza, Naiara Santana, Bárbara Luz Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1064 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 RELATO DE EXPERIENCIA - REALIZAÇÃO DO I ENCONTRO DE ESTOMATERAPIA DO LITORAL NORTE - EIXO FERIDAS - PARTINDO DO CUIDADO INVISIVEL PARA A PRATICA BASEADA EM EVIDENCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1065 <p>Introdução: A estomaterapia é uma área de especialização da Enfermagem instituída no Brasil em 1990, destinada ao cuidado de pessoas com feridas agudas e crônicas, drenos, cateteres, estomias, incontinência urinária e anal. O enfermeiro pós-graduado em estomaterapia só será reconhecido pela Sociedade Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) após a conclusão do curso de pós-graduação devidamente reconhecido pela sociedade e pelo World Council of Enterostomal Therapists (WCET), está que também reconheceu em 1980 a estomaterapia como especialidade exclusiva do enfermeiro¹,². Esta prática abrange desde a avaliação inicial até a intervenção terapêutica e o acompanhamento contínuo do paciente, visando melhorar sua qualidade de vida e promover a sua reintegração social ³. Desde sua origem a estomaterapia tem sido fundamental na prestação de cuidados especializados e personalizados a uma população de pacientes cada vez mais diversificada. Compreender os princípios fundamentais desta especialidade é essencial para garantir a eficácia e a qualidade dos cuidados prestados. Objetivos: relatar a experiência do primeiro evento de estomaterapia do Litoral Norte; abrir precedente para novos eventos, fortalecer a especialidade na região. Desenvolvimento: Devido à escassez de estomaterapeutas na região, o cuidado com pacientes portadores de feridas crônicas é realizado por profissionais que muitas vezes não possuem conhecimentos norteados pela prática baseada em evidência científica. Em palestras ministradas pelas autoras, foi detectado que o tratamento adequado as pessoas com feridas era um tema desconhecido e que alunos e profissionais tinham dificuldades em assuntos básicos, como a identificação de um tecido desvitalizado e/ou como utilizar as coberturas de maneira adequada. Após essa constatação decidimos buscar parceria com uma universidade da região e com os laboratórios; e assim oferecer gratuitamente um evento científico apoiado pela SOBEST para profissionais da saúde, prioritariamente para enfermeiros e acadêmicos de enfermagem. O Encontro foi realizado em 11 de novembro de 2023, contando com 110 inscritos. Durante o encontro participantes tiveram a oportunidade de ouvir a respeito da estomaterapia, da SOBEST, sobre feridas crônicas, úlcera venosa, lesão por pressão, produtos, escalas de avaliação, contato com os expositores e produtos utilizados na prevenção e tratamento de lesões. Conclusão e contribuição para a especialidade: Podemos concluir que o encontro pode levar novos conhecimentos todos os participantes, e também apresentar e promover a especialidade para um público que a desconhecia. Sendo uma especialidade ainda desconhecida na região, faz-se necessário mais eventos como o realizado promovendo a especialidade e sua atuação, levando conhecimento baseado em evidência científica melhorando o cuidado prestado as pessoas que necessitam desses cuidados oferecidos pela especialidade.</p> Poliana De Andrade Santos, Ana Carolina Pereira Braçal De Carvalho, Ciliana Antero Guimarães Da Silva, Ivan Rogerio Antunes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1065 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 SIMULADORES DE BAIXA FIDELIDADE PARA O ENSINO DE AVALIAÇÃO DE FERIDAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1066 <p>Introdução: A avaliação de feridas é uma etapa essencial da assistência de enfermagem para a escolha do tratamento adequado e monitoramento da evolução do processo cicatricial de pacientes com lesões cutâneas¹. Para que esta ocorra de maneira eficaz o enfermeiro precisar estar provido de conhecimentos acerca do tema, o que torna fundamental a presença da educação continuada como uma aliada no cotidiano profissional. A Educação Continuada em Enfermagem resulta de um processo evolutivo de atividades que envolvem treinamento e capacitação dos profissionais de enfermagem em revisão aos procedimentos e técnicas por eles desenvolvidos, sendo uma ferramenta de suma importância para garantir o cuidado seguro2. Tanto na prática assistencial quanto na academia, o enfermeiro pode lançar mão do uso de simuladores de baixa fidelidade como uma estratégia para promover educação continuada, sendo este uma ferramenta facilitadora no processo de ensino e aprendizagem3. Objetivo: Relatar a experiência da produção de simuladores de baixa fidelidade para o ensino de avaliação de feridas. Método: Trata-se de relato de experiência sobre a produção de simuladores de baixa fidelidade, construídos em maio de 2023 por acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, participantes de uma liga acadêmica de Estomaterapia. Para produção destes fez-se uso de suportes de madeira, massa epóxi e tintas de tecido. Foram confeccionadas feridas rasas, profundas, tunelizadas e com epíbole. O epóxi foi utilizado para produção dos tipos de leito tecidual, sendo estes: necrose de coagulação e de liquefação, granulação, hipergranulação e epitelização. Com as tintas foram simuladas, além dos tipos de tecidos, as bordas e área perilesional quais sejam, elevadas, planas, maceradas e epitelizadas. Resultados: Foram produzidos seis simuladores em formato de maquetes, de tamanho aproximado 12 cm x 30 cm. Esse tipo de material (madeira e epóxi) conferem resistência e durabilidade ao produto, o que permite manipulação constante e utilização em vários contextos de cuidado. Mediante o processo de produção dos simuladores, as acadêmicas puderam se instrumentalizar para a elaboração dos mesmos. Ainda, foi possível simular a ferida quanto às principais características, como tamanho, profundidade, tipo e características do leito, borda e área perilesional. Considerações finais: As maquetes propiciaram a simulação de diversas características de feridas. Dessa forma, o uso de simuladores vislumbra-se como uma ferramenta valiosa e de baixo custo para aprimorar o conhecimento e habilidades de enfermeiros na avaliação precisa de feridas, contribuindo para uma abordagem mais efetiva no tratamento e acompanhamento de pacientes com lesões. Contribuições para a Estomaterapia: A avaliação de feridas compete ao enfermeiro ou profissional de saúde capacitado, sendo imprescindível que cada paciente receba uma avaliação individualizada. A partir dessa experiência surge a possibilidade de capacitar acadêmicos e equipe de enfermagem através da utilização de simuladores de baixa fidelidade. Nesse sentido, a educação continuada por meio desses recursos pode resultar em uma assistência mais qualificada e segura, permitindo uma adequada avaliação e monitoramento de pacientes com feridas.</p> Cilene Fernandes Soares, Luiza Todeschini Vieira, Letícia De Oliveira Grespi, Julia Holme, Tauane Dos Santos Firminio, Gabriely Do Nascimento Barbosa, Juliana Balbinot Dos Reis Girondi Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1066 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 SUPERFÍCIES DE SUPORTE PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO DISPONÍVEIS NO BRASIL: ANÁLISE COMPARATIVA-DESCRITIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1067 <p>Introdução: Lesão por pressão (LP) é definida pela National Pressure Injury Advice Panel (NPIAP) como dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes como resultado da pressão ou combinação de pressão e cisalhamento, ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. Devido a sua alta ocorrência, suas consequências são de amplo impacto, incluindo: gastos copiosos com seu manejo, prolongamento do tempo de internação e aumento da mortalidade. Uma das formas de prevenir esse dano evitável é o uso de superfícies de suporte – dispositivos especializados para redistribuição de pressão projetados para gerenciamento de cargas tissulares, microclima e/ou outras funções terapêuticas. No mercado, há grande variedade destes produtos, mas as informações sobre a melhor opção de escolha ainda são incertas, o que torna a sua busca uma tarefa desafiadora. Objetivos: Sintetizar as características das superfícies de suporte disponíveis no Brasil e compará-las com as recomendações da NPIAP que caracterizam os critérios para que uma superfície de suporte possa ser considerada um produto que auxilie na prevenção de LP, auxiliando na tomada de decisão para aquisição deste produto. Método: Foi realizado um estudo comparativo-descritivo sobre as superfícies de suporte disponíveis no Brasil através de busca eletrônica no site de consulta da ANVISA e nos sites das empresas fabricantes e fornecedoras, bem como através de contato via e-mail com as estas empresas. Os dados encontrados foram agrupados em uma tabela e avaliados quanto à adequação ou não às características definidoras de qualidade estabelecidas pela NPIAP. Resultados: Foram exploradas ao todo 22 variáveis relativas à superfície, a sua capa e ao seu registro na ANVISA. A NPIAP (2019) recomenda para indivíduos em risco de desenvolver LP o uso de colchão: reativo de espuma de camada única de alta especificação, reativo de ar ou dinâmico de ar com pressão alternada; e para indivíduos já com LP instauradas o uso de superfícies de suporte especiais. No Brasil, nenhum produto informa todas as seis características definidoras de uma espuma de alta especificação. 25 possuem permeabilidade à vapor de umidade, 18 espessura ? 15cm, 17 espuma HR e 21 densidade &gt; 35 kg/m³. Além disso, há 4 colchões reativos de ar e 16 colchões dinâmicos de ar com pressão alternada disponíveis no país. Já dentre as superfícies de suporte especial, fora as com pressão alternada, apenas 4 possuem tecnologia adicional, sendo todas elas de micro perda de ar. Conclusão: A escolha da superfície de suporte permanece um desafio, considerando a escassez de informações, a disponibilidade de algumas informações apenas no idioma nativo do fabricante e o conflito de informações entre os manuais de fornecedores e fabricantes, seja por erros na tradução ou pela adoção de parâmetros distintos pelo Brasil e pelos países de origem. São necessários mais estudos sobre o tema e fiscalização sobre as informações incluídas na ANVISA. Contribuições para a estomaterapia: Este estudo pode auxiliar a tomada de decisão do profissional de saúde sobre a superfície de suporte ideal para sua realidade, possibilitando a prevenção eficaz de LP.</p> Alícia De Oliveira Pacheco ), Paula De Souza Silva Freitas, Aryanne Carolyne Silva Santos, Aline De Oliveira Ramalho, Cynthia Carolina Duarte Andrade, Heloísa Helena Camponez Barbara Rédua, Anna Bárbara De Almeida Dos Santos, Karen Montuan De Souza, Luanna Dias De Assis, Gabrielli Lopes Pinto, Ramon Araújo Dos Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1067 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TÉCNICAS DE CURATIVO: ATUALIDADES E CONTROVÉRSIAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1068 <p>Introdução: As feridas crônicas de difícil cicatrização representam um desafio tanto na esfera da saúde, quanto social e econômica; o envelhecimento populacional, aumento do número de pessoas com doenças crônicas e a persistência de infecções em feridas continuam a impactar os sistemas de saúde, profissionais, especialmente enfermagem e as pessoas afetadas.1 As técnicas de curativos variam amplamente, havendo divergências e controvérsias, dificultando a escolha da técnica a ser utilizada.2-5 Objetivo: apresentar reflexão teórica acerca das técnicas de curativo, recomendações e evidências. Método: Estudo teórico reflexivo realizado a partir de documentos que discutem a temática, tais como artigos científicos, guidelines e consensos.2-5 Realizada leitura analítica dos documentos identificados, seguido de leitura comparativa. Resultados: Na literatura científica encontramos descritos as seguintes técnicas para curativo: técnica limpa, estéril e asséptica non-touch/sem tocar; a técnica limpa envolve o uso de luvas limpas e materiais/instrumentos não estéreis, porém existe a discussão acerca do uso da luva limpa tocando diretamente a lesão no cuidado a ferida, pois alguns autores defendem o uso de materiais estéreis no contato direto a lesão para reduzir o risco de infecção. A técnica estéril envolve o uso de luva estéril, materiais/instrumentos e produtos estéreis, e rigor na execução da técnica minimizando riscos de infecção. A técnica asséptica sem tocar, introduzida recentemente, pode ser realizada com luvas limpas e/ou estéreis, porém a mão do profissional não deve tocar diretamente a ferida. A técnica asséptica sem tocar é recomendada por instituições internacionais que regulam e orientam serviços de saúde, como o National Institute for Health and Care Excellence (Reino Unido) e o Australian National Safety and Quality Health Service Standards (Austrália). O Wound, Ostomy and Continence Nurses Society recomenda avaliação criteriosa do paciente, ambiente e lesão para escolha da técnica de curativo, da mesma forma que orienta a técnica estéril na realização de desbridamento instrumental conservador. O International Wound Infection Institute recomenda como critérios para escolha da técnica limpa: pessoas sem imunocomprometimento, cuidado com objetivo de manutenção ou paliativo, procedimentos simples, feridas menores e procedimentos com tempo de duração menor que 20 minutos; para a técnica estéril, recomenda: pessoas imunocomprometidas, procedimentos complexos, feridas extensas, procedimentos com tempo de duração superior a 20 minutos e lesões cavitarias. Conclusão: Não há consenso quanto a uma técnica de curativo a ser seguida, e ainda são escassos os estudos sobre as técnicas de curativo e o risco de infecção. Recomenda-se a avaliação criteriosa quanto ao risco de infecção na escolha da técnica a ser utilizada. Assim, cabe ao profissional responsável, realizar avaliação minuciosa do ambiente, habilidades requeridas para o procedimento, insumos disponíveis, políticas e procedimentos da instituição, fatores de risco relacionados a pessoa (comorbidades, imunidade), fatores relacionados a ferida (tecidos acometidos, localização) e fatores relacionados ao procedimento (desbridamento, complexidade). Contribuições para a Estomaterapia: Visando oferecer cuidado seguro e que favoreça o processo de restauração tecidual em menor tempo, bem como melhores resultados funcionais e estéticos, estomaterapeutas devem analisar criticamente cada situação clínica, e decidir pela técnica de curativo que tenha maior potencial de resultados satisfatórios.</p> Maurício Gomes Da Silva Neto, Ângela Lima Pereira, Marlene Andrade Martins, Julliany Lopes Dias, Línea Regina Almeida Bueno, Cidélia Carvalho Assis, Cássia Cândida Miranda, João Lucas Dos Santos Reis, Sara Alves Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1068 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TERAPIA COMPLEMENTAR NÃO FARMACOLÓGICA PARA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES DE PELE: RELATO DE CASOS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1069 <p>Introdução: Lesões de pele representam um grave problema de saúde pública, gerando impacto significativo nas instituições de saúde em relação a sobrecarga no trabalho e aumento de recursos humanos e materiais para estes serviços.(1) A prevalência destas feridas atinge principalmente indivíduos com idade superior a 65 anos, que vivenciam diversas transformações no tecido tegumentar (torna-se mais fino, frágil, com redução na produção de colágeno e da elasticidade da pele). Além disso, o manejo de lesões, quando não adequada, acaba por resultar em cronificação da ferida.(2) O plasma rico em plaquetas (PRP) é um produto sanguíneo autólogo, atóxico e não imunorreativo que é gerado a partir da centrifugação do sangue total, para produzir uma concentração de plaquetas acima dos níveis basais, e tem sido frequentemente utilizado em feridas agudas e crônica.(3) Portanto, o PRP torna-se uma alternativa viável de custo-benefício relevante.(3-5) Entretanto, no Brasil, a sua aplicação ainda é pouco realizada, e isto ocorre pelo fato de que a maioria dos serviços de saúde não dispõe de um protocolo de procedimento operacional padrão (POP) para o uso do PRP, evidenciando a necessidade da apropriação de conhecimento sobre a temática e de seu uso pelo profissional enfermeiro. Objetivo: Apresentar a utilização PRP como terapia para cicatrização de lesões como uma alternativa de curativo e com custo-efetividade, além de disseminar conteúdos acerca de uma nova tecnologia pouco utilizada nos serviços de saúde. Desenvolvimento: Trata-se de relato de casos de modo descritivo, que foram obtidos através de um mestrado profissional de enfermagem sobre a administração de PRP como terapia não farmacológica complementar para cicatrização de lesões, cujo resultados incluíram: desenvolvimento de um POP para aplicação do PRP e avaliação da efetividade do uso da terapia complementar não farmacológica na administração de PRP no processo de cicatrização. O estudo foi realizado em unidades de internação de um hospital de grande porte de Porto Alegre, Rio Grande de Sul. A pesquisa ocorreu de novembro a junho de 2023. Foram incluídos três casos, sendo dois com lesão por pressão (LPP) e um com úlcera venosa. Paciente feminina de 72 anos, com LPP em região sacral, apresentou cicatrização em 2 semanas (escala PUSH de 11 para 5); Paciente masculino de 73 anos, com LPP em região escapular cicatrizada em 7 dias, (escala PUSH de 4 para 0) ; Paciente masculino de 55 anos, com úlcera venosa em MIE, cicatrizada em 13 dias (escala PUSH de 7 para 0). Considerações Finais e Contribuições para a Estomaterapia: O uso de tecnologias alternativas representa um avanço para a gestão da qualidade no cuidado com feridas, na medida que a estomaterapia, como especialidade do enfermeiro, deve apropriar-se desse conhecimento e fazer uso desta terapia, tem por objetivo promover melhores condições e alternativas de tratamento, visto que, na pesquisa supracitada apresentamos resultados positivos em relação à eficácia na evolução da cicatrização, tempo de cicatrização e redução de risco de infecção para os pacientes portadores de feridas agudas e crônicas.</p> Karin Viegas, Eluiza Macedo, Gabriel De Vargas Boeno Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1069 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TRATAMENTO DE FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO INFECTADAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1070 <p>Introdução: O termo ferida de difícil cicatrização é utilizado para lesões que apresentam fatores que dificultam ou impedem a cicatrização, como a localização anatômica, existência de biofilme ou falha em responder ao tratamento baseado em evidências. O tratamento de infecções localizadas dessas feridas exige protocolos baseados em evidências para minimizar os riscos da disseminação e agravo da infecção ou uso inadequado de antibióticos sistêmicos. .Objetivo: identificar a produção de conhecimento sobre o tratamento de infecções localizadas em feridas de difícil cicatrização. Método: revisão integrativa da literatura na Biblioteca Virtual em Saúde, que engloba as bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde; Base de dados em Enfermagem; Scientific Electronic Library On-line; Web of Science; Biblioteca Cochrane; Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); e Public Medline, que engloba a base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem On-line. Os artigos selecionados não possuem limite temporal. Os estudos foram exportados para o aplicativo Rayyan e submetidos a avaliação duplo cega por meio da leitura do título e do resumo, com base nos critérios de inclusão e exclusão. As informações foram analisadas e sintetizadas de acordo com o nível de evidência. Resultados: foram encontrados 1.997 artigos e 1919 foram excluídos por não responderam à questão norteadora, totalizando 78 elegíveis para leitura na íntegra. Destes, 59 foram excluídos por serem estudos in vitro ou de casos ou apresentarem textos incompletos, totalizando 19 estudos para avaliação final. Foram encontradas como evidências a higienização da ferida; limpeza com ácido acético 1%; identificação e tratamento de biofilmes; uso de coberturas e soluções com ação antimicrobiana. Conclusão: a infecção localizada de feridas tem sido objeto de várias pesquisas e as práticas recomendadas referem-se à tratamentos tópicos. Contribuições para a Estomaterapia: Ao elencar as boas práticas recomendadas descritas na literatura para tratamento de feridas de difícil cicatrização, infectadas permite aos profissionais o esclarecimento sobre as estratégias individuais de pessoas com feridas de dificil cicatrização e intervenções de saúde que possam auxiliar nas condições e qualidade de vida do paciente. Vale destacar também a importância de pesquisas futuras sobre o tema.</p> Larissa Carvalho De Castro, Letícia Maria De Oliveira, Olga Luísa Lucena, Daniel Nogueira Cortez, Sônia Regina Pérez Evangelista Dantas, Juliano Texeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1070 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TRATAMENTO DE FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO: AÇÃO ADJUVANTE DA TERAPIA FOTODINÂMICA NO TRATAMENTO DA OSTEOMIELITE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1071 <p>Causada por uma inflamação profunda dos tecidos devido uma infecção bacteriana, a osteomielite pode levar à dissolução e necrose do tecido ósseo. Pode ser resistente há vários antibióticos, dificultando o tratamento. Assim, evidencia-se o uso da terapia fotodinâmica como um potencial tratamento adjuvante devido ao seu amplo espectro antibacteriano, ausência de efeitos colaterais e não resistência aos medicamentos. Objetivo: Evidenciar a ação adjuvante da terapia fotodinâmica no tratamento da osteomielite nas feridas de difícil cicatrização. Método: Foi realizada uma revisão da literatura nas bases de dados no portal periódicos CAPES, no PUBMED, utilizando-se como palavras-chave os termos: osteomielite; terapia fotodinâmica, estomaterapia. Foram encontrados 18 resultados, mas destes, apenas 4 foram selecionados com relevância sobre o tema proposto que estavam publicados entre os anos de 2020 a 2024. Resultados: Evidencia-se que o uso de fotossensibilizador de amino tetrafenilporfirina modificados por aminoácidos básicos, com ação adjunta da luz, foi eficaz para o tratamento da osteomielite causada por S. aureus. Além de fazer menção os corantes fenotiazínicos tradicionais, como azul de metileno, azul de toluidina e outros fotossensibilizadores catiônicos, apresentaram alta atividade antibacteriana em traumas e infecções orais [1]. Descobriu-se que a terapia fotodinâmica associada reduziu efetivamente os danos da osteomielite, melhorando as lesões internas em órgãos como coração e fígado e a diminuição da bacteremia [2].A terapêutica não possui resistência a medicamentos, ausência de efeitos tóxicos, amplo espectro antibacteriano, e ainda inibem a secreção de fatores inflamatórios e promovem a cicatrização de feridas [1]. Observou-se que a fototerapia, incluindo a terapia fototérmica e a terapia fotodinâmica, devido à dificuldade de penetração tecidual, a luz é ineficaz para o tratamento de infecções profundas. Demonstrando que os resultados in vivo da terapia envolvendo micro-ondas sem antibióticos é efetiva para tratamento da osteomielite. Contudo, não foi relatada a eficácia quanto as lesões nos órgãos internos apenas análise histológica dos principais órgãos (coração, fígado, baço, pulmão e rim) a fim de segurança do estudo [3]. Considera-se a terapia fotodinâmica com terapia adjuvante e alternativa ao uso de antibióticos, método terapêutico benéfico e promissor. Mas, são necessárias mais pesquisas de qualidade focados nos parâmetros padronizados [4]. Conclui-se que os autores sugerem novos ensaios clínicos randomizados com possibilidade de alteração dos parâmetros do laser para confirmação dos resultados, além da discrepância quanto ao fotossensibilizador [1,2,3,4]. Há relevância da estomaterapia no tratamento avançado de pessoas com feridas de difícil cicatrização e o uso da terapia fotodinâmica em combinação com terapia tópica a fim dos melhores resultados para desfecho clínico da osteomielite. Entre tanto, mesmo sendo a responsável pelo cuidado dos pacientes com feridas de difícil cicatrização não existem menções da especialidade sobre o assunto diretamente. Conclusão e Contribuições para a Estomaterapia: Há necessidade de novos protocolos clínicos para o tratamento de lesões de difícil cicatrização decorrentes da osteomielite, seja aguda ou crônica. A terapia fotodinâmica tem se apresentado como uma possibilidade de tratamento promissor adjuvante para o tratamento destas lesões. Porém, evidenciou-se a necessidade de fomentar novos trabalhos científicos sobre o tema. Além de estudos acerca das substâncias fotossensibilizadoras mais eficazes e estudos de custo-benefício do uso desta terapia.</p> Ellen Da Silva, Cinthya Cosme Gutierrez Duran, Thomas Durigon, Flávia Teles Marques, Flávia Roberta Nagano, Ellen Cristina Zamberlan Milan, Edneia Siqueira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1071 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TRATAMENTO DE FERIDAS: USO DE FOTOBIOMODULAÇÃO COMO TERAPIA COMPLEMENTAR https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1072 <p>TRATAMENTO DE FERIDAS: USO DE FOTOBIOMODULAÇÃO COMO TERAPIA COMPLEMENTAR. A lesão cirúrgica se traduz em uma ferida advinda de um corte na pele humana, realizado por uma ferramenta cirúrgica que gera uma abertura em uma parte do tecido corporal ou em qualquer órgão, ocorrendo, por consequência, a aproximação das bordas do tecido corporal saudável por intermédio de uma sutura. O que tem a potencialidade de se converter em complexas ao passo que aparecem complicações no processo de cicatrização, bem como crônicas, devido a possuírem uma longa duração. Entre uma dos reverses mais comuns, podemos destacar o seroma, hematoma, deiscência, bem como a infecção. Dentro de tal cenário, é relevante estipular parâmetros de irradiação indispensáveis para a realização do uso de laser de baixa intensidade e assegurar a eficácia do procedimento e da cicatrização de feridas. Dentro de tal contexto, temos o objetivo geral: Investigar a concatenação dos parâmetros dosimétricos para a realização da utilização do laser de baixa intensidade e consequente cicatrização, através de uma revisão sistemática. Bem como objetivos específicos: Verificar quais sejam os parâmetros de modulação indispensáveis para utilização do laser de baixa intensidade; Investigar se os estudos apontam parâmetros dosimétricos capazes de serem utilizados para cicatrização de feridas; Criar uma fica clínica com a totalidade dos parâmetros de modulação indispensáveis para utilizam de laser de baixa intensidade na cicatrização de feridas. Sendo recomendado, dessa forma, que análises clínicas sejam realizadas em diversos contextos a fim de aperfeiçoar as provas que abrangem o processo de cicatrização de ferimentos tratados com terapia a laser de baixa potência.</p> Paulo Corjesu Brito Alves Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1072 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TRILHANDO O CAMINHO DA EXCELÊNCIA: IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO ACREDITADO DE SERVIÇO DE ATENDIMENTO AOS PACIENTES CRÔNICOS COM LESÕES POR COMPLICAÇÕES DO DIABETES EM MANAUS/AM https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1073 <p>INTRODUÇÃO: Este relato de experiência compartilha as etapas e conquistas da implementação do Modelo Acreditado de Serviços em uma rede de ambulatórios, visando o atendimento de pacientes crônicos com lesões por complicações do diabetes, localizado em Manaus/AM. O serviço passou por um processo rigoroso de certificação, tanto nacional quanto internacional, com o objetivo de elevar a qualidade do cuidado prestado. OBJETIVOS: Descrever o processo de implementação do Modelo Acreditado de Serviço na rede de atendimento aos pacientes crônicos com lesões por complicações do diabetes; discutir os desafios enfrentados durante o processo de certificação; e avaliar os impactos da certificação na qualidade do atendimento aos pacientes crônicos com lesões por complicações do diabetes. DESENVOLVIMENTO: A implementação do Modelo Acreditado de Serviços envolveu a revisão e adaptação dos processos existentes, a capacitação da equipe e a realização de ajustes necessários para atender aos padrões de excelência e segurança do paciente. Os processos de certificação foram conduzidos em cooperação com as renomadas certificadoras Instituto Qualisa de Gestão – IQG e Quality Global Alliance - QGA, seguindo as diretrizes específicas para a certificação multidisciplinar para a rede de crônicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A rede ambulatorial de atendimento aos pacientes crônicos com lesões por complicações do diabetes obteve a certificação nacional e internacional após a implementação do Modelo Acreditado de Serviços. Os resultados destacaram melhorias significativas na padronização dos cuidados com foco na segurança, na eficiência operacional e na satisfação dos pacientes. As certificações impulsionaram o ambulatório a um patamar de excelência reconhecido internacionalmente. Durante o processo de certificação, alguns desafios foram identificados, incluindo a necessidade de adaptação de protocolos, treinamento intensivo da equipe e adequação das instalações públicas. Superar esses desafios exigiu comprometimento, trabalho colaborativo e aprimoramento contínuo. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: A certificação nacional e internacional proporcionou não apenas o reconhecimento da excelência do ambulatório, mas também estimulou a busca contínua pela melhoria dos serviços prestados. A experiência destaca a importância da certificação como impulsionadora de padrões de qualidade em serviços de estomaterapia, principalmente em contextos de atendimento a pacientes crônicos com lesões por complicações do diabetes. A implementação bem- sucedida do Modelo Acreditado de Serviços e a subsequente certificação nacional e internacional representam um marco significativo no avanço da estomaterapia em Manaus/AM. Este relato de experiência destaca não apenas os resultados positivos alcançados, mas também os desafios superados, fornecendo insights valiosos para outros ambulatórios de estomaterapia que buscam elevar seus padrões de qualidade. Este trabalho busca promover a disseminação de boas práticas em estomaterapia, encorajando outros serviços a adotarem um modelo acreditado como meio de assegurar a excelência no atendimento a pacientes crônicos com lesões decorrentes de complicações do diabetes.</p> Karina Maria Sabino Cavalcanti De Barros, Maria Luiza De Andrade Picanço Meleiro, Hanna Beatriz De Sousa Carvalho Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1073 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 UMA ANÁLISE DE CUSTO-EFETIVIDADE DA TECNOLOGIA DACC PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1074 <p>Introdução: As feridas de difícil cicatrização constituem sítios ativos com alto risco de infecção diretamente relacionado com a presença de biofilme no local, sendo seu tratamento fundamental para a minimização de agravos ao paciente e custos seja à família ou ao sistema de saúde. A tecnologia DACC (Cloreto de Dialquil Carbamoil) consiste na retenção microbiana ao curativo através de uma molécula hidrofóbica que se liga à célula bacteriana e a aprisiona, este processo impede a liberação de toxinas no leito da ferida, permite a remoção dos microrganismos a cada troca de curativo e diminui o risco de inflamação por não gerar detritos celulares, assim impedindo a formação de biofilme e não gerando risco de resistência bacteriana por se tratar de um processo inteiramente físico entre o material e o microorganismo, sem afetar tecidos saudáveis adjacentes. Objetivo(s): Analisar o custo-efetividade da tecnologia DACC no tratamento de feridas crônicas. Método: Esta análise foi estruturada a partir da revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs no período de 2015 a 2024 que tratam da efetividade da tecnologia DACC, cujo critério de inclusão foram: revisão sistemática, estudos de intervenção, caso-controle, coorte nos idiomas inglês, português ou espanhol. Resultados: Em um estudo, a eficácia dos curativos que utilizavam DACC quando comparados a curativos de microfibra com prata mostrou-se mais significativa na redução do número de bactérias na ferida, o que foi novamente apontado em outro estudo mais recente que também apontou a diminuição do uso de antimicrobianos pela redução da carga biológica de feridas aguda e crônicas e afastando a resistência bacteriana. Conclusão: O uso de curativos revestidos com a tecnologia DACC apresenta-se como uma alternativa efetiva no tratamento de feridas agudas e principalmente de alta complexidade. Contribuições para a Estomaterapia: A utilização dos curativos revestidos com a tecnologia DACC devem ser considerados no tratamento de feridas crônicas e de alta complexidade visando menor risco de infecção bacteriana, tratamento de infecção já existente e diminuição do risco de resistência bacteriana, proporcionando de forma mais efetiva a devolução da qualidade de vida do paciente.</p> Amanda De Castro Bonato Ferreira, Natalia Barros Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1074 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 USO DE LASERTERAPIA NO MANEJO DE LESÃO DE CISTO PILONIDAL: RELATO DE CASO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1075 <p>Introdução: o cisto pilonidal é uma doença inflamatória crônica que varia com manifestações clínicas em forma, tamanho e concentração que vão desde cistos assintomáticos até lesões com inflamação clássica com dor, edema, hiperemia e, em alguns casos, drenagem de exsudato purulenta. Acomete comumente pessoas no período da puberdade até os 25 anos de idade. O tratamento é cirúrgico e exige cuidados pós-operatórios como, por exemplo, a realização de curativos diários devido ao potencial de contaminação do local1,2. Neste contexto, o laser de baixa intensidade (LBI) é uma tecnologia viável para o tratamento de feridas dessa etiologia, pois estimula a cicatrização, além do manejo de biofilme, do alívio da dor e da redução da inflamação sendo uma terapia coadjuvante quando associada a outras tecnologias dentro da prática de enfermagem3. Objetivo: relatar o caso do uso da laserterapia associada a cobertura de alginato de cálcio na cicatrização de uma lesão pós-operatória de cisto pilonidal. Desenvolvimento: trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso, sobre consultas de enfermagem realizadas a uma usuária com ferida operatória com complicação após uma exérese de cisto pilonidal. Os atendimentos ocorreram de 15 de setembro a 11 de outubro de 2023, em um ambulatório de um Hospital Universitário. O estudo atende os preceitos de pesquisa com seres humanos, conforme parecer do CEP número 5.615.377 e CAAE 58478122.6.0000.5071. As consultas tiveram duração de, aproximadamente, 45 minutos, com retornos agendados a cada 48 horas. Os registros das evoluções ocorreram por fotografias e prontuário eletrônico. Após a avaliação da enfermeira, as etapas do curativo aconteceram respeitando o consenso de limpeza da ferida e de área perilesional, acompanhada de aplicação de solução de Poli-hexametileno biguanida (PHMB), seguida de aplicação de LBI, com 4J a 6 J, luz vermelha, em técnica de varredura e preenchimento da cavidade com alginato de cálcio. Observou-se que a associação da LBI com o alginato de cálcio foi benéfica ao promover uma cicatrização efetiva com preenchimento cavitário, hemostasia, controle de secreção, atenuação do processo inflamatório e manejo do biofilme. A ferida reduziu de 4 cm x 2 cm x 4 cm para 2,8 cm x 1,8 cm x 3 cm em 26 dias. Considerações Finais: a associação da cobertura de alginato de cálcio com o LBI demonstrou resultados promissores no tratamento de cisto pilonidal. Ao enfermeiro que desenvolve o cuidado de feridas é requerido conhecimentos teóricos e práticos para realizar desde o acolhimento e orientação em saúde até as técnicas de manejo de feridas. Contribuições para a Estomaterapia: o manejo de feridas requer o acesso a recursos adequados e profissionais com conhecimento técnico-científico, de modo que interferem diretamente na evolução da lesão e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida do usuário. A laserterapia demonstrou um potencial de estímulo de cicatrização satisfatório, levando à cicatrização de uma área extensa e profunda em um curto espaço de tempo, sendo uma tecnologia segura.</p> Catrine Storch Moitinho, Lucas Queiroz Subrinho, Elisangela Ribeiro Chaves, Raquel Da Silva Paiva, Eliane De Fátima Almeida Lima, Paula De Souza Silva Freitas Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1075 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 USO DE ÓLEO DE OZÔNIO EM LESÕES VASCULARES https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1076 <p>Aos diversos fins em que o ozônio pode ser utilizado e aplicado, possui uma importante ação no tratamento das múltiplas lesões vasculares existentes no corpo humano. O óleo ozonizado é um facilitador do manuseio trazendo, também, mais segurança para o paciente em seu tratamento para com as lesões vasculares, que com algumas de suas funções antimicrobianas e de oxigenação atua na melhora da circulação e consequentemente melhora a alteração da coloração através da regeneração e cicatrização dos tecidos, desinflamando e diminuindo a dor. Objetivo: Introduzir conhecimento acerca do uso de óleo de ozônio em lesões vasculares e seus benefícios no processo de evolução de curativos alternativos. Materiais e métodos: Os métodos utilizados consistem em revisão de pesquisas bibliográficas em dados de base de cunho acadêmico e científico. Resultados: Através de 4 artigos recolhidos da scielo, revista máster, portal unisepe e Caderno de Atenção Básica N° 9 Dermatologia na Atenção Básica de Saúde, onde discorre-se sobre as fórmulas, tipos de ozônios, formas de uso, indicações, conceitos, diagnósticos e classificações das malformações vasculares e doenças, informações referentes à pele. Conclusão: Pode- se concluir com a pesquisa existe eficiência e comprovações, que o uso de ozônio em terapias de regeneração de tecido tegumentar é altamente eficiente e seguro.</p> Anelvira De Oliveira Florentino, Victor H.aranha, Italo Frizo, Jessica A Pereira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1076 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA PARA AVALICÃO CLÍNICA DE PACIENTES COM FERIDA COMPLEXA: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1077 <p>Introdução: A utilização de tecnologias na avaliação de feridas complexas podem contribuir na identificação precoce de agravos que dificultam a cicatrização, tal como a presença de alta carga microbiana que pode levar à infeção local, disseminada ou sistêmica1-2. Objetivo: Descrever os resultados obtidos no tratamento de uma Lesão por pressão (LP) estágio 3 com o uso de tecnologia para identificação da carga microbiana. Método: Relato de experiência de um paciente em tratamento ambulatorial com LP estágio 3 de um hospital de grande porte na cidade de São Paulo. A ferida foi avaliada com a utilização do instrumento Bates-Jensen Wound Asssessment Tool3, que avalia a forma da ferida, tamanho, profundidade, descolamento, tipo de tecido necrótico, quantidade de tecido necrótico, tipo de exsudato, quantidade de exsudato, cor da pele ao redor da ferida, edema do tecido periférico, endurecimento do tecido periférico, tecido de granulação e epitelização. A carga microbiana foi identificada por meio da utilização da câmera emissora de luz violeta em comprimento clinicamente seguro de 405 nm que, ao entrar em contato com a superfície da ferida, gera a fluorescência das bactérias quando sua concentração é &gt;104 CFU/g (Moleculight®, Toronto, Canadá).O presente estudo foi aprovado pelo comitê de Ética em pesquisa – CAAE: 62833922.9.3001.0070. Resultado: Paciente com 62 anos, em tratamento de regime ambulatorial, diagnosticada com LP estágio 3. Os antecedentes clínicos eram Diabetes Mellitus, doença renal crônica dialítica, anúrica e, no momento da avaliação, em tratamento clínico de fratura no membro inferior direito devido queda, que contribuiu para dificuldade de mobilidade da paciente. Paciente com histórico de amputação de perna no nível do joelho, há cinco anos, por obstrução arterial. À primeira avaliação, o resultado do instrumento Bates-Jensen Wound Asssessment Tool foi de 44, escore de dor 6 pela escala numérica (de 0 a 10) e odor forte ao entrar no leito. Foi realizado a limpeza da ferida e captura da imagem com a Moleculight®, que mostrou alta carga microbiana na ferida. Portanto, optou-se pela utilização de solução de PHMB para limpeza mecânica da ferida e na pele perilesional. Foi mantido gaze embebida por 15 minutos no leito ferida. O tratamento prescrito foi um curativo com capacidade de absorção composto por prata, alginato de cálcio e carboximetilcelulose por 48 horas. Na reavaliação, o resultado do instrumento Bates-Jensen Wound Asssessment Tool foi de 40, indicando melhora da ferida. Também houve melhora do escore de dor para 3 e melhora substancial do odor, que estava presente apenas na retirada do curativo. Ao analisar as capturas das imagens da moculight® observou-se redução significativa da carga microbiana, mostrando a efetividade da terapia tópica empregada no controle de carga microbiana. Conclusão: Foi possível identificar diminuição de carga microbiana na ferida com a terapia tópica empregada e com o uso da tecnologia, consequente otimização do processo de cicatrização da ferida. Contribuições para Estomaterapia: Estudos com a utilização de tecnologias por enfermeiros pode contribuir substancialmente para tomada de decisão em relação ao tratamento e melhora dos resultados clínicos</p> Saskia Iasana Pontes Fleury, Gisele Cabral Da Silva, Aline Gonçalves Dos Santos, Sany Tauani Gallo, Paula Cristina Nogueira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1077 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CISTITE ACTÍNICA: INFORMAÇÕES ESSENCIAIS E ESTRATÉGIAS DE CUIDADO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1078 <p>Introdução: A cistite actínica é uma condição inflamatória da bexiga urinária causada pela exposição à radiação, comumente associada ao tratamento do câncer pélvico. Esta condição pode resultar em uma série de sintomas, afetando significativamente a qualidade de vida das pessoas. Dentre os sinais e sintomas apresentados, destaca-se hematúria; disúria; noctúria, hidronefrose, infecções urinárias, polaciúria, dor retropúbica, incontinência urinária e até mesmo insuficiência renal(1-5). Objetivo(s): Fornecer informações abrangentes sobre a cistite actínica, desde sua definição até estratégias de tratamento e cuidados. Método: Este manual foi desenvolvido por enfermeiros participantes do módulo de incontinência da Pós-Graduação em Estomaterapia, no ano de 2023, do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Foi apresentado à Professores e Enfermeiros Estomaterapeutas, bem como utilizada uma abordagem colaborativa, reunindo conhecimentos teóricos e práticos adquiridos ao longo do curso, juntamente com revisão bibliográfica atualizada. O conteúdo foi organizado de forma didática e acessível, priorizando informações relevantes e estratégias de cuidado baseadas em evidências. Foi elaborado com o intuito de ser acessível a uma ampla variedade de leitores, desde pacientes e cuidadores até profissionais de saúde. Para garantir essa acessibilidade, optou-se por uma linguagem simples e direta, evitando jargões técnicos excessivos e utilizando termos compreensíveis para o público em geral. Além disso, o manual é ricamente ilustrado, que ajudam a elucidar conceitos complexos de forma visualmente atrativa e fácil de entender. Resultados e Conclusão: O manual resultante oferece uma visão abrangente da cistite actínica, começando pela sua definição e fatores de risco, incluindo a relação com o câncer pélvico e o tratamento por radioterapia. Foi descrito em detalhes os sintomas comuns, bem como estratégias de tratamento. Destacou-se o papel crucial do enfermeiro estomaterapeuta no manejo integrado dessa condição, abordando não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e psicossociais. Vale ressaltar que o conhecimento a respeito desses problemas e seus sintomas são relevantes para o tratamento precoce e melhoria no dia a dia das pessoas acometidos por estas disfunções. As identificações destes sintomas são relevantes para iniciar e prevenir possíveis distúrbios que se agravam com o tempo e, que podem ter bons resultados com o acompanhamento de um enfermeiro Estomaterapeuta, que tem como tratamento de primeira linha a mudança comportamental e tratamentos conservadores. A cistite actínica enfrenta uma escassez de estudos e divulgação, o que limita o entendimento e os recursos disponíveis para tratá-la. Isso pode levar a diagnósticos tardios e tratamentos inadequados. É fundamental aumentar a conscientização sobre essa condição, incentivando a pesquisa e o desenvolvimento de melhores estratégias de manejo. Este manual é um passo importante nesse sentido, oferecendo informações essenciais. Contribuições para a Estomaterapia: Este manual representa uma contribuição significativa para a prática da estomaterapia, fornecendo um recurso abrangente e atualizado para o manejo da cistite actínica. Ao destacar o papel do enfermeiro estomaterapeuta na gestão dessa condição específica, fortalece-se a importância dessa especialidade no contexto do cuidado em saúde. Além disso, serve como um guia educacional valioso para enfermeiros em formação e profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pessoas com cistite actínica.</p> Jéssica De Aquino Pereira ; Instituto Israelita Albert Einstein), Karina Schopf, Rosana Moreira Sterque Pinto, Patricia Yoshida, Thalita Rodrigues Hamasaki, Claudia Shimabukuro, Vanessa Aparecida Dalagrana, Geraldo Magela Salomé ) Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1078 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSTRUÇÃO DE UMA FERRAMENTA AUDIOVISUAL PARA ORIENTAÇÃO DO DIÁRIO MICCIONAL VOLTADA PARA PACIENTES COM DISFUNÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFERIOR https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1079 <p>Introdução: O diário miccional é um método simples e investigativo utilizado pelos profissionais, para avaliar distúrbios miccionais que acometem o trato urinário inferior. Por meio dessa ferramenta, o profissional poderá analisar o comportamento do paciente, fazendo uma análise criteriosa para diagnósticos e implementação de terapias comportamentais eficientes1. A ferramenta deve ser utilizada nas 24h em um período de três dias, que podem ou não serem consecutivos. No diário, o paciente registra a ingesta hídrica e suas eliminações vesicais. As informações obtidas decorrentes deste registro, guia o profissional a uma investigação do distúrbio miccional apresentado. Com a aplicação do diário, o enfermeiro estomaterapeuta pode identificar múltiplas disfunções miccionais, a saber: anúria, enurese, poliúria, polaciúria, noctúria, urgência miccional, perda de urina aos esforços, capacidade de armazenamento da bexiga, incontinências, e sinais sugestivos de patologias que interferem no funcionamento do trato urinário inferior. Apesar da sua relevância para avaliação e tratamento, observou- se que os pacientes possuem dificuldades na compreensão da sua importância e registro correto. Objetivo: Relatar a experiência da construção de ferramenta audiovisual para orientação do correto preenchimento do diário miccional por pacientes em avaliação de disfunções do trato urinário inferior pelo enfermeiro estomaterapeuta. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência que destaca a construção de um vídeo educativo/explicativo para o correto registro do diário miccional por pacientes avaliados e acompanhados pelo enfermeiro estomaterapeuta. A experiência ocorreu entre os meses de abril e maio de 2023. Desenvolvimento: A construção da ferramenta ocorreu em duas etapas. A primeira etapa foi a de organização, que incluiu o planejamento do trabalho e a produção do roteiro a ser seguido. A segunda etapa foi de confecção do vídeo, que diz respeito a gravação propriamente dita. Após essas etapas, iniciou-se a implementação da ferramenta educativa no serviço que foi apresentada, pelo enfermeiro estomaterapeuta aos pacientes durante o atendimento, quando solicitado a realização do diário miccional. Importante informar que o vídeo foi disponibilizado aos pacientes para revisitar e tirar dúvidas quando necessário, durante os três dias de preenchimento do diário miccional. Considerações finais: Observou-se que, com o auxílio do vídeo educativo/explicativo, os pacientes puderam ter uma melhor compreensão do que está sendo solicitado. Destacou-se também que a ferramenta serviu de suporte e guia de orientação para o enfermeiro, norteando sua explicação e favorecendo uma comunicação mais assertiva e direta com o usuário. Contribuições para Estomaterapia: A utilização de ferramentas audiovisuais como meio de educação em saúde, voltada a facilitar a compreensão dos usuários, pode contribuir com a avaliação mais fidedigna dos hábitos miccionais apresentados, para que o enfermeiro possa planejar uma assistência direcionada as reais necessidades do paciente. Assim, trata-se de um recurso viável para contribuir com a prática profissional e educativa do público assistido.</p> Anna Clara Vargas Rodrigues, Wanderson Medas De Oliveira, Carolina Cabral Pereira Da Costa, Jéssica De Castro Santos, Cristiene Faria, Raquel De Mendonça Nepomuceno, Cinthia Cristine Rosa Campos Medaber, Priscila Sanchez Bosco, Patricia Alves Dos Santos Silva, Norma Valéria Dantas De Oliveira Souza, Caroline Rodrigues De Oliveira, Fernanda Henriques Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1079 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO EM PESSOAS TRANS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1080 <p>Introdução: Pessoas trans e travestis podem adotar estratégias transitórias para mudanças corporais com objetivo de afirmação de gênero, dentre estas, inclui-se a tração do pênis (aquendar/tucking), a fim de esconder o volume genital, junto ao saco escrotal, acompanhada ou não de roupa íntima compressiva ou esparadrapagem. Como estratégia definitiva para afirmação de gênero, estão as cirurgias denominadas vulvoplastia e vaginoplastia, a qual modificam o pênis reconstruindo uma neovagina. Ambas abordagens colaboram com as Disfunções do Assoalho Pélvico, que incluem a incontinência urinária, incontinência fecal e o prolapso de órgãos pélvicos¹. Objetivo: Identificar na literatura a ocorrência e os fatores de risco para disfunção do assoalho pélvico em pessoas trans e travestis. Método: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura. O período de coleta foi de janeiro a fevereiro de 2024, sendo os dados obtidos por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), junto às bases de dados Pubmed e Cochrane Library. Foram utilizados os descritores para busca na BVS: “Pessoas Transgênero” OR “Travesti” AND “Incontinência Urinária” OR “Distúrbio do Assoalho Pélvico” sendo identificados 196 artigos. E para as buscas na Pubmed e na Cochrane Library foram utilizados os descritores: “Transsexual” OR “Transgender” AND “Pelvic Floor”, sendo encontradas 64 publicações. Após a obtenção dos artigos houve a leitura do título e do resumo, com intuito de refinar os estudos que abordassem apenas a temática deste estudo. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra, publicados e indexados nos bancos de dados nos últimos 10 anos (2014-2024). Além disso, os critérios de exclusão foram: artigos que não versavam sobre o tema, indisponíveis para acesso na íntegra, teses e dissertações e artigos duplicados. Após aplicação destes critérios, foram excluídos 234 artigos, sendo 11 duplicados e os outros por não atenderem aos critérios de elegibilidade. Após a leitura completa dos 15 artigos restantes, foram selecionados seis estudos. Resultados: Pessoas trans e travestis estão mais susceptíveis às Disfunções do Assoalho Pélvico e um fator de risco fortemente observado foram as intervenções para afirmação de gênero. As principais complicações cirúrgicas que envolvem o assoalho pélvico são: dor pélvica, prolapso e estenose de intestino, disfunção sexual e incontinência urinária de urgência2,3,4,5. Conclusão: A pessoa trans e travesti possui riscos para o desenvolvimento das disfunções do assoalho pélvico, principalmente aquelas que “aquendam” e realizam vaginoplastia ou vulvoplastia. Atualmente, o Ministério da Saúde não reconhece o enfermeiro estomaterapeuta como parte da equipe cirúrgica dos ambulatórios de diversidade de gênero. Contribuições para a Estomaterapia: A incorporação do enfermeiro estomaterapeuta nas equipes cirúrgicas dos ambulatórios de diversidade de gênero pode mitigar os riscos e complicações associados às intervenções para afirmação de gênero, promovendo cuidados especializados no manejo das disfunções do assoalho pélvico e melhorando a qualidade de vida desta população.</p> Rafael Soares Nogueira, Heloísa Helena Camponez Barbara Rédua, Márcia Valéria De Souza Almeida, Gisela Maria Assis, Paula De Souza Silva Freitas Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1080 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 IMPLEMENTAÇÃO DA OFERTA DA ASSISTÊNCIA EM DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1081 <p>Introdução: A incontinência urinária (IU) é qualquer perda involuntária de urina e pode ser classificada como: Incontinência de Esforço (IUE), de Urgência (IUU), Mista (IUM), Incontinência Urinária por Retenção (IUR), Enurese, Incontinência Urinária Contínua (IUC), Insensível, durante o coito e Incontinência Urinária por Disfunção Neurológica¹. A grande maioria das pessoas que enfrentam a IU são mulheres. Isso se deve em parte aos fatores específicos do corpo feminino, como a anatomia da pelve, gestações, partos e menopausa, que aumentam o risco de desenvolver problemas urinários. Além disso, certos fatores de risco, como ansiedade, depressão e constipação intestinal, são mais comuns entre as mulheres. Embora as mulheres sejam as mais afetadas, a incontinência urinária não é exclusiva delas, o que destaca a importância de avaliações de enfermagem abrangentes para todos os pacientes2. Essa avaliação envolve a coleta contínua de dados subjetivos e objetivos relevantes para a saúde do indivíduo, família e comunidade, utilizando uma variedade de técnicas, como exames laboratoriais, testes clínicos e escalas de avaliação validadas. São informações essenciais para identificar as necessidades de cuidados de enfermagem e de saúde. Portanto, para o enfermeiro, é crucial desenvolver intervenções que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de IU. Objetivo: Relatar a experiência da implementação da oferta da assistência em disfunções do assoalho pélvico no ambulatório de ginecologia de um Hospital Universitário. Desenvolvimento: Este relato descreve o processo de implementação dos serviços para disfunções do assoalho pélvico em um hospital universitário em Vitória. Os serviços são oferecidos por meio do projeto de extensão "Cuidado Integral à Mulher e à Criança", no ambulatório de ginecologia desde outubro de 2023. A equipe inclui uma Enfermeira Estomaterapeuta, uma Enfermeira Docente Estomaterapeuta, uma Enfermeira Docente Especialista em Saúde da mulher e estudantes de Enfermagem, que realizam consultas uma vez por semana. Os principais desafios enfrentados incluem a organização dos fluxos de atendimento, especialmente em casos que demandam a colaboração de outras categorias profissionais, e a escassez de recursos para a aquisição de materiais como: cateteres, pessários e equipamentos de eletroestimulação. Apesar da escassez de recursos, é possível obter sucesso com algumas pessoas atendidas, especialmente naquelas com incontinência urinária de esforço. Considerações Finais: O processo de implementação da assistência às disfunções do assoalho pélvico demonstra um desfecho positivo principalmente em pessoas com incontinência urinária de esforço. Nesse sentido, acredita-se que as intervenções realizadas pelo projeto de extensão podem ser uma prática indispensável para o ensino e aprimoramento de estudantes e enfermeiros. Contribuições para Estomaterapia: Acredita-se que a implantação inicial da assistência em disfunções do assoalho pélvico no ambulatório de ginecologia de um Hospital Universitário pode contribuir para tensionar a formação de enfermeiros que conheçam as vertentes da estomaterapia, bem como fortalecer a área num estado com número irrisório de especialistas. Acredita-se que essa implantação proporciona cuidado seguro e eficaz no manejo das disfunções do assoalho pélvico em mulheres atendidas no ambulatório.</p> Márcia Valéria De Souza Almeida, Rafael Soares Nogueira, Heloísa Helena Camponez Barbara Rédua, Solange Da Costa De Bortoli Neves, Paula De Souza Silva Freitas, Karen Montuan De Souza Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1081 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM INCONTINÊNCIAS URINÁRIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1082 <p>Introdução: Com predominância mundial estimável de 25 a 45%, a Incontinência urinária (UI) destaca-se como um problema de saúde pública¹. No Brasil, cerca de 30 a 43% das mulheres relatam IU, valor esse que pode não ser totalmente real, por se tratar de uma doença muitas vezes não diagnosticada, além de muitas mulheres acreditarem se tratar de sintoma relativo ao envelhecimento². A IU não representa uma doença que cause um risco diretamente à vida, mas os sintomas comprometem a autoestima e a Qualidade de Vida da pessoa (QV)³. Objetivo: Identificar o impacto na qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária. Método: Foi realizado um levantamento bibliográfico buscando publicações que tivessem até dez anos de publicação, de janeiro de 2013 até janeiro de 2023 nas línguas inglesa e portuguesa, utilizando-se das bases de dados PubMed e na Biblioteca Virtual m Saúde (BVS). Utilizou-se o Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para selecionar quais seriam os termos utilizados para a pesquisa, elegeu-se então os seguintes descritores em língua portuguesa e inglesa: incontinência urinária, qualidade de vida, mulheres, urinary incontinence, quality of life, women. O operador booleano escolhido foi o “AND”, gerando as seguintes combinações: Qualidade de vida and incontinência urinária and mulheres, urinary incontinence and quality of life and women. Resultados obtidos foram de 179 artigos, dos quais tivemos 125 artigos excluídos, após leitura do título e resumo, por não estarem dentro da questão norteadora. Foram selecionados para a leitura na íntegra 54 artigos, após leitura na íntegra, por não estarem dentro da questão norteadora foram excluídos 45 artigos 3 incluídos na revisão integrativa da literatura 09 artigos. Resultados: Foi realizado uma tabela com a síntese dos 09 artigos, onde eles foram majoritários, no que diz respeito aos aspectos negativos da incontinência urinária em relação às interferências sociais, as mulheres portadoras sentem-se constrangidas ao sair de casa, frequentar festas, igrejas ou realizar viagens, devido ao medo da perda de urina involuntária em público e o odor de urina ser percebida. Por tanto, os artigos justificaram as relevâncias dos efeitos negativos como: vergonha, mal-estar, impacto direto na QV, limitações de atividades diárias e sociais, desconforto higiênico. Levando uma exclusão social e repercussões psicológicas negativas. Conclusão: A análise feita com os artigos selecionados, observa-se que a UI interfere negativamente na qualidade de vida das mulheres, sendo evidenciado pela diminuição da autoestima, insônia e aumento do estresse. Afetando as relações sociais de convívio profissional e familiar. Contribuição para Estomaterapia: Ressaltar a importância que os Enfermeiros Estomaterapeutas tem através da sua atuação de proporcionar melhora da QV das mulheres devido auxiliar através de exercícios de fortalecimentos na melhora do controle da UI.</p> André Augusto Galvão, Adriana Do Nascimento Silva, Ana Claudia Chica, Marcela Pedrasini Shimazaki Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1082 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 SESSÃO EDUCATIVA SOBRE RETENÇÃO URINÁRIA CRÔNICA E CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1083 <p>SESSÃO EDUCATIVA SOBRE RETENÇÃO URINÁRIA CRÔNICA E CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Introdução: A retenção urinária crônica é uma condição clínica que afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, podendo levar a complicações graves se não for devidamente tratada. O cateterismo intermitente limpo é uma das principais modalidades terapêuticas utilizadas para o manejo dessa condição, sendo fundamental para a promoção da saúde e o bem-estar dos pacientes. No contexto da equipe multiprofissional de saúde, o papel de cada profissional é crucial para garantir uma abordagem abrangente e eficaz no cuidado aos pacientes com retenção urinária crônica. Objetivo: Descrever o processo de uma sessão educativa sobre retenção urinária crônica e cateterismo intermitente limpo, realizada em uma Unidade de Referência Especializada, compartilhando a abordagem utilizada e os assuntos discutidos como recurso para a melhoria da performance profissional e qualidade assistencial. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em uma Unidade de Referência Especializada situada em Belém, Pará, em março de 2024. A sessão educativa aconteceu no auditório da Unidade em dias distintos com a equipe multiprofissional da manhã e tarde. Cada sessão teve duração de aproximadamente 3 horas, permitindo uma abordagem abrangente e interativa dos temas propostos. Durante a sessão foram realizadas apresentações sobre a anatomia e fisiologia do aparelho urinário através de vídeos ilustrativos, assim como fisiopatologia da retenção urinária crônica, proporcionando uma compreensão básica dos mecanismos. Em seguida foram discutidas as principais causas e fatores de risco associados a condição, bem como suas consequências para a saúde do paciente. Foi enfatizado a importância do cateterismo intermitente como método terapêutico, abordando-se as indicações clínicas para sua realização e as técnicas adequadas para minimizar o risco de complicações, como infecções do trato urinário. Para promover uma aprendizagem prática e aplicada, foram apresentados estudos de caso clínicos, seguidos de discussões em grupo para análise e elaboração de estratégias de manejo. Considerações Finais e Contribuições para a Estomaterapia: A sessão educativa foi uma oportunidade valiosa para aprimorar os conhecimentos e habilidades dos participantes pois permitiu integrar a teoria com situações práticas do cotidiano clínico. Destaca-se a importância do estomaterapeuta pois tem papel fundamental na avaliação, treinamento e prevenção de complicações para garantir uma abordagem integral e de qualidade. Essa experiência reforça a necessidade contínua de educação e capacitação dos profissionais para uma melhor assistência aos pacientes com retenção urinária crônica.</p> Lorrainie De Almeida Gonçalves, Marthyna Pereira De Mello, Nathalia Cristiane Caldas De Sena, Waldenice Amanajás Pinheiro, Andréa Lopes Pantoja, Maria Dina Rêgo Dos Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1083 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 A APLICABILIDADE ÉTICA DAS MÍDIAS DIGITAIS NA EXPANSÃO DA ESTOMATERAPIA NO BRASIL. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1084 <p>Introdução: A Associação Brasileira de Estomaterapia - SOBEST®, fundada em 1992, é uma instituição científica e cultural que abrange as áreas de estomias, feridas e incontinências, reconhecida pelo World Council of Enterostomal Therapists - WCET®.1, 2 A fundamentação das associações científicas está embasado no estímulo à produções científicas, proporcionar network profissional, estímulo às atividades educacionais da especialidade, a qualificação profissional para uma assistência de qualidade e as orientações legais sobre direitos e deveres. 2, 5 Para corroborar com as atividades das associações científicas e ampliar a sua visibilidade, às mídias digitais vem estabelecendo um papel fundamental, através do discernimento, da valorização e do compartilhamento de informação. 3, 4, 5 A Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e Resolução COFEN Nº 716 de 27 de fevereiro de 2023 também são fortes aliadas que norteiam a divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelas sociedades, oferecendo segurança e respeito para com as informações compartilhadas. 5 Para atividades dentro das redes sociais, quanto mais as pessoas salvam, curtem e comentam suas fotos e vídeos, em proporção ao seu número de seguidores, maior é seu engajamento. Um perfil de rede social que possui um elevado número de pessoas vinculadas e participando ativamente transmite credibilidade. Objetivo: Relatar a experiência da SOBEST® na divulgação da estomaterapia no país, assegurando a sua compreensão de forma completa, segura, ética e confiável. Metodologia: Relato de experiência da SOBEST® sobre a aplicabilidade das mídias sociais na expansão e divulgação da estomaterapia pelo país. Resultados: Entre os anos de 2017 e 2024 as duas principais mídias sociais da SOBEST®, Instagram e Facebook, divulgaram 2.974 publicações. Com relação às pessoas vinculadas às redes sociais, nomeados seguidores, atualmente temos 38,1 mil no Instagram e 20.057 mil no Facebook, representando um alto volume de informações circulantes entre as pessoas interessadas nos conteúdos divulgados pela sociedade. O alcance do Instagram atingiu 81.931 contas, sendo estes 9.513 seguidores e 72.418 não seguidores. Ao observarmos o alcance por tipo de conteúdo as publicações atingiram individualmente 24,4 mil contas. As visualizações relacionadas aos Stories foram 5,1 mil contas e os Reels 3 mil contas, entre seguidores e não seguidores. A classificação de melhor conteúdo divulgado com base em alcance foi a divulgação post “Estomaterapia uma especialidade exclusiva do enfermeiro” com 11,9 mil contas alcançadas, “7 de abril - Dia mundial da saúde” com 7,6 mil contas alcançadas e “Programa Educacional Portas Abertas - Lesão por fricção: o que o enfermeiro precisa saber” com 6,2 mil contas alcançadas. Ao analisarmos o Facebook alcançamos 85,973 mil contas e 924 engajamentos. Estas análises foram extraídas de uma mostra de 90 dias disponível nos relatórios das redes sociais. Conclusão/Contribuições para a estomaterapia: As redes sociais da SOBEST®, instagram e Facebook, implementadas com ética e responsabilidade, atuam efetivamente na expansão da especialidade no país.</p> Adriane Aparecida Da Costa Faresin, Edson Murayama Diniz, Sônia Regina Pérez Evangelista Dantas, Sílvia Angélica Jorge, Vera Lúcia Conceição De Gouveia Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1084 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CLUBE CIENTÍFICO DE PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS NO MANEJO DE FERIDAS: UMA ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE INOVADORA NA ESTOMATERAPIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1085 <p>Introdução: Os clubes de leitura podem ser traduzidos como uma estratégia de ensino-aprendizagem que oportuniza a troca de saberes, ordenada por um grupo de indivíduos que se reúnem para discutir evidências científicas e possibilitar o incremento de conhecimento em um cenário de experiências múltiplas1. Na Estomaterapia, entende-se que a adoção desse formato de estudo seja favorável ao aprimoramento do pensamento crítico, da habilidade de avaliação e apropriação da Prática Baseada em Evidências (PBE)2,3. Objetivo: Relatar a experiência da criação do primeiro Clube Científico de Prática Baseada em Evidências no manejo de feridas de difícil cicatrização na área da Estomaterapia promovido no Brasil. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência sobre o primeiro curso de extensão intitulado “Clube Científico: Prática Baseada em Evidências no Manejo de Feridas Complexas”, promovido pelo projeto de extensão universitária “Sistematização da Assistência de Enfermagem no Manejo de Lesões de Pele”, da Universidade Federal do Espírito Santo, criado como forma de popularizar o estudo de consensos no que tange ao manejo de feridas de difícil cicatrização. O Clube Científico foi realizado de forma gratuita, no período de junho de 2022 a agosto de 2023, e contou com a participação de 1.598 inscritos, entre enfermeiros generalistas, dermatológicos e estomaterapeutas do Brasil todo. Foram realizados treze encontros em formato online e de forma síncrona via YouTube®, com a presença de debatedores especialistas no manejo de feridas de difícil cicatrização acerca de guidelines disponibilizados previamente para leitura no grupo do Telegram®, plataforma adotada como meio de comunicação com os clubistas, que contou com 737 participantes. Com fins avaliativos, após cada encontro era aplicado no Telegram® um formulário de questões objetivas sobre o consenso estudado. Os debates foram gravados para visualização posterior, sendo a temática mais visualizada no YouTube® sobre o “Consenso de higiene da ferida de 2022”, com 2 mil visualizações. Os debates também foram incluídos para serem ouvidos no formato de podcast no Spotify®, integrando 173 inscritos. O assunto mais ouvido foi “Manejo de feridas com sinais de infecção”, com 148 acessos. O primeiro Clube Científico concedeu, ao final, um certificado de participação de 120 horas para os participantes que fizeram as doze provas e alcançaram um aproveitamento de nota igual ou superior a 70%. No total, 301 pessoas se certificaram. Considerações Finais: Considera-se que a criação de um Clube Científico, como um clube de leitura, voltado para a Prática Baseada em Evidências no manejo de feridas de difícil cicatrização pode tensionar a translação do conhecimento e promover letramento científico em saúde, ao democratizar o acesso à leitura e estudo das melhores evidências científicas disponíveis na literatura. Contribuições para a Estomaterapia: A implementação do primeiro Clube Científico opera como uma tecnologia educacional inovadora que fomenta uma educação permanente crítica e acessível para enfermeiros estomaterapeutas de todo o Brasil, fator que reverbera em uma prática de Enfermagem em Estomaterapia de excelência.</p> Paula De Souza Silva Freitas, Anna Bárbara De Almeida Dos Santos, Rafael Soares Nogueira, Aline De Oliveira Ramalho, Juliano Moraes Teixeira, Karen Montuan De Souza, Gabrielli Lopes Pinto, Heloisa Helena Camponez Barbara Rédua, Aryanne Carolyne Silva Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1085 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EMPREENDEDORISMO NA ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA: CAMINHO DE INOVAÇÃO E CUIDADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1086 <p>INTRODUÇÃO: A estomaterapia caracteriza-se como uma especialidade exclusiva da enfermagem responsável por proporcionar cuidados com feridas agudas e crônicas, estomias, incontinências, urinária/anal e fístulas, no manejo de tubos e drenos. Ademais, destina-se na prática de estratégias preventivas, terapêuticas e reabilitatórias. A expansão nacional dessa vertente atrelada à saturação imposta pelo mercado de trabalho, a subvalorização e o anseio por melhorias foram favoráveis para que o empreendimento alcançasse essa profissão. O empreendedorismo ganhou forças após a resolução Cofen 0568/2018, a qual viabilizou a expansão e autonomia da enfermagem. Esta proporcionou a regulamentação de consultórios e clínicas, oportunizando experiências inovadoras. Dessa forma, essa prática tem oportunizado aos profissionais de enfermagem a recriação do ofício, desvinculando-a da imagem de serviço subjugado ao médico e alicerçando-a como profissão detentora de conhecimento científico, capaz de gerar qualidade para os usuários. OBJETIVO: Relatar a experiência de uma enfermeira pioneira no empreendedorismo na estomaterapia no município de Picos-PI. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A clínica de Estomaterapia em questão foi criada há 4 anos em resposta à crescente demanda por cuidados especializados no tratamento de feridas agudas e crônicas e estomias no município. Inicialmente, antes da conclusão da Pós Graduação em Estomaterapia, os atendimentos da Enfermeira eram realizados em uma clínica de Fisioterapia e em domicílio, como maneira de conhecer as necessidades da população e demandas. Posteriormente, com a conclusão das Pós e conhecimento do mercado e das necessidades da população local, destinou investimentos em materiais e estrutura, inaugurando assim o seu espaço físico próprio, configurando-se como a 1ª clínica de Estomaterapia da cidade de Picos e 2ª no estado do Piauí. Diversos desafios foram enfrentados desde o início dos atendimentos, desde a baixa adesão por parte dos clientes, devido ao tradicionalismo e centralismo do cuidado a figura do profissional médico, entre outros. Atualmente, o principal obstáculo na área é a subvalorização da Enfermagem como profissão autônoma. Entretanto, é notório o impacto dessa especialidade na comunidade, uma vez que impacta diretamente na qualidade de vida dos clientes e contribui para o avanço e reconhecimento da prática da estomaterapia e do empreendedorismo na Enfermagem. Com isso, o empreendedorismo possibilita reunir o conhecimento científico e a habilidade de gestão, impulsionando inovações, tecnologias e melhorias nas práticas clínicas, destacando a importância de abordagens especializadas e personalizadas no cuidado aos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, constitui-se como área indispensável, favorecendo assistência individualizada, holística e eficaz, impactando diretamente ao cliente e seu contexto social. Ademais, evidencia que a prática empreendedora oportuniza aos profissionais de enfermagem a aquisição de novos conhecimentos, autonomia, flexibilidade, entre outros, tornando-se perspectiva inovadora no mercado de trabalho. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: Dessa forma, esse estudo oportuniza a ampliação de reflexões e discussões sobre o tema e contribuíra para uma maior expansão e aquisição de conhecimentos relacionados ao empreendedorismo na enfermagem. Ademais, constitui-se como prática viável e atrativa para a profissão, reforçando a autonomia, viabilizando a transformação do mercado de trabalho nacional e promovendo a oferta de profissionais qualificados.</p> Rhaylla Maria Pio Leal Jaques, Beatriz Batista Da Silva, Aline Alves Dos Santos Barbosa, Paloma Santos Alencar Sousa, Jamylle Kelly Feitosa De Oliveira Silva, Ana Clara Da Costa Ferreira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1086 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EXPERIÊNCIA DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING DA SOBEST® NA DIFUSÃO DA ESTOMATERAPIA NO BRASIL POR MEIO DAS MÍDIAS DIGITAIS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1087 <p>Introdução: As associações científicas surgiram em decorrência da necessidade de ampliar o contato e o conhecimento científico entre os profissionais, seu principal papel é estimular e divulgar a produção científica.1,2 A Associação Brasileira de Estomaterapia - SOBEST®, fundada em 1992, é uma instituição científica e cultural que abrange as áreas de estomias, feridas e incontinências, reconhecida pelo World Council of Enterostomal Therapists - WCET®.3 O Departamento de Comunicação e Marketing (DCM) da SOBEST® busca difundir a estomaterapia para todo o Brasil por meio das mídias digitais de forma efetiva e responsável.3 As mídias digitais têm se mostrado um recurso valioso na difusão de conhecimento científico, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e compartilhamento de informações de maneira ética e qualificada. 4 O engajamento dos assessores de comunicação e marketing junto aos associados e as seccionais da SOBEST®, a atuação de empresa de marketing digital contratada para estruturação e manutenção do site e redes sociais e a supervisão da diretoria do DCM construíram estratégias robustas e efetivas para a divulgação da Estomaterapia no país. A extração de dados foi possível através das ferramentas digitais utilizadas para o planejamento e comunicação entre a equipe. Foram confeccionadas planilhas no Excel para organização de rotinas e conteúdos, os arquivos de documentos foram realizados e compartilhados em Word, as artes digitais foram elaboradas em Powerpoint e CANVA. Juntas essas ferramentas corroboram para a manutenção do site e redes sociais em conjunto com empresa de marketing digital. Objetivo: Relatar a experiência do DCM na divulgação das ações da Associação Brasileira de Estomaterapia - SOBEST® no país. Metodologia: Relato de experiência sobre a elaboração de conteúdos digitais que contribuem para a divulgação das atividades realizadas pela SOBEST® no país, utilizando dados extraídos das ferramentas digitais Excel, Word, Powerpoint e CANVA. Resultados: Entre os anos de 2021 e 2023 foram geradas 936 publicações no site e redes sociais da SOBEST®, uma média de 312 postagens por ano, que tiveram o objetivo de oferecer para todo Brasil conteúdos voltado às práticas assistenciais, ensino e pesquisa científica, de forma ética e responsável. Conclusão/Contribuições para a estomaterapia: As mídias sociais da SOBEST®, utilizadas para divulgação de conteúdos relacionados a Estomaterapia, são efetivas em seu compromisso de difundir o conhecimento científico para todo o Brasil.</p> Adriane Aparecida Da Costa Faresin, Edson Murayama Diniz, Ivan Rogério Antunes, Márcia Domingues De Oliveira Da Silva, Sônia Regina Pérez Evangelista Dantas, Vera Lúcia Conceição De Gouveia Santos Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1087 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 JOGO DE TABULEIRO COMO FORMA EDUCATIVA DE DESPERTAR O RACIOCÍNIO CLÍNICO NA AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE HUMANA BÁSICA DE ELIMINAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1088 <p>INTRODUÇÃO: A criação de jogos educativos oferece uma abordagem dinâmica e envolvente para o ensino do raciocínio clínico, na formação do enfermeiro. No contexto do sistema digestório e urinário, um jogo de tabuleiro surge como ferramenta promissora para despertar o pensamento crítico e reflexivo, concorrente, criativo e a compreensão da necessidade humana básica de eliminação 1,2. A aprendizagem baseada em jogos apresenta alta capacidade de motivação e envolvimento do aluno no processo ensino-aprendizagem1, e quando aplicados na perspectiva do ensino em enfermagem, têm potencial para aprimorar a tomada de decisões clínicas3 OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na construção de um jogo de tabuleiro para suportar o ensino do raciocínio clínico da necessidade humana básica (NHB) de eliminação. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um relato de experiência da criação de um jogo de tabuleiro, desenvolvido e aplicado entre acadêmicos de enfermagem, da universidade pública, no Pará. Inicialmente, foi realizado o embasamento teórico, desenvolvido as “Cartas desafio” com temas relevantes. O jogo foi criado com 41 perguntas, sendo divididas em três temas, representados em cada casa: exame físico abdominal, NHB de eliminação urinária e intestinal. Participou do jogo 3 equipes, sendo a vencedora a que chegou primeiro na linha de chegada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência com a criação e uso do jogo foi bem satisfatória, pelo incentivo à participação ativa dos acadêmicos; oportunidade de entretenimento e aprendizagem; assimilação de informações, promoção das habilidades de trabalho em equipe, tomada de decisão e pensamento crítico. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: O jogo educativo proporcionou uma valiosa contribuição para a estomaterapia ao emergir como recurso complementar inovador que promove o aprimoramento contínuo das habilidades de avaliação e intervenção do enfermeiro Estomaterapeuta ou não.</p> Lisiany Carneiro De Santana Moreira, Thaise De Cássia Monteiro Monteiro Rabelo, Bruna Thaís Furtado De Sousa, Rebeca Gonçalves Campos Ribeiro, Joyce Kelren Ferreira Da Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1088 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 SERVIÇO DE TELECONSULTORIA EM ESTOMATERAPIA EM UMA REDE VERTICALIZADA COM 87 HOSPITAIS: UM ESTUDO DESCRITIVO. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1089 <p>Introdução: A Telenfermagem compreende a incorporação de Tecnologias de Informação e Comunicação para a prestação de cuidados de enfermagem através da utilização de produtos tecnológicos e processos¹. Permitindo atender a demanda de saúde individual e coletiva e incorporando estratégias de prevenção, promoção e reabilitação de saúde². Desse modo, possibilita melhorar e fornecer com qualidade a prestação de cuidados em saúde à população em geral, independentemente da sua localização geográfica. As consultorias de cuidados de caráter remoto ganharam visibilidade e papel importante nos serviços de saúde, especialmente após o período da pandemia do COVID-19. Além disso, sabe-se que o número de profissionais especializados para tratamento de feridas e estomas é inferior à demanda populacional³. Nesse contexto, o desenvolvimento de teleconsultorias proporciona um ambiente para orientação de condutas sobre casos, esclarecimentos de dúvidas e espaço de formação profissional. Objetivo: Descrever o processo de teleconsultorias assíncronas de acompanhamento de lesões de pele em uma rede verticalizada. Método: Trata-se de um estudo descritivo com a apresentação do fluxo de funcionamento de teleconsultorias assíncronas para acompanhamento de lesões de pele de pacientes internados em instituições de nível terciário de uma rede verticalizada do Brasil. A implementação do serviço ocorreu em conformidade com a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) Nº 696/2022, que dispõe sobre a normatização da atuação da Enfermagem na Saúde Digital4. A telenfermagem especializada foi implementada em julho de 2020 sob mediação de uma enfermeira estomaterapeuta corporativa. As reuniões acontecem por meio da plataforma Microsoft Teams, com o objetivo de criar um espaço para discussão de casos com profissional especialista (Estomaterapeuta) com o objetivo direcionar o cuidado terapêutico das lesões por pressão e lesões complexas nos hospitais da rede. Resultados: Na teleconsultoria, os responsáveis de cada instituição devem apresentar todos os pacientes com lesão por pressão e lesões complexas de outras etiologias por meio de modelo previamente disponibilizado, no qual tem uma tela com as informações gerais do paciente, motivo da internação hospitalar, tempo de internação hospitalar, internação atual, origem da lesão, data da identificação da ferida, escore da Escala de Braden, cuidados implementados; e na segunda tela ficam as fotos das lesões de pele, uso da régua para identificação da foto, características não visualizadas na foto, como: exsudato, odor, diferentes colorações. Para organização das teleconsultorias, os hospitais são organizados conforme regionais e agendado o horário disponibilizado para apresentação de todos os casos de lesão por pressão e lesões complexas do hospital. Conclusão: Com isso, percebe-se que teleconsultorias de lesões de pele podem contribuir com a melhoria da assistência de saúde para os pacientes com feridas e estomas. Aliás, apresenta-se como um espaço de formação profissional sobre as boas práticas de cuidados com a pele, reforçando os cuidados de prevenção e condutas adequadas conforme as peculiaridades do paciente. Contribuições para a Estomaterapia: A telenfermagem como consultoria em Estomaterapia contribui para fortalecer o alcance do cuidado especializado para pacientes que necessitam de uma avaliação, assim como, a educação dos profissionais envolvidos no processo, possibilitando a conquista de novas áreas de atuação.</p> Hilda Macambira Santtos Holanda, Maria Laura Silva Gomes, Thaís Vaz Jorge, Nayara Almeida Nunes, Nayanne Oliveira Da Silva, Fabiana Yasuko Rovari Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1089 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 VÍDEOS EDUCATIVOS: ESTRATÉGIA DE ENSINO ASSÍNCRONO PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL NA ÁREA DE FERIDAS, ESTOMIAS E INCONTINÊNCIAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1090 <p>Introdução: Os vídeos educativos são uma tendência que contribui para a formação dos profissionais de enfermagem, educação em saúde, fortalecendo o desenvolvimento profissional, tendo como vantagem a possibilidade de atingir um público maior em diferentes locais e no tempo do aprendiz¹–². Objetivo: Descrever o desenvolvimento de vídeos educativos na área de fundamentos de enfermagem e estomaterapia com enfoque em feridas, estomias e incontinências. Metodologia: Estudo metodológico realizado de novembro de 2022 a abril de 2024. Os vídeos foram produzidos por enfermeiros da Educação Continuada, Núcleo de Estomaterapia, Terapia Intensiva, Unidades de Internação e suporte do docente da Faculdade de Enfermagem, elaborados a partir dos protocolos operacionais padrão das técnicas e roteiros construídos com embasamento científico recente³. Na fase de pré-produção elaborou- se o roteiro do tipo storyboard com cards por meio da utilização do programa Canva? com os tópicos: abertura, finalidade, executantes, princípios gerais, material necessário, técnica, créditos e vinheta final. Na fase de produção a equipe de enfermeiros e técnicos de enfermagem com experiência clínica e assistencial prepararam os materiais, e um quarto de enfermaria foi o cenário de gravação. Os profissionais foram os próprios atores e fizeram uso de simuladores e moulage para caracterização em alguns vídeos. Na fase de pós-produção, a partir do roteiro pré- estruturado com as legendas e imagens, o editor profissional utilizou o Adobe Premiere? para sequenciar os vídeos e editá-los. Na fase de implementação do treinamento os vídeos foram agrupados por módulos, com conteúdos por temáticas na área de feridas, estomias e incontinências e disponibilizados no ambiente virtual de aprendizagem Moodle? para 1500 profissionais da equipe de enfermagem da instituição de acordo com as suas atribuições profissionais. Resultados: Elaborou-se 24 vídeos educativos da área de estomaterapia, abordando curativos de lesão cirúrgica fechada, aberta ou deiscência, drenos de sistema aberto e fechado, traqueostomia, cistostomia, nefrostomia e gastrostomia. Contemplou-se os curativos de cateteres venosos centrais, periféricos, intracraniano e retirada de pontos. Na área de estomia os vídeos reproduziam a técnica de higiene do estoma, esvaziamento da bolsa coletora, troca do dispositivo coletor e base adesiva, limpeza e troca da cânula de traqueostomia, demarcação de estomas intestinais. Na área de incontinência, destacou-se a técnica de colocação de dispositivo externo para incontinência urinária, a cateterização vesical intermitente e de longa permanência, o sistema de incontinência fecal e a coleta de exames por derivações urinárias. Produziu-se ainda técnicas mais especializadas como a aplicação de fotobiomodulação, o desbridamento instrumental conservador e o uso de terapia por pressão negativa. Os vídeos têm duração média de 4 a 5 minutos com legendas e sem narração. O início do treinamento ocorreu em março/2024 e dentro de um mês 1159 profissionais estão em fase de treinamento e 200 já concluíram os módulos disponíveis. Conclusão: A elaboração deste conteúdo de vídeos educativos na área de estomaterapia proporcionou disseminação do conhecimento, que possibilita a atualização dos profissionais de enfermagem na área, além de padronizar os procedimentos e técnicas na instituição, oferecendo uma assistência de enfermagem mais segura, qualificada e baseada em evidências científicas.</p> Carolina Akmiy Schiezaro Falcioni, Angélica Olivetto De Almeida, Erika Sana Moraes, Ana Paula Gadanhoto Vieira, Mariana De Jesus Meszaros, Bruna Bueno Soares, Luciana Aparecida Costa Carvalho, Eliane Sanches, Letícia Alves, Juliany Lino Gomes Silva, Evelyn Gracie Araújo Pimentel, Joaquim Antonio Graciano, Kleber Barreto Baptista, Paulo Rogério Julio, Elenita Aparecida De Castro Recco Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1090 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 A IMPORTÂNCIA DA CONVEXIDADE NO CUIDADO AO PACIENTE COM ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1091 <p>Introdução Apesar da evolução da assistência ao longo dos anos, a pessoa com estomia enfrenta o desafio de encontrar um dispositivo coletor eficaz que se adapte ao redor do estoma e ao perfil do seu corpo para evitar complicações. Especialmente nos casos de estomas planos ou retraídos e planos periestomia irregulares, como vincos ou dobras(1). Nesse contexto, destaca-se a importância do profissional estomaterapeutas para fazer a escolha adequada diante da diversidade de equipamentos existentes no mercado(2,3), incluindo a variedade de produtos convexos com diferentes profundidades e formas. Objetivo Avaliar uso de equipamento coletor convexo em pessoas com estoma plano e dificuldade de adaptação do equipamento coletor. Método: Estudo descritivo observacional realizado em serviço de estomaterapia de hospital público nordestino, entre maio e julho de 2022 e foram incluídos 15 pacientes com estoma plano e dificuldade de adaptação do equipamento coletor. Foi utilizado ficha de avaliação e prescrição de cuidados para pessoas com estomia. Os pacientes foram avaliados e acompanhados pelo serviço de estomaterapia, que realizou troca de equipamento e orientações para o autocuidado. Os dados foram digitados e processados em planilha do Microsoft Excel® e posteriormente analisados e discutido a luz da literatura. Em todas as etapas do estudo foram respeitados os princípios éticos, o estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UESPI, via Plataforma Brasil, sob parecer nº 4.915.239. Resultado: A amostra foi composta majoritariamente pelo sexo feminino, idade média de 66,5 (± 16,2) anos, 6(40%) com diagnóstico de neoplasia em alguma porção intestinal, 3 (20%) neoplasia de bexiga e 6 (40%) outros. Quanto a classificação da estomia maioria 11(73,3%) do tipo terminal, 4 (26,6%) em alça, sendo 8 colostomias e 7 ileostomias. Quanto a permanência 6 definitivo 8 temporário e um indefinido, a maioria 10(62,5%) em abdome globoso. Em relação a adaptação e a complicações 4 com complicações na estomia, 6 com complicações na pele periestomia 3 com vazamento uma deiscência e um com alergia ao equipamento. Os pacientes avaliados 12 tiveram indicação de uso de convexidade, e seguiram sendo acompanhados pelo serviço apresentando melhora das complicações na pele periestomia com a conduta e orientações fornecidas. Conclusão Os resultados do estudo demonstraram que o uso de equipamentos convexo possibilitou melhora complicações como extravasamento do efluente e consequente melhora da pele periestomia nos pacientes avaliados, demonstrando ser ferramenta importante no gerenciamento de estomas planos. Contribuições para estomaterapia: Gerar dados sobre a tecnologia dos equipamentos convexos e a importância do enfermeiro estomaterapeutas no gerenciamento do cuidado a pessoa com estomia.</p> Dinara Raquel Araújo Silva, Sandra Marina Gonçalves Bezerra, Livia Tomaz Ulisses Gonçalves, Isabel Cristina Da Silva Rocha, Jessica Do Nascimento Silva Araújo, Roxana Mesquita De Oliveira Teixeira Siqueira, Yarla Brena Araújo De Sousa Pereira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1091 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 AÇÃO UNIVERSITÁRIA EM GRUPO OPERATIVO COM PESSOAS COM ESTOMIA. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1092 <p>INTRODUÇÃO: A abordagem voltada aos processos grupais possibilita a oportunidade de conhecimento, promovendo integração e reflexões tanto sobre si mesmo quanto sobre os demais. A aprendizagem se caracteriza como um fluxo contínuo no qual a comunicação e a interação são elementos inseparáveis, pois é através do contato com os outros que o aprendizado se desdobra. O Programa Reabilitar de Atenção à Saúde da Pessoa com Estomia atua no cuidado à pessoa com estomias que compreende as fases pré e pós-operatórias, suprindo a lacuna existente entre o procedimento cirúrgico e a alta hospitalar. Além de orientar a inserção das pessoas com estomia no serviço público de saúde para acompanhamento com vistas à reabilitação. OBJETIVO: Relatar a experiência de desenvolvimento de um grupo operativo para pessoas com estomia. DESENVOLVIMENTO: Relatar a vivência sobre participação em um grupo operativo com pacientes com estomia atendidos, em um Serviço de Atendimento à Pessoa com Estomia (SASPO) tipo II, em um município de Minas Gerais, entre os meses de janeiro a dezembro de 2023. As ações foram desenvolvidas com contribuições da equipe composta por alunos do projeto de extensão nas áreas da enfermagem, psicologia, nutrição e medicina. O Grupo de Pessoas com Estomia foi realizado em uma unidade Policlínica do município. O grupo foi realizado mensalmente, proporcionando um espaço vital para os pacientes compartilharem suas experiências no processo de reabilitação. Além disso, a cada encontro, uma área específica assume a responsabilidade de abordar questões pertinentes à sua atuação, respondendo também às necessidades expressas pelos pacientes. Sob organização da psicologia, foram conduzidos grupos que abordaram a temática psicossocial desses pacientes, oferecendo apoio emocional e estratégias para lidar com os desafios psicológicos associados à condição de ostomia. Sob a condução da nutrição, ocorreram dinâmicas visando a abordagem de temas nutricionais relevantes para os pacientes ostomizados. Essas atividades proporcionaram orientações específicas sobre dieta e nutrição, promovendo assim uma melhor qualidade de vida e adaptação às novas necessidades alimentares. Adicionalmente, as áreas de medicina e enfermagem também estiveram envolvidas, oferecendo suporte e informações especializadas sobre aspectos clínicos e cuidados com estomas, também sobre os equipamentos coletores e adjuvantes, garantindo uma abordagem multidisciplinar e abrangente para os participantes do grupo. Cada encontro foi cuidadosamente planejado para atender às demandas expressas pelos pacientes, promovendo assim um ambiente acolhedor e educativo para a comunidade ostomizada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os encontros permitem a interação entre profissionais e pessoas com estomia, de forma descontraída, mas com foco na adaptação e inclusão da pessoa com estomia. As ações realizadas estimulam a autonomia, autoconhecimento e autocuidado. Além da troca de experiências da pessoa com estomia, que permite descobertas de sentimentos, quebra de estigmas e fortalecimento do vínculo entre os participantes. A abordagem multidisciplinar e a participação ativa dos profissionais de saúde demonstram o compromisso com a melhoria da qualidade de vida desses pacientes e contribuem para uma reabilitação mais completa e integrada. CONTRIBUIÇÕES NA ESTOMATERAPIA: O atendimento direcionado às pessoas com estomia não se limita apenas ao fornecimento de equipamentos para o cuidado com estoma, implica abranger as complexidades de enfrentamento e adaptação da nova condição de saúde vivenciada. Dessa forma, o grupo de apoio possibilita aos profissionais da área maior contato com os participantes, fazendo com que se sintam acolhidos, facilitando a continuidade da assistência prestada, englobando todas as necessidades e demandas da pessoa com estomia.</p> Larissa Carvalho De Castro, Talles Fernandes De Souza, Victória Correa Nunes, Caroline Ambires Madureira, Juliano Teixeira Moraes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1092 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CARACTERIZAÇÃO DE ENFERMEIROS DA APS E A DEMANDA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE SOBRE OS CUIDADOS A PESSOAS COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1093 <p>Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) constitui a porta de acesso às Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil e o enfermeiro da APS necessita de conhecimentos sobre múltiplas temáticas para a sua atuação profissional, incluindo-se o cuidado às pessoas com estomas de eliminação. Objetivo: analisar as características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros da APS e a demanda de educação permanente sobre estomas de eliminação intestinal. Método: Trata-se de um estudo transversal quantitativo, realizado com enfermeiros que atuavam na APS em um município paulista (Aprovação CEP da Instituição proponente sob Parecer 5.435.383; CAAE 55910222.2.0000.5393). Para obtenção dos dados sociodemográficos, de formação e de experiência profissional utilizou-se questionário estruturado, com processamento de dados por estatística descritiva; e por meio de entrevista, utilizando-se a Técnica dos Incidentes Críticos (TIC) obteve-se informações sobre as necessidades de aprendizagem sobre o tema, sendo analisado por Análise de conteúdo dedutivo. Resultados: A amostra, constituída por 25 enfermeiros, apresentava idade entre 24 e 50 anos, média 36,3 anos e desvio padrão de 6,8 anos; tempo de formação variou entre 3 e 26 anos, média de 13 anos e desvio padrão de 6,3 anos; e o tempo de atuação na APS variou entre 1 e 22 anos, média de 9,68 anos e desvio padrão de 5,89 anos, sendo que 10 (40%) possuíam experiência assistencial em outros contextos de atendimento à saúde, além da APS; e 15 (60%) somente atuaram na APS. Houve relatos da necessidade de educação permanente sobre os cuidados específicos à pessoa com estomia relacionados ao esvaziamento, higienização, troca, recorte da base do equipamento e manutenção da bolsa, bem como da necessidade do estabelecimento de uma Linha de cuidado para estas pessoas. O estigma, as crenças e o preconceito, tanto do paciente, como do cuidador e do profissional, foram indicadas como fatores que influenciam a assistência desta clientela. Conclusão: Os profissionais da APS relataram a necessidade de educação permanente sobre os cuidados às pessoas com estomias de eliminação, bem como a necessidade de estruturação de uma Linha de Cuidados para uma atuação mais consistente da Enfermagem, para a qualificação do cuidado a esta clientela, com melhoria da integração dos diferentes níveis de atendimento na RAS. Contribuições para a Estomaterapia: As pessoas com estomias de eliminação necessitam de cuidados em diferentes pontos da RAS, considerando que a APS constitui a porta de entrada do Sistema Único de Saúde e a esta cabe, a responsabilidade do ordenamento da RAS, que constitui um campo fértil para atuação do estomaterapeuta na melhoria da assistência desta clientela, bem como na educação permanente dos profissionais da APS.</p> Janderson Cleiton Aguiar, André Aparecido Da Silva Teles, Antonio Jorge Silva Correa Júnior, Camila Maria Silva Paraizo- Horvath, Helena Megumi Sonobe Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1093 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSULTA DE ENFERMAGEM FUNDAMENTADA NOS PRESSUPOSTOS DA TEORIA DO AUTOCUIDADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1094 <p>INTRODUÇÃO: A consulta de enfermagem, atividade privativa do enfermeiro, deve estar fundamentada em pressupostos teóricos e saberes específicos da enfermagem. No entanto, verifica-se que, em muitos cenários, isso não ocorre. Nas consultas de atenção especializada, a técnica se afasta da teoria, gerando práticas clínicas vazias. No que concerne à consulta à pessoa com estomia, a avaliação da estomia se torna o foco, enquanto déficits e necessidades não são identificados, rompendo com o processo de enfermagem e com o saber científico da profissão. OBJETIVO: Descrever a experiência de estomaterapeutas na adoção de consultas de enfermagem fundamentadas nos pressupostos da teoria do autocuidado. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A experiência descreve a vivência de duas estomaterapeutas no atendimento a 20 pessoas com estomia de eliminação intestinal em dois Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada, localizados em Minas Gerais. Previamente, as atividades de enfermagem eram desenvolvidas com base em protocolos institucionais, sem amparo em referencial teórico. Estes protocolos previam a caracterização sociodemográfica e clínica da pessoa com estomia, avaliação da estomia e pele, com vistas à identificação de complicações, além da indicação de equipamentos coletores e adjuvantes. O modelo de consulta de enfermagem foi implementado em março e abril de 2024, como proposta de um projeto de pesquisa vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais. O modelo de consulta fundamentou-se nos pressupostos da teoria do déficit para o autocuidado, com ênfase nos temas: déficits e aptidão para o autocuidado, autonomia e sistemas compensatórios. Utilizaram-se as versões adaptadas dos formulários de avaliação da competência para o autocuidado da pessoa com estomia de eliminação intestinal e do formulário de avaliação da qualidade de vida da pessoa com estomia City of Hope - Quality of Life- Ostomy Questionnary como instrumentos de coleta de dados e sistematização da consulta. Verificou-se que o modelo de consulta fundamentado oferece ao enfermeiro maiores informações para a tomada de decisão, desde a coleta de dados até a avaliação. Ademais, permite identificar as necessidades e hierarquizá-las, diagnosticar problemas e seus fatores relacionados, propor metas factíveis em um contexto sociocultural, intervir de maneira assertiva, avaliar com foco na reabilitação e otimizar os serviços ofertados na atenção especializada. A adoção de um modelo de consulta centrado nas necessidades do paciente e apoiado em um referencial teórico revela o potencial não apenas de avaliar a estomia e suas complicações, mas também de ratificar a enfermagem como ciência, ofertando um cuidado sistematizado, único e com extremo alinhamento às fases do processo de enfermagem, permitindo um cuidado holístico e individualizado. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: evidencia-se que uma consulta fundamentada em pressupostos teóricos pode fornecer uma base sólida para práticas eficazes, avanços na pesquisa, inovação e colaboração entre generalistas e estomaterapeutas. Além disso, facilita o desenvolvimento de currículos de educação e treinamento em estomaterapia, com foco nas bases científicas da enfermagem, ratificando a essencialidade da especialidade para a construção de serviços de saúde resolutivos, que promovam saúde e reabilitem pessoas com estomias com qualidade de vida.</p> Patrícia Rosa Da Silva, Claudiomiro Da Silva Alonso, Simone Dos Anjos Caixeta Pacheco Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1094 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EXPLORANDO A TRANSIÇÃO DO CUIDADO E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM ESTOMIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1095 <p>Introdução: A criação de uma estomia, abertura artificial no abdômen para eliminar conteúdo intestinal ou urinário, marca um evento desafiador na vida(1). Essa intervenção cirúrgica, embora necessária em diversas situações, exige adaptações físicas, psicológicas e sociais que impactam significativamente na qualidade de vida (QV) da pessoa(2). Diante desse cenário, as equipes de saúde enfrentam um desafio crescente em garantir uma transição de cuidados eficaz no processo de desospitalização e quando pensamos em pessoas com estomias esse desafio se torna ainda maior, visto que é necessário uma atenção e cuidado qualificados dos profissionais de saúde envolvidos(3). Compreender a complexa jornada da transição do cuidado e os diversos fatores que influenciam a QV de pessoas com estomia é crucial para o desenvolvimento de intervenções eficazes que promovam o bem-estar dessa população(4). Objetivo: Avaliar a qualidade da transição do cuidado de pacientes com estomias durante a transição do ambiente hospitalar para o domicílio e seu impacto na qualidade de vida. Método: Este estudo de natureza transversal, analítica e descritiva envolveu 84 pacientes submetidos à cirurgia de estomia no Hospital de Clínicas da UNICAMP, avaliados de 1 a 4 semanas após a alta hospitalar. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE nº: 55547321.50000.5404) e parecer nº: 5272939. Após aprovação, os participantes foram contatados por telefone para responder aos questionários Care Transitions Measure e Stoma-Qol. Análises estatísticas descritivas e analíticas foram conduzidas. Resultados: A média total do escore de qualidade da transição do cuidado foi de 65,18. O aspecto "Plano de cuidado" recebeu a pontuação mais alta (66,97), enquanto "Entendimento sobre medicações" obteve pontuação mais baixa (63,82). Itens relacionados à segurança nos cuidados e aos efeitos colaterais dos medicamentos apresentaram as pontuações mais baixas. Embora uma correlação significativa tenha sido observada entre os escores dos instrumentos, foi de magnitude fraca. Dentre as ações que visam aprimorar o cuidado às pessoas com estomia, destaca-se a demarcação cirúrgica e ações de educação em saúde no preparo da alta, como orientações e treinamentos, com participação ativa do paciente e seus cuidadores. Conclusão: A qualidade da transição do cuidado foi avaliada como moderada e pode ter implicações na qualidade de vida dos pacientes com estomias. É crucial implementar medidas para aprimorar o processo de alta hospitalar, garantindo a continuidade dos cuidados domiciliares, reduzir complicações e reinternações e melhorar a qualidade de vida. Contribuições para a estomaterapia: Explorar os fatores sociodemográficos, psicológicos e sociais relacionados à estomia, e ao cuidado que influenciam a QV de pessoas com estomia. Discutir os desafios e oportunidades presentes na jornada da transição do cuidado, buscando estratégias para promover o bem-estar físico, psicológico e social dessa população. Apresentar recomendações para aprimorar o cuidado de pessoas com estomia, com foco em um modelo integral e individualizado que atenda às suas necessidades multifacetadas. Descritores: Alta do paciente. Planejamento da alta. Enfermagem. Estomaterapia. Qualidade de vida.</p> Carolina Meneguetti, Jéssica De Aquino Pereira, Eliete Maria Silva Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1095 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 EXPLORANDO O LÚDICO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COLOSTOMIZADAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1096 <p>INTRODUÇÃO: Estomia é a exteriorização de uma parte do sistema respiratório, digestório e urinário através de uma abertura artificial criada por procedimento cirúrgico e são denominadas de acordo com o segmento corporal que for ser exteriorizado. A criança colostomizada requer cuidados específicos devido à dependência do estoma para sobreviver, exigindo modificações nos cuidados diários do cuidador, como banho, alimentação e transporte. Nesse contexto, o emprego de atividades lúdicas emerge como uma ferramenta vital para facilitar a adaptação à nova realidade, permitindo que os profissionais transmitam informações essenciais para os cuidados adequados às crianças. OBJETIVO: Relatar a experiência de discentes do curso de Enfermagem sobre a criação de uma tecnologia terapêutica utilizada na assistência de enfermagem a crianças colostomizadas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, elaborado por discentes do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí, apresentado à disciplina de Estomaterapia, como requisito parcial de avaliação. O objetivo foi desenvolver que pudesse ser integrada aos serviços de saúde ou contribuir para aprimorar o tratamento de crianças colostomizadas. DESENVOLVIMENTO: A atenção à pessoa com estomia é multifacetada, complexa e determinada por diversos fatores, e viver com uma estomia também algo novo e desafiador, pois acontecem diversas mudanças de hábito, como no modo de viver e de se relacionar com os outros. Sendo ainda mais complexa para a população infantil, uma vez que além da criança, o cuidador também terá seu estilo de vida alterado. Dessa forma, visando atender o público-alvo, a tecnologia criada trata-se de um vídeo do tipo DRAW MY LIFE que consiste na elaboração de desenhos em uma folha branca enquanto narra a história de vida da Malu (personagem fictícia) a qual faz uso da bolsa de colostomia. A produção do vídeo se deu em três etapas: Pré-produção - reunião para elaboração e seleção da temática e do roteiro de estudo; Produção - busca de artigos científicos relacionados à temática pautada na teoria da adaptação de Calista Roy e Pós-produção - filmagem (elaboração, edição e finalização do vídeo). Todas as etapas de produção foram desenvolvidas pelas discentes (Desenhos, roteiro do vídeo, artes visuais e edição). CONCLUSÃO: A construção da presente tecnologia promoveu não somente o aumento do conhecimento acerca das estomias e do estilo de vida de crianças estomizadas, mas também o desenvolvimento de pensamento crítico para auxiliar as necessidades do paciente e conseguir sanar as dúvidas das crianças e responsáveis sobre os cuidados com estomas. CONTRIBUIÇÕES PARA A ESTOMATERAPIA: Vídeos educativos são eficazes no ensino ao combinar elementos visuais, sonoros e textuais, facilitando a compreensão do conteúdo. Profissionais os utilizam para promover criatividade, diversidade de linguagem e uma nova abordagem na prática de enfermagem. Para crianças com estomas, eles incentivam a busca por autonomia e compreensão da própria situação.</p> Claudia Daniella Avelino Vasconcelos, 2Sabryna Dos Santos Costa, Eloane Maria Mendes Vera Cruz, Danielle Nedson Rodrigues De Macêdo, Ellen Barbosa Santos. Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1096 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 INDICADORES DE UM SERVIÇO ESPECIALIZADO NO ATENDIMENTO AO PACIENTE COM FERIDA CRÔNICA DE MINAS GERAIS. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1097 <p>Introdução: As feridas crônicas consistem em um desafio para os serviços de saúde, pois demanda tratamento prolongado e dificuldade de cicatrização (SEN, 2021). No Brasil, informações e dados para geração de indicadores clínicos, assistenciais ou financeiros, resultantes do atendimento aos pacientes com ferida, são escassos (BORGES; NASCIMENTO; JUNIOR, 2015). Os indicadores de saúde constituem um importante instrumento para a tomada de decisão e podem subsidiar o aperfeiçoamento do processo de trabalho, além de auxiliar na reorganização estrutural e de recursos humanos das unidades de saúde impactando na avaliação e melhoria da qualidade da assistência prestada (BRASIL, 2013). Objetivo: Descrever os indicadores clínicos, assistenciais e financeiros de um serviço especializado no atendimento ao paciente com ferida crônica do estado de Minas Gerais. Método: Estudo transversal, descritivo, realizado em um serviço ambulatorial especializado. Trata-se de um serviço integrado ao Sistema Único de Saúde, situado no estado de Minas Gerais. Foram incluídos neste estudo 30 pacientes atendidos no serviço, e após o aceite mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, tiveram os dados de seu atendimento registrados no software denominado Sistematização da Assistência de Enfermagem em Feridas – gerencial (Saefg) durante o período de 90 dias. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Este estudo foi aprovado pelo Comité de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Resultado: No período de três meses, foram realizados 283 registros de enfermagem. De 25 indicadores possíveis do Saefg, 13 foram gerados neste estudo. A mediana de idade dos pacientes foi de 66 anos. Quanto aos indicadores clínicos, 27 (90%) pacientes apresentavam uma ou mais doenças que atrasam a cicatrização da ferida, sendo as principais: hipertensão, doenças vasculares periféricas e diabetes. Dois pacientes foram acometidos por infecção na ferida, sendo uma de etiologia traumática e uma úlcera diabética. No tocante ao controle e vigilância da infecção e colonização crítica da ferida, após coleta de swab e exame de cultura e antibiograma, desses dois pacientes identificou-se a presença de microrganismos como a Klebsiella pneumoniae e Proteus Vulgaris respectivamente. O custo total com o tratamento das lesões foi de R$ 11.701,30, sendo R$ 1.313,70 com terapias compressivas multicamadas, R$ 7.423,20 com terapia de bota de Unna e R$ 2.966,40 com materiais como coberturas e outros de uso geral. Conclusão: Este estudo forneceu indicadores importantes acerca da situação clínica, assistencial e financeira dos pacientes com feridas crônicas atendidos em um serviço especializado no atendimento ao paciente com ferida. Contribuições pra Estomaterapia: o estudo contribui para a reflexão de estomaterapeutas e gestores quanto a necessidade importância da coleta e análise de dados clínicos, assistenciais e financeiros, que constituem um instrumento relevante para o gerenciamento, planejamento e manutenção do cuidado de qualidade nas unidades de saúde.</p> Fernanda Marcele Soares Adelario, Taysa De Fatima Garcia, Claudimiro Da Silva Alonso, Cassia Regina Gontijo Gomes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1097 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 JOGO PARA ORIENTAR OS ENFERMEIROS NA AVALIAÇÃO, NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES DA PELE PERI ESTOMA INTESTINAL https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1098 <p>Introdução: A estomia é procedimento realizado para que seja mantida a função de eliminação e provoca várias mudanças, entre as quais se pode destacar a eliminação de gases, odor e fezes pelo estoma que é localizado no abdome. (SALOMÉ et al.,019; CARDOSO et al.,2020; SIQUEIRA et al. 2024; Objetivo: desenvolver e validar um jogo para orientar os enfermeiros na avaliação, na prevenção e no tratamento das complicações da pele peri estoma intestinal. Método: Para construção do jogo, realizou-se revisão integrativa da literatura junto às bases de dados Cochrane, MEDLINE, Lilacs e SciELO. A busca e a seleção dos estudos identificados durante a revisão integrativa da literatura ocorreram pelo fluxograma do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analysis (Prisma). A partir desse levantamento, foi elaborado o jogo, que compreende nas seguintes etapas: A primeira etapa descreve a definição, a indicação e os fatores de risco que podem contribuir para confecção do estoma intestinal. A segunda etapa técnica da avaliação consiste em anamnese e exame físico. A terceira etapa, em medidas preventivas das complicações pele peri estoma, autocuidado e técnica da demarcação do estoma. A quarta etapa trata da definição e dos sinais e sintomas para principais complicações. A quinta etapa envolve o tratamento das complicações. A validação do jogo foi realizada por 67 enfermeiros, utilizando- se da técnica Delphi. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Vale do Sapucaí sob o parecer :5.294.001. Os critérios de inclusão foram profissionais graduados em enfermagem com experiência em estomaterapia. Foram excluídos profissionais que não responderam ao questionário no prazo estabelecido de 15 dias. Os juízes foram selecionados por meio de amostragem por conveniência e bola de neve. Resultados: O “Jogo: Ostomia intestinal”, constituído por 27 telas: 5 telas com definição, indicação e fatores de risco para confeccionar estoma intestinal; 10 telas descrevendo a avaliação clínica, anamnese e exame físico; 13 telas medidas para prevenir complicações, autocuidado e a técnica da demarcação do estoma; 15 telas para descrever definição, sinais e sintomas para principais complicações; e 16 telas a descrever o tratamento das complicações. O “Jogo: Ostomia intestinal” foi registrado no Instituto Nacional Da Propriedade Industrial sob o Processo Nº: BR512023003583-1. Na primeira avaliação, os juízes avaliaram o jogo entre “inadequado a totalmente adequado” e o Coeficiente de Validade de Conteúdo variou entre 0,92 a 1,0. Após correções das sugestões do juízes, o jogo foi reavaliado como “adequado a totalmente adequado”, com Coeficiente de Validade de Conteúdo variando entre 0,97 a 1,0. Conclusão: Após revisão integrativa da literatura, o “Jogo: Ostomia intestinal” foi desenvolvido e validado por enfermeiros experientes na área. Os resultados da segunda avaliação revelaram uma notável concordância entre os juízes, o que caracteriza o jogo como tendo um excelente conteúdo. Contribuições para a Estomaterapia: Ao operar o “Jogo: Ostomia intestinal”, o enfermeiro estará adquirindo conhecimento relacionado às medidas que visam reduzir as complicações e ao tratamento; enfim, o profissional estará prestando uma assistência com mínimo risco possível, segura e com qualidade.</p> Geraldo Magela Salomé, Sérgio Aguinaldo De Almeida Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1098 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERCEPÇÕES DE PESSOAS COM ESTOMIAS INTESTINAIS PARA O AUTOCUIDADO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1099 <p>Introdução: Em 2021, no Brasil havia cerca de 400.000 pessoas com estomias intestinais decorrentes de malformações congênitas, tumores, traumas abdominais, doenças inflamatórias intestinais, entre outros. Essa condição causa impactos na vida devido à necessidade de adaptações para o uso de equipamentos coletores para controle da incontinência intestinal. Compreender a perspectiva das pessoas sobre os desafios vivenciados durante o processo de adaptação é essencial para que o enfermeiro possa trabalhar em prol do estímulo e ações para a promoção do autocuidado. Objetivo: identificar as percepções de autocuidado de pessoas com estomias de eliminação intestinal. Método: Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa realizada em uma associação de pessoas estomizadas localizada na região sul do Brasil. Para convite dos participantes realizou-se uma reunião com as pessoas cadastradas neste serviço e após a exposição da pesquisa, os que aceitaram participar, fizeram parte do grupo operativo, no formato online pela Plataforma Teams. Participaram oito pessoas e suas narrativas foram transcritas com o auxílio do software Reshape. Após leitura flutuante agrupando as narrativas coincidentes, em categorias temáticas. Foi respeitada a Resolução nº 466, de 2012 e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos por meio do parecer nº 6.538.610. Resultados: Emergiram três categorias, sendo a primeira viver com estomia onde foram identificados os mecanismos de aceitação e adaptação diante das dificuldades de viver com uma estomia. Os sentimentos envolvidos durante esse processo foram tristeza, medo e preocupação em relação ao olhar do outro. A segunda categoria: cuidados essenciais com estomias de eliminação intestinal, onde os participantes revelaram as informações que deveriam receber dos profissionais de saúde para desenvolverem seu autocuidado, destacando os cuidados com: higiene e limpeza, vestuário, ambientes (praia), alimentação, atividades físicas, vida sexual, o que fazer para evitar complicações em relação à pele-dermatite/alimentação- fecaloma. A terceira categoria, condições e adaptações da pessoa com estomia intestinal: evidenciou a importância do apoio dos familiares, amigos ou pessoas que também são estomizadas. Conclusão: Ao identificar as percepções da pessoa com estomia intestinal em relação ao autocuidado foi possível compreender as dificuldades e desafios vivenciados por elas; ressaltando ainda, que as informações fornecidas pelos profissionais de saúde ainda apresentam fragilidades. Portanto, se faz necessário implementar a consulta de enfermagem nos serviços de saúde pautada na sistematização do cuidado relacionado ao perfil dessas pessoas, em consonância às suas necessidades e perspectivas. Contribuições para a Estomaterapia: O estomaterapeuta precisa compreender o contexto e a as diversas dimensões da pessoa com estomia, para que possa atuar em prol de uma melhor assistência, com foco na reabilitação dessa pessoa e na melhoria da qualidade de vida. As várias dimensões do cuidado, se bem estruturadas podem subsidiar o autocuidado e um processo de viver saudável.</p> Juliana Balbinot Reis Girondi, Lucas Borges De Oliveira, Cinthia Tiemy Cardoso Maier, Shirley Boller, Camila Caroline Szpin, Gisela Maria Assis, Daniela Soldera Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1099 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ADAPTAÇÃO CULTURAL DO INSTRUMENTO WOUNDS AT RISK SCORE PARA A LINGUA PORTUGUESA DO BRASIL https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1100 <p>INTRODUÇÃO: Estima-se que no mundo haja mais de 300 milhões pessoas que apresentam feridas agudas, acima de 20 milhões de pessoas com feridas crônicas e mais de 100 milhões de indivíduos com feridas traumáticas 1. O Wounds at Risk score (WAR score)2 é um instrumento que foi desenvolvido na língua inglesa em 2011 e tem por objetivo identificar risco para desenvolver infecção nas feridas, o que pode contribuir com intervenções adicionais para a prevenção dessa complicação, seja em feridas agudas ou crônicas3. OBJETIVO: Adaptar culturalmente o instrumento W.A.R. score para a língua portuguesa no Brasil. MÉTODOS: Estudo clinimétrico de adaptação cultural. O presente estudo foi aprovado pelo comitê de Ética em pesquisa – CAAE: 62833922.9.3001.0070. Optou –se por realizar uma combinação dos processos de adaptação cultural utilizando o processo de 11 etapas sugerido no PROMIS e para selecionar os tradutores, compor o comitê de especialistas e realizar a pré-testagem seguiremos as recomendações descritas em Beaton et al. (2000)4. O Teste cognitivo e validação linguística, etapa 10 do processo de adaptação cultural, foi realizado por enfermeiros assistenciais, que trabalham em um hospital privado localizado na cidade de São Paulo. Foram incluídos pacientes (público- alvo) internados ou em regime ambulatorial desse hospital, maiores de 18 anos, com feridas agudas ou crônicas, sem diagnóstico de infecção na ferida. Os pacientes foram selecionados por conveniência. Após a aplicação do instrumento os enfermeiros foram convidados para um debrifing individual com a pesquisadora principal, onde tiveram a oportunidade de explanar as dificuldades na interpretação de cada item do instrumento. RESULTADOS: Foi realizado dois comitês de especialistas, que avaliaram as etapas anteriores de traduções. O primeiro comitê de juízes, composto por 11 profissionais multiprofissionais, teve como ênfase realizar a validação linguística do instrumento. O segundo comitê de juízes foi composto por 22 profissionais especialistas em tratamento de feridas realizaram a validação do conteúdo do instrumento. Na fase do pré-teste, participaram 11 enfermeiros, 27% especialistas em Estomaterapia (N=3), idade média de 32 anos (DP=9,25 anos), 9,55 anos de tempo médio de formação (DP=9,4 anos) e 9, 27 em anos tempo médio de experiência (DP=9, 54 anos), que realizaram 47 avaliações em 12 pacientes com idade média de 79,9 anos (DP=14.41 anos), 68.3% (N=7), do sexo masculino, 83% aposentado (N=10). Nessa fase, o coeficiente de concordância foi de 0,984 na pontuação total do instrumento (99,5% de concordância no resultado escore final, p&lt;0,001). Para os itens que não obtiveram razão concordância aceitável, optou-se por consultar o autor original da escala e realizar revisão das etapas anteriores, com necessidade de reavaliação de sete itens. Esses itens foram reavaliados pelo segundo comitê de juízes. Por fim, os dados foram revisados, compilados e o instrumento adaptado para o português do Brasil. CONCLUSÃO: O instrumento encontra-se adaptado para a língua portuguesa do Brasil. Estudos psicométricos para reunir evidências de validade de estrutura interna e relações com outras variáveis serão necessários. Contribuições para Estomaterapia: O instrumento pode contribuir na identificação precoce de pacientes com risco de infecção.</p> Saskia Iasana Pontes Fleury, Aline Gonçalves Dos Santos, Sany Tauani Gallo, Paula Cristina Nogueira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1100 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE DECLARAÇÕES DE CHOOSING WISELY PARA TRATAMENTO DE INFECÇÕES LOCALIZADAS EM FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1101 <p>Introdução: O Choosing Wisely® é uma campanha multinacional com o objetivo minimizar o uso excessivo e desnecessário de procedimentos ou intervenções nos cuidados com a saúde por meio de declarações do que NÃO deve ser realizado para um determinado cuidado. Objetivo: Construir e validar cinco declarações de condutas não recomendadas no tratamento infecções localizadas em feridas de difícil cicatrização. Método: estudo metodológico, com abordagem quantitativa, para construção e validação das 5 declarações em três etapas: revisão integrativa para identificar e sintetizar as evidências científicas, construção das declarações do Choosing Wisely® e validação de conteúdo por juízes especialistas em estomaterapia e titulados pela Associação Brasileira de Estomaterapia - SOBEST®. Para análise das declarações foram realizados dois ciclos por meio da técnica Delphi e observados os critérios relevância, objetividade e clareza, sendo pontuados em uma escala do tipo likert. A relevância de cada item foi obtida pela análise do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e o teste Kappa foi utilizado para avaliar a concordância. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UFSJ sob parecer nº 5.232.498. Resultado: foram validadas 5 declarações em duas rodas Delphi e todos os critérios atingiram um IVC a 0,84 e ?-valor maior que 0,05. As declarações foram: 1) não utilizar produtos ou coberturas com ação antimicrobiana sem o diagnóstico clínico de infecção localizada; 2) não utilizar soluções antissépticas para higienização de feridas sem sinais locais de infecção; 3) não coletar exames microbiológicos de feridas sem sinais de infecção disseminada ou sistêmica; 4) não utilizar coberturas com ação antimicrobiana por tempo prolongado; 5) não utilizar antibióticos com ação sistêmica para o tratamento de infecção localizada. Conclusão: as declarações foram construídas, validadas e serão oficialmente publicadas pelo Choosing Wisely® Brasil e SOBEST®. Contribuição para a Estomaterapia: O Chossing Wisely é um estudo pioneiro no Brasil, pode contribuir para a qualidade da assistência de enfermagem frente ao tratamento de feridas no Brasil, garantindo práticas baseadas em evidências.</p> Letícia Maria De Oliveira, Juliano Teixeira Moraes, Sônia Regina Pérez Evangelista Dantas Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1101 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ENTRAVES NO ACESSO À REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE POR PORTADORES DE LESÕES CUT NEAS: SCOPING REVIEW https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1102 <p>Introdução: as feridas são um importante problema de saúde pública, que afetam além da integridade física, o estado psicológico e social do indivíduo, necessitando de cuidado integral pelo profissional de saúde, promovendo a continuidade e a resolutividade do tratamento. Objetivo: identificar na literatura científica os entraves ao acesso do paciente ao sistema de saúde público na busca pelo tratamento de lesões cutâneas. Método: trata-se de scoping review, com dados nacionais publicados entre 2011 e 2021, extraídos das bases de dados científicas, por meio dos descritores em saúde “Acesso aos serviços de saúde”, “Integralidade em saúde”, “Ferimentos e lesões”, “Cicatrização” e “Úlcera Venosa” e os descritores não controlados "Curativos", "Feridas" e "Acesso". A amostra foi composta por oito estudos de abordagem quali e quantitativa, selecionados de acordo com o fluxograma da metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA®. Resultados e Conclusão: os estudos identificaram 24 entraves ao acesso na rede de atenção à saúde à lesões cutâneas, sendo classificados de acordo com a tríade de Donabedian para a qualidade dos serviços de saúde, dos quais seis (25,0%) estavam relacionados à “Estrutura”, nove (37,5%) aos “Processos” e nove (37,5%) aos “Resultados”. Todos os estudos sumarizados identificaram acesso deficiente ou inadequado à APS para os portadores de lesões cutâneas. De forma geral, os estudos incluídos na amostra demonstraram a fragilidade dos serviços de saúde e condutas que contribuíram para a cronicidade deste agravo. A estrutura física, a educação permanente ineficaz, a disponibilidade insuficiente de materiais, a fragmentação do sistema, a desigualdade geográfica e a cobertura reduzida, resultam no acesso dificultoso pelo paciente e seus familiares, ocasionando uma população insatisfeita e desassistida pelos serviços de saúde. Contribuições para a Estomaterapia: a transformação das práticas em saúde passa pela formação dos profissionais, mas também pela gestão dos serviços, que carecem de um trabalho integrado e colaborativo em rede, onde Atenção Básica e Especializada se complementam e se apoiem mutuamente.</p> Alinne Soares De Deus, Alice Benke, Anna Laura Alves Gomes Miranda, Marina Sena De Oliveira, Helloysa Gouveia Milhomen, Geiciane Fernandes Da Silva, Rafaela Peres Boaventura, Wellington Luiz Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1102 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 FATORES QUE DESFAVORECEM A CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS: SCOPING REVIEW https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1103 <p>Introdução: A cicatrização de feridas cutâneas é um processo dinâmico que envolve uma série de etapas coordenadas. No entanto, vários fatores podem influenciar negativamente nesse processo, retardando a cicatrização e aumentando o risco de complicações. Portanto, compreender esses fatores é crucial para o desenvolvimento de estratégias adequadas de intervenção e tratamento. Objetivo: Identificar e compreender os fatores que desfavorecem a cicatrização de feridas. Método: Trata-se de uma Scoping Review norteada pelo referencial teórico do Joanna Briggs Institute (JBI), registrada na Open Science Framework (OSF), e engloba as bases: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que abrange as bases Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS); Scientific Eletronic Library On- line (SCIELO); Teses e Dissertações da CAPES; National Library of Medicine (PubMed); Web Of Science. Para a formulação da questão de pesquisa, adotou-se a estratégia mnemônica que compreende a descrição da população, do conceito e do contexto. Fizeram parte do escopo os estudos publicados no período entre 2013 e 2022. Os artigos selecionados foram submetidos a uma avaliação duplo cega, utilizando o aplicativo Rayyan. Resultados: Foram incluídas quinze publicações, sendo a maioria com nível de evidência 2A. A scoping review permitiu mapear quais os principais fatores que desfavorecem o processo de cicatrização encontrado na literatura. Esses fatores foram categorizados e para a discussão emergiram dois grupos: aspectos sistêmicos e aspectos locais. Os aspectos sistêmicos são: idade; imobilidade; dificuldades físicas; nutrição; desidratação; hipovolemia; diabetes; hiperglicemia; má circulação; hipertensão arterial sistêmica; homocisteína; níveis alterados de cobre e zinco; tabagismo; uso de medicamento. Já os aspectos locais, dizem respeito a: higiene; edema; infecção; presença de biofilme; presença de corpo estranho; necrose; umidade; gestão do cuidado; técnica do curativo inadequada e/ou desatualizada. Conclusão: Foi possível identificar estudos que desfavorecem a cicatrização de feridas, sendo importante compreendê-los para a realização de práticas seguras para o cuidado com feridas. Contribuições para a Estomaterapia: Ao compreender e identificar os fatores que desfavorecem a cicatrização de feridas é possível assegurar uma abordagem direcionada, completa e centrada no paciente, além de exercer um papel importante na prevenção de complicações e promoção da saúde a longo prazo.</p> Juliano Teixeira Moraes, Larissa Carvalho De Castro, Júlia Ribeiro Duarte Ferreira, Laryssa Barbosa Custodio, Laura Oliveira Silva, Lívia Gabriela Da Silva Faria Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1103 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 LESÕES DE PELE ASSOCIADOS À UMIDADE: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO EM PACIENTES CRÍTICOS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1104 <p>Introdução: As lesões de pele associadas à umidade (MASD) são caracterizadas por inflamação e erosão, causadas pela exposição excessiva ou prolongada a diversas fontes de umidade, sendo os principais tipos: Dermatite Associada à Incontinência (DAI), Dermatite Intertriginosa (DIT), Dermatite periferida associada à umidade (pMASD) e dermatite periestomal associada à umidade (MASD periestomal). Objetivos: Analisar a incidência geral e os subtipos de MASD e identificar os fatores de risco para a ocorrência de MASD em pacientes críticos. Método: Estudo epidemiológico de coorte prospectivo realizado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) durante 125 dias, abrangendo 223 pacientes. Os dados foram coletados em prontuários; foi realizado exame físico e aplicação de instrumentos padronizados para a coleta de dados. Adotou-se estatística descritiva e inferencial com nível de significância de 5% e calculou-se a incidência de MASD e seus subtipos. O projeto de pesquisa foi submetido para avaliação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) da Instituição proponente e co-participante que foi aprovado (CAE: 64924022.7.0000.5392, parecer nº 6.128.593). Resultados: A incidência de MASD foi de 17,04% (38/223 pacientes) e a incidência de DAI 28,12% (27/223), DIT 2,70% (6/223), pMASD 1,72% (2/223) e MASD periestomas 12%. (3/223). Os fatores de risco para MASD segundo análise de regressão logística foram: presença de incontinência mista (OR 8,18; 95% CI 0,32-438,51), cada unidade na pontuação da escala PAT (OR 1,28; 95% CI 0,87-1,89), idade avançada (OR 1,01; 95% CI 0,99-1,04), realização de procedimento cirúrgico (OR 2,40; 95% CI 0,85-7,20), cada unidade na pontuação do IMC (OR 3,07; 95% CI 0,36-26,50), o uso de porth-a-cath (OR 5,31; 95% CI 0,97-29,70), de CVC (OR 1,03; 95% CI 0,27-3,64), de cateter nasoenteral (OR 2,36; 95% CI 0,27-16,82), de cateter nasogástrico (OR 2,68; 95% CI 0,62-11,33) e de IOT (OR 3,07; 95% CI 0,36-26,51); ser casado (OR 2,94; 95% CI 0,63-22,61), ser tabagista ativo (OR 1,58; 95% CI 0,51-4,77), ter diagnóstico médico de insuficiência cardíaca (OR 1,75; 95% CI 0,51-5,68) e de vasculopatias (OR 2,90; 95% CI 0,55-13,98), todas essas variáveis aumentam a chance do paciente apresentar MASD. Cada unidade na pontuação do escore da escala Braden diminui a chance de MASD (OR 0,939; 95% CI 0,05-0,84), assim como pacientes do sexo masculino (OR 0,48; 95% CI 0,17-1,31), tem 51,8% menos chance de apresentarem MASD e pacientes em uso de imunossupressores (OR 0,21; 95% CI 0,05-0,81), tem 79,4% menos chance de apresentarem MASD. Todavia, nenhuma dessas variáveis apresentaram evidência estatística significativa de alterarem a chance de MASD, exceto o uso do imunossupressor (p 0,023). Conclusão: A incidência geral de MASD foi de 17,04% e as características das lesões inspiram a realização de novos estudos sobre o assunto. Contribuições para a estomaterapia: As MASD são pouco exploradas no Brasil, excetuando a DAI, dessa forma, este estudo contribui para a compreensão do perfil dos pacientes críticos que desenvolvem este tipo de lesão.</p> Taís Milena Pantaleão De Souza, Paula Cristina Nogueira, Maria Aparecida Martins Trancolin, Joandra Aleixo, Raissa Marcandali Deliberai Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1104 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PREVALÊNCIA DE MICOSE INTERDIGITAL: ETAPA TRANSVERSAL DE UMA COORTE DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DO PÉ RELACIONADA AO DIABETES MELLITUS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1105 <p>Introdução: O Diabetes Mellitus é considerado uma epidemia que afeta mais de 463 milhões de pessoas no mundo e está relacionado a um risco aumentado no desenvolvimento de complicações agudas e crônicas. A hiperglicemia assintomática ao longo dos anos, evolui gradativamente até que surgem complicações cardiovasculares, renais, oftalmológicas e neuropáticas, e ainda promove um risco aumentado para o desenvolvimento da doença do pé relacionada ao diabetes mellitus. As alterações dermatológicas também são significativas em pessoas com DM sendo que as lesões fúngicas interdigitais de membros inferiores estão relacionadas ao maior risco de desenvolvimento de úlceras nos pés e consequentemente à maior taxa de amputações, pois, atuam como porta de entrada de infecções agudas. Não foi identificado estudo brasileiro, nas principais bases eletrônicas e portal CAPES, que apresentasse a prevalência de micoses interdigitais. Objetivo: Identificar a prevalência de micose interdigital e o risco para a DPRDM. Método: Estudo transversal envolvendo 1572 pessoas com diabetes mellitus na Atenção Primária à Saúde. Foram analisadas as variáveis sexo, idade, ocupação, nível de instrução, renda, estado civil, polifarmácia, tempo do diagnóstico, presença de micoses interdigitais e ungueal, a presença de má higiene dos pés, se já tinha tido os pés examinados por profissional da saúde, presença de perda de sensibilidade protetora, suspeita de doença arterial periférica e a classificação de risco para o desenvolvimento da DPRDM seguindo os parâmetros do International Working Group on the Diabetic Foot. Realizou-se análise descritiva com apresentação das variáveis em frequência para identificação da prevalência. O estudo foi aprovado por um comitê de ética registrado sob número 4.752.204, seguindo os preceitos das pesquisas que envolvem seres humanos. Resultados: A prevalência de micose interdigital foi de 19,3%. Entre os participantes 63,3% eram mulheres; 62,3% apresentaram idade maior ou igual a 60 anos; 71,8% estavam inativos em sua ocupação; 53,5% estudaram até o ensino fundamental incompleto; 54,0% recebiam dois salários ou mais; 60,5% viviam com o companheiro; 75,4% faziam uso de polifarmácia; 51,4% apresentaram um tempo de diagnóstico inferior ou igual a 10 anos; 51,7% apresentaram unhas hipotróficas com micose; 92,9% não apresentaram má higiene dos pés; 76,7% não tinham tido os pés examinados por algum profissional da saúde; 88,5% não apresentaram perda da sensibilidade protetora; 64,2 estavam sem suspeita de DAP e 60,1% apresentaram risco muito baixo para o desenvolvimento da DPRDM. Conclusão: A prevalência de micoses interdigitais em pessoas com diabetes aumenta a chance de desenvolvimento de úlceras. Medidas simples durante a consulta de enfermagem como estímulo ao autocuidado, mantendo os pés e dedos limpos e secos, podem prevenir estas complicações. Contribuições para estomaterapia: A pesquisa e atividades realizadas pelo enfermeiro sobre doença do pé relacionada ao diabetes mellitus tem implicações significativas para a prática da estomaterapia. As ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da pessoa com risco ou já com a úlcera instalada podem determinar desfechos positivos que interferem na qualidade de vida.</p> Laura Andrade Pinto, Letícia Eugênio Mota, Júlia Ribeiro Duarte Ferreira, Daniel Nogueira Cortez Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1105 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TRAJETÓRIA PERCORRIDA POR PORTADORES DE FERIDAS CRÔNICAS NA BUSCA PELA CICATRIZAÇÃO DA PELE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1106 <p>Introdução: ferida é caracterizada por algum rompimento do tecido corpóreo, podendo ser identificada por sua extensão, causa e tempo de existência, quando classificadas por tempo, se dividem em duas subcategorias agudas e crônicas. As crônicas possuem uma alta complexidade do estado clínico e fatores que afetam diretamente a cicatrização, por interferirem na resposta habitual do organismo. Com isso demandam cuidado especial, a fim de cicatrizar a pele. Objetivo: analisar a trajetória percorrida por portadores de feridas crônicas na busca pela cicatrização da pele, segundo a percepção dos pacientes. Método: pesquisa qualitativa, descritivo-exploratório, com o intuito de levantar dados pertinentes ao tratamento da ferida crônica, que foram analisados com base na análise de conteúdo de Laurence Bardin. O projeto foi submetido à Plataforma Brasil e ao CEP, sendo aprovado pelo Parecer nº 5399027/2022. Resultados e Conclusão: a síntese das falas dos entrevistados identificaram entraves enfrentados pelos portadores de feridas crônicas, como falta de materiais, profissionais com conhecimento ineficiente, descontinuidade do cuidado, demora do acesso, além das atitudes frente a esses percalços no caminho. Esse levantamento possibilitou classificar esses entraves segundo os pilares de Donabedian, que utiliza a estrutura, processos e resultados como os aspectos norteadores para um serviço de saúde de qualidade. Compreende-se que as lacunas dos serviços estão em todos os processos de trabalho, que vão desde a assistência, com a falta de conhecimento dos profissionais para o manejo, falta da autonomia dos enfermeiros para executar o procedimento, falta do olhar centrado ao paciente buscando sanar a etiologia do quadro e não somente resolver a lesão até ao que diz respeito a gestão, assistência integral, fornecimento de materiais, insumos e estrutura adequada. Contribuições para a Estomaterapia: São inúmeros os desafios enfrentados pelos pacientes com feridas crônicas em sua jornada de cicatrização, destacando a necessidade de melhorias tanto na prestação de cuidados clínicos e especializados quanto na gestão dos serviços de saúde para garantir uma abordagem mais eficaz e centrada no paciente.</p> Alinne Soares De Deus, Anna Laura Alves Gomes Miranda, Alice Benke, Helloysa Gouveia Milhomen, Geiciane Fernandes Da Silva, Rafaela Peres Boaventura, Wellington Luiz, Marina Sena De Oliveira Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1106 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 USO DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA COMO RECURSO TECNOLÓGICO EM LESÕES NOS PÉS EM PESSOAS COM DIABETES: UM ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO. https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1107 <p>Introdução: A úlcera do pé diabético afeta 10,5% da população brasileira/mundial, impactando significativamente a qualidade de vida desses pacientes e sobrecarregando o sistema público de saúde. Estudos demonstram que a terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT - Antimicrobial Photodynamic Therapy, em inglês) acelera o processo de cicatrização, porém, a falta de evidências suficientes impede sua ampla adoção na prática clínica. A realização de estudos clínicos controlados e randomizados é crucial para aumentar o nível de evidência nessa área, visando aprimorar a qualidade de vida das pessoas afetadas pelas lesões de difícil cicatrização. Objetivo(s): Este estudo tem como objetivo analisar os efeitos da aPDT na qualidade da ferida e no processo de reparo tecidual em pessoas com diabetes afetadas por lesões nos pés, utilizando a escala de Bates-Jensen como método de avaliação. Método: Trata-se de um estudo clínico controlado, randomizado e duplo-cego. No qual os pacientes estão sendo divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo experimental (n=45), que está recebendo o cuidado padrão da sala de curativo associado à aPDT, e um grupo controle (n=45), que está recebendo o cuidado padrão com uma simulação da aPDT com o equipamento desligado. Os pacientes estão sendo tratados três vezes na semana (segunda, quarta e sexta), totalizando 10 sessões de aPDT ou simulação. É utilizado como equipamento, um cluster com potência radiante média 100 mW, energia radiante por emissor de 6 J/cm² de luz vermelha (comprimento de onda 660 nm). A pesquisa está sendo realizada em um centro municipal de saúde no Rio de Janeiro, com a aprovação do comitê de ética e pesquisa do município do Rio de Janeiro (CAAE: 70466823.9.3001.5279) e da Universidade Nove de Julho (CAAE: 70466823.9.0000.5511). Os critérios de inclusão incluem pacientes de ambos os sexos afetados por lesão neuropática, com uma pontuação total na escala de Bates-Jensen entre 13 e 60. Como critério de exclusão: Pacientes menores de 18 anos e aqueles com um índice tornozelo-braquial (ITB) abaixo de 0,7 ou acima de 1,3, bem como pacientes com hemoglobina glicada superior a 8%. Resultados: Este estudo é um recorte de uma pesquisa de doutorado que tem apontado resultados promissores do uso da aPDT no tratamento de lesões nos pés em pessoas com diabetes. O avanço dos estudos na área de estomaterapia que incorporam aPDT como recurso tecnológico fornece aos profissionais de enfermagem embasamento consistente para defender a utilização desses recursos no tratamento desses pacientes. Portanto, é importante que os enfermeiros necessitem de aprofundamento técnico-científico especializado, juntamente com evidências científicas que respaldem suas decisões na recomendação do tratamento mais adequado, de forma racional e crítica, visando otimizar a alocação dos recursos disponíveis para o gerenciamento terapêutico do paciente, assegurando a eficácia do tratamento e minimizando possíveis complicações. Conclusão: Com o aumento da demanda de pacientes afetados por lesões nos pés em decorrência a diabetes, é crucial aprofundar os estudos relacionados à estomaterapia, o que contribui para a melhoria da qualidade do tratamento das feridas. Isso também proporciona segurança ao profissional no uso de terapias complementares.</p> Priscilla Farias Chagas, Raquel Agnelli Mesquita Ferrari, Anna Carolina Ratto Tempestini Horliana, Kristianne Porto Santos Fernandes, Sandra Kalil Bussadori, Thaís Barbosa Dos Santos, Gesiane Dos Santos Trivino Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1107 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 ESTOMATERAPEUTAS QUE ATUAM NA ÁREA DA REABILITAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA: PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CAMPO DE ATUAÇÃO https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1108 <p>Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária da urina. Trata-se de um distúrbio do assoalho pélvico que acomete homens e mulheres, de todas as idades, com importante impacto na qualidade de vida dos acometidos. O estomaterapeuta é um profissional da enfermagem, com competência e respaldo legal para tratamento da incontinência urinária, contudo há uma escassez de estudos que apresentem o enfermeiro como protagonista na assistência a esses pacientes. Objetivo: descrever o perfil dos estomaterapeutas brasileiros que atuam na reabilitação e tratamento do paciente incontinente. Método: estudo quantitativo, descritivo e transversal. Foram incluídos neste estudo estomaterapeutas que atuam na reabilitação e tratamento do paciente incontinente. A identificação dos profissionais ocorreu por meio da técnica de amostragem bola de neve ou snowball. As coletas de dados ocorreram por meio de um questionário on-line de caracterização sociodemográfica, perfil profissional, intervenções e instrumentos utilizados na prática clínica e perfil de atendimento dos pacientes incontinentes assistidos. Resultados: Participaram do estudo 51 estomaterapeutas, com idade entre 31 e 67 anos, das regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, maioria são mulheres, casadas, possuem um único vínculo laboral, e mais de 50% da amostra além da especialização em estomaterapia, são mestres e/ou doutores. Em relação aos dados profissionais, a renda média dos participantes foi de R$6.935,71, o Sudeste e Nordeste são as regiões com maior número de estomaterapeutas atuando nas IU’s, maior parte da amostra trabalha em consultórios particulares e em Serviços públicos, 66,7% dos participantes são egressos de cursos de estomaterapia de instituições públicas de ensino, e 80,4% da amostra não atua exclusivamente na IU, mas também nas estomias e / ou lesões. Quanto às intervenções mais adotadas, destacaram-se: modificações comportamentais, treinamento para os músculos do assoalho pélvico (TMAP) e cateterismo intermitente limpo (CIL), seguidos de eletroestimulação, biofeedback, cones vaginais, aromaterapia, pessário vaginal, terapia por vibração, liberação miofascial e aplicação de laser de baixa potência. Mais de 90% dos participantes fazem uso do diário vesical e dos formulários de anamnese e exame físico na avaliação dos incontinentes. Com referência ao perfil de atendimento dos estomaterapeutas, houve predomínio de atendimento às mulheres, com idade superior a 40 anos e na fase pós-menopausa. Conclusão: Estomaterapeutas que atuam na reabilitação da IU existem no Brasil, embora não equitativamente, e são reconhecidos social e financeiramente. Contribuições para estomaterapia: Pretende-se com esse estudo dar visibilidade ao escopo de competências do estomaterapeuta, bem como apontar perspectivas para os futuros enfermeiros que decidam atuar no tratamento dos distúrbios do assoalho pélvico.</p> Cassia Regina Gontijo Gomes, Fernanda Marcele Soares Adelário, Marcílio Borges Silva, Michele De Sousa, Gisela Maria Assis ), Luciana Regina Ferreira Pereira Da Mata ), Isabel Yovana Quispe Mendoza ) Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1108 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 O COMPORTAMENTO SANITÁRIO INADEQUADO PROPICIA O DESENVOLVIMENTO DE SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR: UM ESTUDO TRANSVERSAL COM PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1109 <p>Introdução: O termo Comportamento Sanitário diz respeito à relação da pessoa com o hábito de urinar, que deveria acontecer em resposta aos estímulos naturais de enchimento da bexiga diante da percepção de desejo miccional em uma posição confortável para favorecer o esvaziamento completo da bexiga em um fluxo saudável. Objetivo: Analisar o Comportamento Sanitário de professoras de Educação Infantil da rede municipal de ensino de um município do Estado do Paraná e a associação de comportamentos não saudáveis com Sintomas de Trato Urinário Inferior. Método: Estudo transversal, exploratório descritivo, realizado com professoras da Educação Infantil atuantes em escolas públicas de um município do Estado do Paraná. Coleta de dados por meio de formulário on-line com dados de caracterização, comportamento sanitário (TB-WEB) e Sintomas de Trato Urinário Inferior (ICIQ-FLUTS). Análise por meio de estatística descritiva e inferencial. Resultados: Participaram do estudo 132 professoras, o comportamento sanitário mais prevalente foi o de adiar a micção mesmo estando com desejo miccional forte (81,1%,) com a principal justificativa de estarem ocupadas, seguido por evitar alguns banheiros mesmo com forte desejo (62,1%) e não sentar para urinar (41,7%). Apesar de menos prevalente (37,1%) o comportamento de forçar o jato urinário para acelerar a micção apresentou associação estatisticamente significativa com os sintomas de dor na bexiga enquanto urina (p. 0,012), hesitação para iniciar a micção (p. 0,017), jato urinário intermitente (p. 0,020). O comportamento de adiantar a micção sem desejo de urinar adotado por 45,5% da amostra apresentou associação com o sintoma de perdas urinárias sem razões óbvias (p.0,008). Conclusão: Comportamento Sanitário não saudável é altamente prevalente entre professoras da Educação Infantil. O comportamento de forçar para acelerar a micção apresentou associação com dor na bexiga e sintomas de falha no esvaziamento (hesitação e intermitência). O comportamento de adiantar a micção sem desejo miccional apresentou associação com incontinência urinária. Campanhas a respeito do impacto de um Comportamento Sanitário não saudável sobre a saúde urinária e pélvica se fazem necessárias e a enfermagem, como educadora em saúde tem um amplo e promissor campo de atuação nesse cenário. Contribuições para a Estomaterapia: Os dados apresentados podem ser utilizados para fundamentar programas de atenção primária, voltada para essa população e para sociedade, uma vez que traz um panorama do problema de saúde e a ausência de cuidados direcionados para esse público. Recomenda-se o desenvolvimento de novos estudos multicêntricos em outras regiões do país, ainda carentes dessas avaliações que podem elucidar melhor as causalidades dessas complicações e fundamentar programas de conscientização sobre o impacto de comportamentos sanitários não saudáveis nos STUI. O Estomaterapeuta é o principal agente de educação em saúde assim como os enfermeiros generalista e dados como estes podem respaldar a categoria para planejamento e implementação de ações sistemáticas e direcionadas a públicos específicos, bem como propor campanhas gerais para controle de fatores de risco pouco conhecidos como é o caso do comportamento sanitário.</p> Rosa Irlania Do Nascimento Pereira, Talita Dos Santos Rosa, Vera Lucia De Conceição De Gouveia Santos, Gisela Maria Assis, Sandra Marina Gonçalves Bezerra Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1109 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 OFICINA SOBRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA PARA IDOSOS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1110 <p>Introdução: A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina e é uma ocorrência comum em idosos, embora atinja pessoas de todas as faixas etárias. No Brasil, aproximadamente 71,3% homens e 95,6% mulheres acima de 70 anos desenvolvem incontinência urinária, o que impacta na qualidade de vida da população1-2. Dentro deste cenário, o enfermeiro pode trabalhar na perspectiva da prevenção e tratamento por meio da educação em saúde3. Objetivo: Orientar os idosos de uma universidade aberta da terceira idade sobre a identificação dos tipos de incontinências urinárias, cuidados preventivos e adoção de práticas para promoção de sua saúde e bem-estar. Desenvolvimento: Atividade educativa realizada em abril de 2023, em Santa Catarina, destinada a um grupo de pessoas da terceira idade. Através de uma parceria entre a liga acadêmica de gerontologia e de estomaterapia. A oficina foi conduzida por acadêmicas do curso de enfermagem sob supervisão de duas professoras e foi realizada em três momentos. No primeiro momento, introduziu-se a incontinência do trato urinário a partir de uma perspectiva fisiológica, onde foi utilizado o uso de um simulador de baixa fidelidade. Em seguida, foi proposto uma dinâmica de “verdadeiro ou falso” sobre o que eles já previamente conheciam e desconheciam sobre o tema, posteriormente as dúvidas dos participantes foram respondidas e a discussão foi concluída. Ao final, foram expostos exercícios simples para inserção na vida diária, que objetivam auxiliar no controle e prevenção da perda urinária. Considerações finais: A experiência contribuiu para esclarecer informações acerca da temática e abranger novas perspectivas na qualidade de vida destes idosos, como ainda trouxe a vivência de educação em saúde para as alunas de enfermagem. Contribuições para a Estomaterapia: Nota-se que por meio da oficina foi possível realizar o esclarecimento dos diferentes tipos de incontinência urinária, a promoção de cuidados preventivos e a orientação sobre práticas para melhorar a saúde e o bem-estar dos pacientes. Deste modo, enfatiza o papel do enfermeiro estomoterapeuta na gestão, educação e tratamento dessa condição.</p> Guilherme Mortari Belaver, Bruna Clasen Da Silva, Tauane Dos Santos Firminio, Luiza Todeschini Vieira, Maria Fernanda Lehmkuhl Loccioni, Agatha Montenegro Gastaldi Borges, Melissa Orlandi Honório Locks, Juliana Balbinot Reis Girondi, Larissa Vitória Gatti De Andrade Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1110 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 OZONIOTERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA E COMPLEMENTAR NO CONTROLE DAS INCONTINÊNCIAS URINÁRIAS https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1111 <p>INTRODUÇÃO: A ozonioterapia nas disfunções do Assoalho Pélvico representa um dos campos mais amplos e importantes de aplicação do Ozônio Medicinal, como uma terapia adjuvante, que faz parte das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) do Sistema Único de Saúde (SUS), enfatizando a escuta acolhedora, a construção de laços terapêuticos e a conexão entre ser humano, meio ambiente e sociedade. A Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra, mais frequente no sexo feminino, é um problema de saúde pública muito comum, entretanto, é pouco falado pelas mulheres por vergonha, por desconhecimento sobre o tratamento e/ou por medo da possibilidade de procedimento cirúrgico para a correção. OBJETIVO: avaliar a eficácia da ozonioterapia como tratamento adjuvante na Incontinência Urinária de Esforço(IUE). MÉTODO: O estudo trata-se de um recorte da pesquisa maior intitulada “Projeto intervencionista: para mulheres com incontinência urinária”, aprovado pelo CEP com o número do parecer Nº 5.690.639. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas contendo dados sociodemográficos e clínicos, no período de novembro de 2023 a fevereiro de 2024. No primeiro momento foi realizado anamnese, avaliação do Assoalho Pélvico (AP) e posteriormente realizado a limpeza com água ozonizada e aplicação de ozonioterapia intravaginal, o primeiro ciclo com 10 sessões, realizadas uma vez por semana no período de dois meses, com uma manutenção com quinze dias. RESULTADO: As mulheres em estudo (N=20), a maioria estava entre 36 a 50 anos, com uma média de três anos com IUE, em relação aos fatores de risco: multíparas, atividades de alto impacto, constipação e faziam uso de irritantes vesicais. Foram avaliadas inicialmente, orientadas sobre as mudanças das medidas comportamentais, e agendadas para a realização da seção de ozonioterapia, ao serem questionadas sobre o que sentiam, durante a aplicação, relataram: um resfriamento na região pélvica, sensação de urinar, com relação aos benefícios após o tratamento realizado, e após uma nova avaliação, foi possível observarmos, uma melhor elasticidade, melhorou o ressecamento vaginal, melhorou a disúria, e a incontinência urinária. CONCLUSÃO: Dessa forma, conclui-se que as terapias adjuvantes, como a ozonioterapia, podem melhorar a vida das mulheres com IUE, trazendo fortalecimento do AP, trazendo expectativa de vida, benefícios para a saúde, como melhora da qualidade de vida redução do estresse, alívio de sintomas crônicos, promoção da saúde, prevenção de doenças, além de trazer alívio em sintomas da menopausa, fortalecimento do sistema imunológico, equilíbrio do corpo e da mente.</p> Mariluska Macedo Lobo De Deus Oliveira, Sandra Marina Gonçalves Bezerra, Edvar Soares De Oliveira, Gerdane Celene Nunes Carvalho, Laise Maria Formiga Moura Barroso, Camila Hanna De Sousa, Ana Beatriz Sousa Nunes Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1111 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 PERCEPÇÕES E ADAPTAÇÕES DE VIDA DIÁRIA DE IDOSAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1112 <p>Introdução: A incontinência urinária é definida como a perda não esperada de urina e sua prevalência aumenta com o avançar da idade1. O tratamento conservador é a abordagem de primeira linha e o enfermeiro possui respaldo legal para implementá-lo por meio do Processo de Enfermagem2. Uma das teorias de Enfermagem que pode contribuir para a atuação destes profissionais é a Teoria do Autocuidado de Orem, visto que este referencial descreve o autocuidado como a capacidade que os indivíduos possuem de realizarem ações com objetivo de cuidar de si, garantindo a manutenção de sua saúde e bem-estar3. Objetivo: identificar as percepções de idosas com incontinência urinária acerca da sua experiência diante deste problema de saúde. Método: pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Realizada com seis mulheres acima de 60 anos, com queixas de perdas urinárias, de uma Unidade Básica de Saúde, de Sinop-MT. Coleta de dados conduzida entre agosto a dezembro de 2023, guiada por um roteiro de anamnese e entrevista semi-estruturada individual, gravada em áudio na íntegra e posteriormente transcrita. Estudo aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (68269423.9.0000.8097). Os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo de Bardin e organizados em categorias temáticas4. Adotou-se como referencial teórico-filosófico a Teoria do Autocuidado de Orem3. Resultados: a idade média encontrada foi de 70,8 anos. A maioria não tinha companheiro (viúva/divorciada), possuía baixo nível de escolaridade e todas eram aposentadas. Emergiram três categorias após a análise: a experiência de viver com a incontinência urinária; adaptações de vida diária e no autocuidado e impacto da incontinência urinária. Com relação aos requisitos universais de autocuidado, os achados prevalentes foram: consumo excessivo de cafeína e carboidratos, baixa ingestão de líquidos e fibras, alterações no sono, constipação e sedentarismo. Os principais desvios de saúde encontrados foram: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, hipercolesterolemia e obesidade. Sobre as adaptações na vida diária, encontrou-se: uso de absorvente ou forro, evitar carregar peso e sair de casa com mais agilidade. Identificou-se que a incontinência trouxe diversos impactos negativos para as participantes, sendo um ponto citado comum, o desconforto pela perda urinária inesperada, fora do domicílio. Verificou-se ainda queixa de perda durante o ato sexual. Destaca-se uma das falas: “Tenho o problema há 47 anos, desde o nascimento do meu filho, e já mais para o final agora, deixei de queixar nas consultas, porque ninguém fazia nada”. Conclusão: Foi perceptível o impacto que a incontinência urinária causou nos diversos aspectos da vida das participantes. Diante dos achados, verificou-se que duas pacientes referem o problema há mais de três décadas de vida, sem ter recebido nenhum tratamento apropriado para este agravo. A desassistência deste público contribui para piora do quadro e aumento nos custos dos serviços de saúde. Contribuições para a Estomaterapia: os enfermeiros devem se atentar para o reconhecimento deste problema e agir sobre ele, por meio de ações que estimulem a promoção da continência e a prevenção da incontinência urinária, auxiliando no desenvolvimento de estratégias de autocuidado e contribuindo para a promoção da saúde das populações.</p> Jaqueline Aparecida Dos Santos Sokem, Eduarda Da Rosa Cortes, Juliana Cristina Magnani Primão, Eduara Prado Carolino, Larissa Alves Silveira, Luciene Mantovani Silva Andrade, Gyovanna Araújo Quadros, Priscilla Cidade Furlan Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1112 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 SEGURA AÍ: UMA TECNOLOGIA DIGITAL PARA ADOLESCENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1113 <p>Introdução: A incontinência urinária (IU) diurna e enurese são os sintomas do trato urinário inferior mais prevalentes nos adolescentes e comprometem significativamente a qualidade de vida dos adolescentes que são uma faixa etária mais susceptível a desenvolver distúrbios emocionais se tornando um desafio maior a ocorrência de sintomas como a IU.(1) A Uroterapia Padrão é a primeira linha de escolha para o manejo da IU sendo uma terapêutica não farmacológica, baseada na mudança de comportamento de eliminação e promoção de hábitos de vida saudáveis.(1) Neste contexto, destaca-se a inovação no papel do enfermeiro navegador em Uropediatria, que pode utilizar diferentes tecnologias digitais para promover a autonomia do paciente no autocuidado.(2) Objetivo: Desenvolver um protótipo de uma tecnologia digital para adolescentes com incontinência urinária na modalidade de navegação de pacientes. Método: Trata- se de um estudo de desenvolvimento tecnológico de delineamento descritivo desenvolvido em uma universidade federal do Brasil no período de 2019 a 2022. Utilizou-se os passos da abordagem de mapeamento de intervenção: 1. modelo lógico do problema; 2. objetivos do programa (modelo lógico de mudança); 3.desenho do programa; e 4. produção do programa.(3) Para estruturação da tecnologia digital baseou-se na Teoria do Manejo de Sintomas alinhada com a terapêutica de primeira linha de uroterapia padrão.(1,4) Resultados: No modelo lógico do problema foi realizada inicialmente uma revisão de escopo com a finalidade de mapear as tecnologias digitais e sua aplicabilidade no contexto de urologia pediátrica.(5) Evidenciando que a aplicabilidade destas tecnologias promoveu um melhor gerenciamento e autoeficácia, cuidado personalizado, educação em saúde, monitoramento e acompanhamento do paciente e sua família.(5) Quanto aos objetivos do programa ponderou-se a estruturação da experiência do sintoma, estratégia para o gerenciamento do sintoma e desfecho dos sintomas, associados aos cinco componentes da uroterapia padrão. Tendo como finalidade apoiar o desenvolvimento de habilidades de autogerenciamento dos sintomas de IU, reconhecendo os impactos na vida do adolescente e auxiliando-o no manejo de tais sintomas nos diferentes ambientes sociais, de modo a facilitar a adesão ao tratamento de uroterapia padrão. Por fim, quanto ao design e produção do programa, utilizou-se a metodologia do design instrucional contextualizado para a elaboração dos conteúdos que foram inseridos na plataforma Google site, resultando na ferramenta digital de navegação de pacientes denominada “Segura aí”. Conclusões: A intervenção digital desenvolvida para manejo dos sintomas de IU direcionada a adolescentes, “Segura aí”, tem potencial para promover uma melhor adesão terapêutica, bem como se tornar uma ferramenta de empoderamento do adolescente, apoiando-o no desenvolvimento de habilidades de autocuidado que são necessários para a transição do cuidado pediátrico para o adulto. Contribuições para a Estomaterapia: Destaca-se uma inovação para o cuidado de enfermagem na área de incontinências direcionada ao público adolescente com grande potencial de aplicabilidade por enfermeiros estomaterapeutas desempanando-se o papel de enfermeiro navegador.</p> Samara Dos Santos Paiva, Nayara Dos Santos Rodrigues, Gisele Martins Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1113 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300 TÍTULO: ENFERMAGEM EM REABILITAÇÃO E O USO DE CATETERISMO URINÁRIO: UM OLHAR PARA A QUALIDADE DE VIDA DO USUÁRIO E CUIDADOR https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1114 <p>Introdução: A enfermagem em reabilitação se trata de um processo contínuo ao longo de toda a vida do indivíduo, que visa manter ou melhorar as funções diminuídas ou perdidas para preservar a capacidade de viver de cada indivíduo envolvido na ação de cuidar(1). Em pacientes com disfunções do trato urinário inferior, a Qualidade de Vida (QV) pode ser acometida, cabendo ao profissional de enfermagem a restituição desta(2). Uma das ferramentas que o mesmo dispõe consiste no cateter urinário, podendo este ser o cateter intermitente limpo (CIL) ou de demora(3). Objetivo: Compreender o processo de reabilitação de usuários de cateterismo urinário e seus cuidadores sob o referencial de QV. Método: Estudo de abordagem quantitativa, transversal, de tipo analítico-observacional e correlacional, sendo os dados coletados de 2020 a 2021 de forma online. Os critérios de inclusão eram participantes que tivessem alterações miccionais, em atendimento ambulatorial na instituição do estudo, em uso de cateterismo urinário há, pelo menos, um mês. Os cuidadores deveriam ser maiores de 18 anos de idade e corresponsáveis pelos cuidados de saúde destes adultos e crianças. Os participantes usuários de cateter responderam a quatro questionários: 1) caracterização, 2) QV, 3) afecções do trato urinário e 4) QV voltado ao uso de cateter urinário. Já os cuidadores, responderam questionários referentes a caracterização, QV e sobrecarga do cuidado. Resultados: Participaram 11 adultos com média de 51 anos, sendo 10 com patologias adquiridas e nove em uso de CIL, e sete crianças com média de 12 anos, seis com patologias congênitas e 100% em uso de CIL. Em relação aos cuidadores, foram coletados dados de oito cuidadores de adultos, com média de 45 anos, sendo 100% mulheres e com o tempo de cuidado referente a uma média de 35 meses. Os sete cuidadores de crianças participantes tinham média de 44 anos, sendo 100% mulheres e com tempo de cuidado relativo a 150 meses. Observou-se que o domínio físico da QV foi o mais afetado para os adultos, e o emocional e escolar para as crianças. Para os cuidadores, notou-se que o domínio de relações sociais foi mais afetado em cuidadores de crianças do que de adultos. Dos pacientes adultos com afecções do trato urinário, 63,6% destes tinham a QV afetada leve ou moderadamente. Questões referentes à lubrificação, discrição e preocupações com o uso do cateter a longo prazo mostraram-se mais presentes na população adulta. Em relação ao questionário de sobrecarga dos cuidadores, os resultados apontaram associação significativa (p=0,04) entre sobrecarga e QV, visto que 100% dos cuidadores que registraram uma sobrecarga “moderada”, indicaram QV “boa” e 57,1% dos cuidadores “isentos de sobrecarga”, indicaram QV “muito boa”. Conclusão A QV de usuários de cateter urinário e seus cuidadores é alterada durante o processo de reabilitação. Contribuições para a Estomaterapia: O estudo contribui para que a QV de usuários de cateter urinário e seus cuidadores seja incrementada, além de evidenciar aos profissionais de enfermagem os aspectos que necessitam de sua atuação durante a assistência a esses indivíduos.</p> Julia Blanco, Sofia Selpis Castilho, Laís Fumincelli Copyright (c) 2024 CPE https://anais.revistaestima.com.br/cpe/article/view/1114 Sat, 06 Jul 2024 00:00:00 -0300